domingo, 28 de novembro de 2010

A PARÁBOLA DO AMIGO IMPORTUNO

A PARÁBOLA DO AMIGO IMPORTUNO

TEXTO ÁUREO = “Pedi, e dar-se-vos-á; buscai, e encontrareis; batei, e abrir-se-vos-á” Mt 7.7

VERDADE PRÁTICA = A oração é um privilégio de todo o crente.

TEXTO BÍBLICO BÁSICO = Lc 11.5-13

INTRODUÇÃO

A parábola de Jesus em estudo esta semana gira em torno da oração - mais precisamente, a resposta da oração. A verdade principal da lição é que o pão que a9uele homem pediu emprestado para alimentar seu amigo faminto chegado de viagem, não lhe foi concedido por causa da sua amizade com o dono dos pães, nem por dó do viajante faminto, e sim por causa da persistência do solicitante que não aceitava um não como resposta.

1. A NECESSIDADE DA PERSEVERANÇA NA ORAÇAO

O Senhor Jesus sempre ensinava o que também praticava. Antes desta parábola sobre a oração ele mesmo orou e ensinou a orar (vv.1-4). O Evangelho de Lucas é o único que registra a parábola em estudo e também é o que apresenta Jesus como o Homem Perfeito. Ele é o Evangelho que mais vezes registra Jesus em oração. Sete vezes ao todo. Nem sempre a nossa oração tem resposta imediata. O exemplo de Davi: Sl 13.1; 69.3; 119.82. Zacarias orava por um filho e só depois de muito tempo veio a resposta (Lc 1.13). Enquanto a oração autêntica não é respondida, ela fica em memória perante Deus (At 104). Perseveremos, pois, na oração. Muitos crentes param de orar por não receberem logo a resposta daquilo que pedem a Deus, falta-lhes perseverança (Rm 12.12). É preciso continuar diante do altar de Deus até receber a resposta.

1.0 exemplo da perseverança em oração (vv.5-7). No capítulo 11 de Lucas, Jesus nos motiva a orar pelo seu exemplo em oração (v.1); por sua oração modelo (vv.2-4); por sua parábola sobre a oração (3-8); por sua promessa sobre a oração (vv.9,10); e por sua ilustração sobre a oração (vv.11-13).

2. Um amigo procurado à meia- noite (v.5). O termo “amigo” no contexto geral desta parábola sofre a oração mostra- nos que a resposta ás nossas orações depende muito do conhecimento, da liberdade, do bom relacionamento e da amizade entre quem pede e quem dá. O Pai celeste é o que tem tudo para nos dar, mas precisamos andar com ele como fez Abraão, chamado o “amigo de Deus” (2 Cr 20.7; Is 41.8). Daí, sua oração eficaz em Gn 18.23-32. Este é um dos segredos da oração; comunhão íntima com Deus.

3. Um pedido considerável. “Três pães”. Os pães aqui referidos eram redondos e de bom tamanho. A idéia sugerida é que a mesa do Pai tem abundante alimento.

4. Um viajante Inesperado (v.6). Chegara de viagem à meia-noite. No Oriente Médio, nos tempos bíblicos. viajava-se muito á noite para se evitar o calor do dia na estação quente do ano. Certamente foi o que ocorreu a este viajante. Mas o hospedeiro nada tinha para saciar a sua fome naquela hora avançada da noite.

a). O princípio da intercessão na oração (v.6). “Um amigo meu.” O pão não era para quem o pedia mas para um seu amigo viajante.

b). Os viajantes para a eternidade. “Vindo de caminho.” Na viagem da vida, os caminhantes estão batendo à nossa porta em busca do Pão da Vida. Teremos alimento espiritual para oferecer- lhes? O homem da parábola não tinha pão, mas foi buscá-lo onde sabia que havia. Se ele tivesse alguma sobra de alimento em casa não teria ido incomodar seu amigo à meia-noite. Enquanto tivermos algum resto de saber humano, de filosofia terrena, de palavn5do humano, tentaremos alimentar os viajantes com isso, mas será em vão. (SP-2) -

c). O dever da hospitalidade. “Não tenho que apresentar-lhe” (v6). No Oriente Médio a hospitalidade é sagrada como dever e tradição, mas como cuidar do viajante se o hospedeiro não tinha nada para oferecer-lhe? Só quando chegamos a este ponto é que pedimos de fato.

Os filhos na cama (v.7). Aqui estava outra dificuldade. As famílias abastadas tinham camas. Mas aqui trata-se de uma família pobre. “Cama” aqui era urna parte do chão onde se punham esteiras de capim,palha ou pano para o aposento coletivo da família quando os filhos eram pequenos. Além dessas dificuldades, o amigo do dono daquela casa batia e chamava incessantemente do lado de fora.

II. A RECOMPENSA DA PERSEVERANÇA EM ORAÇAO

1. Não basta a perseverança. Notemos que além da perseverança daquele homem à porta do outro, em busca do que ele tanto precisava, a Bíblia diz que eram amigos (vv.5 ,8). Como são os amigos de Jesus, e quem são? Ver J0 15.14; Tg 4.4. Que ninguém se iluda diante da evidência da Palavra de Deus. O termo “importunação” no v.8 (“anaideia”) corresponde a ousada persistência. O termo correlato na oração perseverante e intercessória de Abraão por Ló; Gn 18.27.3 1 é atrevimento.

2. Aspectos da oração perseverante (v.9). Pedir, buscar, bater. Esses termos no original falam de ação contínua e não de um ato isolado. Pedir é continuar sempre pedindo. Buscar é continuar sempre buscando. Bater (à porta) é continuar sempre batendo. Para cada aspecto da oração há uma promessa do Senhor.

1) Pedir. Isso nos ensina a sermos definidos nas nossas orações. Um pedido deve ser algo pensado, fruto de nossa vontade diante de Deus, tendo em vista primeiramente a sua glória. A promessa: “Quem pede recebe”(v.10).

2) Buscar. Isso nos fala da expectativa na oração. Não se busca algo inexistente. A fé em Deus nos leva a aguardar a bênção com expectativa. Ela nos conduz ao interior do véu para vermos o invisível como sendo real. Ver Moisés, em Hb 11.27. A promessa “Quem busca acha” (v.10).

3) Bater. Isso nos ensina a perseverança na oração. Como disse Jesus em Lc 18.1: “Orar sempre e nunca desfalecer”. Vimos que para cada aspecto da oração há uma promessa. Devemos orar firmados nas promessas divinas. Quanto ao cumprimento das promessas (isto é, a resposta da oração), isto pode demorar.

3. A resposta da oração. “E lhe dará tudo o que houver mister” (v.8). Isto é, tudo o que necessitar. Não somente três pães, mas tudo o que for preciso da parte de Deus. Ver também os vv.9,10. Desçamos a alguns detalhes da resposta à oração.

1) A nossa intercessão. A intercessão na oração do crente evita mais e mais o seu egoísmo, o qual impede suas orações (Tg 4.3). O egoísta só pensa em si. Ora, no reino de Deus, somos parte uns dos outros (Rm 12.5).O homem da parábola perseverou e recebeu o que pediu para poder servir a outra pessoa (v.6). Que Deus levante multidões de intercessores para servirem ao seu reino no ministério da oração.

2) Resposta diferente do pedido. Uma oração autêntica de um filho de Deus pode ter resposta diferente ou negativa da parte de Deus, porque Ele é quem sabe o que é melhor para nós. Deus não livrou os três crentes (Dn 3) da fornalha, mas entrou com eles lá. Maria e Marta não foram atendidas como queriam no caso da doença de Lázaro, mas a sua ressurreição trouxe maior glória para Deus e maior testemunho do poder de Jesus. Deus disse não a Paulo, no caso do seu espinho na carne, mas deu-lhe poder para superar o problema.

3. Às vezes a resposta divina demora porque a pessoa ou caso por que intercedemos está fora do tempo de Deus.

4. Satanás às vezes dificulta a resposta. Temos que entender que ele detesta a oração e também o crente que sempre ora e intercede diante de Deus (Dn 10.12-14; 1 Ts 2.18).

5.O relacionamento espiritual entre os crentes. Antes de proferir esta parábola, Jesus ensinou sobre o perdão mútuo entre os crentes, (vã). Em Marcos 11.25 Ele ensinou que durante a oração precisamos perdoar. Logo, quem não perdoa terá dificuldade quanto à resposta de suas orações.

6. O Espírito Santo e a oração(v.13). Jesus concluiu a parábola do Amigo Importuno ressaltando a suprema importância do Espírito Santo na vida do crente, e isto Ele o fez neste contexto da oração. Pelo conteúdo do versículo, trata-senão do Espírito Santo na vida do crente a partir do novo nascimento, mas da sua plenitude em nossa vida. Os apóstolos já tinham o Espírito Santo quando Jesus lhes falou as palavras de Lc 24.49; At 1.5;2.38. Aqui trata-se pois da plenitude que vem pela batismo com o Espírito Santo. “Cheios do Espírito Santo”, como em At 2.4. O Espírito Santo na vida do crente é a sua maior necessidade.

Elaboração pelo:- Evangelista Isaias Silva de Jesus

Lições bíblicas CPAD 1990

A BÍBLIA NOS INSPIRA À ORAÇÃO

A BÍBLIA NOS INSPIRA À ORAÇÃO

TEXTO ÁUREO = “Orai sem cessar” (1 Ts 5.17).

VERDADE PRÁTICA = A Bíblia mostra que não há obstáculos intransponíveis diante do crente que ora, pois a oração do justo muito pode em seus efeitos.

TEXTO BÍBLICO BÁSICO = Lc 11.1-4; Ef 6.17,18; Mc 13.33

INTRODUÇÃO

A Bíblia é o manual do crente na comunhão com Deus.

1. A NATUREZA DA ORAÇÃO

1. Orar é restabelecer a comunhão perdida com Deus. Sabemos que Adão e Eva perderam a maravilhosa e contínua comunhão com o Criador por causa do pecado. Falar cem Deus era acontecimento normal naquele jardim de delícias, O homem, criado à imagem e semelhança de Deus, era dotado de inteligência que o habilitava a ter comunhão cem o Criador. Mas o pecado o separou de Deus; e como poderão dois andar juntos se não estiverem de acordo? (Amós 3.3). Mas Deus tinha um plano de redenção pelo qual o homem poderia recuperar a comunhão com Ele, isto é, através de Jesus Cristo (Ef 3.11).

2. Orar é falar com Deus. Segundo o catecismo maior de Westminster: “A oração é a oferta de nossos desejos a Deus, em nome de Cristo, com a ajuda do seu Espírito”. Ora, essa oferta dos nossos desejos a Deus nada mais é que entrar na sua presença e conversar com Ele. Orar é mais do que pronunciar simples palavras. É o ato de falar com Deus sobre nossas necessidades.

3. A oração é o canal de comunicação com Deus (Mt 7.7,8). John Bunyian escreveu que orar é derramar de modo sincero, consciente e afetuoso o coração ou a alma perante Deus, por meio de Cristo, no poder e ajuda do Espírito Santo. Para falar com Deus é preciso ter uma atitude sincera pois é impossível orar a Deus com o coração manchado pelo pecado, ou querendo esconder-se da Sua presença (SI 66.17,18; Jr29.1 3). A falta de sinceridade fez com que Deus rejeitasse as orações que estão no livro de Oséias 7.14, quando Deus lhes censura dizendo: “E não clamaram a mim com seu coração”. Diz ainda o texto de Oséias: “Mas davam uivos nas suas camas”. Não falavam ou conversavam, mas uivavam com coração mentiroso. Deus não aceita simulação nas orações, nem exibição hipócrita do tipo de oração farisaica (Mt 23.14).

4. Orar é abrir o coração para Deus (Ap 3.20). Esse texto é o que melhor projeta a importância da oração. É a chave que abre a comunicação entre Jesus e o crente. Descobrimos que não é a nossa oração que motiva Jesus a nos responder. E Jesus quem nos move a orar.

Ele bate propiciando a oportunidade para entrar em nosso coração. Em princípio, é Jesus quem bate à porta do nosso coração (Is 65.24). Ele bate à porta de nosso coração procurando o contato, a comunhão. Ele está pronto a nos responder antes que peçamos. É bom entender, também, que não é a nossa oração que compele Jesus avir até nós. Mas Ele vem até nós porque quer vir, porque quer entrar e deseja cear conosco. Orar é deixar Jesus ter acesso às nossas necessidades. Significa deixar Jesus glorificar seu próprio nome no recesso das necessidades que nos cercam e exercer seu poder em nossa vida.

II. A NATUREZA DA ORAÇÃO

A vida cristã não é um “jardim de delícias”, mas, sim, um campo de guerra, no qual o crente deve estar constantemente. A oração é um dos ingredientes de fortalecimento espiritual da vida cristã, pois a nossa guerra não é contra a carne e o sangue, mas sim contra os poderes espirituais da maldade sob o comando do Diabo (Ef 6.lO-l3). A oração é a força maior contra Satanás, e ele tudo fará para impedir que oremos. A razão de muitos fracassos espirituais hoje em dia é a falta de oração. Precisamos orar e aprender o caminho da oração eficaz. De que modo?

1. Cultivando a reverência à Palavra de Deus. (SI 119.6,15). Por quê? Porque a Bíblia tem tudo o que Deus quer de nós. Ela é a sua Palavra e deve ser respeitada, reverenciada. Por isso é importante criar-se o hábito de orar e meditar na Palavra de Deus ao mesmo tempo. Em sua oração intercessória. Jesus orou ao Pai dizendo: “Porque eu lhes tenho transmitido as palavras que me deste e eles a receberam e verdadeiramente conheceram que saí de Ti, e creram que Tu me enviaste” (Jo 17.8).

2. Cultivando o hábito de orar diariamente (SI 86.3; 1 Ts 5.17). A Bíblia está cheia de exemplos de homens e mulheres que oravam continuamente. Daniel orava três vezes ao dia (Dn 6.10- 13); Ana derramava a sua alma perante o Senhor (1 Sm 1.15). Devemos orar quando estamos sozinhos (Mt 14.23); quando estamos com outros (Lc 9.28); orar durante à noite (Lc 6.12); orar pela manhã (Mc 1.35); orar durante as refeições (Mt 26.30); orar sempre (Cl 1.9; Ef 6.18). O crente deve habituar-se a reservar um tempo do seu dia para orar, assumindo um firme compromisso com a tarefa de buscar ao Senhor, com o coração firmado neste propósito (SI 57.7).

3. Conscientizando-nos da Importância da oração. Tiago 5.16 declara que a oração feita por um justo pode muito em seus efeitos”. Precisamos crer na eficácia da oração. Precisamos entrar com confiança no Trono da glória, sabendo com certeza que seremos ajudados em tempo oportuno (Hb 4.16). As promessas bíblicas existem porque funcionam. Elas funcionam não por truques de mágica, ou por sorte, mas porque o Deus das promessas funciona, é real, é verdadeiro. A oração tem grande valor e se faz necessária na vida cristã, tanto para o crente em particular, como para a Igreja como um todo.

4. Cultivando a dependência do Espírito Santo. Paulo ensina que o Espírito Santo nos ajuda na oração quando não sabemos orar como convém (Rm 8.26). Aos Efésios o mesmo autor exorta a igreja a que ore em todo o tempo com toda a oração e súplica (Ef 6.18). É o tipo da oração que fazemos, mas que é gerada pelo Espírito. Ele é o produtor desse tipo de oração manifesta em louvor, adoração, súplica e intercessão. Depender do Espírito significa crer e aceitar que as nossas petições serão ouvidas, com a garantia de que Ele intercede por nós.

III. A BÍBLIA MENCIONA ALGUNS OBSTÁCULOS À ORAÇÃO

Existem vários obstáculos que se levantam diante do crente no exercício da oração. São barreiras morais, físicas e espirituais. Ora, para mantermos aberto o caminho e livre o acesso a Deus, através da oração, devemos confessar nossos pecados e nos purificar de toda a imundície (1 Jo 1.9). Que pecados podem impedir que Deus nos ouça?

1. Iniqüidade no coração (Is 5912). Iniqüidade é tudo aquilo que não corresponde à eqüidade, ou seja, tudo aquilo que é injusto e não respeita o direito dos outros. É tudo aquilo que procede de um coração vaidoso, presunçoso e egoísta. Não haverá resposta à oração malévola de alguém, para satisfação dos seus interesses pessoais. Pois é impossível estar na presença do Deus Santo com a vida atolada em pecados. Mas é possível a Deus ouvir uma oração de arrependimento e confissão (Pv 28.13; SI 32.5).

2. Mágoa e rancor no coração. Um dos pecados que entristecem ao Espírito Santo é a mágoa, que significa desgosto, amargura, pesar, tristeza. São aqueles sentimentos negativos causados por alguma contrariedade ou ofensa recebida de outrem (Ef 4.30,3 1). As pessoas dominadas por esses sentimentos carnais precisam de cirurgia divina para extirpar esse mal. Quantos crentes vivem no seio da Igreja com mágoas profundas, que tiveram início, às vezes, por uma simples contrariedade. Mas como uma “semente daninha”; germinou e cresceu, criou “raiz de amargura” e só por um trabalho duplo, de Deus e da pessoa, será possível extirpar a mágoa, o rancor.

3. Sentimento de Indignidade. Há duas maneiras de entender esse obstáculo, um positivo e outro negativo. O positivo pode ser ilustrado com a oração daquele publicano que dizia, e batia no peito: “Ó Deus tem misericórdia de mim” (Lc 18.13). Porém, o lado negativo do sentimento de indignidade nada tem a ver com humildade ou arrependimento, mas, sim, com uma atitude incrédula. São aquelas pessoas que se acham tão inúteis que orar passa a ser desnecessário. A idéia é a de que Deus não vai se importar com alas. Temos que cultivar resistência a esse sentimento e lembrar que são as misericórdias de Deus a causa de não sermos consumidos (Lm 3:22-23). Esse é um obstáculo que Satanás procura infiltrar em nossa mente para nos diminuir, complexar e destruir nossa “consciência de valor’‘.

4. Egoísmo. Há tantas orações mesquinhas e egoístas, as quais não encontram eco diante de Deus. São orações que visam apenas a satisfação dos seus próprios interesses. Orações, às vezes, mentirosas, porque tentam usufruir das bênçãos de Deus, com elogios e louvores baratos ao Senhor. Ninguém pode esconder nada diante de Deus, porque Ele conhece a todos (Sl 138.6).

Elaboração pelo:- Evangelista Isaias Silva de Jesus

Lições bíblicas CPAD 1991

terça-feira, 16 de novembro de 2010

LIÇÕES BIBLICAS Primeiro trimestre de 2011

LIÇÕES BIBLICAS

Primeiro trimestre de 2011

Atos dos apóstolos até os confins da terra

01 – AÇÃO DO ESPIRITO SANTO ATRAVES DA IGREJA

02 – ASCENÇÃO DE CRISTO E A PROMESSA DE SUA VINDA

03 – O DERRAMAMENTO DO ESPIRITO SANTO NO PENTECOSTE

04 – PODER INRRESISTIVEL DA COMUNHÃO DA IGREJA

05 – SINAIS E MARAVILHAS DA IGREJA

06 – A IMPORTÂNCIA DA DISCIPLINA NA IGREJA

07 – ASSISTENCIA SOCIAL UM IMPORTANTE NEGOCIO

08 – QUANDO A IGREJA DE CRISTO É PERSEGUIDA

09 – A CONVERSÃO DE PAULO

10 – O EVANGELHO PROPAGASE ENTRE OS GENTIOS

11 – O PRIMEIRO CONCILIO DA IGREJA DE CRISTO

12 – AS VIAGENS MISSIONARIA DE PAULO

13 – PAULO TESTIFICA DE CRISTO EM ROMA

ESTAREMOS INICIANDO O ANO DE 2011 COM UM ESDUTO MARAVILHOSO SOBRE ATOS DOS APOSTOLOS.

QUE POSSAMOS FAZER UM BOM APROVEITAMENTO DESSES ESTUDOS

A TODOS UMA BOA AULA.

QUE O ESPIRITO SANTO VOS ABENÇOA

domingo, 7 de novembro de 2010

ADMINISTRAR CONFLITOS, UMA QUESTÃO DE MATURIDADE

ADMINISTRAR CONFLITOS, UMA QUESTÃO DE MATURIDADE


Ninguém pode negar a existência dos conflitos. Eles são reais em todos os segmentos da vida. Todavia, esta nunca foi a vontade do Deus Eterno, o nosso Criador. Ao criar o ser humano, Deus o fez com propósito de que o homem, a mulher e seus descendentes vivessem em harmonia e equilíbrio espiritual, emocional, físico e material, e desfrutassem do amor, alegria, paz, saúde, prosperidade e segurança. Porém, o primeiro casal – Adão e Eva -, desobedeceu às orientações que Deus lhe havia transmitido: “E ordenou o Senhor Deus ao homem, dizendo: De toda a árvore do jardim comerás livremente, mas da árvore da ciência do bem e do mal, dela não comerás; porque no dia em que dela comeres, certamente morrerás” (Gêneses 2:16,17). Com a desobediência, o pecado foi gerado e as suas consequências nefastas contaminaram todo ser vivente, inclusive a fauna e a flora (Gênesis 3:17).


A partir da entrada do pecado no mundo, o ser humano desenvolveu emoções como o medo, a vergonha, a culpa, a raiva, o ódio e a rejeição. Ao serem questionados por sua postura equivocada, Adão e Eva não assumiram os seus erros. O homem acusou a mulher, esta, por sua vez acusou a serpente. Surgiu entre o primeiro casal o espírito de acusação, que originou os conflitos.
Enquanto a natureza pecaminosa estiver em evidência, jamais deixará de existir conflitos entre as pessoas. Temos necessidade de sermos aceitos pelos outros, mas, inevitavelmente, surgem desacordos, pois somos todos diferentes uns dos outros. Cada um tem suas histórias, valores, crenças e hábitos peculiares. Com determinadas pessoas nossa relação é o próprio “paraíso” na terra. Com outras, é o verdadeiro “inferno”, em termos de agonia e desentendimento.


Assim, ao longo de toda a vida, colidiremos com aqueles aos quais estamos ligados de maneira intima na família, no trabalho, no circulo de amizades ou na igreja. O conflito, normal e inevitável, manifesta-se no tempo e no espaço. Sempre houve e haverá motivos para conflitos em todas as áreas de nossa vida.
Nunca se falou tanto em conflitos como nos dias pós-modernos em que vivemos!

O ser humano está mais egoísta e ególatra; é amante de si mesmo, soberbo e orgulhoso (2Tm 3:1-3); quer “ser igual a Deus”, demonstrando, assim, toda a sua rebeldia contra a soberania do Senhor. Uma das principais conseqüências deste comportamento é o da recusa em aceitar valores morais absolutos, valores estes indicados pelo próprio Deus quando da criação do homem. Uma sociedade, como a do mundo de hoje, que se recusa a aceitar a Deus, é uma sociedade onde não haverá como se estabelecer uma noção do que é certo e do que é errado e, por isso, é uma sociedade que caminha, cada vez mais, para o relativismo moral, onde a única máxima existente é a de que “tudo é relativo”.


Sob um discurso de tolerância e de liberdade, o mundo hodierno defende a idéia do "relativismo moral”, ou seja, nega que haja padrões de comportamento válidos para todos os homens, independentemente da época, da cultura ou da vontade de cada ser humano. Dentro deste pensamento, não é considerado exigível dos homens qualquer conduta estabelecida "a priori" por quem quer que seja. Deste modo, entende-se que não possa ser imposto qualquer comportamento a qualquer homem, sendo "fanáticos" e "intolerantes" aqueles que assim não entendem.

Entretanto, este tipo de pensamento é antibíblico, porquanto é mera conseqüência do pecado do homem, da sua recusa em obedecer a Deus e à ética estabelecida pelo Criador dos céus e da terra. Não se pode negar a liberdade de cada indivíduo de viver conforme a sua vontade, pois o livre-arbítrio foi dado ao homem pelo próprio Deus, mas não resta dúvida de que existe uma ordem universal instituída por Deus e que esta ordem deve ser observada pelo homem. Portanto, existe, sim, uma conduta que deve ser perseguida pelo ser humano, que é a conduta determinada por Deus, por Ele revelada em sua Palavra, que deve ser a nossa única regra de fé e prática. Ao contrário do que se diz no mundo, existe, sim, um padrão universal de conduta, que independe de cultura, de época ou da vontade de cada ser humano: o padrão bíblico, o padrão estabelecido por Deus e revelado ao homem por sua Palavra.


Vivemos dias de intolerância absoluta. Os fóruns e tribunais estão abarrotados dos mais variados processos, aumentando, ainda mais, a lentidão da justiça, em grande parte porque as pessoas não têm mais tolerância umas com as outras e, nesta intolerância, nesta incapacidade de diálogo e de concessões, acabam por bater à porta do Poder Judiciário, para resolver os seus conflitos. Na própria igreja, vemos os irmãos não se tratando como tal, mas competindo e concorrendo entre si e, não raro, levando litígios e conflitos internos da comunidade, da igreja local, para as barras dos tribunais, num triste espetáculo e escândalo diante dos infiéis.


Lares desfazem-se a cada dia porque marido e mulher não se toleram, nem têm qualquer tolerância com o outro. Logo alegam, por questões de somenos importância, uma “incompatibilidade de gênios”, arrumam suas malas e vão cada um para um lado, dando mais pontos para a intolerância.

Nações não se entendem e, apesar de estarem na “nova ordem mundial”, não aceitam negociar, nem incentivam as negociações, logo entrando em conflitos armados ou apelando para os tribunais internacionais.


O cristão, porém, não pode se envolver neste “mar de intolerância”, se é que está ligado à videira verdadeira. Alguém poderá dizer: Não existe aqui na terra igreja perfeita, pois ela é constituída de pessoas com personalidades, temperamentos e formação cultural diferentes. Isso é verdade! Somos pessoas diferentes e muitas vezes teremos pontos de vista distintos e preferências divergentes.

Assim sendo, o conflito é inevitável numa comunidade. Mas, quando o conflito surgir é preciso ser administrado, controlado, afim de que não se desenvolva numa sequência mortal como esta: discordância, discussão, contenda, divisão, guerra, demandas judiciais. O conflito é como o fogo! Se perdermos o controle sobre ele, então tudo pode ser destruído repentinamente. É neste momento que a maturidade cristã entra em ação.


A bíblia diz que "ao servo do Senhor não convém contender, mas ser manso para com todos” (2Tm 2:24). Caso cheguemos ao nosso limite, tenhamos cuidado para que o fogo não se alastre. Analise a causa do conflito antes de começá-lo. Quanto vale a nossa paz e a tranquilidade da nossa consciência? Algumas pessoas acham que sempre devem brigar por seu direito. É o que ocorria com os cristãos da igreja de Corinto.


Os conflitos interpessoais são como o atrito entre as peças de um motor em funcionamento. O que podemos fazer para reduzir esse atrito e minimizar seus efeitos negativos? Lubrificar o motor. O óleo é um símbolo bíblico do Espírito Santo. Precisamos dessa unção em nossas vidas. Assim, quando formos atacados por alguém, teremos uma palavra mansa para aplacar-lhe o furor. Teremos o amor do Senhor em nossos corações, o qual produzirá sempre uma pré-disposição de aceitar os irmãos. Então, não haverá entre nós barreiras, muitas das quais se formam sem a menor razão.


A operação do Espírito Santo será o antídoto contra as antipatias gratuitas e desmotivadas, e também o remédio para as mágoas e as inimizades. Esta unção nos torna capazes de renunciar, de negar a nós mesmos, considerando que o nosso irmão é superior (Fp 2:3), é digno de todo o nosso respeito e de todo o nosso apreço. Parece até que estamos falando de uma utopia, contudo, esse estilo de vida é a proposta de Deus para nós, afim de que não sejamos um reino dividido, mas um corpo que, unido por juntas e medulas possa crescer na presença do Senhor (Ef 4 16).


O apóstolo Paulo nos orienta que, algumas vezes, em determinados casos, é melhor o cristão sofrer algum dano do que criar uma disputa (1Co 6:7). Afinal, não foi isso que Cristo ensinou, quando falou em "dar a outra face", "entregar a capa" e "caminhar a segunda milha"? Dê a Deus a oportunidade de resolver o problema. Ore ao Senhor antes de agir ou falar.


Em algum momento, poderá ser necessário admitir que o outro está certo. E, se não estiver, talvez possamos desistir do conflito a favor da outra parte. Logicamente, não devemos aceitar o pecado nem o erro, mas muitas vezes não é isso que está em jogo, e podemos muito bem abrir mão da nossa proposta em benefício do nosso próximo. Isso pode ser um sinal de maturidade. Veja o exemplo de Abraão que, podendo escolher a terra diante de si, deixou que Ló escolhesse primeiro.


Um conflito mal administrado resultará em ofensas e deixará marcas. Se a diversidade de temperamentos, de personalidades, de formação e de mentalidade for ignorada, e se também não for controlada, pode motivar conflitos os mais diversos por toda parte.


Se vamos discutir sobre alguma coisa, precisamos deixar o orgulho de fora da conversa. Será que as minhas idéias devem prevalecer sempre? A opinião dos outros está sempre errada? Quem pensa ou age desse modo está carente de humildade e tem a grande habilidade de criar confusões por onde anda. Se a discussão parece não produzir acordo, então é bom que a mesma seja interrompida. Se uma das partes é autoridade sobre a outra, então caberá a essa pessoa decidir sobre o assunto, ou voltar à questão em outra ocasião.


Todavia, se o conflito aconteceu será necessário um conserto. É natural que muitos ímpios sejam irreconciliáveis, incapazes de perdoar. Porém, não faz sentido um cristão guardar mágoa contra ninguém e, principalmente, contra outro irmão em Cristo. Não é um procedimento cristão um irmão ficar com raiva do outro, deixar de conversar, ficar "de mal". O Senhor nos mandou amar os nossos inimigos. Se não começarmos amando os nossos irmãos, como seremos capazes de amar os inimigos? Se você foi ofendido, perdoe! Não espere que o agressor venha pedir perdão. Perdoe. Seja qual for a ofensa, perdoe! Mais do que isso Jesus sofreu, e mesmo assim perdoou. Se você ofendeu, peça perdão! O perdão é o remédio divino para os conflitos mal conduzidos e mal resolvidos. Amém!


Por:- Luciano de Paula Lourenço