sexta-feira, 30 de dezembro de 2011

A INSPIRAÇÃO E A UTORIDADE DAS ESCRITURAS


A INSPIRAÇÃO E A UTORIDADE DAS ESCRITURAS

2 Tm 3.16,17 “Toda Escritura divinamente inspirada é proveitosa para ensinar, para redargüir para corrigir para instruir em justiça, para que o homem de Deus seja perfeito e perfeitamente instruído para toda boa obra.”

O termo “Escritura”, conforme se encontra em 2 Tm 3.16, refere-se principalmente aos escritos do AT (3.15).

Há evidências, porém, de que escritos do NT já eram considerados Escritura divinamente inspirada por volta do período em que Paulo escreveu 2 Tm (1 Tm 5.18, cita Lc 10.7; 2 Pe 3.15,16);

Para nós, hoje, a Escritura refere-se aos escritos divinamente inspirados tanto do AT quanto do NT, i.e., a Bíblia. São (os escritos) a mensagem original de Deus para á humanidade, e o único testemunho infalível da graça salvífica de Deus para todas as pessoas.

(1) Paulo afirma que toda a Escritura é inspirada por Deus. A palavra “inspirada” (gr. theopneustos) provém de duas palavras gregas: Theos, que significa “Deus”, e pneuo, que significa “respirar”. Sendo assim, “inspirado” significa “respirado por Deus”.

Toda a Escritura,portanto, é respirada por Deus; é a própria vida e Palavra de Deus.

A Bíblia, nas palavras dos seus manuscritos originais, não contém erro; sendo absolutamente verdadeira, fidedigna e infalível.

Esta verdade permanece inabalável, não somente quando a Bíblia trata da salvação, dos valores éticos e da moral, como também está isenta de erro em tudo aquilo que ela trata, inclusive a história e o cosmos (cf. 2 Pe 1.20,21; note também a atitude do salmista para com as Escrituras no Sl 119).

(2) Os escritores do AT estavam conscientes de que o que disseram ao povo e o que escreveram é a Palavra de Deus (ver Dt 18.18; 2 Sm 23.2;). Repetidamente os profetas iniciavam suas mensagens com a expressão: “Assim diz o Senhor”.

(3) Jesus também ensinou que a Escritura é a inspirada Palavra de Deus até em seus mínimos detalhes (Mt 5.18).

Afirmou, também, que tudo quanto Ele disse foi recebido da parte do Pai eé verdadeiro (Jo 5.19,30,31; 7.16; 8.26).
Ele falou da revelação divina ainda futura (i.e., a verdade revelada do restante do NT), da parte do Espírito Santo através do apóstolos (Jo
16.13; cf. 14.16,17; 15.26,27).

(4) Negar a inspiração plenária das Sagradas Escrituras, portanto, é desprezar o testemunho fundamental de Jesus Cristo (Mt 5.18; 15.3-6; Lc 16.17; 24.25-27,44;45; Jo 10.35),

Do Espírito Santo (Jo 15.26; 16.13; 1 Co 2.12-13; 1 Tm 4.1)

E dos apóstolos (3.16;. 2 Pe 1.20,21).

Além disso, limitar ou descartar a sua inerrância é depreciar sua autoridade divina.

(5) Na.sua ação de inspirar os escritores pelo seu Espírito, Deus, sem violar a personalidade deles, agiu neles de tal maneira que escreveram sem erro (3.16; 2 Pe 1.20,21; ver 1 Co 2.12,13 notas).

(6) A inspirada Palavra de Deus é a expressão da sabedoria e do caráter de Deus e pode, portanto, transmitir sabedoria e vida espiritual através da fé em Cristo (Mt 4.4; J0 6.63; 2 Tm 3.15; 1 Pe 2.2).

(7) As Sagradas Escrituras são o testemunho infalível e verdadeiro de Deus, na sua atividade salvífica a favor da humanidade, em Cristo Jesus.

Por isso, as Escrituras são incomparáveis, eternamente completas e incomparavelmente obrigatórias.

Nenhuma palavra de homens ou declarações de instituições religiosas igualam-se à autoridade delas.

(8) Qualquer doutrina, comentário, interpretação, explicação e tradição deve ser julgado e validado.pelas palavras e mensagem das Sagradas Escrituras (ver Dt 13.3 nota;).

(9) As Sagradas Escrituras como a Palavra de Deus devem ser recebidas, cridas e obedecidas como a autoridade suprema em todas as coisas pertencentes à vida e à piedade (Mt 5.17-19; Jo 14.21; 15.10; 2Tm 3.15,16; ver Ex 20.3 nota).

Na igreja, a Bíblia deve ser a autoridade final em todas as questões de ensino, de repreensão, de correção, de doutrina e de instrução na justiça              (2 Tm 3.16,17).
Ninguém pode submeter-se ao senhorio de Cristo sem estar submisso a Deus e à sua Palavra como a autoridade máxima (Jo 8.31,32,37).

(10) Só podemos entender devidamente a Bíblia se estivermos em harmonia como Espírito Santo. E Ele quem abre as nossas mentes para compreendermos o seu sentido, e quem dá testemunho em nosso interior da sua autoridade (ver 1 Co 2.12 nota; ).

 (11) Devemos nos firmar na inspirada Palavra de Deus para vencer o poder do pecado, de Satanás e do mundo em nossas vidas (Mt 4.4; Ef 6.12,17; Tg 1.21).

(12) Todos na igreja devem amar, estimar e proteger as Escrituras como um tesouro, tendo- as como a única verdade de Deus para um mundo perdido e moribundo.

Devemos manter puras as suas doutrinas, observando fielmente os seus ensinos, proclamando a sua mensagem salvífica, confiando-as a homens fiéis, e defendendo-as contra todos que procuram destruir ou distorcer suas verdades eternas (ver Fp 1.16; 2 Tm 1.13,14 notas; 2.2; Jd 3).

Ninguém tem autoridade de acrescentar ou subtrair qualquer coisa da Escritura (ver Dt 4.2 nota; Ap 22.19 nota).

(13) Um fato final a ser observado aqui. A Bíblia é infalível na sua inspiração somente no texto original dos livros que lhe são inerentes.

Logo, sempre que acharmos nas Escrituras alguma coisa que parece errada, ao invés de pressupor que o escritor daquele texto bíblico cometeu um engano, devemos ter em mente três possibilidades no tocante a um tal suposto problema:

(a) as cópias existentes do manuscrito bíblico original podem conter inexatidão;

(b) as traduções atualmente existentes do texto bíblico grego ou hebraico podem conter falhas; ou

(c) a nossa própria compreensão do texto bíblico pode ser incompleta ou incorreta.

Elaboração pelo:- Evangelista Isaias Silva de Jesus (auxiliar)
Igreja Evangélica Assembléia de Deus Ministério Belém Em Dourados – MS
Bíblia de Estudo Pentecostal


A CHAMADA DE ABRAÃO

A CHAMADA DE ABRAÃO

Gn 12.1-3 “Ora, o SENHOR disse a Abrão: Sai-te da tua terra, e da tua parentela, e da casa de teu pai, para a terra que eu te mostrarei. E far-te-ei uma grande nação, e abençoar-te-ei, e engrandecerei o teu nome, e tu serás uma bênção. E abençoarei os que te abençoarem e amaldiçoarei os que te amaldiçoarem; e em ti serão benditas todas as famílias da terra.”

A chamada de Abrão (posteriormente chamado Abraão, 17.5), conforme a narrativa de Gênesis 12, dá início a um novo capítulo na revelação do AT sobre o propósito divino de redimir e salvar a raça humana.

A intenção de Deus era que houvesse um homem que o conhecesse e o servisse e guardasse os seus caminhos (ver 18.19 nota).

Dessa família surgiria uma nação escolhida, de pessoas que se separassem das práticas ímpias doutras nações, para fazerem a vontade de Deus. Dessa nação viria Jesus Cristo, o Salvador do mundo, o prometido descendente da mulher (ver 3.15 nota; Gi 3.8,16,18).

Vários princípios importantes podem ser deduzidos da chamada de Abraão.

(1) A chamada de Abraão levou-o a separar-se da sua pátria, do seu povo e dos seus familiares (12.1),

Para tornar-se estrangeiro e peregrino na terra (Hb 11.13).

Em Abraão, Deus estava estabelecendo o princípio importante de que os seus deviam separar-se de tudo quanto possa impedir o propósito divino na vida deles

(2) Deus prometeu a Abraão uma terra, uma grande nação através dos seus descendentes e uma bênção que alcançaria todas as nações da terra (12.2,3).

O NT ensina claramente que a última parte dessa promessa cumpre-se hoje na proclamação missionária do evangelho de Cristo (At 3.25; Gl 3.8).

(3) Além disso, a chamada de Abraão envolvia, não somente uma pátria terrestre, bem como uma celestial.

Sua visão alcançava um lar definitivo não mais na terra, e sim no céu; uma cidade cujo artífice e construtor é o próprio Deus.
A partir de então, Abraão desejava e buscava uma pátria celestial onde habitaria eternamente com Deus em justiça, alegria e paz (Hb 11.9,10,14-16; Ap 21.1-4; 22.1-5).

Até então, ele seria estrangeiro e peregrino na terra (Hb 11.9,13).

(4) A chamada de Abraão continha não somente promessas, como também compromissos.

Deus requeria de Abraão tanto a obediência quanto a dedicação pessoal a Ele como Senhor para que recebesse aquilo que lhe fora prometido. A obediência e a dedicação demandavam:

(a) confiança na palavra de Deus, mesmo quando o cumprimento das promessas parecia humanamente impossível (15.1-6; 18.10- 14),

(b) obediência à ordem de Deus para deixar a sua terra (12.4; Hb 11.8), e

(c) um esforço sincero para viver uma vida de retidão (17.1,2).

(5) A promessa de Deus a Abraão e a sua bênção sobre ele, estendem-se, não somente aos seus descendentes físicos (i.e., os judeus crentes), como também a todos aqueles que com fé genuína (12.3) aceitarem e seguirem a Jesus Cristo, a verdadeira “posteridade” de Abraão (Gl 3.14,16).

Todos os que são da fé como Abraão, são “filhos de Abraão” (Gl 3.7) e são abençoados juntamente com ele (Gl 3.9).

Tornam-se posteridade de Abraão, herdeiros segundo a promessa (Gl 3.29),

O que inclui o receber pela fé “a promessa do Espírito” em Cristo Jesus (ver GI 3.14 nota).

(6) Por Abraão possuir uma fé em Deus, expressa pela obediência, dele se diz que é o principal exemplo da verdadeira fé salvífica (15.6; Riu 4.1-5,16-24; GI 3.6-9; Hb 11.8-19; Tg 2.21-23; ver 15.6 nota).

Biblicamente, qualquer profissão de fé em Jesus Cristo como Salvador que não requer obediência a Ele como Senhor não é a classe de fé que Abraão possuía e, portanto, não é a verdadeira fé salvífica (ver J0 3.36 nota; ).


Elaboração pelo:- Evangelista Isaias Silva de Jesus (auxiliar)
Igreja Evangélica Assembléia de Deus Ministério Belém Em Dourados – MS
Bíblia de Estudo Pentecostal


quinta-feira, 29 de dezembro de 2011

O RELACIONAMENTO ENTRE O CRENTE E O MUNDO


O RELACIONAMENTO ENTRE O CRENTE E O MUNDO
1 Jo 2.15,16 - ‘Não ameis o mundo, nem o que no mundo há. Se alguém ama o mundo, o amor do Pai não está nele. Porque tudo o que há no mundo, a concupiscência da carne, concupiscência dos olhos e a soberba da vida, não é do Pai, mas do mundo.”
Apalavra “mundo”  freqüentemente se refere ao vasto sistema de vida desta era, Tomentado por Satanás e existente à parte de Deus.
Consiste não somente nos prazeres obviamente malignos, imorais e pecaminosos do mondo,
Mas também se refere ao espírito de rebelião que nele age contra Deus,                                       E de resistência ou indiferença a Ele e à sua revelação.
Isso ocorre em todos os empreendimentos humanos que não estão sob o senhorio de Cristo.
Na pesente era, Satanás emprega as idéias mundanas de moralidade,
Das filosofias, psicologia, desejos, governos, cultura, educação, ciência, arte, medicina, música, sistemas econômicos, diversões,
Comunicação de massa, esporte, agricultura, etc,
Para opor-se a Deus, ao seu povo, e a sua Palavra e aos seus padrões de retidão (Mt 16,26; - 1 Co 2.12; - 3.19;  - Tt 2.12;  - 1 J0 2.15,16;  - Tg 4.4;  -                  Jo 7.7; - 15,18,19;  - 17.14).
Por exemplo, Satanás usa a profissão médica, para defender e promover a matança de seres humanos nascituros;
A agricultura para produzir drogas destuidoras da vida, tais como o álcool e os narcóticos;
A educação, para promover a filosofia impia humanista;
E os meios de comunicação em massa, para destruir os padrões divinos de condulta.
Os crentes devem estar conscientes de que, por trás de todos os empreendimentos ,meramente humanos,
Há um espírito, força ou poder maligno que atoa contra Deus e a sua Palavra. Nalguns casos, essa ação maligna é menos intensa; noutros casos, é mais.
Finalmente o “mundo” também inclui todos os sistemas religiosos originados pelo homem,
Bem como  todas as organizações e igrejas mundanas, ou mornas.
(1) Satanás (ver Mt 4.10, nota sobre Satanás)
É o deus do presente sistema mundano (ver Jo 12.31 nota; 14.30; - 16.11;                  2 Co 4.4; - 5.19).
Ele o controla juntamente com uma hoste de espírito  malignos, seus subordinados (Dn 10.13; - Lc 4.5-7;  - Ef 6.12,13.
2- Satanás tem o mundo organizado em sistemas
Políticos, culturais, econômicos e religioso que são inatamente hostis a Deus eao seu povo (Jo 7.7; - 15.18,19; - 17.14; - Tg 4.4;  - 2.16)
Se recusam a submeter-se à sua verdade, a qual revela a iniqüidade do mundo (Jo 7.7).
3- O mundo e a igreja verdadeira são dois grupos distintos de povo.
O mundo está sob domínio de Satanás (ver J0 12.31);
A igreja pertence exclusivamente a Deus (Ef 5.23,24; - 21.2:)
Por isso, o crente deve separar-se do mundo  Jo 7: 7
4- No mundo, os crentes são forasteiros e peregrinos                                            (Hb 11.13; 1 Pe 2.11).
(a) Não devem pertencer ao mundo (Jo 15.19),
Não se conformar com o mundo (ver Rm 12.2),
Não amar o mundo (2.15), vencer o mondo (5.4).
Odiar a iniqüidade do mundo (ver Hb 1.9),
morrer parao mundo (GL 6.14)
Ser libertos do mundo (Cl 1.13; 011.4).
b) Amar o mundo (c. 2.15) corrompe nossa comunhão com Deus e leva à destruição espiritual.
E impossível amar o mundo e  ao Pai ao mesmo tempo (Mt 6.24; - Lc 16.13; ver Tg 4.4 ).
Amar o mundo significa:- Estar em estreita comunhão com ele e dedicar-se aos seus valores, interesses, caminhos e prazeres.
Significa ter prazer e satisfação naquilo que ofende a Deus e que se opõe a Ele
Note, é claro, que os termos “mundo” e “terra” não são sinônimos; Deus não proibe o amor à terra criada, natureza, às montanhas, às florestas, etc.
5- De acordo com 2.16, três aspectos do mundo pecaminoso são abertamente hostis a Deus:
“A concupiscência da carne”, que inclui os desejos impuros e a busca de prazeres pecamios e a gratificação sensual (1 Co 6.18; - Fp 3.19; - Tg 1.14).
“A concupiscência dos olhos”, que se refere à cobiça ou desejo descontrolado por coisas atraentes aos olhos,
Proibidas por Deus, inclusive o desejo de olhar para o que dá prazer pecaminoso (Ex 220: 17== Rm 7.7),
Nesta era moderna, isso inclui o desejo de divertir-se contemplando pornografia,
Violência, impiedade e imoralidade no teatro, na televisão, no cinema, ou em periódicos (1 3.6; J5 7.21; 2 Sm 11.2; Mt 5.28).
(c) “A soberba da vida”, que significa
O espírito de arrogancia, orgulho e independência auto-suficiente, que não reconhece Deus como Senhor,
Nem a  sua Palavra como autoridade suprema.
Tal pessoa procura exaltar, glorificar e promover  a si mesma, julgando não depender de ninguém (Tg 4.16).
(6) O crente não deve ter comunhão espiritual com aqueles que vivem o sistema iníquo mundo (ver Mt 9.11
Deve reprovar abertamente o pecado deles ( Ef 5.11)
Deve ser sal e luz do mundo para eles (Mt 5.13,14),
Deve amá-los (Jo 3: 16 )
Deve procurar ganhá-los para Cristo (Mc 16.15; - Jd 22,23).
(7) Da parte do mundo, o verdadeiro cristão terá tribulação (Jo 16.33),
Ódio (Jo 15.19), perseguição (Mt 5.10-12)
E sofrimento em geral (Rm 8.22,23; 1 Pe 2.19-21).
Satanás, usando atrações do mundo, faz um esforço incessante para destruir a vida de Deus dentro do cristão (2 Co 11.3;  - l Pe5.8).
(8) O sistema deste mundo é temporário
E será destruído por Deus (Dn 2.34,35,44;  - 2 Ts 10;1 Co 7.31; - 2 Pe 3.10  ; Ap 18.2).

Amém
.