TUDO POSSO
NAQUELE QUE ME FORTALECE
TEXTO
ÁUREO:-
“Tudo Posso Naquele Que Me Fortalece.”
VERDADE
PRATICA
= A satisfação e a suficiência do crente vêm de Cristo e independem da
abundância ou da escassez de bens materiais.
LEITURA BIBLICA
= Filipenses 4: 10 – 19
Será que
o Cristão pode fazer de tudo? Será que temos, por meio de Cristo, poder para
realizar qualquer feito? O que é que Paulo quis dizer com esta declaração
ousada? Esta passagem tem sido entendida por muitos Cristãos como uma afirmação
geral de que realmente “tudo” podemos fazer. Como sempre é necessário observar
o contexto da passagem. O contexto imediato (Fil 4:10-20) indica que Paulo está
tratando de necessidades pessoais. Podemos ver isso quando ele usa frases e
termos como “pobreza” (v. 11) “fartura e fome”; “abundância e escassez” (v.
12); “dar e receber” (v. 15) e “necessidades” (vv. 16 e 19). Todas estas
palavras e frases tratam de necessidades físicas e imediatas como comida e
moradia. Ele pessoalmente passou por necessidades nestas áreas e está mostrando
como Cristo lhe deu força para enfrentá-las.
Paulo
poderia, de repente, sair deste contexto para formalizar uma afirmação sobre
todas as necessidades em geral. Ou, como alguns entendem pela frase isolada,
ele poderia dizer que, por meio de Cristo, consegue realizar de tudo. No
entanto, para fazer isso, seria esperado que Paulo desse algum sinal de tal
mudança. A ausência de uma sinalização não impede de forma categórica esta
possibilidade. Mas, sendo que o contexto imediato é satisfatório, e que não há
evidência clara dele ter intencionado uma afirmação mais geral, devemos
concluir que o ponto dele neste versículo é de que, dentro das necessidades
pessoais (embora estas necessidades sejam enormes), com Cristo, ele terá tudo
que precisa para lidar com elas.
Como Paulo usava “tudo”
Ajuda-nos
a entender que Paulo, como autores e oradores modernos, às vezes usava o
adjetivo “tudo” (gr. panta de pas) para se referir à maior parte ou à maioria
de uma categoria, sem necessariamente se referir a algo em sua totalidade.
Podemos
ver este tipo de uso em passagens como 1 Cor. 9:22 “...Fiz-me tudo para com
todos, com o fim de, por todos os modos, salvar alguns.” Paulo não quis dizer
que havia se tornado absolutamente tudo para com toda a humanidade. O ponto
dele foi de que ele se esforçou, negando seus próprios interesses e tendências,
para influenciar todos aqueles com quem ele teve contato e oportunidade.
De forma
parecida, em Colossenses 1:28 Paulo afirmou “o qual nós anunciamos, advertindo
a todo homem e ensinando a todo homem em toda a sabedoria, a fim de que
apresentemos todo homem perfeito em Cristo”. Aqui Paulo não quis dizer que
ensinava literalmente todos os homens existentes, nem que aquilo que ele
ensinava fosse toda a sabedoria existente. O ponto dele, novamente, se
restringia àqueles dentro do seu raio de alcance e à sabedoria necessária e
suficiente para a plena vida em Cristo.
Da mesma
forma, em Fil 2:21, ao dizer “pois todos eles buscam o que é seu próprio, não o
que é de Cristo Jesus.” Paulo não estava se referindo à totalidade da raça
humana, nem a todos da cidade de Roma, onde ele se encontrava (Fil 1:13). Ele
estava se referindo a muitos outros que não se preocupavam com seus interesses
da forma como Timóteo havia feito. Mas, presumimos que Paulo contaria entre
aqueles em quem confiava pessoas como Epafrodito (4:18) e os da casa de César
(4:22). Portanto, ele não estava relegando nem a raça como um todo, nem toda a
população de Roma ao grupo dos que “buscam o que é seu próprio, não o que é de
Cristo Jesus.” Ele quis dizer que muitos eram assim, porém Timóteo era
diferente.
De igual
modo, ao dizer em Fil 4:13 “Tudo posso naquele que me fortalece”, Paulo não
quis dizer “tudo” num sentido absoluto. O que ele quis dizer era que, de todas
as coisas que havia passado que necessitavam de poder para enfrentar, como
pobreza, fome, escassez e necessidades, Cristo supria toda esta força que ele
precisava. É neste sentido que Paulo escreveu “Tudo posso naquele que me
fortalece”. Pelo que já havia passado, Paulo tinha confiança, e quis passar
esta mesma confiança aos Cristãos em Filipos, de que Cristo havia de suprir
toda a força que eles precisavam, seja qual fosse a situação. É por isso que
ele encoraja os Cristãos em Filipos com as palavras “E o meu Deus, segundo a
sua riqueza em glória, há de suprir, em Cristo Jesus, cada uma de vossas
necessidades” (4:19).
O foco da passagem
Embora
muitas traduções modernas como a NVI, ARA e BJ traduzam o verso praticamente
igual como “tudo posso naquele que me fortalece”, aqui a NTLH traz uma tradução
bastante interessante “Com a força que Cristo me dá, posso enfrentar qualquer
situação”. Esta tradução é salutar, pois coloca a ênfase em Cristo e demonstra
que o objetivo não é as conquistas do homem e sim sua capacitação para, com
Cristo, enfrentar as situações, tão adversas quanto forem, que a vida traz.
É um
eqúivoco pensar que o ponto de Paulo é que, com Cristo, ele pode alcancar
grandes realizações ou conquistas. Paulo, embora falando das coisas que fazia por
conta própria, já descartou a imporância das grandes realizações pessoais. Em
3:4-8 Paulo relembrou suas grandes conquistas em nome do zelo religioso. Daí,
ele mostrou como o simples conhecer e comunhão com Cristo eram muito superior a
todas as suas conquistas (3:8,10).
Dificilmente
Paulo agora estaria chamando a atenção dos Cristãos em Filipos para a idéia de
realizar grandes coisas, mesmo com Cristo. O ponto de Paulo é de assegurar
estes irmãos de que, na abundância ou na adversidade, Cristo os faria fortes o
suficiente para lidar com qualquer situação, permanecendo fiéis a Ele.
E o “tudo” que podemos fazer?
Alguns
ainda querem saber, "o homem pode fazer tudo o que ele precisa
fazer?" Até isso, na verdade, é relativo. O homem às vezes pensa que precisa
fazer algo, tenta fazer e se frustra quando não consegue. Ele declara que Deus
não existe, ou reclama que Deus não ouviu suas orações. Mas, Deus muitas vezes
sabe que há uma grande diferença entre o que o homem pensa que precisa e o que
ele realmente precisa. Quando era jovem namorei uma moça e pensei que precisava
casar com ela. Não deu certo. Acabei esperando até quase 40 anos de idade para
casar. Hoje, sei que Deus me deu, graças à sua vontade que é sempre melhor, a
esposa que eu realmente precisava.
Dentro da
vontade soberana (e para nós muitas vezes misteriosa) de Deus, sim, diria que o
homem pode fazer o que precisa. Mas, esse fazer nem sempre será o que ele quer.
Prova disso é que há muita coisa que, além de poder fazer, devíamos fazer, mas
nem sempre fazemos.
Talvez a
grande questão não é se Deus me capacita para fazer tudo que preciso. Dentro da
soberana vontade dEle, Ele sempre capacita. O problema é que eu nem sempre
quero fazer tudo para o qual Ele me capacitou. Talvez para Deus parece que queremos
saber se podemos fazer de tudo, quando tão pouco fazemos com o “tudo” que já
podemos. Que Deus nos ajude a, como Paulo, nos contentarmos não só com aquilo
que Ele nos deu, mas com aquilo que Ele nos capacitou a fazer, e esmeremo-nos
ao fazê-lo.
Tudo posso
naquele que me fortalece
A teologia bíblica exige que a
interpretação do texto bíblico seja em harmonia com o contexto. O verso 13 de
Filipenses 4 tem sido explorado e manipulado erroneamente. Muitos o usam
indevidamente para pedir milagres; afirmam que podem conquistar posições
elevadas no mundo secular; podem vencer o diabo, enfim, usam o verso para seus
interesses pessoais. O sentido dele é o enfoque de uma situação de equilíbrio
emocional, de uma pessoa resignada; com autodomínio disciplinado em diferentes
circunstâncias.
EQUILIBRIO NA
FARTURA OU NA ESCASSEZ.
“Não digo isto por causa de
necessidade, porque já aprendi a contentar-me com as circunstâncias em que me
encontre”. “Sei passar falta, e sei também ter abundância; em toda maneira e em
todas as coisas estou experimentado, tanto em ter fartura, como em passar fome;
tanto em ter abundância, como em padecer necessidade”. Fp 4. 11-12. Aceito a
abundância ou a carestia.
ACEITAÇÃO DE
SITUAÇÕES SOCIAIS DIFÍCEIS.
“E quero, irmãos, que saibais que
as coisas que me aconteceram têm antes contribuído para o progresso do
evangelho; de modo que se tem tornado manifesto a toda a guarda pretoriana e a
todos os demais, que é por Cristo que estou em prisões; também a maior parte
dos irmãos no Senhor, animados pelas minhas prisões, são muito mais corajosos
para falar sem temor a palavra de Deus”. Fp 1. 12-14. Sei estar em liberdade ou
preso.
CURVAR-SE A
SOBERANIA DE DEUS.
“Porque para mim o viver é
Cristo, e o morrer é lucro”. Fp 1. 21.
Concordo em viver, mas não recuso
morrer.
SABER VALORIZAR
OS TALENTOS ALHEIOS.
“Nada façais por contenda ou por
vanglória, mas com humildade cada um considere os outros superiores a si mesmo;
não olhe cada um somente para o que é seu, mas cada qual também para o que é
dos outros”. Fp 2. 3-4.
Posso viver sem ser egoísta.
AQUELE QUE ME
FORTALECE.
“Mas esvaziou-se a si mesmo,
tomando a forma de servo, tornando-se semelhante aos homens; e, achado na forma
de homem, humilhou-se a si mesmo, tornando-se obediente até a morte, e morte de
cruz.
Pelo que também Deus o exaltou
soberanamente, e lhe deu o nome que é sobre todo nome; para que ao nome de
Jesus se dobre todo joelho dos que estão nos céus, e na terra, e debaixo da
terra, e toda língua confesse que Jesus Cristo é Senhor, para glória de Deus
Pai”. Fp 2. 8-11. Cristo pôde suportar todas as coisas.
“Será que
realmente 'Tudo posso naquele que me fortalece'?”
Quatro pontos importantes que precisamos aprender
desta passagem:
1. Nem
tudo que eu quero, eu posso.
2. Nem tudo que eu posso, eu devo.
3. Nem tudo que eu posso, eu faço.
4. Mas, tudo que eu preciso, eu posso.
Nem tudo que eu quero, eu posso.
Um
Cristão quer abrir uma pequena livraria para vender Bíblias e livros de estudo
bíblico em seu bairro. Falta o dinheiro para comprar as mercadorias e pagar os
primeiros meses de aluguel. Ele ora a Deus fervorosamente para Deus “abrir essa
porta”.
Uma irmã
quer começar uma obra de ajuda a crianças carentes num bairro perto do prédio
da igreja. A liderança da igreja não a considera apta para esta obra, mas não
tem outra pessoa que queira se envolver. Ela pede a Deus que Ele mude os
corações dos líderes. Ela aguarda ansiosamente o dia em que vai começar a
ajudar as crianças.
Outra
irmã quer casar e ser missionária em Rondônia. Ela tem certeza que é a vontade
de Deus e ora com plena convicção de que Deus vai conceder este pedido.
Todos
estes discípulos são encorajados pelos irmãos próximos a eles. Em orações e
bilhetes, em palavras e abraços, todos recebem o apoio de seus irmãos. E todos
são fortalecidos com as palavras de Paulo – “tudo posso naquele que me
fortalece” (Filipenses 4:13).
Paulo queria pregar o Evangelho na Ásia (Atos
16:6-7). Mas ele foi impedido de pregar lá e teve que viajar até a Macedônia
para poder pregar onde Deus queria. Pregar era bom e necessário. Certamente
Deus queria que o Evangelho fosse pregado na Ásia. Qual o problema em Paulo
pregar na Ásia? Só Deus sabe, mas ele fechou aquela porta.
Haverá ocasiões em que vamos querer fazer
coisas boas, até coisas para Deus, mas não conseguiremos, porque não será a
vontade de Deus naquele momento, ou naquela situação, naquele lugar, ou com
aquela pessoa. Tudo posso naquele que me fortalece? Sim, quando, como, aonde e
com quem Deus quer. Mas, somente porque algo é bom, espiritual e para servir os
outros, não quer dizer que Deus vai abençoar.
Podemos, então, dizer que O ponto de
Filipenses 4:13 não é sobre as minhas realizações, e sim condições para o que
Deus quer realizar através de mim ou dentro de mim. “Tudo posso naquele que me
fortalece.” A grande questão não é se realmente posso TUDO. Talvez a pergunta
mais importante é “para que” ele está me fortalecendo?
“Já que com sua força humana caída ele foi um
obstáculo para Cristo, Paulo aprendeu a regozijar na sua fraqueza para que a
força de Cristo, e não a sua, fosse evidente (2 Cor 12:9-10). Deve ser notado
também que este versículo não é a carta branca para obter ‘poder’ de Deus para
realizar qualquer coisa que nós queiramos. Paulo recebeu de Cristo força
interna impressionante para realizar a vontade de Cristo, não a sua (Efé 2:10;
3:16; Tito 2:11-12).”
Nem
tudo que eu posso, eu devo.
Como Cristãos, nós nos preocupamos em fazer
sempre a vontade de Deus. Às vezes uma idéia chama a nossa atenção. Vemos uma
necessidade ou oportunidade e logo pensamos numa solução. Oramos um pouco e
depois de algum tempo começamos a criar convicção que Deus quer realizar tal
obra. Irmãos e amigos, vendo que o nosso projeto é bom e espiritual, começam a
nos encorajar. Todos afirmam que deve ser da vontade de Deus. Mas, será que é?
Nem sempre tudo que eu posso, eu devo. Às
vezes eu terei condições de fazer algo, para o qual talvez tenha orado por
muito tempo e desejado profundamente. Quando vejo as condições, logo penso que
é isso mesmo que Deus quer. Mas, pode não ser. Vemos três exemplos da vida de
Davi, um homem que vivia segundo o coração de Deus (Atos 13:22). Em cada
exemplo Davi descobriu que o que parecia uma resposta de Deus, não era.
1 Sam 24:1-7 Davi, o ungido de Deus, estava
sendo injustamente perseguido por Saul, um rei que foi desobediente e rejeitado
pelo Senhor. Certamente Davi queria se livrar dessa perseguição. No episódio
relatado em 1 Sam 24:1-7, Saul caiu nas mãos de Davi e Davi podia ter acabado
com Saul e toda sua perseguição injusta.
Os homens de Davi disseram que aquilo era o
cumprimento de uma profecia. Por um momento Davi até acreditou e agiu conforme
o parecer dos seus homens. Parecia uma bênção de Deus. Só Deus podia ter
colocado Saul em suas mãos assim. E os homens de Davi afirmaram que era o
cumprimento da palavra de Deus.
Davi, por um instante, podia fazer o
impossível. Mas ele escolheu não fazer. Será que ele desperdiçou uma grande
bênção que Deus lhe deu?
1 Sam 26:8-9 Mais tarde, em outra ocasião,
parecia que Deus havia entregue Saul novamente nas mãos de Davi. Abisai, o
irmão de Joabe, disse: “Deus te entregou...” Certamente Davi havia orado por
livramento. Apareceu o que parecia um milagre – uma oportunidade de acabar com
seu pior inimigo, uma oportunidade de por fim à injustiça e perseguição. Davi,
por um instante, podia fazer o impossível. Mas ele escolheu não fazer. Será que
ele desperdiçou uma grande bênção que Deus lhe deu?
2 Sam 7:1-3 Davi queria fazer algo para Deus
– edificar um templo para Ele. Nada indica que os motivos de Davi eram impuros
ou que àquela altura da sua vida ele não seria digno de fazer tal
empreendimento. O profeta Natã até afirma que Davi deve ir em frente com seu
plano. Efetivamente, o porta-voz de Deus afirma que o desejo dele é certo.
Mas, logo em seguida (vv. 4-5, 12-13)
descobrimos que aquilo de fato não seria a vontade de Deus e que Davi não devia
construir aquele templo.
Davi havia começado como um simples pastor de
ovelhas. Ele sobreviveu vários anos de perseguição por um rei cismado em
matá-lo. Ele lutou depois contra vários inimigos e venceu todos. Finalmente
Deus lhe havia dado descanso e prosperidade.
Davi queria fazer algo bom para Deus para
demonstrar sua gratidão. Davi finalmente podia fazer o que, por anos, parecia
ser impossível. No entanto, não era a vontade de Deus. Nem tudo que parece ser
da vontade de Deus é. Nem tudo que é bom é necessário. Embora tenho lutado e me
empenhado contra grandes obstáculos, preciso estar preparado para esta verdade
- nem tudo que eu posso, eu devo.
Nem
tudo que eu posso, eu faço.
Vimos que nem tudo que eu quero, eu posso.
Descobrimos que nem tudo que podemos, devemos. Mas, ainda precisamos admitir
que nem tudo que podemos e devemos, de fato fazemos. Cristãos às vezes pensam
que precisam fazer algo. Eles concluem que é algo bom e necessário. É para
ajudar os outros, é espiritual. Eles tentam fazer e se frustram quando não
conseguem. Eles reclamam que Deus não ouviu suas orações ou não foi fiel às
suas promessas.
Mas Deus muitas vezes deve olhar ao nosso
redor para tudo que ele preparou para nós, todas as obras que ele destinou para
nós que nós ignoramos porque estamos sonhando com o “impossível”. Deus preparou
as obras que devemos fazer. Se faltam condições ou recursos, a culpa não é de
Deus. O mesmo Paulo que afirmou “tudo posso naquele que me fortalece” também
declarou “...somos feitura dele, criados em Cristo Jesus para boas obras, as
quais Deus de antemão preparou para que andássemos nelas.” (Efésios 2:10) Se as
obras e realizações foram preparadas “de antemão” por Deus, certamente não
faltarão condições para que sejam realizadas. Talvez o que falta é nós
reconhecermos as obras que Ele preparou.
Dentro da vontade soberana (e para nós muitas
vezes misteriosa) de Deus, podemos afirmar que o homem pode fazer o que
precisa. Mas esse fazer nem sempre será o que ele quer. Prova disso é que há
muita coisa que, além de podermos fazer, devíamos fazer, mas nem sempre
fazemos.
O irmão que quer abrir uma livraria para
vender Bíblias para divulgar a Palavra de Deus em seu bairro está
compartilhando a Bíblia que já tem com seus vizinhos? A irmã que quer servir as
crianças do bairro está cuidando de seus filhos ou dos filhos da sua irmã
casada? A jovem que quer evangelizar Rondônia está evangelizando seus parentes
e vizinhos onde mora?
Anos atrás ouvi o coordenador de um comitê de
missões dar o seguinte critério para avaliar futuros missionários. Ele, que
havia sido durante anos missionário na África do Sul, disse que não iam enviar
para um país estrangeiro algum homem ou mulher que não estivesse fazendo
discípulos e evangelizando na pequena cidade onde morava. Por que o
“missionário” teria que ir para terras estranhas para evangelizar? Por que ele
não podia fazer discípulos na sua própria língua e cultura? Se ele não
estivesse fazendo lá onde morava, não deviam esperar que, por estar em terras
distantes, ele passaria a fazer.
Jesus estabeleceu um princípio - Fiel no
pouco, fiel no muito (Mat 25:21,23). Será que Deus só coloca diante de mim
coisas impossíveis? Ou será que eu não estou nem sendo fiel nas coisas bem
possíveis que ele colocou diante de mim? Vamos começar a ser fiel no pouco, a
andar nas obras que Deus já colocou diante de nós e para as quais ele já nos
preparou e já nos equipou. Sendo fiéis nestas coisas, certamente ele confiará
coisas maiores, coisas até então aparentemente impossíveis.
Mas,
tudo que eu preciso, eu posso.
John Henry Jowett contou a história de uma
pequena aldeia onde uma senhora de idade faleceu. Ela faleceu sem dinheiro, sem
educação, sem sofisticação, mas, durante sua vida, seu serviço sem pensar em si
mesma, havia causado um grande impacto para Cristo. Na lápide dela foram escritas
as seguintes palavras: “Ela fez o que não podia”.
Esta epígrafe poderia ser para qualquer
Cristão que deixar Cristo viver por meio dele: ELE pode fazer por meio de nós o
que nós não podemos sozinhos. Paulo aprendeu e quis compartilhar com os
Cristãos de Filipos que, nas dificuldades, no sofrimento, na perda e na
escassez, Deus nos dará força para tudo.
Charles Bugg percebeu o ponto de Paulo em
Filipenses 4:13 quando observou o seguinte: “A fé de Paulo, ‘Tudo posso naquele
que me fortalece’, diz mais sobre a mudança dentro dele do que nas suas
circunstâncias. O segredo que o Apóstolo havia apreendido era de que algumas
coisas têm que ser aceitas e que Deus pode nos dar força para suportar as
circunstancias mais difíceis.
Por incrível que pareça, Filipenses é a
história de alguém que descobriu sua provisão em Cristo, e com esta presença
imutável podia enfrentar com segurança todas os desafios da vida. Paulo estava
na prisão, mas estava em Cristo. Paulo estava em perigo, mas estava em Cristo.
Em Cristo – este era o segredo – seja qual for a sua situação, Paulo estava em
Cristo.
A maioria de nós já aprendemos que as
circunstâncias nem sempre acabam como queríamos. Sonhos morrem, relacionamentos
acabam e as melhores esperanças que temos para nós e outros não acontecem de
acordo com o nosso roteiro. Como então devemos viver? Paulo diria ‘em Cristo’.”
A vida pode trazer situações diversas e
adversas. Mas, para aqueles que estão em Cristo, tudo podem, sem dúvida, no
sentido de permanecer fiéis a Jesus – em Cristo. Não há lugar ou situação
melhor. Não há obra ou realização mais importante do que simplesmente o que
Paulo, contente nas cadeias e na prisão, estava afirmando – ele estava em
Cristo e era isso que importava.
Que Deus nos dê o contentamento para realizar
tudo que ele preparou para nós, e não nos preocupar com nada que não seja da
vontade dEle para nós. E que possamos, até o fim dos nosso dias, fazer aquilo
que é mais importante para cada discípulo – permanecer em Cristo. Que Deus
abençoe a todos.
A PROSPERIDADE
NA HUMILDADE
Cristo é
nosso exemplo: Mat. 11: 29, "que sou manso e humilde de
coração" (de atitude) ! Isaías 53:2,3, "Era desprezado, e o mais
rejeitado entre os homens"; 42:3 "A cana trilhado não quebrará, nem
apagará o pavio que fumega;" (Mat. 12:20)
Lucas 1
:52, "elevou os humildes" (pobres) como Maria. Apesar de sua baixa
estimação pela sociedade (Luc. 1:48), Deus a usou como um maravilhoso
instrumento para operar a Sua vontade para toda a humanidade que crê. Assim
Deus opera ainda hoje (I Cor. 1:26-29, "não são muitos os sábios , ...
poderosos, ... nobres que são chamados. Mas Deus escolheu as coisas loucas
deste mundo para confundir as sábias; ... as coisas fracas para confundir as
fortes; ... as coisas vis e desprezíveis, e que não são, para aniquilar as que
são; para que nenhuma carne glorie perante Ele.")
Humildade É O Nosso Dever
Romanos
12:16, "Sede unânimes entre
vós;" - não é o ecumenismo que está sendo ensinado neste versículo. O que
está sendo ensinado é aquela atitude demonstrada por Jesus e os demais santos
bíblicos. Jesus mesmo disse: "Portanto, tudo o que vós quereis que os
homens vos façam, fazei-lho também vós, porque esta é a lei e os profetas"
(Mateus 7:12). A mesma verdade aprendemos com Tiago quando disse: "Todavia,
se cumprirdes, conforme a Escritura, a lei real: Amarás a teu próximo como a ti
mesmo, bem fazeis" (Tiago 2:8). Perante os olhos de Deus todos somos
igualmente pecadores, e todos precisam se arrepender de seus pecados crendo
pela fé em Cristo.
Em vista
disso a Bíblia diz: "...não ambicioneis coisas altas..." Romanos
12:7. Ainda em Gálatas 6:2 Paulo diz: "Levai as cargas uns dos outros
..." Em Tiago 1:27 podemos ler: "Visitar os órfãos e as viúvas na
suas tribulações ...". Aprendemos então que não devemos ter pretensões
superiores sobre os nossos semelhantes.
Podemos
notar registrado em Mateus as preciosas lições de humildade ensinadas por Jesus
aos seus discípulos: "Então Jesus, chamando-os para junto de si, disse:
Bem sabeis que pelos príncipes dos gentios são estes dominados, e que os
grandes exercem autoridade sobre eles. Não
será assim entre vós; mas todo aquele que quiser entre vós fazer-se grande seja
vosso serviçal; E, qualquer que entre vós quiser ser o primeiro, seja vosso
servo; Bem como o Filho do homem não veio para ser servido, mas para servir, e
para dar a sua vida em resgate de muitos" (Mateus 20:25-28).
"...mas
acomodai-vos às humildes..." (Romanos 12:16). Também devemos gostar da
companhia dos pobres e dos que são despojados de quaisquer qualificações, Tiago
2:1-5. Em Provérbios. 3:7 podemos observar o sábio conselho de Salomão:
"Não sejas sábio a teus próprios olhos; teme ao SENHOR e aparta-te do
mal".
O Exemplo de Paulo nos Ensina
Em II
Cor. 10:1 encontramos o apóstolo Paulo dizendo: "...quando presente ...
sou humilde". Em nenhuma ocasião Paulo se achava um bonitão ou um
auto-suficiente. Depois de sua conversão a Cristo, Paulo despiu-se de todo
orgulho carnal e de todas vantagens que tinha em sua vida religiosa. Antes de
aceitar Cristo, Paulo usufruía de muitas vantagens e prestígios em sua vida
religiosa. Veja o que ele mesmo disse: "Mas o que para mim era ganho
reputei-o perda por Cristo. E, na verdade, tenho também por perda todas as
coisas, pela excelência do conhecimento de Cristo Jesus, meu Senhor; pelo qual
sofri a perda de todas estas coisas, e as considero como escória, para que
possa ganhar a Cristo, E seja achado nele, não tendo a minha justiça que vem da
lei, mas a que vem pela fé em Cristo, a saber, a justiça que vem de Deus pela fé..."
(Gálatas 3:7-9). Depois de convertido Paulo tinha as provações e sofrimentos
que eram marcas de um discípulo sincero que fez ele sentir as suas fraquezas
(II Cor. 11:23-30; Gal. 6:17).
Conforme
acabamos de ver, o apóstolo Paulo poderia confiar muito na carne. Vantagens não
lhe faltava. Ele era circuncidado ao oitavo dia, da linhagem de Israel, da
tribo de Benjamin, hebreu de hebreus; segundo a lei, foi fariseu; segundo o
zelo, perseguidor da igreja, segundo a justiça que há na lei, irrepreensível (Fil.
3:4-6). Todavia, no seu ministério, ele não usou sublimidade de palavras ou de
sabedoria, mas, sentiu-se em fraqueza, e em temor e em grande tremor. A sua
palavra, e a sua pregação, não consistiram em palavras persuasivas de sabedoria
humana, mas em demonstração de Espírito e de poder (I Cor. 2:1-5). Paulo se
considerava crucificado com Cristo (Gal. 2:20). A sua glória era na cruz de
Nosso Senhor Jesus Cristo, pelo qual o mundo estava crucificado para ele e ele
para o mundo (Gal. 6:14; I Cor. 2:2, "Porque nada me propus saber entre
vós, senão a Jesus Cristo, e Este crucificado."). Paulo sentia-se humilde
para consigo mesmo, mas ousado com a verdade (II Cor. 10:1, "ousado para
convosco").
A atitude
de Paulo para com as fraquezas, as injurias, as perseguições e as angustias, é
uma lição para o Cristão. Se essas fraquezas ensinam o convertido em Cristo a
se aperfeiçoar no poder de Deus mediante a fé no Senhor Jesus, então ele pode
sentir prazer nelas (II Cor. 12:5-10).
Também o
Cristão é ensinado pelo exemplo de Paulo, que, por mais usado seja no
ministério, a glória toda pertence a Deus.
Humilde Como Paulo -- Atos 14:19,20 - confronto com
judeus invejosos ! Listra Paulo não se exaltou, mas teve a ousadia em obedecer
a Palavra de Deus e cumprir a sua vocação fielmente. Aprendemos que
"servindo ao Senhor com toda a humildade" não significa que é errado
apontar e confrontar o erro. A humildade nunca deve ser confundida com a
frouxidão. O servo de Deus que serve "ao Senhor com toda a humildade"
pode expor o erro. Paulo corajosamente confrontou o erro e exemplificou grande
ousadia em seu ministério, mas, mesmo assim testemunhou-se serviu "ao
Senhor com toda a humildade
Os servos
de Deus vivem nos dias de hoje com este grande dilema. Muitos confundem
humildade com a falta de coragem de expor publicamente o erro da humanidade. Há
até mesmo nos dias de hoje pastores light Os membros das igrejas exigem dos
pregadores pregações light. Light, segundo o dicionário Aurélio, significa
moderado, não radical. Porém o Senhor Jesus numa calorosa pregação, Ele
repetidas vezes chamou os fariseus e os escribas de hipócritas. Veja o capítulo
23 de Mateus. Jesus não foi light em suas pregações. E ninguém pode negar que
Jesus era humilde e manso de coração, Mateus 11:29.
Humildade É O Dever do Cristão
Efés.
4:1,2 ! "Andar digno da vocação ... com toda a humildade". A nossa
vocação, tanto a sua chamada quanto o seu desempenho, não é pelas qualidades
superiores do homem ou pelas espertezas da sabedoria humana (I Cor. 2:4,5,
"A minha palavra, e a minha pregação, não consistiram em palavras
persuasivas de sabedoria humana"; II Cor. 3:5, "a nossa capacidade
vem de Deus; Efés. 3:7, "dom da graça de Deus ... segundo a
operação do Seu poder"; II Cor. 4:4-6, "não nos pregamos a nós
mesmos"). Devemos usar tudo que Deus nos dá para a sua glória
lembrando-nos no mesmo instante que sempre temos pecado e fraquezas (Romanos
7:24; Col. 2:6).
Para
andar com modéstia, não é necessário negar nossos talentos ou nossos dons. A
humildade não deve negar a existência de uma capacidade nem o seu uso. Modéstia
não pode transformar a timidez em uma virtude. Devemos ser obedientes de alma e
de todo o coração! Todavia um dos segredos da humildade é reconhecer os
talentos e dons nos outros, Fil. 2:1-8. Mesmo obedecendo a Palavra de
Deus, usando as qualidades que Deus tem nos dado, não faz que somos mais do que
os outros, I Pedro 3:8, "afáveis"; 5:5.
A
humildade verdadeira não é uma atitude produzida pela filosofia humana, mas
pela influência do Espírito Santo na vida Cristã. Portanto não procure ter as
qualidades do Espírito Santo sem ter o próprio Espírito. É necessário conhecer
Cristo como seu Salvador para conhecer o Espírito Santo na sua vida. Se conhece
Cristo, já tem o Espírito Santo (Romanos 8:9). Se já conhece Cristo, cresce na
graça e verá que as qualidades de Cristo serão manifestas na sua vida,
inclusive essa qualidade de modéstia. Se não conhece Cristo, roga a Deus que
Ele seja misericordioso para salvar mais um pecador.
A Importância de Humildade
Quando
somos humilde tornamo-nos como Cristo Mateus. 11:29 registrou a
revelação da humildade e mansidão de Cristo nas seguintes palavras: "...
sou manso e humilde de coração". Também em outras partes do Novo
Testamento encontramos o registro de que Jesus era manso, submisso e humilde.
Mateus. 21:5; Lucas 22:27, "Eu, porém, entre vós sou como aquele que
serve."; "todavia não se faça a minha vontade mas a Tua.", Lucas
22:42; "...esvaziou-se a Si mesmo, tomando a forma de servo, fazendo-se
semelhante na forma de homem;" Filipenses 2:7. Cristo, como temos
estudado, mesmo sendo o Onipotente, se cansou, João 4:6; mesmo sendo o
Onisciente, não sabia o dia da volta do Seu Pai, Mateus. 24:36; mesmo sendo o
Onipresente, não estava presente na morte de Lázaro, João 11:15; mesmo sendo o
Divino, conheceu fome, Mateus. 4:2; sede, João 19:28. Jesus chorou, João 11:35
e, Jesus, o Todo-Poderoso Deus, experimentou a morte, João 19:30. Sabendo o que
Jesus, sendo o eterno Deus se fez pecado por nós, nós também devemos suportar as
fraquezas dos nosso queridos irmãos, Efésios. 4:32! Devemos imitar a humildade
de Cristo em nosso ministério. O apóstolo Paulo disse em II Tim 2:24: "E
ao servo do Senhor não convém contender, mas sim, ser manso para com todos,
apto para ensinar, sofredor;"
Quando
somos humildes tornarmo-nos como os santo homens de Deus. Em Gên.
39:19-23, José achou "graça aos olhos do carcereiro-mor" pois o
Senhor "estendeu sobre ele a Sua benignidade"; Moisés, Núm. 12:3,
"era o homem Moisés mui manso, mais do que todos os homens que havia sobre
a terra."; Ester 4:16 humildemente disse: "... se perecer,
pereci". Jó, o homem que deu o grande exemplo de paciência e sofrimento,
falou: "me abomino e me arrependo no pó e na cinza.", Jó 42:6. O
grande rei e profeta Davi disse: "SENHOR, Tu me sondaste, e me
conheces", Sal. 139:1. Eis as estupendas palavras do profeta Isaias:
"...Ai de mim! Pois estou perdido; porque eu sou um homem de lábios
impuros...", Isaías 6:5. Em Jeremias 1:6 lemos: "...ainda sou menino.".
Foi dito do grande homem de Deus, Daniel, que superou pela fé vários obstáculos
que ele tinha "espírito excelente"; Daniel 5:12; 6:3.
Quando
sabemos da importância da humildade, livramo-nos daquelas tristezas que vêm
por não conhecer as obras de Deus. Ignorância é tolice. A Bíblia diz
claramente que: "...não é bom ficar a alma sem conhecimento",
Provérbios. 19:2. O próprio Senhor Jesus disse: "Errais, não conhecendo as
Escrituras, nem o poder de Deus", Mateus 22:29. Tolice é resmungar por
aquilo que é para nosso bem e para a glória do nosso Senhor Jesus ("Como
fala qualquer doida, falas tu; receberemos o bem de Deus, e não receberemos o
mal?", Jó 2:10). Em Romanos 8:28 está escrito: "...todas as coisas
contribuem juntamente para o bem..." Ainda em Romanos 11:36: "...para
Ele são todas as coisas, glória, pois, a Ele eternamente...". Às vezes
para nossa humilhação é necessário um "espinho na carne" (II Cor.
12:7-9), ou outras quaisquer aflições. Sabendo que Deus é sábio em seus planos
e que Ele controla todas as coisas, então podemos nos regozijar nas tribulações
(Tiago 1:2-4) ao invés de lamentar!
Quando
nos tornamos humildes livramo-nos do maldito orgulho e as desastrosas
conseqüências que a falta dela traz para alma. Sabemos que as conseqüências
do pecado são muitas. Essas conseqüências podem ser vergonha pública, conforme
podemos ver em Lucas. 14:7-14; doenças graves, II Crônicas. 26:16-21;
"grande ira", II Crônicas. 32:25,26; perda de responsabilidades,
Daniel 5:20-30, ou outra espécie de contenda. Não há como ter as bênçãos de
Deus pela falta de humildade, pois "da soberba só provém a contenda",
Provérbios. 13:10. As graves conseqüências da carne são corrupção, Gal. 6:8, e
nunca podem operar a justiça de Deus, pois em Tiago lemos: "Porque a ira
do homem não opera justiça de Deus" (Tiago 1:20). Quando somos humildes,
poupamo-nos de muita vergonha, II Cor. 10:5).
Quando não
somos humildes gabamo-nos de supostas qualidades como Nabucodonosor, Daniel
4:30; enchemo-nos de soberba como Herodes, Atos 12:22,23; exaltamo-nos como os
príncipes contra Daniel, em destruir ou tirar vidas humanas, Daniel 6:4-13, 24;
caímos na tentação de nos exaltar, Mateus 23:9-12; e inchamo-nos com a ciência,
I Cor. 8:1, "a ciência incha". Devemos entender que quando excitamos
a nossa carne, "não é a sabedoria que vem do alto, mas é terrena, animal e
diabólica. Porque onde há inveja e espírito falacioso aí há perturbação e toda
a obra perversa." Tiago 3:13-18. Portanto há muito proveito e vantagens
espirituais quando exercitamos a humildade.
PROSPERIDADE
NA CARIDADE E NA UNIDADE
O que é a
caridade?
Caridade
é o ato benigno de saciar a necessidade das pessoas em suas vidas, simplesmente
por amor a elas, e para que elas dêem graças a Deus. Se amarmos verdadeiramente
ao próximo como a nós mesmos, não o deixaremos, tendo condições para saciá-lo,
sem que atendamos às suas necessidades, pois estaríamos negando a nós mesmos.
Assim, disse o Senhor Jesus, para que tenhamos misericórdia do próximo: Vai,
e faze da mesma maneira.(Lucas 10:37b)
Este ato nos aproxima do
Pai, a medida em que nos apresentamos diante dELE, com semelhante natureza.
Desta forma, está escrito: E, sobre tudo isto, revesti-vos de caridade, que
é o vínculo da perfeição.(Colossenses 3:14) E também: Sede vós, pois,
perfeitos, como é perfeito o vosso Pai celestial. (Mateus 5:48)
O Senhor Jesus, por
diversas oportunidades, praticou a caridade para nos conduzir pelos seus
exemplos. Certa vez, quando observou uma multidão que o acompanhava, dos quais
eram quase cinco mil homens, além das mulheres e crianças, moveu-se de íntima
compaixão por eles. Então, tomou cinco pães e dois peixinhos que lhe foram
apresentados, deu graças a Deus e os multiplicou por um notório milagre.(Mateus
14:15-21) Assim, todos que lá estavam saciaram a sua fome, sendo que, em muito
sobraram pedaços.
O Mestre Jesus não somente demonstrou sua poderosa
fé, a qual operou este maravilhoso sinal, como praticou a caridade além do
mínimo necessário para que todos fossem saciados. Da mesma maneira, em outra
ocasião, o Senhor Jesus milagrosamente alimentou uma multidão de quatro mil
homens, além de mulheres e crianças. Glória a Deus!
Qual é a
importância da prática da caridade em nossas vidas?
Jesus
é a verdade, a Palavra de Deus. E, no juízo os homens serão julgados pelas suas
obras e por aquele que é perfeito. Assim, serão separados os escolhidos dos
malditos, e todo aquele que for escolhido estará colocado à sua direita, como
está escrito:
O que é a
verdadeira caridade?
A
verdadeira caridade constitue-se no mais puro e pleno amor. De nada adianta,
sejam os dons ou o conhecimento da Palavra, se esta não for praticada;
semelhante ao metal torna-se o coração sem caridade. Desta forma, o Espírito
nos fala por meio de Paulo: (I Coríntios 13:1-2)
PROSPERIDADE NA
ADVERSIDADE
"Portanto, ainda que a figueira não floresça nem haja
fruto na vide, o produto da oliveira minta e os campos não produzam mantimento;
as ovelhas da malhada sejam arrebatadas, e nos currais não haja vacas; todavia
eu me alegrarei no Senhor: exultarei no Deus da minha salvação" (Habacuque
3:17,18).
Essa bela oração de Habacuque encontra-se entre os livros
de Naum e Sofonias. Não sei se de propósito, ou se por permissão, Divina esse
maravilhoso livro foi colocado no Cânon entre dois outros pequenos, o qual,
muitas vezes, os menos preparados acham dificuldade em encontrá-lo, mas ele é
de fácil acesso para aquele que maneja bem a palavra da verdade (II Timóteo
2:15).
Como uma pérola escondida dentro de uma simples concha,
assim é essa oração, preciosa aos olhos daqueles que procuram as bênçãos
celestiais e não as terrenas. Mas ela é deixada de lado por aqueles que buscam
riquezas, bens materiais, glória e fama entre os homens. Essa bela oração de Habacuque talvez jamais esteja entre os
belos sermões elaborados nos mínimos detalhes pelos líderes de diversas seitas,
que também são conhecidas, erradamente, como evangélicas.
Eu fico imaginando o profeta Habacuque nos púlpitos de
hoje dizendo: A figueira não está florida; a videira - bem! - não se encontra
nela nem um fruto sequer; as minhas ovelhas foram roubadas, arrebatadas, e as
minhas bonitas vacas já não existem. Alguém que
defende a doutrina da prosperidade diria: esse humilde fazendeiro está com
encosto, está em pecado, é um tremendo fracassado.
Infelizmente esse pensamento tem impregnado as igrejas e
também aqueles que não têm conhecimento da Palavra. Hoje somos conhecidos pelo
que temos, não pelo que somos. Se tenho um belo carro importado, alguém logo
diz: "Veja como este irmão é abençoado." Mas se for um Volks 1969,
diz: "Repreende, Senhor, a maldição da vida do teu servo."
Preste atenção, querido irmão! Não sou contra a
prosperidade nem tampouco condeno quem tem posses e uma alta posição, pois não
estou aqui para isso nem meu tempo permite cuidar dessas coisas. Não sou contra
e a Bíblia nos fala que devemos considerar tanto a prosperidade como a
adversidade. Veja: "No dia da prosperidade goza do bem, mas no dia da
adversidade considera, porque também Deus fez a este em oposição àquele, para
que o homem nada ache que tenha de vir depois dele" (Eclesiastes 7:14).
A Bíblia nos mostra muitos homens que eram bem sucedidos,
mas também nos ensina sobre a busca da riqueza, cobiça e o amor ao dinheiro,
como também nos relata a respeito dos humildes, pobres, mas porém cheios da
graça de Deus.
Salomão era um dos que citei, bem-sucedido, mas veja o seu
comentário sobre tudo que conseguiu juntar entre riquezas, fama e
engrandecimento: "E olhei eu para todas as obras que fizeram minhas mãos,
como também para o trabalho que eu, trabalhando, tinha feito, e eis que tudo
era vaidade e aflição de espírito, e que proveito nenhum havia debaixo do
sol" (Eclesiastes 2:2,11).
O Profeta Habacuque nos ensina, nessa oração, que ainda
que falte tudo em nossa vida, nós devemos alegrar-nos em Deus. Como? Isso mesmo
que você leu: alegrar-nos. Em meio à adversidade normalmente perdemos o humor e
a força, mas essa oração nos diz que nos alegremos em saber que a alegria do
Senhor é a nossa força.
Está ruim hoje, está nebuloso, os ventos são contrários,
existe tormenta, desemprego, mas sabemos que, amanhã, o Senhor nos levantará, e
diremos como disse Jó: "Eu sei que o meu redentor vive..." (Jó
19.25).
Não devemos servir a Deus pelas bênçãos, pelos cargos,
pela glória humana. Aliás, você não precisa fazer campanha para ser empresário,
dono de uma grande empresa ou um grande personagem. Basta aceitá-Lo,
obedece-Lhe, ser fiel. Deixe eu lhe dizer uma coisa interessante: Você não
precisa correr atrás das bênçãos, pois Deuteronômio 28.2 diz que as bênçãos
correm atrás de você. Elas virão sobre você e o alcançarão quando você ouvir a
voz do Senhor seu Deus. Leia e medite em todo esse capítulo. Riquezas, bens,
frota de carro importado, jamais podem ser referência de um verdadeiro cristão
abençoado.
Desde que me entendo por gente me vejo cercado de ímpios,
mas que são "abençoados", pois são donos de grandes empresas, são
donos de carros importados, etc.
O verdadeiro
servo de Deus, não busca as coisas vãs, perecíveis desta vida. Digo: Ele não
tem o coração nessas coisas; os seus olhos estão sobre as riquezas celestiais,
onde a traça e a ferrugem não consomem.
Alegrar-se com o curral cheio de ovelhas, vacas, os
celeiros cheios de azeite e um belo campo frutificado é fácil. Difícil é estar
alegre ainda que com a falta de todas essas coisas. Mas veja o que Habacuque
diz: "Todavia eu me alegrarei no Senhor; exultarei no Deus da minha
salvação" (Hb 3:18).
Os defensores das riquezas, dos bens materiais, usam
versículos isolados, sem se dar conta do contexto. Veja este exemplo: Certa
ocasião, ouvi um pastor pregar o seguinte: "Declare meu irmão, determine,
pois você pode. Diga: Eu posso, eu sou prospero, eu sou rico, eu sou abençoado.
Não aceite esta miséria de vida que você leva. Não se contente com esta
situação. Você pode, pois Paulo diz que pode." E citou Filipenses 4:13,
texto que diz: "posso todas as coisas naquele que me fortalece." Mas
veja o que é um texto sem contexto. Realmente concordei: posso todas as coisas
nAquele que me fortalece, mas esse versículo está totalmente ligado aos dois
anteriores (11 e 12). Mas o mais falado é o versículo 13, pregado com grande
eloqüência .
A PARTICIPAÇÃO
NA GRATIDÃO == Filipenses 4.10-23
Ora, muito me regozijei no Senhor
por, finalmente, reviver a vossa lembrança de mim (10). A imagem é a da planta
que renasce na primavera (reviver, “florescer”, BJ). Embora estivessem no
finalmente, uma vez mais os crentes filipenses demonstram seu amor por Paulo. O
texto não dá pistas sobre a razão de eles não terem enviado a oferta mais cedo.
Talvez não tivessem ninguém por quem enviá-la, ou encontravam-se em “profunda
pobreza” (2 Co 8.1,2), estando financeiramente impossibilitados de fazê-lo.
Seja qual for o motivo, Paulo, em
contraste com o espírito aparente de alguns em Filipos, recusa-se a ficar
ofendido facilmente, e releva o que alguém de espírito menor interpretaria como
demora acintosa ou negligente. Pois já vos tínheis lembrado, mas não tínheis
tido oportunidade (10). O termo grego ephroneite (lembrado) significa estar
“pensativo” no sentido de preocupar-se, estar ansioso por algo em particular
(cf. BV; cf. tb. 1.7). Paulo usa o tempo imperfeito, o qual sugere sua boa
vontade em acreditar que, desde o princípio, os crentes filipenses tiveram o
desejo de supri-lhe as necessidades, mas foram impedidos.
Assegurando aos crentes
filipenses que ele passa bem, embora, até recentemente, não pudessem ter parte
nesse bem-estar, Paulo declara: Não digo isto como por necessidade, porque já
aprendi a contentar-me com o que tenho (11). No original grego, com o que tenho
é “nas circunstâncias em que estou”, indicando sua atual situação prisional. O
termo grego autarkes (contentar) tem o sentido de “renda suficiente para as
necessidades”, “meios suficientes para a subsistência”.
O apóstolo se ajusta (cf. BJ,
NVI) a toda e qualquer situação, depois de ter aprendido que circunstâncias
como estas não aumentam nem diminuem sua felicidade maior.
Sei estar abatido e sei também
ter abundância; em toda a maneira e em todas as coisas, estou instruído, tanto
a ter fartura como a ter fome, tanto a ter abundância como a padecer
necessidade (12). Em toda a maneira e em todas as coisas é, literalmente, é “em
tudo e em todas as coisas” (cf. BAB, RA), ou seja, em cada lance da vida e no
total da soma de tudo da vida. O termo grego tapeinousthai (abatido) era usado
no grego clássico para referir-se ao rio que míngua (cf. BV; cf. tb. 2 Co
11.7).
Paulo sabe o que é ter grande
quantidade, como o animal que tem forragem mais do que suficiente (Mt 5.6), ou
passar fome — possível alusão ao seu trabalho com as mãos. O termo grego
memuemai (estou instruído) vem da linguagem dos cultos pagãos que iniciavam os
candidatos em seus mistérios. Paulo enfrentava todo tipo de experiência, quer
agradável ou desagradável (2 Co 11.23ss.), e ele não valorizava uma experiência
acima da outra.
Posso todas as coisas naquele que
me fortalece (13) pode ser traduzido por “eu sou forte para todas as coisas no
Cristo que me capacita”. A palavra “Cristo” não ocorre em alguns manuscritos,
mas está evidentemente inclusa (consta em ACF, BV, NTLH).
O fato de Paulo mencionar
“abundância” nos versículos 12 e 18 leva certos expositores a propor que ele
havia herdado uma propriedade. Isso lhe daria recursos para financiar os altos
custos de seu julgamento. Por isso, de acordo com a proposta, ele podia dizer:
“Eu sou constante em todas as coisas”. Mas não há base para tal especulação. O
significado é mais profundo. Paulo pode todas as coisas para as quais foi
chamado a desempenhar na linha do dever ou do sofrimento.
O versículo deve ser interpretado
como resumo de Gálatas 2.20 (cf. Jo 15.5; 1 Tm 1.12). A princípio, temos a
impressão que Paulo usou a linguagem do estoicismo (11,12), que asseverava que
o homem, por si só, pode vencer todas as pressões externas. Mas esta não é a
posição cristã. A suficiência vem de Cristo, que continuamente infunde poder
(dynamis). O apóstolo pode se grato por toda e qualquer circunstância, porque
as circunstâncias são oportunidades para a revelação do poder de Cristo.
Para que os filipenses não
presumissem que a suficiência de Paulo em Cristo tornou supérflua a oferta
enviada e recebida, o apóstolo lhes declara categoricamente sua apreciação
genuína: Todavia, fizestes bem em tomar parte na (“participar de”, CH, NVI)
minha aflição (14). A participação dos crentes filipenses nas suas dificuldades
é uma das muitas maneiras que Deus usava para torná-lo forte.
Quando parti da Macedônia (15; At
17.14, provavelmente 12 anos antes), que estava no princípio do evangelho para
os filipenses, nenhuma igreja comunicou (“participou”, BAB; cf. CH, NVI) comigo
com respeito a dar e a receber, senão vós somente (15).
Temos aqui linguagem comercial —
créditos e débitos. De todas as igrejas que estavam aos cuidados de Paulo, só
Filipos pensou em manter uma conta para ele. Eles lhe prestaram assistência
material e ele devolvera os préstimos com dádivas espirituais (cf. 1 Co 9.11;
Fm 19). Porque também, uma e outra vez (i.e., “duas vezes”, BV; cf. AEC, CH,
NVI, RÃ), me mandastes o necessário a Tessalônica (16). Tessalônica era uma
comunidade luxuosa que Paulo visitara depois de sair de Filipos, distante uns
160 quilômetros. Lá, Paulo tinha se sustentado (1 Ts 2.9; 2 Ts 3.7-9), ao passo
que os próprios tessalonicenses pouco haviam contribuído. Foi nessa cidade que
o apóstolo fora ajudado pelos filipenses vizinhos. Tais expressões de
generosidade não podiam ser esquecidas em tão pouco tempo.
As ofertas, entretanto, são de
importância meramente secundária. A tradução não que procure dádivas (ou
“ofertas”, NVI; “donativos”, RÃ), mas procuro o fruto que aumente a vossa conta
(17) é literal. O termo grego karpon
(fruto) tem comumente o sentido de juros de um investimento. Sobre as ofertas
que deram a Paulo (2 Co 12.14), Deus acrescentou os juros ao crédito. E deste
modo que o apóstolo diz o que Jesus disse: “Mais bem-aventurada coisa é dar do
que receber” (At 20.35; cf. Lc 6.39).
Aquele que dá sempre recebe mais
do que aquele que recebe. Por terem sido generosos, os crentes filipenses
acumularam para si tesouros no céu.
Referindo-se especificamente à
oferta recente, Paulo diz: Mas bastante tenho recebido e tenho abundância;
cheio estou, depois que recebi de Epafrodito o que (talvez roupas ou outros artigos
de primeira necessidade) da vossa parte me foi enviado (18).
O verbo grego apecho (tenho) é
expressão técnica usada na redação de um recibo (cf. Mt 6.2,5,16; Lc 6.24). O
sentido é: “Vossa dívida comigo está mais do que paga, da qual vou dou recibo”.
A consideração dos crentes filipenses dirigida a Paulo é reputada por ele como
cheiro de suavidade e sacrifício agradável e aprazível a Deus (18). Esta é
alusão óbvia à fragrância agradável no Templo produzida pela queima de incenso
a Deus (2 Co 2.15; Hb 13.16).
O meu Deus, segundo as suas
riquezas, suprirá (lit., “encherá completamente”) todas as vossas necessidades
em glória, por (lit., “em”, AEC, BJ, CH, NVI, RÃ) Cristo Jesus (19). As ofertas
dos filípenses são um empréstimo, que capitalizou juros compostos. Paulo não
pode pagá-los, mas o Deus a quem ele serve e que recebe o sacrifício, lhes
“proverá magnificamente” (BJ) as necessidades materiais e espirituais (2 Co
9.8), em seu favor.
Deus fará isso segundo as suas
riquezas (cf. Ef 3.16), ou seja, não só proveniente de suas riquezas, mas
também na proporção digna de suas riquezas.6 Certos expositores ligam em glória
com riquezas, ao passo que outros ligam com suprirá. Provavelmente a última
opção é melhor, pois assim glória denota “o elemento e o instrumento da
provisão”. O comentário de Maclaren é elucidativo: “Quando Paulo diz ‘riquezas
[...] em glória’, ele as coloca muito acima de nosso alcance, mas quando ele
acrescenta ‘em Cristo Jesus’, ele as traz para baixo, colocando-as entre nós”.
Contemplando os recursos
ilimitados de Deus, Paulo irrompe em louvor arrebatador: Ora, a nosso Deus e
Pai seja dada glória para todo o sempre. Amém! (20). Para todo o sempre talvez
seja mais bem traduzido por “pelas incontáveis eras da eternidade”. Paulo já
não se refere a “meu Deus”, como no ocorre no versículo 19, mas a nosso Deus e
Pai, indicando o vínculo comum entre ele e os crentes filipenses.
CONCLUSÃO
Existem intérpretes que
conjeturam que, em vez de serem ditados a um escriba, estes versículos
conclusivos foram escritos pelo apóstolo de próprio punho.
Em uma carta pessoal como esta,
esperaríamos encontrar vários nomes nas saudações finais. Mas, como fez em outras cartas, nesta Paulo
não menciona nenhum nome (cf. Romanos, Colossenses, 2 Timóteo). Levando em
conta os partidos em evolução em Filipos, é possível que ele os omita a fim de
evitar dar destaque a alguns e não a todos. Saudai a todos os santos
(“crentes”) em Cristo Jesus (21). Certos expositores ligam gramaticamente
saudai com em Cristo Jesus, como ocorre em outras epístolas, por exemplo: “Eu
[...] vos saúdo no Senhor” (Rm 16.22; cf. 1 Co 16.19). Mas tendo em vista 1.1,
é melhor entendermos o versículo como está traduzido.
Os irmãos que estão comigo vos
saúdam (21) é frase traduzida literalmente. Não são somente os associados de
Paulo (inclusive Timóteo e outros) que enviam saudações, mas todos os santos
(22), significando, obviamente, os cristãos da própria igreja romana,
principalmente os que são da casa de César (22). Sabemos que a casa de César
era um termo geral para designar os indivíduos empregados em vários tipos de
serviço público. Eles residiam por toda a parte do império, e muitos eram
escravos. A referência pode ser aos soldados que guardavam Paulo, alguns dos
quais, talvez, ele ganhara para Cristo. E concebível que alguns deles fossem
naturais de Filipos, e tivessem interesse em sua cidade natal. Isto explicaria
o uso de principalmente.
A bênção final sugere que Paulo
tencionava que a carta fosse lida à congregação reunida. Ele pronuncia uma
bênção de despedida: A graça de nosso Senhor Jesus Cristo seja com vós todos.
Amém! (23). Em vez de panton (todos) alguns manuscritos têm pneumatos
(singular), “com o vosso espírito” (AEC; cf. BV, CH, NVI, RA), talvez um pedido
final, mas sutil, em prol da unidade. A epístola fechou o círculo. Começou com
“graça” (1.2) e agora termina com graça. Somente esta graça pode criar a
comunhão que é compartilhada tão ternamente por Paulo e os seus amados
filipenses.
A Bíblia tem sido usada por
inexperientes de modo indevido. Promessas do passado são usurpadas por
interesseiros dos dias atuais. Cada promessa é para uma pessoa, uma nação em um
determinado tempo. As palavras bíblicas são para todos no sentido de
esclarecimento – Rm 15. 4: “Porquanto, tudo que dantes foi escrito, para nosso
ensino foi escrito”; mas as promessas são específicas.
Elaboração
pelo:-
Evangelista Isaias Silva de Jesus
Igreja Evangélica Assembléia de
Deus Ministério Belém Em Dourados – MS
BIBLIOGRAFIA
Comentário Bíblico Beacon
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