quarta-feira, 10 de outubro de 2012

OSÉIAS O PROFETA DO ÁMOR ETERNO


OSÉIAS O PROFETA DO ÁMOR ETERNO

TEXTOÁUREO = “Se confessarmos os nossos pecados, ele é fiel e justo, para nos perdoar os pecados, e nos purificar de toda a injustiça” (1 Jo 1.9). 

VERDADE PRATICA = Só desfrutarão dos reais benefícios do amor divino, os que são sábios e prudentes e se conduzam nos retos caminhos de Deus.

TEXTO BÍBLICO BÁSICO = Os 14.4-9

INTRODUÇÃO

Com o estudo deste domingo sobre o profeta Oséias, iniciamos uma série de 12 lições sobre os profetas menores. A expressão “menores”, não diminui a autoridade de sua inspiração, mas diz respeito aos seus escritos comparados com os profetas maiores. Seu ministério profético ocorreu cerca de 784 anos a.C. (S.Cr.eS.L.)

O profeta Oséias,na sua mensagem, revela-nos um caráter impressionante, ardente e patético; ao mesmo tempo, sensível às ternuras impetuosas do amor. Destaca-se também pela descrição das relações entre Deus e Israel sob a figura do amor conjugal, destacando-se o aspecto negativo do matrimônio, nas infidelidades e nos rompimentos, mais do que no amor propriamente dito. Ao profeta, Deus faz sentir suas amarguras semelhantes a de um esposo traído, ameaçando realizar os duros castigos que o caso exige. Porém tudo termina com a expectativa da reconciliação dos esposos e da restauração do amor entre ambos.

1. A TRÁGICA HISTÓRIA DO PROFETA

Todo ser humano tem a sua história. Umas alegres, outras tristes. O profeta em foco tem na sua história uma tragédia que veremos no decorrer do estudo.

1. A vida pessoal de Oséias (1.1). Quem era Oséias? Seu nome significa “Salvação” e era filho de Beeri, mas pouco sabemos a seu respeito e o que conhecemos vem do livro que tem o seu nome (S. H.). Oséias foi  contemporâneo de Amós, Isaías e Miquéias e exerceu o seu ministério no Reino do Norte, de onde era natural, sob o reinado de Jeroboão II. Em sua mensagem anunciou a Israel o seu exílio iminente (Os 3.4). Israel vivia num declínio espiritual, na prática da idolatria, e Oséias ficou sabendo o que isto significava para Deus, que continuava a amar o povo e a desejar a sua conversão.

 2.Tragédia pessoal (1.2). O Senhor ordenou a Oséias que contraísse matrimônio com uma mulher sensual, fornecendo assim uma analogia para se dirigir a Israel. O profeta obedeceu ao Senhor. Tomou a Gomer como esposa (1.3) e amou-a profundamente, dando- lhe um lar, um nome e uma reputação honrada. Tirou-a de uma vida depravada, dando-lhe um novo sentido a mesma.

Lamentavelmente o profeta sofre uma grande decepção em troca do amor. Sua amada lhe foi infiel fazendo-o sofrer. Essa triste experiência de Oséias tem um profundo significado espiritual, relacionado com Deus e o seu povo. (D. F.) Deus utiliza-se do casamento do profeta, para tornar conhecido o seu amor e a sua fidelidade para com Israel. Diz o profeta Isaías: “Como o noivo se alegra da noiva, assim se alegrará de ti o teu Deus” (Is 62.5b).

Semelhante ao vitupério sofrido pelo profeta Oséias com a infidelidade de sua esposa, Deus sofre a infidelidade da parte de Israel, a quem demonstrou um grande amor. Tal como Gomer havia traído o marido, Israel havia abandonando o Senhor que lhe tinha sido fiel (Is 54.5). 
Esqueceu as bênçãos recebidas, e desviou- se seguindo a outros deuses, o que resultou numa acentuada apostasia ao culto a Jeová (Èx 34.15,16; Dt 32.16,21). Mesmo não tendo o seu amor correspondido, Deus continuou amando .0 povo escolhido (Jr 31.3; Os 11.4).

3. As relações de Oséias com Gomer (1.3). Quando o casamento tem como base o amor, inexiste a infidelidade entre o esposo e a esposa (Ef 5.22-3 1). No entanto, existindo a satisfação de interesses egoísticos de um dos cônjuges, o casamento perde completamente o elevado sentido e o mútuo respeito deixa de existir. O profeta casou-se por amor e tinha um sublime ideal que, para ser concretizado, dependia da fidelidade da sua amada. Para completar a felicidade do profeta, surgiram os frutos da união, os filhos, em número de três.
Deus, então, utiliza-se do profeta, sua mulher e filhos, como símbolos, para revelar a trágica situação do seu povo, Israel, cujo comportamento era semelhante ao de Gomer. Israel portava- se como uma rameira, sendo infiel ao seu Deus, tão amoroso.

Nasce o primeiro filho do profeta com Gomer, um menino, que por ordem divina recebe o nome de Jezreel que significa Deus semeia. Logo nasce uma menina, que recebe o nome de Lo-Ruama, cujo significado é não compadecido, ou desfavorecida. Nasce o terceiro filho, um menino, recebendo o nome de LoAmi, que significa não é meu povo. (Os 1.3-9).

Como as aparências enganam! O lar do profeta, homem de Deus, apresentava- separa aquela sociedade como perfeito, e vivendo em felicidade. (1 Sm 16.7; Jr 17.9; Jo 7.24). Quantos hoje estão vivendo de aparência mas a realidade é completamente diferente.

II. APLICAÇÃO DA HISTÓRIA À VIDA DO POVO

Como é difícil entendermos os caminhos de Deus (Is 55.8). Um profeta ser submetido a tamanha humilhação? Deus não poderia ter evitado tal vexame? Entretanto Deus usou desse incidente tão degradante para que seus propósitos se tornassem conhecidos (Rm 11.33).
Com o auxílio do Espírito Santo acompanhemos o desenrolar dessa história quando a mesma é aplicada ao povo de Israel, e que sirva de aviso para nós que estamos vivendo os últimos dias do povo de Deus aqui na terra e contemplando a história a repetir-se mais uma vez.

1. A infidelidade de Israel e a sua causa (Os 4.1-6). Depois de desfrutar da bondade e proteção de Jeová, Israel o abandonou e uniu-se a Baal.
Os líderes religiosos entraram em crise, e de Deus não mais se lembravam. Por isso o profeta diz: “Ouvi a Palavra do Senhor vós, filhos de lsrael; porque o Senhor tem uma contenda com, os habitantes da terra, porque não há verdade, nem benignidade, nem conhecimento de Deus na terra” (Os 4.1). Quando a vida espiritual é colocada num plano secundário, a terra se corrompe e atinge de maneira trágica a moral do homem. Não se pode preservar os princípios sadios da Ética e da Moral, quando se abandona a fé e o temor a Deus.

Que lição para os nossos dias. A causa do declínio espiritual em muitas vidas é o resultado da infidelidade e desobediência a um Deus que tanto nos amou (Si 101.7). O quadro nos dias do profeta era sombrio e não o é diferente hoje; o coração do homem tem sido o mesmo em todos os tempos. Não esqueçamos, que Deus chamará a juízo os infiéis e desobedientes (Gl 6.7,8).

2. A infidelidade de Israel e sua punição. O pecado tem as suas conseqüências (Rm 6.23; Jr2.19). Deus nunca deixa o homem desavisado, e está avisando aos seus filhos através desta lição. Estamos rodeados de perigo (1 Pe 5.8), entretanto, o Deus que nos avisa aponta o caminho certo, Ele é misericordioso. Deus não tem prazer na condenação do homem (Ez 18.23; 33.11).

O escritor aos hebreus nos orienta quanto a nossa obrigação que é de olhar para Deus (Hb 12.2). Israel fracassou e foi punido porque deixou de olhar e confiar em Jeová. Por isso, através dos profetas, o Senhor avisa que seu povo seria castigado e abatido (Is 11.4; Jr 23.20,29; Jó37.3,15)

3. O amor de Jeová (Os 11.1-12). Apesar de transgredirem as leis divina, Israel continuava sendo alvo do amor de Jeová. (5. T.) Desde o princípio da existência de Israel como povo, Deus externava este amor, haja vista a declaração inspirada do profeta: “Quando Israel era menino, eu o amei; e do Egito, chamei a meu filho” (v.1, cf. Êx 4.22).

Também demonstra que Israel foi chamado meu filho por Deus, desde o tempo de sua permanência no Egito (Is 43.1). Esse acontecimento histórico, que nos revela os cuidados especiais que Deus tem com o seu povo, assemelha-se ao amor que a mãe tem por seu filhinho (Dt 32. 10-14).

Assim como Deus cuidou e preservou Israel no Egito a despeito das grandes perseguições movidas contra o seu povo, e através da sua forte mão, libertou-o do juízo e da opressão, séculos mais tarde, Deus tornaria a chamar o seu Filho Unigênito da mesma terra, para onde o enviara a fim de livrá-lo da ira do rei Herodes (Mt 2.15).

No ardente desejo de demonstrar o seu amor, Deus usa a figura “cordas humanas”, paralelas com “cordas de amor” (v.4). Também à semelhança de um lavrador, que as vezes desata as cordas que estão no pescoço do animal que lavra à terra, e coloca à sua frente o alimento para comer, aliviando-o da sua pesada tarefa, Deus livrou a Israel do jugo egípcio e alimentou-o durante a caminhada no deserto (v.4b; Ex 16.15; Dt 8.3; Ne 9.21). Um amor tão grande, para com um povo indiferente.

III. ARREPENDIMENTO E RENOVAÇÃO.

1. Apelo final ao arrependimento. (14.1-3). Persistindo em continuar no pecado, Israel colherá uma série de castigos anunciada no capítulo 13. A partir do capítulo 14.4,0 profeta antevê uma nova época de saneamento moral e de conseqüente felicidade para o povo, desde que atendessem ao apelo de Jeová:
“Converte-te, ó Israel, ao Senhor teu Deus; porque pelos teus pecados tens caído” (Os 14.1). Israel fora infiel, e os sacrifícios e ofertas de manjares nenhum significado tem para o Senhor. Jeová exige a conversão do povo. Os lábios deveriam ser santos e utilizados para louvar ao Senhor. Quantos, hoje, estão utilizando os seus lábios de maneira vã e impura (Hb 13.15).

Prezado leitor, como estão os teus lábios? Deus é o mesmo e deseja receber os teus louvores, saídos de lábios puros e santos. Examinando o v.3, encontramos, ali, três pecados habituais de Israel repudiados por Jeová:

a. A confiança na Assíria; b. a confiança no poder bélico do Egito, sugerida na expressão: “Não iremos montados em cavalos” (cf Dt 17.16); c. Idolatria. Por todos esses e outros pecados, Israel é comparado à condição de órfão, separado de Deus seu verdadeiro Pai, que não o desamparou (Si 10.14; 68.5).

2. Promessa de bênçãos (v.4-8). Quando o povo de Deus se humilha e arrepende, pode confiantemente clamar ao Senhor e apoderar-se das suas ricas bênçãos (2 Cr7.14; S151.17). Sobre ele, então, não pesa mais a ira de Deus, e sim o amor inefável, imerecido e abundante de Deus (Ez 16.60-63).

Como Israel espiritual que somos, o caminho a seguir é o mesmo da santificação e do arrependimento, o de voltar-se para Deus (Jo 15.16; Rm 3.24; 5.8; 1 Jo 4.10). Estás desfrutando prezado leitor das bênçãos que acompanham a salvação? Deus, através do profeta, diz ao povo: “Eu serei, para Israel como orvalho,...” (v.5).

O oriente médio é beneficiado pela abundância do orvalho, que pelas manhãs embeleza-as campinas, ameniza o calor e dá vida à vegetação, deixando a todos com alegria (Os 6.3,4; 51 72.6; Mq 5.7; 36 29.19;Pv -19.12).

É bom recordar que as bênçãos de Deus nos faz produtivos, semelhantes ao lírio, cuja produção é superior à das demais plantas. Que ricas promessa o Senhor faz a Israel (vv.4-8).

3. Epílogo (v.9). Na P4avra de;Deus há abundantes ensinos da verdade salvadora, para guiar os que humildemente buscam a salvação. Daí, com tranqüilidade, estes andam nos caminhos do Senhor sem medo, mas quanto aos rebeldes, os desobedientes cairão, pois terão tropeços em seus caminhos (Pv 10.29; Mq 2.7). (S. D.) Queira Deus abençoar a todo o seu povo, e que o Espírito Santo continue a nos ajudar até chegarmos a Canaã Celestial. Amém.

Elaboração pelo:- Evangelista Isaias Silva de Jesus

Lições bíblicas CPAD 1993

segunda-feira, 1 de outubro de 2012

ESTUDO PANORÂMICO DOS PROFETAS MENORES

ESTUDO PANORÂMICO DOS PROFETAS MENORES


Como Cristãos afirmamos aceitar toda a Bíblia como a Palavra Inspirada de Deus, mas o fato é que a maioria de nós negligencia o Antigo Testamento, e este compõe quase 80% de toda Bíblia. Entretanto, a parte mais negligenciada deste menos conhecido Antigo Testamento é a parte destinada aos Profetas Menores.

Muitos Cristãos não têm a mínima idéia a respeito do conteúdo dos livros dos Profetas Menores e da sua relevância para as nossas vidas nos dias de hoje, apesar de tantos séculos nos separarem.

QUEM ERAM OS PROFETAS DO ANTIGO TESTAMENTO?

O termo Profetas Menores é devido, unicamente, ao tamanho dos seus livros não tendo nenhuma relação com a relevância de suas mensagens.

"....e porei as minhas palavras na sua boca, e ele lhes falará tudo o que eu ordenar(Dt 18:18)".

Eram homens espiritualmente sensíveis à voz de Deus, que mantinham comunhão íntima com Ele e que, por isso, falavam em seu nome. No AT, um profeta era alguém chamado por Deus para cumprir uma ou várias tarefas, especialmente a de entregar uma mensagem dEle.

Tinha estreito relacionamento com Deus, e que se tornava confidente do Senhor (Am 3:7) - Via o mundo e o povo do conserto sob a perspectiva divina e não segundo o ponto de vista humano. Não somente ouvia a voz de Deus, como também sentia o seu coração (Jr 6:11; 15:16-17; 20:9). Por isso, compreendia, melhor que qualquer outra pessoa, o Propósito, Vontade e desejos de Deus.

À semelhança de Deus, amava profundamente o povo. Quando o povo sofria, o profeta sentia profundas dores (lamentações de Jeremias). Almejava para Israel o melhor da parte de Deus (Ez 18:23).

Tinha profunda sensibilidade diante do pecado e do mal (Jr 2:12,13,19; 25:3-7 Am 8:4-7; Mq 3:8). Não tolerava a crueldade, imoralidade e a injustiça (Hb 1:9).

Tinha uma visão do futuro, revelada em condenação e destruição (Jr 11:22-23; 13:15-21; Ez 14:12-21; Am 16-20,27), bem como restauração e renovação (Jr 33; Ez 37). O Profeta não era simplesmente um líder religioso, mas alguém possuído pelo Espírito de Deus (Ez 37:1,4).

Ele Recebia conhecimentos Divinamente revelados no tocante: as pessoas, aos eventos e à verdade redentora. O propósito principal de tais conhecimentos era: Encorajar o povo a permanecer fiel a Deus, e ao seu conserto.

Via de regra, era homem solitário e triste (Jr 14:17-18; 20:14-18; Am 7:10-13). Perseguido por falsos profetas que prediziam paz, prosperidade e segurança para o povo que se achava em pecado diante de Deus (Jr 15:15; Am 5:10; Mt 23:29-36; At 7:51-53)

MENSAGEM DOS PROFETAS DO ANTIGO TESTAMENTO

Tinham como objetivo, tornar clara a vontade de Deus ao povo mediante: Instrução; Correção; Advertência;

O Senhor usava o Profeta para pronunciar o seu juízo antes de este ser desferido. A mensagem dos Profetas enfatizava três temas principais, são eles:

A Natureza de Deus;

Declaravam ser Deus o criador e soberano onipotente do universo, portanto, senhor da história. Leva os eventos a servirem aos seus supremos propósitos de salvação e juízo (Is 44:28; 45:1; Am 5:27; Hc 1:6)

O PECADO E O ARREPENDIMENTO

Os profetas do AT compartilhavam da tristeza de Deus diante da contínua desobediência, infidelidade, idolatria e imoralidade de seu povo. A mensagem era idêntica a de João Batista: arrependei-vos, senão igualmente perecereis.

Falavam palavras severas de justo juízo contra aos transgressores. Prediziam juízos catastróficos, tal como a destruição de Samaria pela Assíria (Oz 5:8-12; 9:3-7; 10:6-15) e a de Jeruzalém por Babilônia (Jr 19:7-15; 32:28-36; Ez 5:5-12; 21:2,24-27).

PREDIÇÃO E ESPERANÇA MESSIÂNICA

Embora o povo tenha sido globalmente infiel a Deus e aos seus votos, segundo o conserto dEle com Abrão, Isac e Jacó, os profetas jamais deixaram de enunciar-lhe mensagem de esperança. Tinham que falar a palavra de Deus a um povo que rejeitavam a sua mensagem. Os profetas do AT eram defensores do antigo conserto e precursores do novo.

LUGAR DOS PROFETAS NA HISTÓRIA DO POVO HEBREU

"Havendo Deus, outrora, falado, muitas vezes e de muitas maneiras, aos pais, pelos profetas, nestes últimos dias nos falou pelo filho" (Hb 1:1-2ª).

A carta aos hebreus continua mostrando a supremacia de Cristo e a sua obra redentora, Isto quer dizer que os profetas do AT são antiquados e obsoletos? É claro que não, muitas vezes ele (autor da carta aos hebreus) faz referências aos Profetas , para mostrar como suas palavras fortalecem a nossa compreensão da Pessoa e Obra de Cristo.

Era homes de Deus que, espiritualmente, achavam-se muito acima de seus contemporâneos; Os sacerdotes, juízes, reis, conselheiros tinha cada um, lugar destacado na história de Israel, mas nenhum deles, logrou alcançar a estatura dos profetas.

CONTEXTO HISTÓRICO

O nosso Deus é o "Senhor da História" e nada foge ao seu controle. Ele dirige o desenrolar dos acontecimentos como um instrumento a serviço de seus eternos propósitos. Ao estudarmos sobre a vida e mensagem dos profetas, devemos considerar tanto o contexto social, cultural, econômico e político, como a narrativa inspirada (Bíblia).

NOS TEMPOS DA DOMINAÇÃO ASSÍRIA

O Egito, no seu apogeu, foi usado por Deus como o Berço da civilização Israelita e a despeito da sua glória e ciência, Deus puniu o Egito (Os Agressores de Jacó), mas, disciplinou também Israel e Judá devido à apostasia, idolatria e ao abandono da aliança com o Senhor;

Neste contexto surgiram mensageiros do Senhor (profetas) conclamando o povo ao arrependimento, mostrando-lhe que a ascensão dos assírios viera como extensão de Seu próprio braço, caso não se arrependessem. Os mensageiros deste período foram:

Oséias (reino do norte) O amor supera a dor;

Joel (reino do sul) - O dia do Senhor vem;

Amós (reino do norte) - Justiça, retidão e retribuição divina pelo pecado;

Jonas (reino do norte) - A magnitude da Misericórdia Salvífica de Deus;

Miquéias (reino do sul) - Juízo e Salvação Messiânica;

Naum (reino do sul) - Destruição iminente de Nínive ;

NOS TEMPOS DA DOMINAÇÃO BABILÔNICA

Embora tenham atuado como instrumentos nas mãos de Deus, os Assírios foram punidos por sua crueldade e arrogância. Nabucodonosor, visando estender seus domínios, arrasa a cidade de Nínive e marcha implacavelmente contra Judá conquistando Jerusalém, saqueando seu templo e levando cativos seus habitantes;

Mas uma vez vemos Deus agindo por meio da história para que seus intentos e promessas fossem cumpridos. E naquele contexto, os mensageiros foram:

Habacuque - Profetizou em Judá um ano após a invasão.

Sofonias - O dia do Senhor (grande tribulação), Destruição de Nínive e juízo contra as nações rebeldes;

Obadias - Juízo contra os Edomitas;

NOS TEMPOS DA DOMINAÇÃO PERSA

Assim diz Ciro, rei da Pérsia: O Senhor, Deus dos céus, me deu todos os reinos da terra e me encarregou de lhe edificar uma casa em Jerusalém, que está em Judá; quem entre vós é de todo o seu povo, que suba, e o Senhor, seu Deus, seja com ele"(2 Cr 36:23).

Após o tempo da disciplina dos Judeus (70 anos) o "Senhor da História" conduziu o reino persa, comandado por Ciro, ao triunfo sobre a Babilônia, a fim de restaurar seu povo.

“Assim diz o Senhor ao seu ungido, a Ciro, a quem tomo pela mão direita, para abater as nações ante a sua face, e para descingir os lombos dos reis, e para abrir diante dele as portas que não se fecharão" (Is 45:1).

Para que a vida em Judá voltasse a normalidade e se preparasse para a chegada do Messias prometido, Deus enviou os três últimos Mensageiros do Antigo Testamento:

Ageu - Primeira voz profética após o retorno a Jerusalém (15 anos) - reedificação do templo. Ânimo e esperança em dias melhores.

Zacarias - A conclusão do templo e promessas Messiânicas.

Malaquias - Atuou em Jerusalém quase um século após o regresso dos exilados ressaltando a característica do verdadeiro culto e dos verdadeiros adoradores.

MESSAGEM DOS PROFETAS PARA OS DIAS DE HOJE

O estudo dos Profetas Menores vem ratificar a semelhança da situação do povo daquela época com a situação que vivemos nos dias de hoje, conclamando grande necessidade para uma mensagem Profética que venha denunciar a corrupção, as injustiças sociais, o abuso de autoridade, o afrouxamento dos padrões de moralidade e a frieza espiritual do povo de Deus tão comum na mensagem dos Profetas Menores. E, diante dessa semelhança, podemos afirmar com bastante convicção que: OS PROFETAS DE ONTEM FALAM HOJE.



Editora cristã evangélica - revista de ebd (os profetas de ontem falam hoje).