sábado, 17 de outubro de 2015

JOSÉ UM HOMEM DESIGNADO POR DEUS



JOSÉ UM HOMEM DESIGNADO POR DEUS

TEXTO ÁUREO = “Pelo que Deus me enviou diante da vossa face1 para conservar vossa sucessão na terra, e para guardar-vos em vida por um grande livramento” (Gn 45.7).

VERDADE PRÁTICA  = Deus tem os meios apropriados para cumprir os seus desígnios. Ainda que as suas ações pareçam estranhas, Ele não falha em seus propósitos.

LEITURA BIBLICA =GÊNESIS 37.1-11

INTRODUÇÃO

A história de José ganha um espaço especial no livro de Gênesis nos capítulos 37 a 50. O velho Jacó vivia como estrangeiro na terra de Canaã, a qual Deus prometera como herança à descendência de Abraão. Nos pianos divinos, fatos contundentes haveriam de acontecer a partir de José, tomando-se o mesmo o personagem por excelência na história do povo de Israel.

I. JOSÉ, AMADO E ODIADO POR SUA FAMÍLIA

1. Amado de seu pai (vs.1-4). José era um adolescente, de 17 anos de idade, e Jacó o amava muito, porque era o filho de sua velhice. Além disso, ele se destacava dentre seus irmãos, porque era temente a Deus e não concordava com o mau procedimento deles. Jacó demonstrava sua preferência paterna por José, provocando, com esta atitude, a inveja e o ciúme de seus irmãos.

2. Odiado por seus irmãos (vs.4-1 1). Havia duas razões principais para o ódio dos seus irmãos: era a denúncia que José trazia a Jacó, das más ações cometidas por eles, fora das vistas do velho pai e quando, ingenuamente, contava seus sonhos a eles e os interpretava. Os sonhos sempre o colocavam como líder de seus irmãos, e isto era suficiente para eles o odiarem e desejarem se livrar dele.

3. Maltratado e vendido como escravo (vs.12-36). Por ser o mais novo dos filhos, José foi enviado por seu pai ao campo onde estavam seus irmãos, cuidando dos rebanhos da família, em Siquém. Quando José chegou entre eles, seus irmãos já haviam formulado uma trama para livrarem-se dele, pois o ódio era patente em seus olhos e corações. Seus irmãos queriam matá-lo,mas Rúben impediu que eles assassinassem o próprio irmão, pois isto muito entristeceria o velho pai.
Resolveram então colocá-lo dentro de uma cisterna, cavada naquela região. Antes, tiraram-lhe a túnica talar, que o distinguia dos demais, e o venderam como escravo a uma caravana de ismaelitas (Gn 37.25)

4. As conseqüências amargas da inveja e do ódio. A Bíblia diz que “os irmãos de José eram movidos de inveja” (At 7.9). A inveja surge como um sentimento negativo, de mesquinharia humana. causada pela queda ao pecado, desde nossos primeiros pais, Adão e Eva. Geralmente, a inveja surge da tentativa de compensar o fracasso em relação a outras pessoas. O invejoso não aceita o sucesso de outrem.

II. JOSÉ É HUMILHADO E EXALTADO NO EGITO

1. José é vendido na feira de escravos, no Egito (Gn 39.1). Longe da casa do pai, José amargava a separação. Não entendia porque tanto ódio da parte de seus irmãos.
Passava pela feira de escravos um oficial da corte real de Faraó, por nome Potifar e, ao ver o jovem escravo, percebeu que o mesmo tinha características diferentes e superiores aos demais. Comprou-o dos ismaelitas e o levou para servir em sua casa.

2. José prospera na casa de Potifar (Gn 39.1-6). José alcançou graça diante de seu amo Potifar e foi designado para ser mordomo da sua casa. Todos os negócios foram geridos por José, e a casa de Potifar prosperou grandemente. Deus estava com José em tudo o que fazia.

3. José foi tentado pela mulher de Potifar (Gn 39.6-12). É difícil, às vezes, entender os desígnios de Deus, mas a verdade deste incidente, na experiência de José, estava no fato de que ele deveria ser provado, a fim de estar apto para um propósito maior. Segundo a Bíblia, além das qualidades morais e espirituais, José “era formoso de parecer e formoso à vista” (Gn 39.6). Fisicamente, ele era bonito e desejável para os prazeres da carne.

 A mulher de Potifar colocou os olhos em José e tramou situações pelas quais pudesse atrair o jovem mordomo. Mas ele recusou os ímpetos insistentes daquela mulher, declarando a ela, que não poderia trair a confiança de seu senhor (Gn 39.8).

Não podendo convencê-lo com palavras e atitudes sensuais, aquela mulher o pegou pelo vestido, com força, mas ele escapou assim mesmo, deixando suas vestes rasgadas nas mãos dela (Gn 39.12). A mulher de Potifar se fez de vítima e lançou sobre José a acusação de tentativa de sedução (Gn 39.14-18). Ouvindo Potifar a acusação mentirosa de sua mulher contra José, mandou-o para o cárcere dos presos do rei.

4. José é abençoado por Deus dentro da prisão (Gn 39.21-23; 40.6-8). Deus foi benigno com José, isto é, em todo o tempo da sua humilhação, a presença benévola e complacente do Senhor esteve com ele. Esse é o modo de Deus tratar com aqueles que sofrem e padecem aflições (Rm 2.4; SI 36.7; 119.76). Naquela prisão, a benignidade do Senhor sustentou e guardou José (Pv 20.28). A graça divina quebrantou o coração do carcereiro-mor e o fez ver qualidades morais e intelectuais de José. Dentro daquela prisão, José dois chefes da cozinha da casa real: o chefe dos copeiros e o dos padeiros da casa de Faraó. Ambos sonharam, e como os egípcios que os sonhos representavam presságios bons ou ruins, contaram a José os seus sonhos. José tinha a graça de Deus, para interpretar sonhos. Isto acontecia, desde quando estava na casa de seu pai Jacó. Sem entrar nos detalhes, vemos que José revelou os significados dos sonhos dois, e pediu ao copeiro que se lembrasse dele perante Faraó, uma vez que ele era apenas uma vítima, e não culpado de qualquer ato indigno (Gn 40.14,15).

III. JOSE E LEVADO A PRESENÇA DE FARAÓ

1. José é lembrado perante Faraó (Gn 41.1-8). Faraó teve dois sonhos seguidos que o deixaram perturbado pois não entendia o significado dos mesmos. É aqui que Deus entra em ação, mais uma vez, para cumprir sua palavra, anteriormente, revelada a José, ainda na casa de seu O tempo do cumprimento dos sonhos de José chegava no momento certo (Gn 37.5-7). O copeiro-mor estava servindo a Faraó, cerca de dois anos depois que saíra da prisão, quando viu o rei perturbado. O Senhor fez lembrar-se de José e ele falou a Faraó sobre o que acontecera e como se cumprira a interpretação de José. Faraó já havia convocado todos os astrólogos e adivinhos do palácio, mas nenhum pudera interpretar os seus sonhos (Gn 41 .8). O rei ficou pasmado com a exatidão do cumprimento dos sonhos do copeiro e do padeiro e, por isso, ordenou que lhe trouxessem José a sua presença.

2. José é conduzido ao Faraó (Gn 41.9-15). No tempo próprio, Deus fez o copeiro-mor lembrar-se de José, o qual contou ao rei a experiência que tivera, quando esteve preso com o jovem hebreu. O rei ficou impressionado com a narrativa. Estava revoltado com os magos e ocultistas do palácio, que não puderam interpretar os seus sonhos. Na presença de Faraó, José, com humildade, declara que a interpretação dos sonhos do rei viria de Deus, o seu Senhor (Gn 41.16). O plano divino na vida de José começava a cumprir-se, literalmente.

3. José interpreta os sonhos de Farao (Gn 41. 16-32). O rei contou os sonhos e o Espírito de Deus abriu o entendimento de José para dar a interpretação.
José interpretou os sonhos, afirmando que os dois se resumiam num só, pois dentro de pouco tempo o Egito passaria por uma grande escassez de alimentos e, para evitar esta crise, era necessário que o rei se prouvesse de mantimentos.

O rei ficou estupefato por tanta inteligência e visão administrativa do jovem hebreu. A verdade é que Deus estava por detrás de tudo. José achou graça diante de Faraó (At 7.10). Esta graça tinha a operação de Deus, pois é Ele quem dirige os destinos da nossa vida, quando fazemos a sua vontade. Ao ouvir a palavra de José, em encontrar um homem que tivesse o espírito, de Deus para governar toda aquela proposta, buscou entre seus homens, mas a ninguém encontrou. Estava diante dele um estrangeiro, recém-saído da prisão (1 Co 1.26- 29).

4. José é nomeado governador do Egito (Gn 41.33-57). Indiscutivelmente, o Espírito de Deus estava com José. Ao tomar-se governador do Egito, tornou-se, também, a segunda pessoa mais importante do reino de Faraó. O rei viu em José muito mais que um mero visionário. O rei viu nele alguém altamente capaz de realizar um grande trabalho em favor do Egito. Às vezes, na vida cotidiana da igreja, os que possuem algum dom espiritual de profecia ou revelação não sabem separar as coisas espirituais das racionais. Espiritualizam demasiadamente os fatos da vida eclesiástica e agem como se fossem anjos. José não perdeu os seus dons espirituais, e soube administrar a sua vida espiritual de modo a ser uma bênção nas responsabilidades materiais.

CONCLUSÃO

A história de José é longa e contém muitas lições, mas destacaremos apenas alguns pontos, os quais se constituem ricos e preciosos ensinos para a nossa vida cotidiana:
No primeiro tópico da lição, aprendemos sobre o perigo da discriminação que alguns pais fazem com seus filhos. Isto gera ciúmes, invejas e rancores entre os demais irmãos.
Por causa da discriminação, José quase foi assassinado por seus irmãos. Não aconteceu, porque Deus tinha um plano determinado com todos eles, especialmente, José. Mesmo assim, foi vendido como escravo, mas Deus esteve com ele o tempo todo.
O esquecimento do copeiro- mor parece ter sido de propósito, na presciência divina, pois, no tempo certo, ele lembrou-se de José. Devemos aprender a esperar em Deus. Ele não se atrasa, nem se adianta.

Elaboração pelo:- Evangelista Isaias Silva de Jesus
Igreja Evangélica Assembléia de Deus Ministério Belém Em Dourados – MS
Lição Bíblicas 4º. Trimestre 1995  - CPAD

JACÓ UM CARÁTER TRANSFORMADO



JACÓ UM CARÁTER TRANSFORMADO

TEXTO ÁUREO = “Não te deixarei, se me não abençoares” (Gn 32.26).

VERDADE PRÁTICA = O caráter de um homem, sob a égide do EGO, é vulnerável aos ímpetos da carne; mas, quando transformado, se torna firme e confiante.

LEITURA BIBLICA = GÊNESIS 25.24-26; 27.29,30,34,35; 32.22-24,27,28

INTRODUÇÃO

A história de Jacó é deveras emocionante e assinalada por experiências marcantes. Nenhum outro personagem tomou tanto espaço no livro de Gênesis. Foi ele quem recebeu a bênção de Abraão e Isaque. Por seu intermédio, foram formadas as 12 tribos de Israel. Precisaríamos de mais tempo e espaço, para acompanharmos todos os fatos de sua vida. Nesta lição, porém, podemos definir duas etapas principais de sua existência: o enganador e o transformado.

1. JACÓ, O ENGANADOR

1. O significado do nome Jacó (Gn 25.24-26). Quando Rebeca teve os filhos gêmeos, Esaú e Jacó, o pai muito se alegrou. Cumpria-se o desígnio divino na vida de Isaque de que sua semente encheria a Terra. Realmente, dois grandes povos foram formados: os edomitas e os israelitas. Entretanto, há um fato curioso no nascimento deles. O segundo nasceu com a mão agarrada ao calcanhar do primeiro. Por este motivo, seus pais o chamaram de Jacó, cujo significado é suplantador, enganador.

2. Jacó engana e lesa o pai e o irmão Esaú. Isaque e Rebeca não tinham maiores conflitos, mas havia diferenças marcantes entre eles, no modo de encarar o futuro dos filhos. Além disso, foram maus exemplos, como pais, ao demonstrarem preferências particulares. Isaque amava mais Esaú, porque este, além de ser o mais velho, era caçador e, de vez em quando, lhe trazia uma caça especial. Rebeca gostava mais de Jacó, o mais novo, porque este a ouvia e lhe obedecia.

No capitulo 27 do Gênesis, Isaque mandou chamar a Esaú e fez planos de lhe outorgar a bênção da primogenitura. Enquanto ele saiu para caçar, a fim de oferecer ao seu pai o guisado especial, Rebeca, sabedora das intenções do esposo, procurou subverter e frustrar os planos.

Traçou um plano para que antes de Esaú chegar, Jacó pudesse receber a bênção em seu lugar. Ela sabia do plano de Deus, mas não queria arriscar.
Por isso, sem compreender a vontade divina, induziu o filho mais novo a enganar o próprio pai, imitando o irmão e vestindo-se com pelos de cabra, para fingir ser o mais velho, que era peludo. Para assegurar- se disso, os dois utilizaram-se da mentira e do engano, atitudes tão desprezíveis diante do Senhor.

3. As conseqüências do engano e da mentira (Gn 26.33; 27.42-45). Há uma lição preciosa, a qual precisamos aprender com o erro de Jacó. Nunca devemos nos adiantar aos planos de Deus, porque Ele os cumpre no tempo próprio, sem nenhum prejuízo para nós. Jacó sabia, tanto quanto sua mãe Rebeca, que a bênção estava garantida, pois, acima dos valores legais da primogenitura, estavam os morais e espirituais daquele legado.

Jacó teve de arcar com as conseqüências da sua transgressão. Elas seriam inevitáveis. Ele fugiu da presença do seu irmão, saindo de Berseba e indo para Harã, na Mesopotâmia. Por muitos anos, mesmo tendo sido abençoado por Deus em bens materiais e na formação de sua família, não conseguia escapar da voz de sua consciência, que o considerava um enganador.

II. JACÓ, LUTADOR PERSISTENTE

1. Jacó tem uma visão de Deus (Gn 28.10-17). Na fuga para Harã, Jacó caminhou durante todo o dia, até um lugar chamado Luz, cerca de doze milhas de Jerusalém, onde passou a noite. A região era cheia de pedras. Por isso, cansado, tomou uma delas, na qual reclinou a cabeça. Ali, naquele local, algo maravilhoso aconteceu com ele, naquela noite. Em sonho, viu uma escada, posta na terra, em sua cabeceira, e estava erguida até os céus. Por ela, vários anjos subiam e desciam. Lá, no alto, estava o Senhor, revelando- se, de modo pessoal, e fazendo-lhe promessas (Gn 28.12-15).

2. 0 voto de Jacó (Gn 28.18-22). Uma características pessoal de Jacó, revelada ao longo de sua vida, era a persistência em lutar por um ideal e aproveitar todos os momentos possíveis, para conquistá-lo. Entusiasmado com a visão divina, considerou aquele lugar um local especial, pois ali ele viu a glória do Senhor. Por isso, ergueu aquela pedra, que lhe servira como travesseiro, e derramou azeite sobre ela, ungindo-a, paras identificar aquela terra como santa. Deu-lhe o nome de Betel, que significa “casa de Deus”.

3. O estímulo de Deus, para continuar a viagem (Gn 29.1-12). No primeiro versículo, temos uma expressão idiomática, no hebraico, “levantou os seus pés”, ou, como está traduzido para o português: “pôs-se Jacó a caminho”; “então pôs- se Jacó de pé”, para falar de sua reação diante do estímulo que recebeu do Senhor. Ele estava a caminho de Padã- Harã, onde deveria encontrar a família de sua mãe. Sua viagem não lhe dava outra alternativa, pois ainda fugia da ira de seu irmão.
4. Jacó é enganado por seu tio Labão (Gn 29.1-35). Depois de recebido no seio de sua família, Jacó não conseguiu mais esquecer-se do primeiro momento em que conheceu a prima Raquel, que era bonita e atraente. Ele se apaixonou por ela e pediu-lhe em casamento. Labão entendeu que melhor seria entregá-la a um parente, do que a um estranho. Ele (Jacó) ficou tão entusiasmado, que propôs trabalhar sete anos por sua amada (Gn 29.18). Seu tio, aproveitando a oportunidade, para fazer um bom negócio, aceitou a proposta do sobrinho.

A fazenda de Labão prosperou, na administração de Jacó, pois este empenhou-se durante sete anos por Raquel. Porém, no final deste período de trabalho, por sua amada, foi enganado e induzido a se casar com Lia, a mais velha (Gn 29.21-30). Por isso, foi obrigado a trabalhar mais sete anos, em pagamento pela mais nova.
Há uma lição que aprendemos neste incidente. Jacó estava colhendo o que plantou anteriormente. Recebeu engano pelo engano, astúcia pela astúcia que havia praticado contra seu irmão Esaú.

III. JACÓ, TRANSFORMADO POR DEUS

1. Jacó entra em crise de consciência (Gn 32.3-12). Depois de várias dificuldades, por que havia passado nos anos em que esteve em Harã, persistia na mente e na consciência de Jacó o pecado de engano, praticado contra seu pai Isaque e o irmão Esaú. Mesmo tendo sido abençoado por Deus, em prosperidade familiar e material, e ter tido o glorioso encontro com o Senhor, em Betel, ainda batia forte, como um martelo na bigorna, a voz de sua consciência..

2. Jacó ora a Deus, no meio de sua crise interior (Gn 32.9-12). Jacó soube logo que o modo de se vencer as dificuldades e os problemas da vida, era buscar a face do Todo- poderoso (Si 50.15; Jr 29.12). Ele precisava do Senhor e queria ter a certeza do cumprimento das promessas. Por isso, orou com instância. Deus não deixaria de cumprir sua palavra, porque Ele é fiel e suas bênçãos nunca falham e nem mudam.

Jacó orou a Deus, para que o livrasse das mãos de seu irmão, pois sabia que o mesmo alimentava a vingança, até aquele dia. Na oração, lembrou ao Senhor suas promessas de abençoá-lo e prosperá-lo, e tudo isso não poderia, agora, ser destruído pelo ódio de Esaú (Gn 32.11,12).

3. Jacó luta com Deus em sua oração (Gn 32.22-32). Diz a Bfblia que, naquela mesma noite, Jacó tomou sua família e todos os seus bens, e passou “o vau de Jaboque” (On 32.22,23).Todos prosseguiram a caminhada, mas ele “ficou só” (v.24).

Uma teofania especial, na forma angelical, manifestou-se como se fosse um homem comum, no meio da escuridão, e iniciou-se uma luta renhida entre os dois.
Mediante o seu esforço em receber a bênção, o anjo do Senhor tocou na juntura de sua coxa, e disse- lhe que a partir daquele momento, ele teria um sinal, pelo resto de sua vida, para que jamais se esquecesse daquele dia especial. Deus transformou o seu caráter e mudou o rumo de sua existência, a partir do seu novo nome, Israel (Gn 32.27,28), que significa o príncipe de Deus.

CONCLUSÃO

Depois daquele encontro com Deus, no vau de Jaboque, Jacó aprendeu a valorizar suas experiências com o Todo-Poderoso. O seu caráter foi transformado e suas atitudes mudadas completamente. Devemos, hoje, como crentes em Cristo, deixar o Espírito Santo operar livremente em nossas vidas, pois Ele pode, a cada dia, modificar também os nossos hábitos.

Elaboração pelo:- Evangelista Isaias Silva de Jesus
Igreja Evangélica Assembléia de Deus Ministério Belém Em Dourados – MS
Lição Bíblicas 4º. Trimestre 1995  - CPAD

ISMAEL E ISAQUE CONFLITO DE IRMÃOS



ISMAEL E ISAQUE CONFLITO DE IRMÃOS

TEXTO AUREO = “Não são os filhos da carne que são filhos de Deus, mas os filhos da promessa são contados como descendência” (Rm 9.8).

VERDADE PRÁTICA = Os autênticos filhos de Deus são os que nascem de novo, mediante a aceitação do Evangelho de Jesus Cristo.

LEITURA EM CLASSE = GÊNESIS 21.1-13

INTRODUÇÃO

Nesta lição, estudaremos a história de um conflito que ainda prevalece nos dias atuais. E a história da família de Abraão, mais especificamente, a de seus filhos Ismael e Isaque, os quais habitam na região do Oriente Médio. Ismael, filho da escrava egípcia Agar, e Isaque, filho de Sara, foram gerados por Abraão. A descendência de Ismael é o povo árabe e a de Isaque, israelita.

1. OS DOIS FILHOS DE ABRAÃO

1. Ismael (Gn 16.1-5,15,16). Para entender melhor a questão do conflito racial e familiar, e a miscigenação entre árabes e israelitas, é necessário saber que tudo começou nos dias de Abraão, quando Deus prometeu um filho a ele e a sua mulher, Sara. Eles não tiveram paciência, para esperar o tempo de Deus, nem entenderam plenamente o poder do Senhor de operar um milagre na esterilidade de Sara.

2. Isaque (Gn 18.9-14; 21.1-3). Aos cem anos de idade Abraão vê o milagre acontecer. Sua mulher estéril, e mesmo tendo passado a idade de ser mãe, é agraciada pelo Senhor, que lhe abre a madre e ela concebe um filho.

II. O SURGIMENTO DO CONFLITO ENTRE OS DOIS IRMÃOS

1. O começo do conflito (Gn 16.4-6). Do ponto de vista bíblico, Ismael não é o filho da fé, e sim da incredulidade de Abraão. Quando nasceu o da fé, Isaque, começou então o conflito.

2. A razão do conflito (Gn 21.9- 12). Este texto não deixa dúvidas: o deserdamento de Ismael, o primogênito, tem sido a razão principal da rivalidade entre IsmaeJ e Isaque, ou seja, árabes e israelitas, até ao dia de hoje. Este conflito nunca foi totalmente resolvido.


3. A realidade do conflito hoje. A herança de Abraão, passada para Isaque, o segundo filho, tem sido a causa da inimizade, através dos séculos. O início do conflito deu-se há quase quatro mil anos. Segundo os historiadores, esse ódio vem sendo alimentado pelos descendentes de Ismael, de modo persistente e contundente.

4. A contenção do conflito. Por causa do pecado dos filhos de Israel, a dispersão do povo foi inevitável. Israel foi espalhado pelas nações da terra, sem qualquer identidade política, por quase 2500 anos. Sua herança foi invadida e maltratada pelas guerras (Lv 26.33,36,37). Apesar de tudo, Deus não se esqueceu do seu povo nem das suas promessas, porque Ele é fiel (Dt 7.9; 32.9-11; Sl 89.1).

III. O RETORNO DE ISRAEL À SUA TERRA

1. Duas importantes reuniões dos descendentes de Isaque, em tempos distintos, na “terra prometida”. Independente do conflito entre os árabes e israelitas, a atenção de Deus é especial com os “descendentes de Isaque”. Há um plano estabelecido pelo Senhor na terra que deu por herança ao “filho da promessa”. Em períodos distintos e históricos, Deus reuniria seu povo.

a) A primeira importante reunião é gradual e profética. Refere-se ao retorno gradual dos filhos de Israel à sua terra para conquistá-la definitivamente (Jr 24.6; Ez 36.24,28). Esta gradual reunião pode-se perceber, na história mundial, como tendo o seu início a partir do sonho idealizado pelo judeu-austríaco Théodor Hrz1, um jornalista. Em 1897, ele iniciou o movimento denominado “Sionismo”, cujo sentido do termo era “volta a Sion”.

b) A segunda importante reunião é futura e será universal. Esta reunião, dar- se-á num período difícil para Israel, porque ocorrerá no final da Grande Tribulação, denominado como “o tempo da angústia de Jacó” (Ap 16.12-21), para a grande batalha do Armagedom. O Anticristo juntará todos os inimigos de Israel e as nações da terra, para lutarem contra o povo santo.

2. A visão profética do vale de ossos secos (Ez 37.1-11). O capítulo é um retrato figurado desse retomo profetizado. Ezequiel tem uma visão de “um vale cheio de ossos secos” (Ez 37.1). Esse vale representa o mundo físico e a condição espiritual, social e nacional dos israelitas, como nação morta, esquecida e espalhada na terra.

a) Israel sepultado entre as nações. No versículo 11, a expressão “todos os ossos refere se a casa de Israel (v.11). Não tem nada a ver com a Igreja, nem com os gentios, pois refere-se, exclusivamente, aos filhos de Israel.

b) “Viverão esses ossos?” (v.3). Nesta interrogação, está o desafio de Deus à fé do profeta e à incredulidade cega dos que duvidam da fidelidade das promessas de Deus, quanto a Israel. A despeito da história desse povo rebelde, Deus está sempre disposto a perdoá-lo, a fim de cumprir a sua promessa, quanto a posse da terra “de leite e mel”.

c) “Farei entrar em vós o espírito e vivereis” (Ez 37.5). Está aqui a promessa vivificadora para Israel, material e espiritualmente. Materialmente, o retomo à terra significaria a reedificação de suas cidades, o renovo da agricultura e o progresso econômico e político (Am sua fé no Deus de seus pais Abraão, Isaque e Jacó..

d) “Houve um ruído.., e eis que se fez um reboliço” (Ez 37.7). O ruído naquele “vale de ossos secos” simboliza o movimento de vida agitando o vale e provocando um barulho de ossos. Cada osso procurando o seu osso. Este “ruído” pode ser interpretado como o movimento sionista, agitando os “ossos secos” em todo o mundo e gerando o desejo de voltar a sua terra.

e) “Os osso se juntaram, cada osso ao seu osso” (Ez 37.7). A partir do Sionismo mundial, em 1897, os descendentes de Isaque têm voltado à sua terra (Palestina) e, de forma gradual, foram reconquistando sua terra. Uma estatística da época, apresenta que em 1917 havia menos de 25 mil judeus na Palestina e, gradualmente, foi aumentando o numero; e quando chegou em 1948, já havia 800 mil israelitas. Tudo isto em apenas 31 anos, de 1917 a 1948. Era Deus juntando os ossos de Israel. Israel foi reconhecido como Estado em 14 de maio de 1948, a
população  cresceu ainda mais e,  em 1976 a estatística foi para três milhões seiscentos e nove mil habitantes.

f) Vieram  nervos eles e cresceu a  carne, e estendeu-se a pele sobre eles por cima” (Ez 37.8). Depois de reunidos os ossos e formados os esqueletos, o Espírito do Senhor fez surgir nervos sobre eles. Esses nervos falam das bases sociais e políticas reorganizadas na vida nacional de Israel.

g) “Ó Espírito, assopra sobre estes mortos para que vivam” (Ez 37.9). A palavra “espírito”, neste texto, refere-se à vida que dinamiza o corpo. Já não são mais “ossos secos” e espalhados, mas corpos mortos e compostos que precisam de vida.

h) “Então o espírito entrou neles” (Ez 37.10). Hoje, Israel está refeito com todas as estruturas sociais, políticas e religiosa, mas não passa de um “corpo morto”. Falta-lhe a vida. Diz a Bíblia que no “dia da angústia de Jacó” (Jr 30.3), o Espírito do Senhor unirá o povo israelita, a fim de se voltar para o Senhor.

CONCLUSÃO

Esta lição tem por objetivo mostrar a fidelidade de Deus às suas promessas. Todo o enredo histórico, envolvendo os dois filhos de Abraão, ensina que jamais devemos nos precipitar no plano de Deus.

Elaboração pelo:- Evangelista Isaias Silva de Jesus
Igreja Evangélica Assembléia de Deus Ministério Belém Em Dourados – MS
Lição Bíblicas 4º. Trimestre 1995  - CPAD