quarta-feira, 21 de fevereiro de 2024

 

A Disciplina na Igreja

TEXTO ÁUREO

E já vos esquecestes da exortação que argumenta convosco como filhos: Filho meu, não desprezes a correção do Senhor e não desmaies quando, por ele, fores repreendido. (Hb 12.5)

Entenda o Texto Áureo

Aqui o escritor lembra e expõe Pv 3.11-12. As provações e os sofrimentos na vida cristã vêm de Deus, que os usa para instruir e disciplinar os cristãos com essas experiências. Esse procedimento é evidência do amor de Deus por seus filhos (cf. 2Co 12.7-10).

 

VERDADE PRÁTICA

 

A disciplina cristã é uma doutrina bíblica necessária, pois permite ao crente refletir o caráter de Cristo.

Entenda a Verdade Prática

Por sermos ainda pecadores e imperfeitos, entendemos que a disciplina é uma necessidade também para nossos dias. Cristo nos ensinou e ordenou a sua prática (Mt 18.15-20).

 

LEITURA BÍBLICA = Hebreus 12.5-13

 

5. E já vos esquecestes da exortação que argumenta convosco como filhos: Filho meu, não desprezes a correção do Senhor e não desmaies quando, por ele, fores repreendido;

Esta exortação é encontrada em Provérbios 3: 11-12. O objetivo do apóstolo em introduzi-lo aqui é mostrar que as aflições foram designadas por Deus para produzir alguns efeitos felizes na vida de seu povo, e que eles devem, portanto, suportá-los pacientemente. Nos versículos anteriores, ele os direciona para o exemplo do Salvador. Neste versículo e no seguinte, para o mesmo objeto, ele direciona sua atenção para o projeto de provações, mostrando que elas são necessárias para o nosso bem-estar e que são, de fato, uma prova do cuidado paterno de Deus.

 

6. porque o Senhor corrige o que ama e açoita a qualquer que recebe por filho.

Açoita. Refere-se a fustigar com um açoite, que era um modo cruel c doloroso de flagelação comum entre os judeus (cf. Mt 10.17; 23.34). Esta também é uma citação de Provérbios 3. Significa que é uma regra universal que Deus envie provações àqueles a quem ele realmente ama. Evidentemente, isso não significa que ele envie um castigo que não é merecido; ou que ele a envia “para o mero propósito” de infligir dor. Mas isso significa que, com seus castigos, ele mostra que tem um cuidado paterno por nós. Ele não nos trata com negligência e desinteresse, como um pai costuma fazer com seu filho ilegítimo.

O próprio fato de ele nos corrigir mostra que ele tem em relação a nós os sentimentos de um pai e exerce em relação a nós um cuidado paterno. Se ele não o fizesse, ele nos deixaria continuar sem atenção e nos deixaria seguir um curso de pecado que nos envolveria em ruínas. Restringir e governar uma criança; corrigi-lo quando ele erra, mostra que há uma solicitude dos pais para ele e que ele não é um pária. E como existe na vida de todo filho de Deus algo que merece correção, acontece que é universalmente verdade que “a quem o Senhor ama, ele castiga”.

E açoita todo filho a quem recebe – a quem recebe ou reconhece como seu filho. Isso não é citado literalmente do hebraico, mas da Septuaginta. O hebraico é: “como pai, filho em quem se deleita”. O sentido geral da passagem é mantido, como é frequentemente o caso nas citações do Antigo Testamento. O significado é o mesmo que na parte anterior do versículo, de que todo aquele que se torna filho de Deus é tratado por ele com aquele cuidado vigilante que mostra que ele sustenta em relação a ele a relação paterna.

 

7. Se suportais a correção, Deus vos trata como filhos; porque que filho há a quem opai não corrija?

Filhos. Uma vez que todos são imperfeitos e precisam dc disciplina e instrução, todos os verdadeiros filhos de Deus são castigados num momento ou noutro, de uma maneira ou de outra.

 

8. Mas, se estais sem disciplina, da qual todos são feitos participantes, sois, então, bastardos e não filhos.

Bastardos. A palavra é encontrada somente aqui no NT, mas é usada em outra passagem na literatura grega cm referência àqueles que nasciam de escravas ou concubinas. Poderia incluir uma referência implícita a Agar e Ismael (Cn 16), a concubina de Abraão e seu filho ilegítimo.

 

9. Além do que, tivemos nossos pais segundo a carne, para nos corrigirem, e nós os reverenciamos; não nos sujeitaremos muito mais ao Pai dos espíritos, para vivermos?

Submissão. Respeitara Deus equivale a submeter-se à sua vontade e lei, e aqueles que prontamente recebem o castigo do Senhor terão uma vida mais rica e mais abundante (cf. Sl 119.165).

Pai espiritual. Provavelmente a melhor tradução seja "Pai de nosso espírito", em contraste com "pais segundo a carne" (literalmente "pais de nossa carne").

 

10. Porque aqueles, na verdade, por um pouco de tempo, nos corrigiam como bem lhes parecia; mas este, para nosso proveito, para sermos participantes da sua santidade.

- para aproveitamento. Os pais humanos imperfeitos aplicam uma disciplina imperfeita, mas Deus é perfeito e, consequentemente, sua disciplina é perfeita e sempre busca o bem espiritual de seus filhos.

11. E, na verdade, toda correção, ao presente, não parece ser de gozo, senão de tristeza, mas, depois, produz um fruto pacífico de justiça nos exercitados por ela.

Gozo…tristeza – A objeção de que a punição é dolorosa é aqui antecipada e respondida. Parece apenas para aqueles que estão sendo castigados, cujos julgamentos são confundidos pela dor presente. Seu fruto final compensa amplamente qualquer dor temporária. O objetivo real dos pais em correção não é que eles sintam prazer na dor das crianças. Os desejos satisfeitos, nosso Pai sabe, seriam muitas vezes nossas reais maldições.

Fruto pacífico de justiça – a justiça (na prática, brotando da fé) é o fruto produzido pela correção (Filipenses 1.11). “Pacífico” (compare com Isaías 32.17): em contraste com a provação do conflito pela qual ele foi vencido. “Fruto de justiça para ser desfrutado em paz após o conflito” (Tholuck). Como a coroa de oliveira, o emblema da paz, assim como a vitória, era colocada na cabeça do vencedor nos jogos.

Exercitados por ela – como atletas exercitados em treinamento para a competição. Castigo é o exercício para dar experiência e tornar o combatente espiritual irresistivelmente vitorioso (Romanos 5.3). [Jamieson; Fausset; Brown]

 

12. Portanto, tornai a levantar as mãos cansadas e os joelhos desconjuntados,

Exercitados. A mesma palavra usada em 5.14 é traduzida por "exercitadas" (cf. 1Tm 4.7).

Fruto de justiça. Essa é a mesma expressão que aparece em Tg 3.18.

 

13. e fazei veredas direitas para os vossos pés, para que o que manqueja se não desvie inteiramente; antes, seja sarado.

O autor retoma a metáfora da corrida que começou nos vs. 1-3 (cf. Pv 4.25-27) e incorpora uma linguagem extraída de Is 35.3 para descrever a condição do indivíduo disciplinado como um corredor cansado cujos braços caem e os joelhos vacilam. Quando estiver passando por provações na vida, o cristão não deve permitir que as circunstâncias levem vantagem sobre ele. Pelo contrário, ele deve suportar e recuperar as forças para continuar a corrida.

 

INTRODUÇÃO

 

Por sermos ainda pecadores e imperfeitos, entendemos que a disciplina é uma necessidade também para nossos dias. Cristo nos ensinou e ordenou a sua prática (Mt 18.15-20). Uma igreja que não exerce a disciplina aos membros faltosos, destrói a si mesma e perverte o ensino do Evangelho de nosso Senhor Jesus. Uma igreja que não pratica a disciplina certa, bíblica, constante, cuidadosa, atenciosa, respeitosa, firme e afetuosa, não deve observar a Ceia do Senhor. A disciplina deve ser feita com amor, compaixão, sem vingança, ódio ou retaliação (Gl 6.1).

Vale lembrar que disciplina é um ato de compaixão, purificação e amor de nosso Pai (Pv 13.24; Hb 12.4-8). “A disciplina eclesiástica, em grande parte, ocorre de maneira informal na medida em que cristãos falam a verdade em amor entre si e apontam uns aos outros para a graça do evangelho. Entretanto, no mundo caído, há momentos em que a disciplina informal não é suficiente; quando aqueles que pertencem à igreja se recusam a se arrepender e prosseguem nas veredas do pecado. É para tais ocasiões que Jesus proveu instruções para a disciplina eclesiástica: “Se teu irmão pecar [contra ti], vai argui-lo entre ti e ele só. Se ele te ouvir, ganhaste a teu irmão. Se, porém, não te ouvir, toma ainda contigo uma ou duas pessoas, para que, pelo depoimento de duas ou três testemunhas, toda palavra se estabeleça. E, se ele não os atender, dize-o à igreja; e, se recusar ouvir também a igreja, considera-o como gentio e publicano”. (Mt 18.15-17)

 

PALAVRA-CHAVE: Disciplina

 

Depois da pregação da Palavra, a administração fiel da disciplina é uma das características da igreja verdadeira.

 

A produção de um plano de aula como subsídio é trabalhoso e desgastante. Considere citar a fonte ao reproduzir o texto. Considere também ser generoso com este ministério!

 

I. A NECESSIDADE DA DISCIPLINA BÍBLICA

 

1. Deus é santo. No episódio narrado em Lucas 5.8, a pesca extraordinária foi claramente um milagre, surpreendendo a todos os pescadores de Cafarnaum (v. 9). Pedro imediatamente percebeu que estava na presença daquele que era santo e que estava exercendo o seu poder divino, e foi tomado de vergonha pelo seu próprio pecado (Êx 20.19; 33.20; Jz 13.22; Jó 42.5-6). Esse mesmo temor diante da santidade de Deus levou Isaías a reconhecer que era um homem de lábios impuros (Is 6.5). Se os lábios estão impuros, também o coração o está. A visão da santidade de Deus fez o profeta lembrar-se de maneira muito intensa da sua própria indignidade, que é merecedora de condenação. Jó (Jó 42.6) e Pedro (Lc 5.8) tiveram a mesma experiência a respeito de si mesmos, quando foram confrontados com a presença do Senhor (Ez 1.28 2.27; Ap 1.17).

 

2. A Igreja é santa. A santidade, em essência, define a nova natureza e conduta do cristão em contraste com o seu estilo de vida anterior à salvação. A razão para praticarem um estilo santo de vida é que os cristãos estão associados com o Deus santo e devem tratar a ele e sua Palavra com respeito e reverência. Portanto, nós o glorificamos da melhor maneira quando somos semelhantes a ele (1Pe 1.16-17; Mt 5.48; Ef 5.1; cf. Lv 11.44-45; 18.30; 19.2; 20.7; 21.6-8). A complacência, a cumplicidade com o pecado pode corromper todo o corpo. Ao disciplinar um membro, a igreja deve fundamentar seus argumentos nas Sagradas Escrituras, não na tradição nem no sentimentalismo. E ao disciplinar deve também cuidar, tratar e curar a pessoa ou pessoas envolvidas.

 

3. Quando a igreja não disciplina. Depois da pregação da Palavra, a administração fiel da disciplina é uma das características da igreja verdadeira; mas esta característica está desaparecendo em nossos dias. Os sermões não atacam os pecados sociais e o materialismo. E os pecados morais raramente são confrontados. O resultado dessa atitude é uma gradual infiltração do mundanismo na igreja. Muitas igrejas pensam que uma estrita aceitação da disciplina na igreja é subversiva ao seu crescimento. Para uma época que não vê nada menos que sucesso em números, a disciplina se torna uma desvantagem. Exceto nos casos de pecados horríveis, a disciplina na igreja tem sido amplamente abandonada por muitos. Aquele que ordena a disciplina na igreja é o mesmo que estabelece o padrão a ser seguido no exercício da mesma. Esse padrão consiste primeiramente em amor paternal (Hb 12.4-13). É certo que o mundo vê a disciplina como expressão de ira e hostilidade, mas as Escrituras mostram que a disciplina de Deus é um exercício do seu amor por seus filhos. Amor e disciplina possuem conexão vital (Ap 3.19). Além do mais, disciplina envolve relacionamento familiar (Hb 12.7-9), e quando os cristãos recebem disciplina divina, o Pai celestial está apenas tratando-os como seus filhos. Deus não disciplina bastardos, ou seja, filhos ilegítimos (v. 8). O padrão de disciplina divina revela também maravilhosos benefícios. A disciplina que vem do Senhor "é para o nosso bem (v. 10)." Ainda que seja inicialmente doloroso receber disciplina, a mesma produz paz e retidão (v. 11). O v. 13 ensina que o propósito de Deus em disciplinar não é o de incapacitar permanentemente o pecador, mas antes de restaurá-lo à saúde espiritual.

 

II. O PROPÓSITO DA DISCIPLINA BÍBLICA

 

1- Manter a honra de Cristo. A igreja deve disciplinar procurando a glória e a honra do nome de Cristo. Não disciplinar membros que cometem pecados escandalosos desonra o nome do Senhor. “Desde o tempo dos reformadores, para distinguir entre uma igreja verdadeira e uma igreja falsa, teólogos têm descrito três “marcas” da igreja: a pregação adequada da Palavra de Deus, a administração apropriada dos sacramentos e a administração apropriada da disciplina eclesiástica. Embora não seja controverso pensar que uma igreja verdadeira ensinaria a Palavra de Deus e obedeceria o mandamento de Cristo para observar os sacramentos, muitos cristãos duvidariam que a disciplina eclesiástica é necessária para se ter uma verdadeira igreja. Na realidade, contudo, a ideia da disciplina na igreja é um paralelo essencial às primeiras duas marcas. Afinal, a Bíblia não nos diz que não é suficiente que a Palavra seja ensinada e pregada apropriadamente, mas que ela também deve ser obedecida e praticada (Rm 2.13; Tg 1.22)? E como a igreja pode administrar os sacramentos apropriadamente sem determinar a quem eles se aplicam? A disciplina eclesiástica é o mecanismo que o Senhor decretou para designar e edificar a sua igreja, a família de Deus. A igreja não é apenas uma organização — é a personificação do propósito e do plano de Deus para redimir pecadores e reconciliá-los consigo mesmo. O mesmo crente em Jesus Cristo que é justificadoatravés da fé também é adotado através da fé. Nosso grande Deus triuno não se satisfaz apenas com o fato de seu povo ser declarado não culpado diante do seu trono de julgamento (Rm 5.1).

Ele também torna cada pecador redimido seu filho, parte da família de Deus (João 1.12). Quando vemos a igreja como uma família, começamos então a ver o propósito e a bênção da disciplina eclesiástica. Assim como pais e mães que carinhosamente amam os seus filhos devem tomar tempo para corrigi-los e encorajá-los, pastores e presbíteros que amam o Senhor e o povo do Senhor devem tomar tempo para corrigi-los e encorajá-los.”

 

2. Frear o comportamento pecaminoso. Embora estas coisas possam fazer parte de nossa experiência de igreja, o Novo Testamento deixa claro que a igreja é fundamentalmente um povo, uma congregação caracterizada por seu compromisso com Cristo e uns com os outros. Portanto, quando a Bíblia fala de disciplina na igreja, isto envolve o cuidado espiritual das pessoas.

 

É o processo pelo qual os membros de uma igreja se protegem mutuamente do engano do pecado e reafirmam a verdade do evangelho. Sem disciplina não há possibilidade de restauração. Mais cedo ou mais tarde os pecados virão à luz, e quando a liderança da igreja tem conhecimento e não toma posição, ela coloca a igreja sob a opressão do diabo. A disciplina procura gerar quebrantamento, arrependimento e o desafio da pessoa andar com Cristo corretamente (Hb 12.11- 13).

 

3. Não tolerar a prática do pecado. A igreja em Corinto não era apenas uma igreja dividida, mas também desonrada. Havia pecado no meio de sua congregação, e, infelizmente, todos sabiam disso. No entanto, a igreja demorou a tomar uma atitude. Nenhuma igreja é perfeita, mas a imperfeição humana jamais deve servir de pretexto para o pecado. Os cristãos são "chamados para ser santos" (1Co 1.2), e isso significa uma vida de santidade para a glória de Deus. “Mas tenho contra ti que “toleras” Jezabel, mulher que se diz profetisa, ensinar e enganar os meus servos, para que se prostituam e comam dos sacrifícios da idolatria” (Ap 2.20).

 

Tolerar significa aceitar com indulgência, ou seja, ser indulgente, admitir, deixar passar algo, permitir ou consentir tacitamente ou suportar. Um dos grandes perigos para aqueles que vivem um cristianismo autêntico e bíblico é se conformar e tolerar erros e pecados de membros e ministros.  Creio também que tolerância a erros doutrinários e ministeriais são tão nocivos a Igreja do Senhor que igualmente merecem repreensão e uma severa atitude por parte da liderança.

 

III. AS FORMAS DE DISCIPLINA BÍBLICA

 

1. A disciplina como modo de correção. É necessário dizer que não ficará impune pelo Senhor todo aquele que for conivente e tolerante a tais práticas.  E tudo isso acaba sendo motivo de escândalo e descrédito da Igreja perante o mundo. A palavra de Deus mesmo nos adverte como agir em casos desse tipo. Foi Jesus mesmo que nos advertiu claramente quanto aos escândalos e atitude da Igreja do Senhor em tais casos:

 

E disse aos discípulos: É impossível que não venham escândalos, mas ai daquele por quem vierem! Melhor lhe fora que lhe pusessem ao pescoço uma mó de atafona, e fosse lançado ao mar, do que fazer tropeçar um destes pequenos. Olhai por vós mesmos. E, se teu irmão pecar contra ti, repreende-o e, se ele se arrepender, perdoa-lhe (Lc 17.1-3);

 

E dei-lhe tempo para que se arrependesse da sua fornicação; e não se arrependeu. Eis que a porei numa cama, e sobre os que adulteram com ela virá grande tribulação, se não se arrependerem das suas obras. (Ap 2.21-22).

 

“Se a disciplina eclesiástica é uma marca de uma igreja legítima, e se isso é uma extensão da disciplina amorosa de Deus para com seus filhos, por que ela não é praticada em mais igrejas? Por que ela é tão subestimada? A resposta para tais perguntas é frequentemente encontrada na maneira como a disciplina eclesiástica é (mal) praticada. Assim como os pais devem cuidar de aplicar fielmente e biblicamente  disciplina a seus filhos, os líderes da igreja devem usar a sua autoridade com coerência e amor.

 

O Antigo Testamento está cheio de advertências sobre os perigos do favoritismo (como Jacó com José e seus irmãos), e a falha em aplicar a disciplina (como Eli e seus filhos). O Senhor de fato disciplina aqueles a quem ele ama (Hb 12.6), e a igreja também deve fazê-lo. Mas nunca podemos nos esquecer que a disciplina eclesiástica é um exercício de amor. Isso significa que a disciplina na igreja não é algo que deve ser buscado apenas após uma situação não parecer mais ter jeito. Disciplina não é a “gota d’água”, onde o julgamento é pronunciado. Disciplina eclesiástica bíblica é uma cultura de responsabilidade, crescimento, perdão e graça que deve permear as nossas igrejas. Cada membro de igreja tem a responsabilidade de ajudar os outros em suas lutas contra o pecado — não através de julgamento e críticas, mas, ao invés disso, com gentileza e visando à restauração, sabendo que ele mesmo também está sujeito à tentação (Gl 6.1).

 

Mateus 18 não descreve uma espécie de litígio alternativo; é uma cartilha sobre como abordamos amorosamente uns aos outros, pacientemente esgotando os passos menores (por exemplo, ir até a pessoa) antes de passar para os passos maiores (por exemplo, levar à igreja). Os líderes da igreja devem sempre se lembrar que a autoridade que eles possuem quanto à disciplina não vem deles mesmos, mas é a autoridade de pastoreio de Cristo. Esta é a igreja de Cristo (Ef 1.22-23; Cl 1.18), e é ele quem a está edificando para torná-la sem mácula (Ef 5.27).

 

Os líderes, portanto, devem fazer todo esforço para evitar agir de maneira dominadora e tirânica simplesmente para resolver rapidamente os problemas (1Pe 5.3), ou demonstrando parcialidade em disciplinar alguns enquanto ignora outros (Tg 2.1). Os membros devem saber que o processo de disciplina não é um método secreto de punição, mas é a maneira de Deus restaurar pecadores, curar relacionamentos e honrar a sua Palavra.

Os líderes não devem temer que a disciplina na igreja seja vista à luz do dia, ao passo que, ao mesmo tempo, devem empregar todo esforço para proteger a reputação dos membros de desnecessária notoriedade e potenciais fofocas. O fim almejado não é simplesmente resolução, mas o fortalecimento de crentes individuais e de todo o corpo de Cristo.”

 

2. A disciplina como forma de restauração. “a disciplina eclesiástica é algo que requer oração, reflexão e coerência, porque possui propósitos importantes na vida da igreja. Há três propósitos principais para a disciplina na igreja. Primeiro, a disciplina na igreja existe para recuperar o pecador de volta à igreja, e em última análise, ao Senhor. A disciplina eclesiástica que é praticada em amor é uma poderosa maneira de confrontar um pecador com seu pecado e mostrar que a igreja o ama, não desistirá dele e deseja vê-lo restaurado à plena comunhão. Em um sentido muito real, a disciplina pode ser a atuação do evangelho diante dos nossos olhos. Devemos reconhecer o nosso pecado, nos arrepender e pedir perdão, o qual é livre e plenamente concedido.

 

Segundo, a disciplina é necessária para manter a pureza da igreja e seu testemunho diante de um mundo vigilante. Isso não significa que colocamos uma máscara hipócrita de perfeccionismo, mas admitimos diante do mundo que a Palavra de Deus é o padrão para as nossas vidas e que somos verdadeiros cristãos — não perfeitos, mas perdoados.

 

Por último e mais importante, a disciplina na igreja é feita para a glória de Deus. Cristãos são exposições vivas da glória de Deus, e nós mostramos muito mais a sua glória quando lutamos para refletir seu amor e seu santo caráter (Ef 3.10). Que maneira melhor de mostrar que um Deus santo é um Deus amoroso do que através da disciplina? Conforme buscamos a restauração daqueles que tropeçam, em espírito de amorosa humildade, colocamos em exposição uma honorável conduta que apontará para aquele que é a fonte de toda a restauração no universo (1Pe 2.12).”

 

3. A disciplina como modo de exclusão.

 

O último recurso da disciplina é o da exclusão, na qual o ofensor é privado de todos os benefícios da comunhão. Nesse caso, o ofensor é tido como gentio (a quem não era permitido entrar nos átrios sagrados do templo do Senhor) e publicano (que eram considerados traidores e apóstatas: Lc 19.2-10). Com estes não há mais comunhão cristã, pois deliberadamente recusam os princípios da vida cristã (1 Co 5.11). Se o seu pecado é heresia, ou seja, o desvio doutrinário das verdades fundamentais ensinadas nas Escrituras, eles não devem nem mesmo ser recebidos em casa (2 Jo 10-11). É claro que cada um desses passos envolve dor, tempo, amor e transparência. Nenhum deles é agradável e eles só prosseguem diante de dureza de coração do ofensor, ou seja, a recusa ao arrependimento. Há porém o conforto de saber que a presença e o poder de Jesus são reais mesmo no contexto desse processo (Mt 18.19-20).

Assim, a disciplina eclesiástica "não é uma atividade a ser realizada facilmente, mas algo a ser conduzido na presença do Senhor..

 

CONCLUSÃO

 

Laney adverte para o fato de que "a disciplina é como um medicamento muito forte: pode trazer a cura ou causar maior dano."

 

Nenhum profissional médico, porém, se recusa a aplicar um medicamento que pode curar o seu paciente apenas porque o mesmo é forte. Também, nenhum doente faz opção pela morte ou pela continuidade da doença se a vida e a cura podem estar tão próximas. Uma séria reflexão bíblica sobre a disciplina eclesiástica evidencia dois princípios básicos. Primeiro, que a disciplina na igreja não é uma opção, mas sim uma ordenança e, consequentemente, uma bênção divina (Hb 12.5-7). Segundo, que a disciplina requer profundo amor por parte da igreja que a aplica e semelhante humildade e quebrantamento por parte daquele que é disciplinado (2 Co 2.5-11).

 

Amem

 


terça-feira, 13 de fevereiro de 2024

O Ministério da Igreja


O Ministério da Igreja

TEXTO ÁUREO

“E ele mesmo deu uns para apóstolos, e outros para profetas, e outros para evangelistas, e outros para pastores e doutores.” (Ef 4.11)

Entenda o Texto Áureo

 

E ele mesmo concedeu. Como evidenciado pelo cumprimento perfeito da vontade de seu Pai, Cristo possuía autoridade e soberania para conceder dons espirituais (vs. 7-8) àqueles que ele havia chamado para o serviço em sua igreja, Ele não só concedeu dons, mas também homens talentosos;

 

Apóstolos. Veja nota em Ef 2.20. Um termo usado particularmente para os 12 discípulos que tinham visto o Cristo ressurreto (At 1.22), incluindo Matias, o qual substituiu Judas. Mais tarde, Paulo foi

 

Separado, exclusivamente, como apóstolo dos gentios (Cl 16.15-17)

 

E foi contado com os outros apóstolos, ele também, milagrosamente, encontrou Jesus no caminho para Damasco (At 9.1-9; Cl 1.15-17).

 

Esses apóstolos foram escolhidos diretamente por Cristo, por isso serem chamados de "apóstolos de Cristo" (CI 1.1; 1Pe 1.1).

 

Foram dadas a eles três responsabilidades:

 

1) estabelecer o fundamento da igreja (2.20);

 

2) receber, declarar e escrever a palavra de Deus (Ef 3.5; At 11.28; 21.10-11); e

 

3) apresentar confirmações dessa Palavra por meio de sinais, maravilhas e milagres (2Co 12.12; cf. At 8.6-7; Hb 2.3-4).

 

O termo "apóstolo" (no original) é usado de um modo mais geral para os outros homens da Igreja primitiva, tais como Barnabé, (At 14.4),

 

Silas, Timóteo (1Ts 2.6) dentre outros (Rm 16.7; Fp 2.25).

 

Eles eram chamados de "apóstolos das igrejas" (2Co 8.23),

 

Em vez de "apóstolos de Jesus Cristo" como os 13.

 

Eles não se autoperpetuavam nem eram substituídos quando um dos apóstolos morria; profetas. Não os cristãos comuns que tinham o dom da profecia, mas homens especialmente comissionados na Igreja primitiva.

 

O ofício de profeta parece ter sido exclusivamente para o trabalho na congregação local. Eles não eram "aqueles enviados" como eram os apóstolos (veja At 13.1).

 

Eles, algumas vezes, contaram a revelação prática e direta da parte de Deus para a igreja (At 11.21 -28)

 

Ou expuseram a revelação já dada (implícita em At 13.1).

 

Não foram usados para o recebimento da Escritura. A mensagem deles tinha de ser julgada por outros profetas para ser validada (1Co 14.32)

 

E tinha de estar em conformidade com os ensinos dos apóstolos (v. 37).

 

pastores e mestres. Essa expressão é mais bem compreendida no contexto como um oficio único de liderança na igreja. A palavra grega traduzida por “e" pode significar "em particular" (veja 1Tm 5.17).

 

O significado comum de pastor é "conduzir"; assim, as duas funções juntas definem o pastor-mestre. Ele é identificado como aquele que está sob o "grande Pastor" Jesus (Hb 13.20-21; 1Pe 2.25).

 

Aquele que exerce esse ofício é também chamado de "presbítero” (Tt 1.5-9) e "bispo" (veja 1Tm 3.1-7).

 

As passagens de At 20.28; 1Pe 5.1-2 trazem, no original, os três termos juntos.

 

VERDADE PRÁTICA

 

Os dons ministeriais foram dados com o objetivo de edificar a Igreja e promover a maturidade de seus membros.

Entenda a Verdade Prática

 

Deus se compraz em dar presentes.

É da natureza divina a generosidade para com sua criação, e o mesmo pode ser dito no que concerne ao relacionamento de Deus para com sua Igreja.

 

Nesse caso específico, a Bíblia nos apresenta a expressão “dom” como uma capacitação dada pelo próprio Deus para que seus servos possam atuar de forma adequada nas esferas da igreja local.

 

O crescimento bíblico e piedoso da igreja resulta de cada membro do corpo usar por completo o seu dom espiritual, em submissão ao Espírito Santo e em colaboração com outros cristãos.

 

LEITURA BÍBLICA = Efésios 4.11-16

 

11. E ele mesmo deu uns para apóstolos, e outros para profetas, e outros para evangelistas, e outros para pastores e doutores,

Deu uns para apóstolos – Ele deu alguns para serem apóstolos. O “objetivo” aqui é mostrar que ele fez amplas provisões para a extensão e edificação de sua igreja.

E outros para profetas – Ele designou alguns para serem profetas (Rm 12.7; 1Co 12.28; 14.1.

Evangelistas – veja At 21.8 ; compare 2 Timóteo 4.5. A palavra não ocorre em nenhum outro lugar no Novo Testamento. Qual era o cargo exato do evangelista na igreja primitiva, agora é impossível determinar.

O evangelista “pode” ter sido aquele cujo negócio principal era “pregar” e que não estava particularmente engajado no “governo” da igreja.

A palavra significa apropriadamente “um mensageiro de boas novas”; e Robinson (Lexicon) supõe que denota um ministro do evangelho que não estava localizado em nenhum lugar, mas que viajou como missionário para pregar o evangelho e fundar igrejas.

A palavra é tão usada agora por muitos cristãos; mas não se pode provar que é tão usado no Novo Testamento.

Uma explicação das palavras que aqui ocorrem podem ser encontradas em Neandro, na Igreja Primitiva, no Repositório Bíblico, vol. iv. pp. 258ff O ofício era distinto do “pastor”, do mestre e do “profeta” e era manifestamente um ofício no qual “pregar” era a coisa principal.

Pastores – literalmente, “pastores” –poimenas comparam Mateus 9.36; 25.32; 26.31; Marcos 6.34; 14.27; Lucas 2.8, 2.15, 18, 20; João 10.2, 11-12, 14, 16,

Onde é traduzido como “pastor e pastores”; também Hebreus 13.20; 1Pedro 2.25; em Mateus 26.31; Marcos 14.27; Hebreus 13.20; 1Pedro 2.25,

É aplicado ao Senhor Jesus como o grande pastor do rebanho – a igreja. É prestado “pastores” apenas no lugar diante de nós. A palavra é dada aos ministros do evangelho com propriedade óbvia e com grande beleza. Devem exercer a mesma vigilância e cuidar do povo sob sua responsabilidade, como um pastor faz sobre o seu rebanho (Jo 21.15-16).

O significado aqui é que Cristo exerceu um cuidado especial por sua igreja nomeando “pastores” que cuidariam dela como um pastor faz sobre seu rebanho. [Albert Barnes]

 

12. querendo o aperfeiçoamento dos santos, para a obra do ministério, para edificação do corpo de Cristo,

Aperfeiçoamento. Diz respeito a restaurar algo à sua condição original, ou à sua forma adequada ou perfeita. Nesse contexto, refere-se a conduzir os cristãos do pecado para a obediência. A Escritura é a chave para esse processo (2Tm 3.16,17; Jo 15.3).

Santos. Todos os que creem em Jesus Cristo. Santos e fiéis são aqueles a quem Deus separou do pecado para Ele mesmo e tornou santos pela fé por eles professada em Jesus Cristo.

Desempenho do seu serviço. O serviço espiritual exigido de todos os cristãos, não apenas dos líderes da igreja (ICo 15.58).

Edificação do corpo de Cristo A edificação espiritual, a instrução e o desenvolvimento da igreja (At 20.32).

 

13. até que todos cheguemos à unidade da fé e ao conhecimento do Filho de Deus, a varão perfeito, à medida da estatura completa de Cristo,

Unidade da fé. A fé, aqui, diz respeito ao corpo da verdade revelada que constitui o ensinamento cristão, caracterizando, particularmente, todo o conteúdo do evangelho. A unidade e a harmonia entre os cristãos são possíveis somente quando construídas sobre o fundamento da sã doutrina.

Conhecimento do Filho de Deus. Não se refere ao conhecimento da salvação, mas ao profundo conhecimento de Cristo que o cristão vem a ter por meio da oração, do estudo fiel da sua Palavra e da obediência aos seus mandamentos (Fp 3.8-10,12; Cl 1.9-10; 2.2; 1Jo2.12-14).

Da plenitude de Cristo. Deus quer que cada cristão manifeste as qualidades de seu Filho, o qual é ele mesmo o padrão para a maturidade espiritual e perfeição (Rm 8.29; 2Co 3.18; Cl 1.28-29).

 

14. para que não sejamos mais meninos inconstantes, levados em roda por todo vento de doutrina, pelo engano dos homens que, com astúcia, enganam fraudulosamente.

Levados ao redor por todo vento de doutrina. Os cristãos espiritualmente imaturos, os quais não estão fundamentados no conhecimento de Cristo por meio da Palavra de Deus, são inclinados a aceitar, de modo não crítico, toda sorte de erros doutrinários enganosos e interpretações ardilosas da Escritura anunciadas pelos falsos e enganosos mestres na igreja. Eles devem apreender a ter discernimento (ITs 5.21-22).

Veja 3.1; 4.20. O NT está repleto de advertências a respeito desse perigo (At 20.30-31; Rm 16.17-18; Cl 1.6-7; 1Tm 4.1-7; 2Tm 2.15-18: 2Pe 2.1-3).

 

15. Antes, seguindo a verdade em amor, cresçamos em tudo naquele que é a cabeça, Cristo,

Seguindo a verdade em amor. A evangelização é mais efetiva quando a verdade é proclamada em amor. Ela só pode ser realizada por um cristão maduro espiritualmente, o qual está perfeitamente aperfeiçoado na sã doutrina. Sem maturidade, a verdade pode ser fria e o amor não passará de um sentimentalismo.

Cresçamos... naquele. Os cristãos devem estar totalmente rendidos ao Senhor e obedientes à vontade dele, sujeitos ao seu poder controlador e ser semelhante a Cristo em todas as áreas da vida (Gl 2.20; Fp 1.21).

A cabeça. Dada a figura da igreja como um corpo cuja cabeça é Cristo, "cabeça" é usada no sentido de líder com autoridade, e não "fonte", que exigiria uma figura anatômica diferente (Ef 1.22; 5.23).

 

16. do qual todo o corpo, bem-ajustado e ligado pelo auxílio de todas as juntas, segundo ajusta operação de cada parte, faz o aumento do corpo, para sua edificação em amor.

De quem. Refere-se ao Senhor. O poder para produzir cristãos maduros e aperfeiçoados não vem apenas pelos esforços desses cristãos, mas da cabeça deles, o Senhor Jesus Cristo (Cl 2.19).

Cooperação de cada parte. O crescimento bíblico e piedoso da igreja resulta de cada membro do corpo usar por completo o seu dom espiritual, em submissão ao Espírito Santo e em colaboração com outros cristãos (cf. Cl 2.19).

 

INTRODUÇÃO

“E nos fez reis e sacerdotes para Deus e seu Pai, a ele, glória e poder para todo o sempre. Amém!” (Ap 1.6).

Muitas pessoas dizem que desejam ter um ministério. E o que é, essencialmente, ministrar? É dar ordens, ter prerrogativas de privilégio, ou estar em uma plataforma falando às pessoas? Não. Ministrar é servir.

Aquele que ministra o faz porque é servo de Deus em primeiro lugar, e servo de seus irmãos, pois assim foi comissionado por Deus.

Nesta lição, trataremos da importância do ministério na Igreja e do ministério de todos os crentes diante de Deus e dos homens. Ao final, vamos concluir que o ministério da Igreja é um lugar para os servos de Deus, visando o aperfeiçoamento dos santos.

PALAVRA-CHAVE: Ministério

Há três palavras gregas que designam o termo ministro: leitourgos, um funcionário público que prestava um serviço ao Estado; hūperetes, a pessoa que trabalhava em um navio de escravos, e diaconos, aqueles que serviam às mesas. Por essas informações, podemos perceber que o ministro é um servo, uma pessoa que, por força de suas atribuições, tem mais obrigações e deveres do que necessariamente privilégios.

 

Cremos, com isso, que devemos cuidar bem daqueles que são chamados por Deus para servir aos seus irmãos e à Igreja, pois o serviço cristão é mútuo, uns servindo aos outros.

 

A produção de um plano de aula como subsídio é trabalhoso e desgastante. Considere citar a fonte ao reproduzir o texto. Considere também ser generoso com este ministério!

 

I. O MINISTÉRIO SACERDOTAL DE TODO CRENTE

 

1. O Sacerdócio no Antigo Testamento. Israel foi idealizado por Deus para ser uma nação sacerdotal (Êx 19.6).

Essa conexão tem duas vertentes:

 

1- Os Dez Mandamentos devem ser obedecidos e toda a ética do Sinai deve ser observada. Israel precisa ser uma nação santa buscando a pureza da sua fé e a santidade do seu viver de acordo com a lei. A santidade do povo como nação começa pela santidade do sacerdote. A influência do líder religioso na formação da religiosidade do povo é reconhecida pelo autor de Hebreus ao recomendar que os crentes orem pelos seus pastores (Hb 13.17).

 

2- Não haverá outra nação sacerdotal no mundo porque a única que recebeu as leis de Deus é Israel. Como nação sacerdotal Israel cumpre a função sacerdotal de receber os oráculos de Deus e proclamá-los a todos os povos, além da função de redenção e preservação de todas as nações. O que aconteceu na intercessão de Abraão por Sodoma e Gomorra nos dá um bom exemplo para entendermos o papel sacerdotal de Israel (Gn 18.32).

 

Por causa da justiça de Israel, Deus poupará da ruína todas as nações.

Assim como o sacerdote intercede pelo povo, Israel intercede pelas nações da terra.

Sempre que Israel se desviava para a apostasia, tornando-se igual às outras nações, Deus levantava profetas para chamar o povo ao arrependimento.

 

Entendamos que o propósito de Deus não era somente fazer de Israel o canal para a vinda do Messias, mas enquanto o aguardava também testemunhasse às nações da justiça de YHWH. Deus estabelece sacerdotes com funções bem definidas. Somente os indicados por Deus poderiam ser sacerdotes.

 

No Sinai, Deus restringiu a função sacerdotal a Arão e seus descendentes (Êx 28.1) com qualificações (Êx.40.12-15; Dt 33.9) e funções (Dt 18.5; Jl 2.17; Ex 28.30; Dt 17.9; Ml 2.7; Hb 7.23-28).

 

Era de extrema honra e importância a função do sacerdote no Antigo Testamento, porém, a igreja do Novo Testamento aboliu a figura do sacerdote humano devido ao aparecimento de Cristo, que estabeleceu o sacerdócio universal dos salvos (Jr 31.34; 1 Pe 2.5; Ap 5.10).

 

As roupas dos sacerdotes eram ricas em ornamentos e imponentes, como convinha à dignidade do ofício sacerdotal. Cada peça das vestimentas tinha um significado particular. Deus ainda instruiu Moisés sobre detalhes importantes daquelas roupas.

 

A beleza, o colorido e a pompa daquelas vestes deveriam corresponder à dignidade e à importância das funções sacerdotais.

 

O povo deveria perceber a nobreza, a beleza e a importância das funções dos sacerdotes. Ele carregava sobre seus ombros o peso da responsabilidade pela liderança espiritual das 12 tribos de Israel e esse peso estava simbolizado nas duas pedras de berilo, onde estavam gravados os nomes das 12 tribos, que ele levava como platinas sobre o colete sacerdotal (Êx 28.12).

 

Um peitoral quadrado de um palmo de lado seria uma bolsa contendo 12 pedras que representavam as 12 tribos que são 12 preciosas joias de YHWH que valorizam o reino de Israel. As vestes sacerdotais tinham que ser lavadas e o próprio sacerdote tinha que se banhar em água antes de vesti-las, simbolizando a santidade da sua alma no exercício da função sacerdotal.

 

2. Uma doutrina bíblica confirmada no Novo Testamento. Hebreus 8.1 é a mensagem central do livro: o fato é que "temos" (posse atual) um Sumo Sacerdote superior, Jesus Cristo, que é o cumprimento de tudo o que foi prenunciado no Antigo Testamento.

 

Por “o sacerdócio universal de todos os crentes”, entende-se que todo cristão tem um “serviço sacrificial”, um ofício por meio do qual ele expressa seu louvor e obediência a Deus.

 

O cristão tem, além disso, um ministério de intercessão e o “poder de apontar e julgar o que é correto e incorreto na fé”.

 

“A única autoridade que os pastores e mestres têm é a que deriva da Palavra de Deus e que, em consequência, todo cristão tem a capacidade de julgar segundo as Escrituras e de rejeitar todo ensino que contradiz o que as Escrituras ensinam” Martinho Lutero.

 

- “O sacerdócio de todos os cristãos é tanto uma responsabilidade quanto um privilégio, um serviço tanto quanto uma posição. Deus fez-nos um corpo, um “bolo” (imagem favorita de Lutero).

 

Nossa unidade e igualdade em Cristo é demonstrada por nosso amor mútuo e nosso cuidado uns pelos outros. “O fato de que somos todos sacerdotes e reis significa que cada um de nós, cristãos, pode ir perante Deus e interceder pelo outro.

 

Se eu notar que vocês não têm fé ou têm uma fé fraca, posso pedir a Deus que lhe dê uma fé sólida.” Tudo isso implica que ninguém pode ser um cristão sozinho. Assim como não podemos nascer de nós mesmos, ou batizar a nós mesmos, da mesma forma não podemos servir a Deus sozinhos.

 

Aqui, abordamos outra grande definição da igreja apresentada por Lutero: communio sanctorum , uma comunidade de santos. Mas quem são os santos? Não são supercristãos que foram elevados à glória celeste, em cujos “méritos” podemos conseguir ajuda nos caminhos da vida. Todos os que crêem em Cristo são santos. Conforme Paul Althaus disse: “Lutero trouxe a comunidade dos santos do céu para a terra”.”

 

3. Uma doutrina bíblica resgatada na Reforma Protestante. “maior contribuição de Lutero à eclesiologia protestante foi a sua doutrina do sacerdócio de todos os cristãos. Contudo, nenhum outro elemento de seu ensino é tão mal compreendido. Para alguns, isso significa apenas que não há mais sacerdotes na igreja; é a secularização do clero. Dessa premissa, alguns grupos, notadamente os quacres, defenderam a abolição do ministério como ordem distinta dentro da igreja.

 

Mais comumente, as pessoas acreditam que o sacerdócio de todos os cristãos implica que cada cristão é seu próprio sacerdote, e, assim, possui o “direito do julgamento privado” em assuntos de fé e doutrina.

 

Ambos os casos constituem perversões da intenção original de Lutero. A essência de sua doutrina pode ser expressa numa única frase: todo cristão é sacerdote de alguém, e somos todos sacerdotes uns dos outros.

 

Lutero rompeu decisivamente com a divisão tradicional da igreja em duas classes, clero e laicato. Todo cristão é um sacerdote em virtude de seu batismo. Esse sacerdote deriva diretamente de Cristo: “Somos sacerdotes como ele é Sacerdote, filhos como ele é Filho, reis como ele é Rei”.

 

Mais ainda, cada membro da Gemeine tem parte igual nesse sacerdócio. Isso significa que os ofícios sacerdotais são propriedade comum de todos os cristãos, não a prerrogativa especial de uma casta seleta de homens santos.

 

Lutero enumerou sete direitos que pertencem a toda a igreja: pregar a Palavra de Deus, batizar, celebrar a Santa Comunhão, carregar “as chaves”, orar pelos outros, fazer sacrifícios, julgar a doutrina. Lutero baseou sua afirmação de que todos os cristãos são sacerdotes no mesmo grau em dois textos do Novo Testamento: “Vós [...] sois [...] sacerdócio real” (1 Pe 2.9), e “nos constituiu reino, sacerdotes” (Ap 1.6). [...] Como Lutero relacionava o sacerdócio de todos os cristãos ao ofício do ministério?

 

Enquanto todos os cristãos têm parte igual nos tesouros da Igreja, incluindo-se os sacramentos, nem todos podem ser pastores, mestres ou conselheiros. Há um só “estado” (Stand), mas uma variedade de ofícios (Amte) e funções.

 

Lutero considerava o ministério da Palavra o mais alto ofício da Igreja. O próprio título, “sevo da Palavra divina” (minister verbi divini), conota um papel essencialmente fundamental.

 

Rigorosamente falando, Lutero ensinou que todo cristão é ministro e tem o direito de pregar.

 

Esse direito pode ser livremente exercido se alguém estiver em meio a não-cristãos, entre os turcos ou encalhado numa ilha pagã. Entretanto, numa comunidade cristã, não se deve “chamar atenção sobre si mesmo”, assumindo tal ofício por conta própria. Antes, deve-se “deixar ser chamado e escolhido para pregar e ensinar no lugar de outros e sob o comando deles”. O chamado é feito pela congregação, e o ministro continua tendo de prestar contas a ela. Lutero chegou ao ponto de dizer: “O que lhe damos hoje podemos tirar dele amanhã”. O rito da ordenação não confere nenhum caráter indelével à pessoa ordenada. É meramente a forma pública pela qual alguém é comissionado mediante a oração, as Escrituras e a imposição de mãos, a fim de servir à congregação. Argumentando curiosamente a partir da lei natural, Lutero excluía mulheres, crianças e pessoas incompetentes do ministério oficial da igreja, embora numa época de emergência ele pudesse chamá-los a exercer tal ofício, em virtude de sua parcela no sacerdócio de todos os cristãos.”

 

II. A ESTRUTURA MINISTERIAL DO NOVO TESTAMENTO

 

1. O ministério quíntuplo. Biblicamente, entende-se que todo serviço cristão que se desempenha de modo contínuo é um ministério. Desde a liderança até tarefas operacionais permanentes. Um trabalho eventual não pode ser assim considerado.

O conceito do ministério quíntuplo vem de Efésios 4.11. Efésios 4.12-13 nos diz que o propósito do ministério quíntuplo é "o aperfeiçoamento dos santos, para a obra do ministério, para edificação do corpo de Cristo; até que todos cheguemos à unidade da fé e do pleno conhecimento do Filho de Deus, ao estado de homem feito, à medida da estatura da plenitude de Cristo.” Portanto, visto que o corpo de Cristo definitivamente não tem sido construído para a unidade na fé e ainda não atingiu a medida total da plenitude de Cristo, assim se pensa, então os ofícios de apóstolo e profeta ainda devem estar em vigor.

 

Os ministérios de liderança apresentados no Novo Testamento são:

 

- Apóstolos;

- Profetas;

- Evangelistas;

- Pastores (bispos, presbíteros); e

- Mestres (Ef 4.11).

 

2. O serviço de diáconos e presbíteros. A função primária dos presbíteros é pregar a Palavra de Deus. Como os sete, os diáconos servem a congregação em todas as necessidades práticas que possam surgir. A única passagem que menciona as qualificações para os diáconos é 1Timóteo 3.8-13.

 

Os líderes espirituais primários de uma congregação são os presbíteros, os quais são também chamados bispos ou pastores no Novo Testamento. Presbíteros ensinam ou pregam a Palavra e pastoreiam as almas daqueles que estão sob seus cuidados (Ef 4.11; 1Tm 3.2; 5.17; Tt 1.9; Hb 13.17).

 

Os diáconos também possuem uma função crucial na vida e saúde da igreja local, mas a sua função é diferente daquela dos presbíteros. O papel bíblico dos diáconos é cuidar das necessidades físicas e logísticas da igreja, de modo que os presbíteros possam se concentrar no seu chamado primário. 

 

III. AS QUALIFICAÇÕES PARA O MINISTÉRIO

 

1. Qualificações de natureza moral. Os presbíteros e diáconos devem, diariamente, trabalhar para o aperfeiçoamento do caráter. Vivemos em um contexto onde a liderança e a igreja estão sob suspeita. O mundo está observando suas ações. Quando ocorre deslize dos líderes e de suas respectivas igrejas, eles se tornam alvo de descrédito. Paulo escreveu a Timóteo: "Se alguém aspira ao episcopado, excelente obra almeja" (1Tm 3.1). Que obra excelente é esta?

 

(a) Pastorear o rebanho com o pastor, que também é presbítero (At 20.17-18; I Pe 5.1-3).

 

(b) Ensinar a Palavra (ITm 3.2; 5.17).

 

(c) Refutar os que contradizem a Verdade (Tt 1.9,11).

 

(d) Governar, presidir, liderar (ITm 3.4-5; 5.17).

 

(e) Orar com e pelos doentes (Tg 5.14).

 

Com base em Atos 6, os diáconos cuidam da beneficência da igreja, um trabalho tão importante e difícil, que o texto menciona a necessidade de serem os diáconos "homens de boa reputação, cheios do Espírito e de sabedoria" (v.3). Estêvão, um daqueles primeiros 7 diáconos, era "homem cheio de fé e do Espírito Santo" (v.5).

 

Alguns diáconos receberam também o dom da profecia e/ou do ensino, e o talento natural para discursar, de modo que, além da beneficência, exerciam também o ministério da Palavra.

 

Foi o caso de Estêvão (At 6.8-7.53) e de Filipe (At 8.5ss).

 

2. Qualificações de natureza social. As similaridades entre as qualificações para diáconos e presbíteros/bispos em 1Timóteo 3 são notáveis. Assim como as qualificações para os presbíteros, um diácono não pode ser dado ao vinho (v. 3), avarento (v. 3), irrepreensível (v. 2; Tt 1.6), marido de uma só mulher (v. 2), e um hábil governante de seus filhos e de sua casa (vv. 4-5).

 

Além disso, o foco das qualificações é o caráter moral da pessoa que há de preencher o ofício: um diácono deve ser maduro e acima de reprovação. A principal diferença entre um presbítero e um diácono é uma diferença de dons e chamado, não de caráter. “Paulo identifica nove qualificações para os diáconos em 1Timóteo 3.8-12:

 

1. Respeitáveis (v. 8): Esse termo normalmente se refere a algo que é honorável, digno, estimado, nobre, e está diretamente relacionado a “irrepreensível”, que é dado como uma qualificação para os presbíteros (1 Tm 3.2).

 

2. De uma só palavra (v. 8): Aqueles que têm a língua dobre dizem uma coisa a certas pessoas, mas depois dizem algo diferente a outras, ou dizem uma coisa, mas querem dizer outra. Eles têm duas faces e são insinceros. As suas palavras não podem ser confiadas, então eles carecem de credibilidade.

 

3. Não inclinados a muito vinho (v. 8): Um homem é desqualificado para o ofício de diácono se for viciado em vinho ou outra bebida forte. Tal pessoa carece de domínio próprio e é indisciplinada.

 

4. Não cobiçosos de sórdida ganância (v. 8): Se uma pessoa ama o dinheiro, não está qualificado para ser um diácono, especialmente porque os diáconos com freqüência lidam com questões financeiras da igreja.

 

5. Sólidos na fé e na vida (v. 9): Paulo também indica que um diácono deve “conservar o mistério da fé com a consciência limpa”. A expressão “o mistério da fé” é simplesmente um modo de Paulo falar do evangelho                (cf. 1Tm 3.16).

 

Conseqüentemente, essa afirmação se refere à necessidade de os diáconos manterem-se firmes no verdadeiro evangelho, e não oscilantes. Contudo, essa qualificação não envolve apenas as crenças de alguém, pois o diácono também deve manter essas crenças “com a consciência limpa”. Isto é, o comportamento de um diácono deve ser consistente com suas crenças.

 

6. Irrepreensíveis (v. 10): Paulo escreve que os diáconos devem ser “primeiramente experimentados; e, se se mostrarem irrepreensíveis, exerçam o diaconato” (v. 10). “Irrepreensíveis” é um termo genérico, que se refere ao caráter geral de uma pessoa. Embora Paulo não especifique que tipo de teste deve ser feito, no mínimo, deve-se examinar a vida pessoal, a reputação e as posições teológicas do candidato. Mais do que isso, a congregação não deveria examinar apenas a maturidade moral, espiritual e doutrinária do diácono em potencial, mas deveria também considerar o histórico de serviço da pessoa na igreja.

 

7. Esposa piedosa (v. 11): É discutível se o versículo 11 se refere à esposa do diácono ou a uma diaconisa. No que interessa a esta discussão, vamos assumir que o versículo esteja falando das qualificações da esposa de um diácono. De acordo com Paulo, as esposas dos diáconos devem ser “respeitáveis, não maldizentes, temperantes e fiéis em tudo” (v. 11). Como o seu marido, a esposa deve ser respeitável ou honorável. Em segundo lugar, ela não deve ser maldizente, uma pessoa que espalha fofocas.

A esposa de um diácono deve também ser temperante ou sóbria. Isso é, ela deve ser apta a fazer bons julgamentos e não deve estar envolvidas em coisas que possam embaraçar tal julgamento. Por fim, ela deve ser “fiel em todas as coisas” (cf. 1Tm 5.10).

 

Esse é um requerimento genérico que funciona semelhantemente ao requerimento para que os presbíteros e diáconos sejam “irrepreensíveis” (1Tm 3.2; Tt 1.6; 1Tm 3.10).

 

8. Marido de uma só mulher (v. 12): A melhor interpretação dessa passagem difícil consiste em entendê-la como a fidelidade do marido para com sua esposa. Ele deve ser “um homem de uma única mulher”. Isso é, não deve haver qualquer outra mulher em sua vida com a qual ele se relacione em intimidade, seja emocionalmente, seja fisicamente.

 

9. Governe bem seus filhos e a própria casa (v. 12): Um diácono deve ser o líder espiritual de sua esposa e filhos.

 

De modo geral, se uma qualificação moral é listada para presbíteros, mas não para diáconos, aquela qualificação ainda se aplica a estes. O mesmo ocorre para aquelas qualificações listadas para diáconos, mas não para presbíteros.

 

Por exemplo, um diácono deve ser um homem de “uma só palavra” (v. 8). Paulo não afirma explicitamente o mesmo acerca dos presbíteros, mas não há dúvida de que tal se aplica a eles, uma vez que Paulo disse que os presbíteros devem ser “irrepreensíveis”, o que incluiria essa injunção.

 

Ainda assim, nós deveríamos observar as diferenças nas qualificações, uma vez que ou elas significam um traço peculiarmente adequado ao oficial para que cumpra seus deveres, ou são algo que era problemático no lugar para onde Paulo escreveu (no caso, Éfeso). Isso deve ficar mais claro à medida que passemos a considerar as responsabilidades de um diácono”. 

 

CONCLUSÃO

 

O princípio do sacerdócio universal dos crentes nos fala do grande privilégio que temos como filhos de Deus: cada cristão é um sacerdote, cada cristão tem livre e direto acesso à presença de Deus, tendo como único mediador o Senhor Jesus Cristo. Pela ideia do sacerdócio universal dos crentes queremos dizer que todos aqueles que já experimentaram a salvação são chamados a servir ao Senhor como sacerdotes, como mediadores da mensagem da salvação.

Essa premissa, baseada em 1 Pedro 2.9 foi criada na Reforma Protestante, e é atribuída a Lutero, para contrapor a ideia de que apenas os sacerdotes da igreja romana eram detentores da salvação e da autoridade divina. Por ocasião da Reforma, Lutero ensinou que Deus chama a todos para que sejam sacerdotes do Deus Altíssimo.

 

Essa definição não deve ser confundida com o ministério pastoral de nossas igrejas. Lutero nunca disse que não poderia haver pastores, ou que todas as pessoas seriam pastores na igreja, pois o ministério pastoral é para pessoas com vocação e formação para ministrar ao rebanho de Cristo. Deus chama pastores para que possam ser responsáveis pelo rebanho do Senhor, e eles são nossos sacerdotes.

 

Isso não significa que todos os crentes são pastores! Nem todos possuímos a vocação ao ministério pastoral, de conduzir o rebanho do Senhor. Esse ministério é reservado a pessoas que Deus chama com essa finalidade específica.

 

Entretanto, diante dos homens, somos sacerdotes, ou seja, representamos a Deus neste mundo que carece da salvação. Por isso, pregamos e oramos pelos que ainda não conhecem Jesus.

 

Deus chamou cada um de nós para edificarmos a igreja dEle. Deus chamou a cada um de nós para falar das boas novas para os perdidos, para passar a outros aquilo que Ele tem nos ensinado, para cuidar uns dos outros, para plantar novas igrejas. Que nós possamos dizer SIM a Ele.

 

Boa aula