domingo, 6 de janeiro de 2013

A Doutrina das últimas coisas


A Doutrina das últimas coisas


Introdução

Quando estudamos a doutrina da salvação, olhamos para o passado, para a obra redentora que Cristo efetuou por nós na Cruz do Calvário. Quando examinamos a luz da bíblia sobre a doutrina da santificação, olhamos para o presente e descobrimos que é necessária uma vida de santificação para vermos o Senhor (HB 12.14; I Ts 5.23).

Porém, quando aplicamos o nosso coração para entendermos a Escatologia Bíblica, o véu é tirado e temos uma visão do porvir. O termo Escatologia deriva do grego "Escathos" que significa "ultimo" e "logia" que significa "estudo ou tratado". Em síntese, Escatologia é o tratado das ultimas coisas ou estudo dos últimos eventos que ocorrerão na historia da humanidade. É evidente que Deus conhece o futuro tão bem quanto ao passado e o que é mais importante para nós o Senhor tem o prazer em nos revelar.

"Certamente o Senhor Jeová não fará coisa alguma sem ter revelado o seu segredo aos seus servos, os profetas" (Am 3.7) o futuro do mundo gentio, do povo judeu e da Igreja de Cristo já está vaticinado na Bíblia Sagrada. Reconhecemos que alguns fatores tem gerado duvidas e confusões no estudo da

Escatologia, dentre estes destacamos os seguintes:

1. A falta de afinidade do crente com o Espírito Santo (I Co 2.10,14);
2. A falta de aplicação do texto bíblico – quanto ao tempo, povo e lugar;

3. O conhecimento bíblico desordenado, é aquele conhecimento avulso, solto sem seqüência.

4. Ação vergonhosa de falsos ensinadores, eles tem livre transito nas igrejas.).

Eliminando estas duvidas o crente pode compreender perfeitamente a doutrina acerca da Escatologia Bíblica. Em nosso estudo, não nos deteremos em questões polêmicas, o nosso principal propósito é apresentar um panorama dos eventos escatológicos, que venha despertar os crentes para o glorioso retorno de Cristo e promover a edificação da Igreja de Cristo.

A verdade que fala da Escatologia, não é apanhada com o se apanha pedrinhas ao longo da praia, mais sim, obtida como ouro e prata, após uma busca diligente e muitas escavações.
Ao estudarmos este palpitante tema, lembremo-nos de que o poço é fundo o assento riquíssimo e a fonte de revelação é inesgotável. Prepare-se, o arrebatamento vem ai!

O arrebatamento da Igreja

A palavra arrebatar significa: “raptar, arrancar, tirar à força. Levar de repente”. E isso demonstra que a igreja será tirada de um modo singular, rápido e inesperado. O arrebatamento é a bem-aventurada esperança da igreja, aguardada com ansiedade e expectativa.

1-A promessa do arrebatamento:

Está escrita em Ts 4.16-17 “O mesmo Senhor descerá do céu”. Hb 9.28 “Cristo... aparecerá segunda vez”. Tt 2.13 ”A bem aventurada esperança”.

2 – O propósito do arrebatamento:

Livrar os Embaixadores do Rei, (II Co 5.20). Introduzir os santos num estado de glória, (Jo 14.1-3) Produzir a transformação final, (Fp 3.20-21).

Tipos e figuras do arrebatamento -Enoque, arrebatado antes do dilúvio,                         Gn 5.22-24, = Hb1.1.5, = ITs1.10, = Rm5.9-10 –

Ló, tirado de Sodoma antes de sua destruição,Gn 19.9-22,24 –

Isaque e Rebeca, ambos encontraram-se, no campo, Gn 2.28-67, = I Ts 4.17-

Elias, Deus revelou que ele seria arrebatado, II Rs 2.11, = At 1.10, = I Co15.51-53.

Características do arrebatamento –

Será rápido.  = I Co15.51-52.
Será secreto, = I Ts 5.2, = Ap16.15.
Será seletivo. = Mt 24.39-41.

Participantes do arrebatamento –

Participarão os salvos. Hb 9.28, = Mt 24.13.

Participarão os santos. Hb. 12.14, = I Ts 5.23.

Participarão os vigilantes. Mt 25.12-13, 24-42.

Conseqüências do arrebatamento - Ausência da Igreja na terra. Is 26.20. Inicio da Grande Tribulação. I Ts.1.10.

Tribunal de Cristo  = II Co 5.10. = I Co 3.12 – 15.

Cada crente em Jesus deve estar atento, vigilante e preparado para o dia glorioso do arrebatamento da igreja.

O Tribunal de Cristo

No Calvário Deus nos tratou como pecadores, hoje somos tratados como filhos, no Tribunal de Cristo seremos tratados como mordomos ou despenseiros. Ao referir-se ao Tribunal de Cristo, o apóstolo Paulo usa a palavra grega "Bema" que significa "tribunal compensatório", não trata-se de um tribunal de condenação ou juízo, mais sim de recompensa, prêmio e galardões.

Será o momento de prestação de contas (Rm 14.12),

Quando seremos recompensados pelo Senhor (Lc 14.14, = I Co 4.5)

E nossas obras serão julgadas para efeito de galardão (II Tm 4.8, = I Pe 5.4).

O propósito do tribunal - Não serão julgados os pecados dos crentes. Mq 7.19, Hb 8.12.

Não serão julgadas as pessoas dos crentes. I Co 3.1.

Não tem o propósito de condenar. Rm 8.17, = Jo 5.24.

Tem o propósito de galardoar os crentes fiéis. Ap 22.12.

Os participantes do tribunal - Todos os crentes achados fiéis. Sl 101.6.

Todos os pastores. Hb 13.17.

Aqueles que não tinham nenhuma ocupação da Igreja. Mt 25.14-19.

Será efetuado nos ares. I Ts 4.17.

Elementos submetidos a julgamento - Nossa conduta pessoal. II Co 5.10.

Nosso tratamento para com os irmãos na fé. Hb 6.10.

Nossas obras. Rm 14.10.

Materiais submetidos a julgamento - A sabedoria divina classifica a nossa obras a seis tipos diferentes de materiais  = I Co 3.12-15.

Materiais indestrutíveis - Ouro – símbolo da Pessoa, da Gloria, da Palavra e da Santidade de Deus -I Pe 4.10, = Sl 19.10, = I Co 4.6.

Prata – símbolo de Redenção, são obras que realizamos usando o Nome, Sangue e o Poder de Cristo – I Co 1.23, = 3.11, = Ex 3.11-16.

Pedras Preciosa – simboliza o Espírito Santo dado pelo Senhor como adorno à Sua obra que realizamos através dos dons, frutos e operações do Espírito Santo. Cl 1.29, = Rm 15.18, = Co 13.13,  = I Co 12.4-6.

Materiais destrutíveis - Madeira – simboliza a fragilidade da natureza humana. Gn 6.13-14.

Feno – (erva seca) simboliza tudo aquilo que precisa de renovação.  Jr 23.28.

Palha - símbolo de fragilidade, instabilidade e escravidão espiritual. Is 5.24,= Na 1.10, = Ef 4.14.

A recompensa não será dada conforme o titulo que alguém teve de acordo com cargo que ocupou aqui na Terra, mas mediante as obras que cada um realizou para Deus.

As Bodas do cordeiro

Os santos arrebatados experimentarão uma alegria inexplicável por ocasião do encontro com o Maravilhoso Salvador, que momento de gloria não será!

Quando multidões dos que foram comprados pelo precioso sangue de Jesus alcançarem o alvo desejado. Dado o arrebatamento, a Noiva do Cordeiro será introduzida ao Tribunal de Cristo, para que as obras de cada um seja provada para efeito de galardão.

Em seguida ao Tribunal, a igreja será conduzida para a grande festa que é a cerimônia das Bodas dos Cordeiro. Com as Bodas do Cordeiro haverá chegado o momento de Cristo apresentar os fieis e confessá-los diante de Deus Pai. ( Mt 10.23, =  Lc 12.8)

A igreja como Noiva de Cristo é identificada em diferentes aspectos:

1. Pelo seu profundo amor. Ct 8.7, = Ef 5.30-33. -

Pelo seu leal compromisso. I Co 1.19, = I Jo 1.7. –

Pela sua pureza. Lv 21.23, = Is 6.2-5. –

Pela sua separação. Sl 45.10-11, = Gn 12.1. –

Pela sua firme esperança. I Pe 1.3, = Ap 19.9

Pelo seu alvo maior – um lar futuro.  Ap 19.4, = Fp 3.20. –

Pela sua preparação. Mt 25.1-13, = Ap 19.7.

Nesta ocasião será conhecida e proclamada a nossa posição como glorificados ao lado do Senhor Jesus. As Bodas do Cordeiro, será um banquete como nunca houve, será o cumprimento das parábolas, das profecias e da tipologia do relacionamento entre Cristo e a Sua Igreja,

É mais uma razão para todo este regozijo. Quando estiver ocorrendo toda esta grande celebração, todo o universo saberá que a igreja é exatamente aquilo que a Bíblia declara, a Noiva de Jesus.

As Bodas do Cordeiro trarão grande honra e glória ao Deus Pai, pois é a culminação de seu grande plano de redenção. “Será um tempo de alegria, cheio de gozo e encanto.

Haverá tremenda satisfação que levará o povo a pular e gritar de alegria. A antecipação deste grande evento fará os crentes regozijarem-se, pois a nossa bem-aventurança já será uma grande realidade” Stanley Horton

A Grande Tribulação

 Logo após o Arrebatamento da igreja se desencadeará um período de aflição e angustia sobre a humanidade que os escritores sagrados chamam de Grande Tribulação.

Que significa a Grande Tribulação? –

Um período de intensa aflição. Mt 24.21

Um tempo de angustia para Israel. Dm 12.1, = Jr 30.7.

Um período de derramamento da ira divina. Ap 6.16-17.


Quando ocorrerá a Grande Tribulação?-

Após o Arrebatamento da Igreja.  II Ts 2.7-8-

Durará uma semana de anos. Dn 9.24-27.

A Grande Tribulação propriamente dita será ma 2º semana. Ap 13.5, = 12.6.

Que acontecerá durante a Grande Tribulação? –

A ira de Deus será derramada sobre a terra. Ap 6.16-17.-

O Anticristo fará uma aliança com Israel. Jr 30.7, Dn 12.7. –

Serão tocadas 7 trombetas, símbolo do poder de Deus Ap 8.9-11.

Como findará a Grande Tribulação?

Com a volta pessoal de Cristo. Ap 19.11-13. –

Com a gloriosa vitória de Cristo. Ap 19.15-16.-

Com a derrota do Anticristo e suas hostes. II Ts 2.8.

A Igreja passará pela Grande Tribulação?-

A igreja não estará na terra na Grande Tribulação. Is 26.20.-

A igreja não experimentará o cálice da ira de Deus. Rm 1.18-19, = 2.5, 5.9,  = I Ts 4.17-

A igreja estará glorificada com Cristo. I Ts 4.17.

Durante a Grande Tribulação, o mundo será governando por uma trindade satânica: Satanás, o Anticristo e o Falso Profeta e terminará com o retorno de Cristo em Gloria.

O Anticristo

 Todos os que se opõe à obra de Cristo, são dirigidos pelo espírito do Anticristo que já atua no mundo desde a fundação da igreja.

Nomes e títulos do Anticristo-

Anticristo. I Jo 2.18 –

Homem do Pecado. II Ts 2.3 –

Besta. Ap 13.11 –

Príncipe que há de vir. Dn 9.26-27 –

O Destruidor. Is 16.4

Quem será o Anticristo? –

Será um gênio em oratória. Dn 11.36 –

Será um gênio empresarial. AP 13.16-17

Será um gênio político. Ap 17.11-12

Será entendido em assuntos religiosos. Ap 13.8, = II Ts 2.4.

Que fará o Anticristo? –

Fará um pacto com Israel por 7 anos. Dn 9.27 –

Controlará a Rússia e o Oriente Médio. Ez 38.39

Controlará o bloco político do Ocidente. Ap 17.12

Ele tentará destruir Israel. Ap 12

Ele controlará todas as nações. Dn 11.36-37, = Ap 13.16.

As atividades religiosas do Anticristo

Controlará o sistema religioso, político do mundo Ap 17.16-17

Será adorado pelos homens. Ap 13.3,4 e 8, = II Ts2.4-

Inspirará temor. Ap 13.4

Promoverá iniqüidade e apostasias. II Ts 2.3, = 8.12, = Ap 18.14. = 9-13,  - 15.2-4 –

Proferirá terríveis blasfêmias.  Ap13.5,  = Dn 7.25 –

Apresentar-se-á no Templo em lugar de Deus. II Ts 2.4.

Os segredos do Anticristo –

O segredo do seu numero 666. Ap 13.18 –

O segredo da sua atuação restrito. II Ts 2.6-7 –

O segredo da sua aceitação pela sociedade humana. Gn 4.23-24, = Jo 5.43

O segredo da Abominação da Desolação. Dn 9.27, = Ap 11.12, = Mt 24.15

O segredo da sua derrota por Cristo. Ap 19.11-21, = II Ts 2.8, = Dn 8.25.

Vivamos, pois, cheios do Espírito Santo (Ef 5.18). O crente repleto do poder de Deus não tem lugar para o espírito do anticristo

A Vinda de Jesus em Glória

A segunda vinda de Jesus é mencionada 1845 vezes nas Escrituras sendo 1527 no Velho Testamento e 318 no Novo Testamento.

Cinco termos gregos para designar a segunda vinda:

"Optomai" (aparecer)  Hb 9.28.

"Ercomai" (vir)  Jo 14.3,  = At 1.11,  = I Ts 1.10"

Epiphanes" (aparição)  =  I Tm 6.14,  = II Tm 1.10, = Tt 2.13. –

"Apokalypsis" (desvendar, revelação, aparecimento) = I Pe 1.13.7, = I Co 1.7, = Ap 1.1- "

Parousia" (presença, vinda) I Co 15.23, = I Ts 2.19, = 3.15,  = 5.23, = II Ts 2.18, = Tg 5.17, = II Pe 1.16. 

Significados gerais da segunda vinda: -  

O anelo da criação. Rm 8.18-22 –

O ponto culminante da redenção. I Co 15.51-54, =  Ap 19.5-9 –

A grande esperança da igreja. Cl 3.4

A oração do povo de Deus. Mt 6.10, = Ap 22.20 –

A previsão dos Profetas. Dn 7.13-14, = Is 9.6-7.
 
Que devemos fazer até a vinda de Jesus? –

Devemos vigiar. Mt 24.42, = I Pe 5.8 –

Devemos servir. Mt 20.28, = 24.46 –

Devemos conquistar a terra. Js 13.1 –

Devemos preparar-nos. Ap 22.14, = Is 52.7-51, = Mt 25.7.10. –

Devemos esperar. I Ts 1.10.

As conseqüências da vinda de Jesus –

Ausência da igreja na terra. Is 26.20, = Sl 23.6, = Fp 3.20-21 –

Inquietação, confusão, tribulação no meio dos povos –

Inicio da Grande Tribulação. Ap 3.10, = I Ts 5.9 –

A presença da igreja no Tribunal de Cristo. II Co 5.10, = Ap 22.12.

Quatro verdades sobre a vinda de Jesus

Ele virá pessoalmente. At 1.11, = Zc 14.3-4, = I Ts 4.16 –

Ele virá repentinamente. Ap 16.15 –

Ele virá gloriosamente. Lc 21.27 –

Ele virá inesperadamente. Mt 24.44

A realidade da vinda de Jesus

O testemunho dos profetas. Mt 3.1, = Ez 21.26-27 –       

O testemunho de Cristo. Jô 14.1-4 –

O testemunho dos apóstolos. = Mt 24.37 = Lc 21.27, = I Jô 3.1-3, = Tg 5.7, =                   I Pe 1.7 –

O testemunho dos anjos. At 1.11-12.



Nossos deveres para com a vinda de Jesus-

Devemos crer. I Ts 4.14 –

Devemos orar. Mt 6.10, =  Ap 22.10 –

Devemos atentar. Tt 2.13 –

Devemos esperar. I Ts 1.10.

O propósito da vinda de Jesus

Ressuscitar os mortos. I Ts 4.15

Arrebatar os vivos. I Ts 4.16-17

Galardoar os fiéis. Ap 22.12, = Sl 101.6 –

Restabelecer o trono de Davi. Jr 30.7-11, = Is 9.6-7.

Instituir o Reino Teocrático. Zc 14.9, = Dn 2.44-45

Se tirarmos a doutrina da Segunda vinda de Jesus da Bíblia, ela perderá toda a base de sua sustentação.

O Juízo das nações

Os que escaparem da Grande Tribulação serão agora julgados.

A base do julgamento será a maneira como as nações trataram os irmãos de Jesus (os Judeus).

Nações serão poupadas e ingressarão no Milênio.

Nações serão destruídas ali mesmo, isto é, seus habitantes serão eliminados. (Mt 25.31-46)

1 – O julgamento é de nações, não de indivíduos. (Mt 25.32).

2 – O propósito deste julgamento é determinar quais as nações terão parte no Milênio (Mt 25.34)

3 – Haverá três classes de nações neste julgamento - ovelhas, bodes e irmãos (Mt 25.32,40).

4 – A base desse juízo é a maneira como essas nações trataram os irmãos de Jesus (Jl 3.2, = Mt 25.41-43)

5 – Local do juízo: Vale de Josafá (Jl 3.2.12).

Local até hoje desconhecido, nunca existiu. Talvez seja formado pelo fenômeno sobrenatural de Zc 14.4, no momento em que Jesus descer a terra.

6 – O papel dos anjos nesse juízo está descrito em Mateus 13.41; 24.31.

Os povos tipo bodes serão lançados no inferno Mt 25.41,46.

Os povos tipo ovelhas ingressarão no Milênio de Cristo sobre a terra Mt 25.34.

Israel terá um papel todo especial. Será o povo missionário para os incoversos saídos do julgamento das nações.

O Milênio

Um dos pontos culminantes da profecia é sem duvida o Milênio.

O Milênio será a sétima dispensação: será a dispensação da Plenitude dos tempos (Is 2.2, = Mt 19.28, = Ef 1.9-10, = Ap 10.7:= 11.5)

E será estabelecido depois da Grande Tribulação logo após o julgamento das nações vivas (Dn 12.11, = Mt 25.31-46).

Diferentes termos aplicados ao Milênio- "Mil anos", Ap 20.4,6: expressão que define a extensão do tempo.

"Regeneração da terra", Mt 19.27-28: mostra-nos a origem do novo tempo de benção para o mundo.

"Consolação de Israel", Lc 2.25,38: isso fala daquilo que Israel esperava: a plenitude da manifestação do Messias.

"Reino de Cristo e de Deus", Ef 5.5: revela-nos Cristo como governante:

Ele receberá o poder e o reino de Deus, o Pai, Lc 1.32,33, = Dn 7.13,14, = Is 9.3,7.

"Dispensação da plenitude dos tempos", Ef 1.10; 3.9,10: que o Milênio será o ultimo dos grandes períodos históricos: antes do raiar da eternidade.

Propósitos do Milênio - Fazer convergir em Cristo todas às coisas. Ef 1.10

Estabelecer a justiça e a paz na terra, eliminando toda rebelião contra Deus.I Co 15.24-28 –

Fazer Israel ocupar toda a terra que lhe pertence e fazê-lo cabeça das nações.  I Cr 16.15,18, = Is 11.10 –

Cumprir as profecias a respeito do reino do Messias. Dn 9.24, = At 3.20,21

Fatos e Aspectos do Milênio

O Milênio ocorrerá na terra. I Co 6.2; = 51 2.8,9;  = Is 65.21 –

Jesus reinará sobre todas as nações, seu reino será literal e universal.  I Tm 1.17. = Sl 96.9,  = Jr 30.9 –

A forma do Governo no Milênio será uma teocracia, isto é, Cristo reinará diretamente, através de seus representantes. Gn 49.10, = Is 1.26, = Zc 14.9

O templo milenar será construído. Zc 6.12,13,15

Os judeus possuirão toda a terra prometida. Gn 15.18:17.8, = Ex 23.31 –

Israel será a sede do governo mundial, Is 2.3. = 60.3: = 66.20, = Jr 3.17,  = Zc 8.3,22,23: = 14,16 –

Jerusalém será uma benção para o mundo. Is 27.6 –

A Santa Cidade de Jerusalém celestial descerá e ficara pairando nas alturas sobre a Jerusalém terrestre. Is 2.2, = Mq 4.1, = Is 4.5. = 24,23, = Ez 43.2-5, = 10.18 –

A igreja estará glorificada com Cristo. Ap 20.4-6, 5.9-10, = Mt 19.28, = Lc 22.30, =  I Co 6.2,  = Jô 14.1-3 –

O conhecimento de Deus será universal. Is 11.9, = Jr 31.34, = Hc 2.14, =  Is 66.19

- Haverá pleno derramamento do Espírito Santo. Ez 39.29, = Zc 12.10.

A vida humana será prolongada e haverá abundância de saúde para todos. =  Is 65.20, = Zc 8.4, = Is 33.24

A fertilidade do solo será maravilhosa. Am 9.13, = 15.4, = Is 35.1,6, = 40.19.

Israel reconhecerá Jesus como o Messias. Zc 13.10-11, = Os 3.5, = Mt 23.39.

Milênio será a resposta as milhões de orações do povo de Deus através dos tempos: Venha o Teu reino.

O Juízo Final

Nesta ocasião, os ímpios falecidos de todas as épocas ressuscitarão com seus corpos literais e imortais, porém carregados de pecado (Mt 10.28, = Ap 20.11-15).

Esse julgamento é para aplicação das sentenças, pois o pecador já está condenado desde quando não creu no Filho de Deus como seu Salvador  (Jo 3.18).

1 – Um grande julgamento - Anunciado no Velho Testamento Dn 7.11, = Sl 9.7-8, Is 1.27.28 –

Mencionado por Jesus. Mt 10.15; = 16.27, = Jô 5.25-29; = 12.48 –

Proclamado pelos apóstolos. Hb 9.27, = Rm 2.16.

Um grande momento - Será no fim. I Co 15.24 –

Será após o Milênio. Ap 20.10-11

Este dia já está determinado por Deus. Rm 2.16.

Um grande juiz - Deus entregou ao Filho todo o juízo. Jo 5.22-27, = At 10.42; = 17.31 –

Jesus estará pronto a exercer o juízo. I Pe 4.5

Como assistente,  Jesus terá a Igreja glorificada. I Co 6.2,3.

Um grande trono - Ele é grande devido à grandeza do seu ocupante. –

Ele é grande devido à vastidão da cena. –
Ele é grande devido às conseqüências eternas envolvidas –
Ele é grande devido à grandeza dos destinos eternos que decidirá.

Uma grande condenação - A condenação dos anjos caídos. Ap 20.10, = Jd 6

A condenação da morte e do inferno. Ap 20.13, = I Co 15.55-56 –

A condenação de todos os pecadores. Ap 20.12; = 21.8; = 22.15.

"Findo o julgamento do Grande Trono Branco, a humanidade entrará na Eternidade propriamente dita.

Os condenados que tem existência permanecerão no lugar que Deus preparou para o Diabo e seus anjos, longe da face divina.

Os salvos, que tem vida eterna, estarão no Céu que foi preparado por Deus.

O tempo deixará de existir, a eternidade começará.
“Os remidos cantarão para sempre o seu louvor e a sua gratidão para com Aquele que os comprou com Seu Próprio Sangue"

O Inferno

O inferno é um lugar preparado para o Diabo e seus anjos, tornar-se-a habitação eterna de quem se identifica com Satanás.

"Se houvesse mais pregação sobre o inferno nos púlpitos, haveria menos inferno em cada comunidade" (Dixon)

"O inferno é uma necessidade moral em uma estrutura universal.

Sem ele os ímpios não se corrigiam:  os justos não se arrependiam" (Anônimo).

O inferno e suas descrições - Sheol (Hebraico)

O Mundo dos Mortos. Dt 32.22-

Hades (grego) Equivalente a Sheol. Mt 1.23; = 16.18

Gehenna (grego) Lugar de suplício eterno Mt 5.22; = 10.28, = Tg 3.6, 1,4 –

Tártaro (grego) O mais profundo do abismo. II Pe 2.4, = Mt 13.42, = I Ts 2.9.



O inferno e seus habitantes - Satanás e seus anjos. Mt 25.41

A Besta e o Falso Profeta. Ap 20.10 –

Homens ímpios e incrédulos. Ap 21.8

Os desviados. Sl 9.17.

O inferno é um lugar  Um lugar de fogo. Mt 13.42,50, = Ap 20.15, = Mt 3.12. 

Um lugar de tormento. Lc 16.23

Um lugar de punição. Mt 23.14, = Lc 12.47,48

Um lugar de tristeza e desespero.

Inferno: Um lugar Tenebroso –

De fogo eterno. Mt 18.8: = 25.41 –
De fogo e verme. Mc 9.48
De fornalha ardente. Mt 13.42
De lago. Ap 20.14.

O Céu

Céu é um lugar atrativo, belo e prefeito. À medida que a eternidade for passando conheceremos mais e mais as infinitas belezas celestiais.

Deus é o criador dos céus Gn 1.1, = Ap 10.6

Existem pelo menos três céus. Sl 8.3

O primeiro céu. Gn 1.8; = Sl 77.17-18; = 104.

2 (atmosférico) O segundo céu. Gn 15.5; = 22.17. Dt 1.10 (sideral)

O terceiro céu. 2 Co 12.2,

Paraíso Lc 23.43 (espiritual)

Céu dos céus, o lugar central do Altíssimo. Dt 10.14; = I Rs 8.27

Os céus declaram a gloria de Deus. Sl 19.1

O céu é habitação de Deus. I Rs 8.30, = Sl 20.6

No céus está o Trono de Deus. Is 66.1; = At 7.49; = Sl 11.4.

Jesus antes da encarnação veio do céu. Jesus depois da ressurreição voltou ao céu At 3.21; = Hb 6.20.

Seis homens viram o céu aberto = Ez 1.1; = Mc 1.10; = Jô 1.51; = At 7.56; =     At 10.11; = Ap 4.1

O céu é um lugar eterno. Sl 89.29; = II Co 5.1

O céu é um lugar alto. Sl 103.11; = Jó 22.12

O céu é um lugar santo. Dt 26.15; = Sl 20.6; = Is 57.15.

O céu é um lugar alegre. Lc 15.7; = Sl 16.11; = I Cr 16.27

O céu é um lugar feliz.   Ap 7.16 e 22.12.

O céu é um lugar justo. II Pe 3.13.

O céu é um lugar de perfeita comunhão com Deus. Ap 22.3-4.

O céu é um lugar imensurável. Jr 31.37.

O céu é um lugar de descanso. Hb 4.9.

O céu é um lugar de atividade espiritual. Ap.7.15.

O céu é um lugar de gloria. Sl 73.24.

Os anjos vivem no céu. Mt 18.10; = Mt 24.36.

Os nomes dos crentes estão escritos no céu. Lc 12.23.

Os tesouros no céu nunca perecem. Mt 6.20; = Lc 12.33

Carne e sangue não tem acesso ao céu. Gl 5.21; = Ef 5.5; = Ap 22.15.

Os pecadores não entrarão no céu. Gl 5.21; = Ef 5.5; = Ap 22.15.

Os flagelos da terra não se encontrarão no céu. Ap 21.4.

O céu será a futura, definitiva e eterna habitação dos crentes remidos pelo sangue do cordeiro.  Sl 23.6; = Hb 11.16;  = Ap 3.21; = Fp 3.20



Elaboração pelo:- Evangelista Isaias Silva de Jesus (auxiliar)                                                                 Igreja Evangélica Assembléia de Deus Ministério Belém Em Dourados – MS    
www.assembleiaunida.com.br       
      

A Doutrina da Graça de Deus


A Doutrina da Graça de Deus

Introdução

Qual é o papel da lei na vida do crente (Rm 7.1-6)? A ocorrência de uma pergunta no começo desta seção nos remete ao formato de diálogo usado anteriormente (Rm 3.1-9,27-31; 4.1-12). E o assunto da pergunta nos faz voltar à objeção levantada por seu parceiro de diálogo em Romanos 3.7,8. Paulo está uma vez mais abordando a acusação feita contra ele de que sua proclamação do evangelho da graça estava promovendo o pecado (6.1-14). Desta feita, o assunto é tratado mais definitivamente.

I. Morrer para Viver (6.1-14).

Em resposta à objeção do versículo 1, de que o pecado também pode ser encorajado se ocasiona mais graça — objeção que surge da declaração em Romanos 5.20 de que à medida que o pecado aumentou, a graça aumentou ainda mais — Paulo imediatamente vai ao âmago do assunto: O crente não pode permanecer no pecado porque ele morreu para o pecado (v.2).

a) “Como viveremos ainda nele?” (v. 2b). Não é um apelo moral, mas uma declaração de fato. Paulo não está perguntando: “Como viveremos?” Antes, sua pergunta implica: “Não vivemos!” Contudo, Paulo não está argumentando que o cristão é incapaz de cometer pecado (veja vv. 11-14), porque o “não vivemos” deriva do fato de ele entender que o pecado é um poder dominante (Rm 5.21). À medida que ele vai explicando, a morte do crente ao pecado significa que o domínio do pecado foi quebrado. Em suma, a resposta inicial de Paulo à acusação de que o evangelho promove o pecado é que a graça, ao invés de incentivar o pecado, na verdade provê o meio de escapar de suas garras fatais.

b) Morto para o pecado.  O que se segue (vv. 3-14) é comentário sobre a morte do crente ao pecado. Paulo usa o batismo nas águas, praticado pelos crentes desde o começo da Igreja (Mt 28.19; At 2.37-41), para explicar como o cristão morreu para o pecado (vv. 3,4). A linha do argumento de Paulo origina-se da pressuposição de que o rito do batismo está estreitamente ligado ao ato de a pessoa colocar a confiança em Cristo. O leitor encontrará em comentários vasta gama de interpretações relativas à função e significado do batismo em águas com base nesta passagem. De fato, é um texto importante para formular um entendimento teológico do rito. Infelizmente para nós, Paulo não se ocupa numa discussão ampla sobre esse assunto, porque: 

1) Ele presume que os romanos já estejam familiarizados com seu significado, e;

2) Ele está preocupado em extrair somente os aspectos que apóiem seu argumento de que o crente morreu para o pecado. Parte da razão para a diversidade de interpretação deste texto é o tratamento parcial do batismo em águas que Paulo oferece aqui.


II. A figura do batismo em águas: “batizados em Jesus Cristo” (v. 3).

O que podemos respigar aqui sobre o significado do batismo em águas? Uma interpretação comum é que sendo abaixado e depois erguido da água simboliza a morte e a ressurreição do participante com Cristo. Quer dizer, é uma metáfora para a conversão que ilustra o fim da velha vida e o começo da nova. Este entendimento remonta pelo menos a Tertuliano, mas não é certo que esta fosse a concepção vigente no século I. Uma leitura cuidadosa de Romanos 6 revela que Paulo vincula o batismo com o ato de ser enterrado com Cristo, mas que ele não diz que o convertido foi ressuscitado com Cristo no batismo — o que permanece um acontecimento futuro. Assim, no mínimo, esta passagem ensina que o batismo simboliza a participação do crente na morte de Cristo. Contudo, o simbolismo mais pleno de morrer e ressuscitar com Cristo pode estar no plano de fundo, pois talvez Paulo tenha escolhido somente a parte da tradição que se refere à morte de Cristo, porque seu argumento diz respeito a morrer para o pecado.

a) A essência do batismo cristão.  A essência do batismo cristão é expressa na frase “batizados em Jesus Cristo” (v. 3). Ser batizado “em” (eis) Cristo significa união com Ele ou o estabelecimento da relação. Beasley-Murray (p. 61) apresenta argumentos em favor do significado por trás de ser batizado em nome de Jesus: “No batismo, [...] o Senhor se apropria do batizado para si mesmo e o batizado possui Jesus como Senhor e se submete ao Seu senhorio”.

Nossa concepção de como o crente participa na vida de Cristo deve ser entendida em termos relacionais. Citando Beasley-Murray novamente (p. 62): “Porque o batismo significa a união com Cristo, Paulo via que o rito estendia a união de Cristo em suas ações redentoras”. Visto que fomos colocados numa relação com Ele, participamos dos benefícios da sua vida: Fomos crucificados com Ele (v. 6), morremos e fomos sepultados com Ele (vv. 4,5,8) e seremos ressuscitados com Ele (vv. 5,8). Isto não quer dizer que tomamos parte na sua obra substitutiva ou que de algum modo místico estávamos de fato lá com Cristo, quando Ele foi crucificado. Nosso Senhor sofreu e morreu sozinho. Mas isso tem algo a dizer sobre o modo como Paulo via a conexão entre o Senhor e seus seguidores.

1)   Quando o crente é unido com Cristo, é unido com o Senhor. Isto requer submissão completa, não submissão mútua ou amigável (e assim a chamada à obediência começa no v. 11).

2)   A pessoa atraída ao mundo do Senhor toma parte completa nas conseqüências das ações de Cristo em um grau sem paralelo nas relações humanas. Cristo é mais que alguém com quem nos relacionamos; Ele também é nosso representante.
É certamente apropriado dizer, como fazem muitos comentaristas dos dias de hoje, que participamos dos benefícios da vida de Cristo porque Ele é nosso representante. Assim como estávamos em Adão e, portanto, compartilhávamos as conseqüências do seu pecado, assim estando em Cristo compartilhamos os resultados da sua obra. Nossa solidariedade com Ele na função de nosso representante transfere seus atos para nós. Mas não devemos perder o sentido relacional mais pessoal que está por trás desta idéia. É porque o conhecemos que tomamos parte em sua vida.
III. Morrer para o Pecado

Paulo começa o capítulo 6 mostrando que os crentes não podem permanecer sob o poder do pecado, porque eles morreram para o pecado. Ele se refere à experiência dos leitores com o batismo nas águas para estabelecer este ponto. Como ele o fez em Romanos 5.5 (quando usou a experiência do batismo com o Espírito para lhe garantir a esperança futura), aqui ele escolheu uma experiência vívida para convencê-los de uma realidade espiritual. O batismo em águas significa que a união com Cristo também é uma união com Ele na sua morte.

Quando ocorre a morte com Cristo na vida do convertido? Visto que Paulo usa o batismo para transmitir esta idéia e considerando que o batismo está associado com o começo da vida do cristão, presume-se que ocorre no momento da conversão. É “pelo [dia] batismo” (v. 4) que a pessoa é sepultada. Paulo diz “pelo batismo”, não porque o próprio rito efetua a morte com Cristo. O rito apresenta em forma pública a decisão da pessoa em começar a vida com Cristo.

a) Interpretações do ritual do batismo.  Entre as tradições que vêem o batismo como símbolo da experiência de salvação (e.g., os batistas, os pentecostais), e não sacramentalmente como meio da graça salvadora (e.g., os católicos romanos, os luteranos), há o perigo de que a importância e imperativo do rito sejam diminuídos. O que está em jogo é a perda da conexão do batismo em águas com o significado do começo da vida cristã.

A razão por que fomos sepultados com Cristo é dada ao término do versículo 4: de forma que “assim andemos nós também em novidade de vida”. Estas não são as palavras que poderíamos esperar. Para complementar a declaração de que morremos com Cristo, esperaríamos Paulo dizer, depois de uma referência à ressurreição de Cristo, que nós também fomos ressuscitados com Ele. Mas ele diz que, por causa da ressurreição de Cristo, andamos agora em novidade de vida.

Embora ainda venhamos a ser ressuscitados com Ele, já tomamos parte na vida da ressurreição. Estamos vivendo de acordo com as condições do mundo por vir conforme elas podem ser desfrutadas, visto que ainda vivemos segundo as restrições do presente mundo. Esta é a maneira de Paulo entender a existência cristã neste período transitório (a chamada estrutura escatológica “já, mas ainda não”) entre a nossa passada morte com Ele e a nossa ressurreição futura. (O papel do Espírito Santo em mediar a vida do Cristo ressurreto nos crentes será explicado em Rm 8 [veja também Rm 7.6].) A era de Cristo irrompeu na era de Adão, e o crente é transferido a esta era nova pela morte de Cristo. Nossa orientação foi para sempre alterada, pois a graça transformou nosso passado, presente e futuro.

Contudo, as condições da era nova não serão experimentadas completamente até à ressurreição futura dos crentes, quando a velha era tiver passado inteiramente. Nesse entretempo, ainda somos influenciados pelas condições mundanas postas em ação pelo que Adão fez. Ainda estamos sujeitos à morte física e ainda somos tentados pelo pecado. A perspectiva de Paulo acerca da sobreposição das duas eras (Rm 5.12-21) reflete a cosmovisão da escatologia apocalíptica (veja “A Escatologia Apocalíptica de Paulo”, na Introdução).
b) Propósito da imagem batismal.  No versículo 5, a imagem batismal é posta de lado, tendo servido seu propósito de ilustrar a morte do crente ao pecado. Em primeiro plano, há o motivo de morrer e ressuscitar com Cristo. Por duas vezes nos versículos 5 a 10 Paulo declara que, tão certo quanto a identificação com Cristo significa morte com Ele, assim também significa ser ressuscitado com Ele (vv. 5,8). Seu enfoque permanece no aspecto anterior, à medida que ele continua discutindo a natureza da morte do cristão ao pecado.

Note como o apóstolo descreve a situação escatológica do crente com o uso de tempos verbais diferentes. O verbo traduzido por “fomos”, no versículo 5a, está no perfeito (gegonamen), significando que nossa união com Ele em sua morte é um acontecimento passado com efeito permanente. Esse efeito é a nossa liberdade do poder do pecado. Porém, a união do crente com a ressurreição de Cristo está no futuro (“seremos”). Alguns argumentam que este é um futuro lógico (lógico no sentido de que segue nossa morte com Cristo e, assim, realmente denota nosso estado atual). Esta não é a melhor interpretação.

Nem o futuro deve ser entendido como imperativo moral (o tipo de tempo futuro que vemos na maioria dos Dez Mandamentos) — ou seja, que temos de ser conformados à ressurreição de Cristo em nosso comportamento presente. Antes, este é um futuro real, expressando a verdade da ressurreição final.

É por isso que Paulo não coloca nossa ressurreição com Cristo no passado (cf. Ef 4.22-24; Cl 3.9-11, onde ele fala de uma ressurreição espiritual). Tannehill (p. 12) explica os aspectos presente e futuro de ser ressuscitado com Cristo: “O crente participa na nova vida no presente, mas Paulo tem cuidado em deixar claro que isso não se torna possessão do crente. É realizado mediante uma entrega ininterrupta das atividades da pessoa a Deus, um andar em novidade de vida e, ao mesmo tempo, permanece um dom de Deus para o futuro”.

Em suma: sob a lei o pecado aumenta; sob a graça, seu poder é aniquilado.

A DOUTRINA DA FÉ


A DOUTRINA DA FÉ

INTRODUÇÃO: A doutrina da fé é uma das doutrinas vitais do Cristianismo. Sua importância pode ser conhecida nos seguintes pontos abaixo:

1- essencial a uma relação acertada com Deus — Hb 11:6; - Jo 3:36; - 3:16-18.

2- E essencial à vida cristã normal — Rm 1:17.

a) A vida cristã é essencialmente uma vida de fé, ao contrário, a vida não pode ser verdadeiramente cristã nem normal.

3- É essencial como alicerce para uma vida frutífera —II Pe 1:5-7.

a) A fé é a qualidade fundamental e o fator mediador que toma possível uma vida frutífera.

4- É essencial como a chave que abre a porta para outras bênçãos e virtudes — 1 Co 13:13.

5- É essencial no relacionamento entre Cristo e o homem:

a) A mulher sirofenicia  Mt 15:28.
Ela mostrou perseverança, mas Jesus elogiou sua fé.

b) O cego Bartimeu Mc 10:52. Jesus o curou à base de sua fé.

c) O paralítico — Mc 2:5.. A fé dos 4 amigos.

6- É essencial para justificar o homem por Jesus. Rm 5:1;- Jo 3:36; -16:8,9.

7- É essencial para operar milagres — Mc 16:17.20.

1- O SIGNIFICADO DA FÉ

1- No Velho Testamento.

a) Comumente chamada de “fidelidade” Dt 32:4; - SI 36:5; - 37:3.

b) Significa “CRER) (h’eb. He’emim) ou “niphal” — estar firme, estabelecido, imutável.

e) A palavra se constrói com as preposições “BETH e LAMEDH”

= Beth — se refere a um descanso seguro, ou testemunho
= Lamedh significa a aprovação dada ao testemunho.

d) Há ainda ente vocábulos hebraicos “BUTACH” que se constrói com “BETW’ e, significa: CONFIAR EM

2- No Novo Testamento

a) No N.T. a palavra FÉ, no grego é: “PISTIS” que significa:
— Hipostasis — Hb 1:3 substância.

1) Uma convicção fundada sobre a confiança em uma pessoa e em seu testemunho

b) Há uma ordem nas etapas sucessivas da fé como se segue:

1 = Confiança total em Deus e Cristo
2 = Aceitação de seu testemunho nas Escrituras
3 = Submissão à Cnsto e confiança Nele para salvação da alma

II – A FÉ FIGURADA

1-A fé como de um olhar para Jesus— J0 3:14,15 - (cp. Nm 21.9]

a) Aqui inclui todos os elementos da fé, que se refere a uma olhada insistente para alguém

b) Há nela um ato de percepção - (elemento intelectual) notar, perceber.

c) O olhar firme para um objeto - (elemento volitivo)

d) A satisfação produzida por esta concentração - (elemento emocional).

2-Até como ter fome e sede—Mt 5:6 -Jo 6:5O-58 - Jo 4:14.

a) Quando os homens tem fome e sede espirituais, SENTEM que lhes falta algo

b) São conscientes da necessidade e se esforçam para conseguir. A fé gera o censo de necessidade.

c) Tudo é característico da atividade da fé.

d) Ao comer e ao beber não só temos a convicção de que o alimento e a bebida estão presentes,
Mas também possuem a confiada esperança de que isto os satisfará.

e) Apropriendo-nos de Cristo teremos uma determinada medida de confiança de que Ele nos salvará.

3- A fé como um ato de apropriar-se da benção divina — J0 5:40: 7:37.. a) Significa vir a Cristo e recebê-lo.

b) A figura de vir a Cristo retrata a fé como uma ação em que o homem procura encontrar fora de si mesmo.

E de seus méritos pessoais, apenas confiado e vestido da justiça de Cristo.

e) A figura de receber a Cristo acentua o ato de que a fé é o órgão para apropriar-se Dele (Cristo).

III - QUATRO CLASSES DE FÉ - O CONCEITO DA FÉ

1- A Fé Histórica

a) Tem um sentido intelectual da Verdade, e contribui para a fé no sentido espiritual.

b) Fé histórica implica somente fatos e eventos históricos, excluindo verdades morais e espirituais.

c) Se basea também no testemunho da história.

d) Ë unia fé humana, não divina, que expressa a idéia de que esta fé aceita as verdades da Escritura.

2- A Fé Milagrosa

a) É a fé que transcende os poderes naturais. A certeza de coisas não vistas.

b) É a persuasão operada na mente de uma pessoa de que um milagre será produzido por seu intermédio, ou a seu favor.

c) Deus pode através dessa fé para milagres, dar ou encarregar uma pessoa para fazer um trabalho que transcenda os seus poderes naturais.

1 - Exemplo: Moisés e as pragas.

d) É a fé que opera no sentido ATIVO - Mc 16:1 7,18; - Mt 17:20

e) É a fé que opera no sentido PASSIVO — significa que é a persuasão de que Deus fará um milagre em favor de alguém.

3—A Fé Temporal-Mt 13:20-21

a) Chama-se temporal porque não é permanente, e porque não pode susterse nas provações.
b) Geralmente este tipo de fé aparece numa pessoa que é persuadida das verdades do Cristianismo acompanhada com alguns impulsos da consciência, mas se enraíza no coração.

c) Isto só acontece no coração não regenerado — sente a sua realidade de pecado, mas  não se decide.

d) As vezes chamam este tipo de fé, de “fé hipócrita”, mas não é correto afirmar isto a todas as pessoas.

e) Geralmente acontece com pessoas inconstantes; que vacilam e se deixam vencer pelas circunstâncias.

f) Alguns no início parece galgar o céu com as mãos, depois esfriam e se decepcionam. E mais uma “fé imaginária”.

g) Difere da “fé histórica” no interesse pessoal que mostra pela verdade e na reação dos sentidos sobre ela.

Ilustração: O escritor secular que resolveu escrever sobre a fé pentecostal historiando e visitando as igrejas.

Resultou já no final do seu livro, na sua conversão mais tarde.

4 - A Fé Salvadora

João 3:5;= 11,25;20.31—Rm 10.9—At 10.37; 13.39;= 16.31

a) A verdadeira fé que salva tem seu assento no coração e está enraizada na vida regenerada.

b) A semente da fé salvadora encontra seu “habitat” no coração.
Somente depois que Deus implanta a semente da fé no coração, pode o homem exercitar a fé.

c) O carcereiro de Filipos — At 16.31.

d) Esta fé não vem de uma ação humana, mas é produzida por Deus no coração do pecador.

e) Geralmente, quando estudamos sobre a fé na Bíblia, se refere à Fé como atividade do homem, porém, a fé salvadora é obra produzida pelo Espírito Santo. Jo 16:8,9

f) O objeto da fé salvadora é Cristo, o salvador. Rm 5. 1.


IV — OS ELEMENTOS BÁSICOS DA FÉ


Aqui a fé aparece como atividade exercitada. pelo homem, e três são os elementos que compreendem a fé:

1-O Elemento Intelectual

a) Este elemento envolve conhecimento da fé, no sentido de saber sobre a mesma.

b) Consiste em um reconhecimento positivo da verdade, na qual o homem aceita como tal, tudo o que Deus diz em sua Palavra.

c) É a avaliação que o homem faz do seu pecado, de sua perdição e a possibilidade de redenção em Cristo.

d) É o elemento que leva o homem a meditar, examinar usando das atribuições de sua inteligência.

e) É a certeza segura, indelével, certa, incontestável de que a Palavra de Deus é a verdade.

f) “É chamado de “conhecimento seguro”, e este está em harmonia com - Hb 11: 1, que fala da fé como a certeza das coisas que se esperam e prova das que se não vêem”.

g) Esta certeza nos chega através do testemunho do próprio Deus e da Sua Palavra.


2-O Elemento Emocional

a) Quando alguém abraça a Cristo pela fé, e faz com profunda convicção da verdade e da realidade do OBJETO da fé (Cristo).

b) O pecador sente que esta fé satisfaz na própria vida uma necessidade importante.

c) A característica distinta do conhecimento da fé salvadora é que leva consigo uma convicção da verdade e da realidade de Seu objeto. = Jo 16.8

d) O elemento emocional tem aspectos mais ativo e transitivo, visto que o elemento intelectual tem aspectos passivo e receptivo.



3 - O Elemento Volitivo

a) Este é o elemento da fé.

b) A fé não  é só um assunto do intelecto, nem de uma combinação do intelecto e das emoções. E TAMBEM ASSUNTO DA VONTADE.

c) A vontade que determina a direção da alma; um ato da alma que sai em direção de seu objeto e se apropria do mesmo.

d) Na fé Salvadora, Vontade é assunto de vida ou morte.

e) Estes três elementos não podem situar-se em forma exclusiva no intelecto nem nos sentimentos e nem na vontade.

f) Situam-se no coração; o órgão central do ser espiritual do homem e do qual fluem rios da água viva. = Jo 7.3 7,38

g) A fé em si mesma: CERTEZA: que desperta um sentido de segurança e um sentimento de firmeza na a!ma.

h) A medida que a fé cresce, aumentam suas atividades:

1- Aumenta a consciência de segurança e proteção.
2- Aumenta o ânimo para lutar.

V —A BASE DA FÉ

1 - A fé descansa sobre esta base que é chamada: A PALAVRA DE DEUS.

2- É o meio pelo qual reconhecemos as Escrituras como a Verdadeira Palavra de
Deus, e o testemunho do Espírito Santo. 1 João 5.7; = Romanos 4.20,21; = 8.16;
= Efésios 1.13;=l João4.13;= 5.l0.


AMÉM

segunda-feira, 31 de dezembro de 2012