AS
AFLIÇÕES DA VIUVEZ
TEXTO
ÁUREO = “Honra as viúvas que verdadeiramente são viúvas” (1 Tm
5.3).
VERDADE
PRÁTICA = Apesar da dor e das dificuldades próprias da viuvez,
esperar e orar são atitudes que honram ao Senhor.
LEITURA
BIBLICA = Lucas 2: 35-38 – Tiago 1: 27
INTRODUÇÃO
A velhice, também chamada terceira idade, ainda é vista com
bastante preconceito pela sociedade, como se fosse uma época somente de
desalento, inatividade e frustração. Infelizmente, muitas pessoas nessa faixa
etária sofrem abusos e desrespeito, enquanto outras de maneira equivocada
assumem que já nada podem oferecer. Em razão disso sentem-se inadequadas e
inferiorizadas socialmente. Mas a Bíblia, ao contrário do mundo, ensina que os
justos na “velhice ainda darão frutos; serão viçosos e florescentes” (Sl 92.14).
O
CONCEITO DE VIUVEZ
A viuvez é um acontecimento onde nenhum dos cônjuges, na
maioria das vezes, não espera e não está preparado para enfrentar. Do ponto de
vista cristão o acolhimento de cada um deles é dever de cada seguidor do
Cristo, que na palavra de Deus faz referência e nos ensina a tratá-los com
respeito, carinho e amor.
A viuvez nos dias de hoje é um drama, e principalmente para
a mulher. Embora o homem também sofra bastante a perda de sua companheira, a
viuvez acarreta para a mulher, além da solidão da separação, a obrigação de
assumir muitos compromissos com a família e os filhos, bem como a administração
do patrimônio doméstico, coisas geralmente afetas ao marido.
A
PROFETISA ANA = (2.36-38), E estava ali a profetisa Ana (36). Sabemos
o nome do seu pai, a tribo de Israel à qual ela pertencia, a sua idade e que
ela vivia no templo. Também sabemos que ela era viúva, e sabemos por quanto
tempo tinha estado casada quando o seu marido morreu —tudo isto, além de sua
vida devota e de seu ministério profético. Isto representa um contraste
razoável com a quase completa falta de informações sobre Simeão.
E, sobrevindo na mesma hora, ela dava graças a Deus (38).
Simeão ainda estava segurando o Bebê quando Ana entrou. Ela deu graças imediatamente,
confirmando a sua visão profética. Falava dele a todos os que esperavam a
redenção em Jerusalém. Não temos o teor da sua mensagem, mas fica implícito que
ela falava do Seu ministério messiânico. Como no caso de Simeão, a redenção — a
salvação — era a sua principal ênfase.
Por intermédio de Zacarias, Isabel, os pastores, Simeão,Ana
e outros, as boas-novas sobre o Salvador estavam se espalhando. E significativo
que Deus só tenha revelado essas boas-novas àqueles que tinham a qualificação
espiritual adequada para uma revelação tão sublime.
Barclay encontra nesta passagem uma história comovente de
“Uma das pessoas quietas na terra”. Aqui está uma mulher a quem Deus se
revelou. Que tipo de pessoa era ela? 1) Embora tivesse conhecido a tristeza,
ela não era amargurada; 2) Embora tivesse idade, não tinha perdido a esperança;
3) Nunca deixou de adorar na casa de Deus; 4) Nunca deixou de orar.
A viúva
de Sarepta = Para ela, a morte não era novidade. Ela vira o
marido morrer. E agora, observava, sem ajuda, como tudo ao seu redor morria. A
grama secava completamente, as árvores perdiam as folhas, as vacas estavam
esqueléticas e magras, e as cabras baliam lamentosamente. Cada dia, ela
esquadrinhava o céu sem nuvens, esperando contra a esperança por uma nuvem de
chuva. Havia racionado a farinha e o óleo, tentando fazê-los durar até o fim da
seca. O pequeno pão redondo e chato diário era dividido desigualmente. Seu
filho precisava de toda a nutrição que ela podia lhe dar. Era-lhe doloroso ver
o rapaz tão magro e sem forças. Mas seu sacrifício parecia sem sentido, pois
ela temia que os dois logo sofreriam a fome da morte. Só havia o suficiente
para uma última refeição. Segurando a mão do filho, a viúva saiu da empoeirada
cidade de Sarepta para buscar lenha a fim de cozer sua última refeição. E aqui,
a mulher sem nome entra na narrativa bíblica e na história sagrada,
ensinando-nos lições que, milhares de anos mais tarde, podemos aplicar a nós
mesmos. Nesta semana, vemos se desenvolver em miniatura o grande conflito entre
Deus e Satanás na vida de uma viúva sem nome que escolheu Deus e foi conduzida
passo a passo em uma jornada de fé.
Embora nossa história comece com a ordem de Deus ao grande
profeta Elias para ir a Sarepta, devemos lembrar o que motivou essa ordem. O
reino de Israel havia caído em idolatria. A adoração de Baal se tornara a
religião oficial. Deus havia “desafiado” dramaticamente o deus das tempestades
declarando pelo Seu profeta Elias que não haveria mais nem orvalho nem chuva
(1Rs 17:1). Que ironia se percebe: a um reino que adorava o deus da tempestade,
Deus disse que não haveria chuva!
1. O que este fato nos diz a respeito do poder de Deus sobre
nosso mundo, em contraste com qualquer outro poder? Veja também Sl 86:8; Jr
10:6; Hb 1:1-3; Jó 38
Elias foi ao riacho de Querite (1Rs 17:3) enquanto o país de
Israel definhava sob uma seca devastadora. Finalmente, o riacho secou, e Deus
ordenou ao profeta que partisse e fosse para Sarepta (1Rs 17:1-9).
Deus ordenou a Elias que saísse de Israel e fosse a uma terra
estrangeira. Sarepta está localizada na costa mediterrânea entre Tiro e Sidom.
Está dentro do território da Fenícia, de onde veio a terrível rainha Jezabel.
Uma das importantes divindades nacionais fenícias era Baal, e Jezabel, como
rainha do rei Acabe, introduziu ativamente a adoração de Baal da Fenícia para
Israel. No mundo antigo, normalmente, pensava-se que os deuses pertenciam a uma
cidade ou região específica. Sarepta, situada fora de Israel, em um país
estrangeiro, estava supostamente distante da área de influência do Senhor. O
povo dessa nação pagã também devia estar muito distante do alcance de Deus. Mas
ninguém está fora de Seu alcance. Bem no próprio centro da adoração de Baal,
Deus fez conhecidos Sua presença e Seu poder.
É importante notar que o Senhor usou a necessidade do
profeta para alcançar uma mulher na distante Sarepta. Como crentes em Jesus,
não temos que projetar uma fachada perfeita a todos ao nosso redor. Não temos
que encobrir nossos problemas nem fingir que não temos necessidades, porque,
como todos sabemos, isso não é verdade. Como cristãos, ainda sofremos, ainda
nos entristecemos, ainda precisamos, às vezes, do consolo e ajuda de outros
que, de fato, podem nem professar nossa fé ou mesmo nenhuma fé.
O que há de errado em achar que mostramos falta de fé quando
buscamos a ajuda de outros? De que maneira podemos, em nossas necessidades,
revelar aos outros a bondade e o caráter de Deus?
Um
instrumento incomum (1Rs 17:7-12) = A viúva, lá fora, ajuntando
lenha para fazer uma última refeição para si mesma e para o filho,
imediatamente reconheceu Elias como um crente em Deus. O texto não diz o que
foi, mas algo a fez saber que Elias era um adorador do Senhor.
3. Que semelhanças você encontra entre 1 Reis 17:3, 4 e 17:8, 9?
Deus dirigiu e guiou Seu profeta Elias a fim de salvar sua vida. Primeiramente, ordenou-lhe que se escondesse junto ao ribeiro de Querite. Os corvos tiveram ordens de alimentá-lo. Em seguida, Deus ordenou novamente e enviou Elias a Sarepta, onde ordenou que uma viúva (v. 9) o alimentasse.
Essa viúva parecia ser um instrumento incomum para Deus. Ela não era israelita. Era uma viúva sem posição social e sem influência nem poder. Ela mesma estava quase morrendo de fome.
Que lição incrível podemos aprender observando essa estratégia divina! Na maioria das vezes, Deus nos escolhe, não por qualquer habilidade em particular que tenhamos, mas apesar de nossas debilidades (2 Co 12:9).
Ontem, vimos que Deus não está limitado pela geografia. Hoje, vemos que Deus não tem as mesmas limitações humanas. É Deus quem ordena nesta história. Ao longo da narrativa, está claro que Deus está no controle, algo também muito importante no contexto maior do ministério de Elias na grande batalha entre o Senhor e Baal. Nada e ninguém pode impedir o cumprimento da vontade de Deus. Mais tarde, na história, veremos que nem mesmo a morte pode interferir nos propósitos de Deus. Embora sejam lançados sobre nós coisas e eventos nocivos ou prejudiciais à nossa vida, os propósitos de Deus para nós sempre são bons (Jr 29:11), embora não possamos ver isso imediatamente. Precisamos aprender a confiar nEle em todas as situações, tanto nas boas como nas más, pois inevitavelmente nos encontraremos em ambas.
O
ASPECTO SOCIAL DA VIUVEZ - IDOSO
Solidão
e abandono (Sl 71.9; 2 Tm 4.9-11): A solidão não é um projeto de
Deus para o homem. Milhares de idosos, irmãos, irmãs e obreiros acabam a vida
largados, abandonados, desprezados, rejeitados pela própria família, filhos e
inclusive (e infelizmente) pela igreja. Que grande injustiça. Como desamparar
aqueles que nos deu amparo, proteção, educação e acima de tudo amor. Lembre-se
que você pode chegar a terceira idade. Quando isso acontecer como você pretende
de ser tratado?
Conta-se que algumas crianças observavam seu pai preparando
algo com madeira. Despertadas pela curiosidade, perguntaram ao pai o que era
aquilo. O pai disse-lhes que se tratava de uma mesa para o vovô, pois não
suportava mais o “velho” com suas conversas “chatas” sempre que se reuniam para
tomar as refeições. A partir daquela data o vovô iria comer lá fora! Passados
alguns dias, aquele pai viu as crianças fazendo algo também com algumas
madeiras. Perguntados sobre o que estavam fazendo, as crianças responderam: – É
uma mesa, para quando o senhor ficar velho como o vovô, comer também lá fora!
Colhemos aquilo que plantamos!
Maior
dependência (Jo 21.18): Com a velhice surge uma maior dependência
da ajuda de outras pessoas. A família e a igreja devem estar atentas para as
necessidades daqueles (principalmente os enfermos, órfãos, viúvas, viúvos) que precisam de ajuda para se deslocar,
caminhar, sentar, levantar e para outras atividades. Por outro lado, o idoso
não pode ser orgulhoso ao ponto de rejeitar tal ajuda, tentando muitas vezes
“provar” que não está tão velho assim.
Na
velhice Testemunhando e louvando a Deus (Sl 71.17-24): A
epígrafe do Salmo diz “Súplicas de um ancião”. No versículo 18 o salmista
declara “Não me desampares, pois, ó Deus, até à minha velhice e às cãs; até que
eu tenha declarado à presente geração a tua força e às vindouras o teu poder”.
A seqüência do salmo é uma linda declaração em forma de adoração e louvor.
Amado ancião, enquanto tiver saúde ensine, pregue, evangelize, interceda,
cante, visite, envolva-se na obra de Deus.
VISITAR
ÓRFÃOS E VIÚVAS
Tiago escreveu um dos livros mais práticos da Bíblia. Ele
fala sobre a importância de mostrar fé ativa e obediente, e de deixar a palavra
de Deus entrar nas profundezas do coração. O evangelho exige mudanças radicais
na vida do discípulo. Devemos ser guiados pela sabedoria divina e não pela
terrena. Temos que tratar outros com igualdade, dominar a língua, evitar
contendas carnais e procurar a salvação dos outros.
No meio desses conselhos, ele descreveu bem a religião que
agrada a Deus: "A religião pura e sem mácula, para com o nosso Deus e Pai,
é esta: visitar os órfãos e as viúvas nas suas tribulações e a si mesmo
guardar-se incontaminado do mundo" (Tiago 1:27). Através da Bíblia,
órfãos, viúvas e pobres são as pessoas que mais necessitam da bondade dos
servos de Deus, e cada discípulo deve estar pronto e disposto a ajudar. A
caridade faz parte do orçamento do verdadeiro cristão (Efésios 4:28). Quando
ajudamos pessoas carentes, estamos servindo a Deus e receberemos a recompensa
dele (Mateus 25:34-40). Se negarmos a ajuda necessária, seremos condenados por
Deus (Mateus 25:41-46). Esses trechos enfatizam o segundo grande mandamento
(Mateus 22:36-40).
Obedecer esses mandamentos exige trabalho e sacrifício.
Muitos cristãos adotam crianças carentes, levam comida às viúvas, cuidam das
necessidades dos pobres, etc. Outros inventam desculpas para fugir dessas
responsabilidades, achando que o governo, a igreja ou alguma instituição humana
pode assumir a responsabilidade que Deus deu para cada um de nós. Leia de novo
as passagens citadas acima. Cada pessoa tem que se manter incontaminada do
mundo. Cada pessoa será julgada. Cada pessoa precisa administrar o dinheiro que
ganha e ajudar outros.
Vamos olhar ao nosso redor e ver as muitas oportunidades
para ajudar pessoas necessitadas. Aquele que não pratica o que Tiago 1:27 manda
enfrentará uma surpresa triste no último dia.
O
QUE A BÍBLIA DIZ SOBRE VIUVEZ?
“Aprendei a fazer bem; procurai o que é justo; ajudai o
oprimido; fazei justiça ao órfão; tratai da causa das viúvas.” Isaías 1:17
Existem muitos percalços durante a vida que ocorrem por
diversos motivos, algumas situações são resultados do próprio percurso da vida
e outras consequências são ocorridas por escolhas que nós mesmos fazemos. Mas
entre todas, o que mais deixa o ser humano desnorteado é quando este perde seu
esposo (a), e este baque geralmente muitos não conseguem suportar, dão vazão a
solidão, se distanciam dos demais, gerando até mesmo uma depressão.
Uma passagem bastante conhecida na Bíblia Sagrada é o que
aconteceu com certa viúva que só tinha uma botija de azeite em casa, e o
profeta Eliseu por intermédio de Deus, multiplicou o azeite. Deus tem
preocupação com cada pessoa, Ele recomenda para viúva que ainda é jovem casar-se
novamente, por mais difícil que seja é preciso entender que tudo continua,
afinal ainda há vida.
As viúvas devem ser respeitadas, essa é uma afirmação do
Apóstolo Paulo que se encontra no livro de I Timóteo, capítulo 5 e versículo 3,
que diz: “Honra as viúvas verdadeiramente as viúvas.” De fato para os que
passam ou já passaram por esse incidente, os sentimentos mais tristes querem
invadir o coração, mas é nessa hora que o auxílio na qual o salmista Davi
falara vem de encontro com a pessoa, em Salmos capítulo 121 e nos versículo 1 e
2 revela: “Elevo os olhos para os montes, de onde virá o socorro? O meu socorro
vem do Senhor que fez o céu a terra.”
Portanto somente Deus tem o alívio para qualquer dor que
reprime a o indivíduo, é nEle que encontrará esperança para uma vida melhor,
sem sofrimento, solidão ou desespero, mas uma vida superabundante de alegria,
paz e maravilhas que Ele pode proporcionar.
Elaboração
pelo:- Evangelista Isaias Silva de Jesus
BIBLIOGRAFIA
www.cpb.com.br
Lições bíblicas CPAD 2007
Comentário Bíblico
Beacon
A
TERCEIRA IDADE - TEMPO DE FRUTIFICAÇÃO
1.
Tempo da maturidade. A primeira grande bênção do período da velhice é a
maturidade, sobretudo quando se floresce plantado na Casa do Senhor (Sl
92.13,14). Duas figuras de linguagem dão a dimensão exata do que isso
representa: a palmeira e o cedro. Em ambas vemos a lição de utilidade, perenidade,
firmeza e robustez. São assim os que envelhecem seguindo os princípios ditados
por Deus: têm raízes profundas, que suportam os ventos da tempestade, são
longevos, robustos e de presença acolhedora.
É verdade
que, como exceção à regra, alguns idosos não amadurecem, por não saberem
aplicar os princípios de vida tão claros nas Escrituras. Os princípios de vida
ensinados na Bíblia levam à maturidade, à prudência, à sabedoria para o ser
humano viver acertando e errar o mínimo.
Como diz
a Bíblia, a maturidade com o seu modo de ser e de agir não cabe na infância,
mas na vida daqueles que já são experimentados nos embates da vida material e
espiritual (1 Co 13.11; Hb 5.13,14).
2. Tempo
da colheita. A terceira idade é, também, um tempo de colheita.
Esse fato, decorrente de semeadura no passado, implica que a semente plantada
cumpra, pelo menos, três fases distintas: brotar, crescer e frutificar. Esta
última só ocorre quando a planta chega à fase adulta. A terceira idade é a
época em que os frutos são colhidos como resultado daquilo que se plantou na
infância, na juventude e nos primeiros ciclos da vida adulta (Ec 12.1).
Temos,
aqui, duas importantes lições: a) saber plantar, isto é, fazer boas escolhas
sob a direção de Deus nos verdes anos da juventude é condição essencial para
que se faça uma boa colheita no período da terceira idade; e b) aquilo que
colhemos na terceira idade, inclusive certas doenças, é o resultado direto das
escolhas que fizemos no tempo da semeadura (Gl 6.7-9). A Bíblia é o livro de
Deus que nos ensina como andar diante de Deus em santidade, e diante dos homens
em justiça e retidão.
3. Tempo
de compartilhar. Mas não fica só por aí a frutificação na terceira
idade. Esta é também uma época de compartilhamento. Não é bom reter somente
para nós, em nossos celeiros, aquilo que Deus amorosamente nos concedeu durante
toda a nossa vida. A menção aos frutos, no Pentateuco, sempre traz implícita
essa idéia (Dt 26.1-11 cf. 16.11). O que Deus pôs em nossas mãos, como fruto da
nossa colheita, é para também abençoar àqueles que nos cercam e, sobretudo,
contribuir com a expansão do seu Reino na Terra. Alguém que chegou à terceira
idade após uma boa semeadura ainda tem muito a contribuir nos átrios da casa de
Deus e a compartilhar com os que o cercam.
SINOPSE
DO TÓPICO (I) = A terceira idade é um período de maturidade, colheita e
compartilhamento da graça e bondade de Deus.
A
TERCEIRA IDADE - TEMPO DE RENOVAÇÃO ESPIRITUAL
1.
Renovação pela comunhão com Deus. Mas a terceira idade é, ainda, um tempo
de renovação espiritual pela comunhão íntima com Deus. O texto de Isaías, na
Leitura Bíblica em Classe, fala que até os jovens se cansam (v.30). Isso
acontece por ser a juventude uma época de bastante ativismo, nem sempre com
bons resultados. No entanto, aos que esperam firmemente no Senhor há uma
promessa de renovação espiritual e de alçar vôos como os da águia, mesmo na
terceira idade, sem cansaço, nem fadiga (v.31).
Conquanto
nossa comunhão com Deus seja algo para ser buscado e mantido em toda a dimensão
do nosso tempo e circunstâncias, a Bíblia deixa claro que devemos em todos os
momentos aprofundar esse relacionamento, com a provisão do Espírito Santo,
fundamentados na fé em Cristo e na Palavra de Deus.
A velhice
enseja essa oportunidade, pois nessa faixa etária as pessoas geralmente dispõem
de mais tempo diário para a oração e à leitura da Bíblia. Vale lembrar,
inclusive, que a nossa boa saúde espiritual contribui diretamente para a saúde
física.
2.
Renovação pelo senso do serviço cristão. Outra área que traz renovação
espiritual no tempo da velhice é a do serviço cristão. Existem muitas áreas de
trabalho nas igrejas apropriadas para as pessoas da terceira idade. É óbvio que
elas não correrão como as pessoas mais jovens, não terão o mesmo ativismo, mas
poderão ter o conhecimento e experiência necessárias para realizarem certas
atividades que requerem a maturidade que só os idosos possuem. O povo de Deus
necessita da energia dos crentes mais jovens, mas não pode jamais abrir mão da
experiência dos santos mais idosos.
Lembremo-nos
de que devemos cumprir todo o propósito dado por Deus à nossa existência até
que ele nos chame ao lar celestial (Ec 9.10; Is 46.4; At 20.24).
SINOPSE
DO TÓPICO (II) A comunhão com Deus e o senso do serviço cristão
possibilitam a renovação espiritual na terceira idade.
A
TERCEIRA IDADE - TEMPO DE CUIDAR DA HERANÇA
1.
A herança do exemplo. A terceira idade, queiramos ou não, traz também a
perspectiva sobre que tipo de herança espiritual e ética será deixada para as
próximas gerações. Acima de qualquer bem material, uma de nossas grandes
heranças será o exemplo de fé, serviço e testemunho legados aos que nos
sucederem (Sl 71.5-9; Pv 13.22). Ainda hoje muitos personagens da história
cristã são referenciais como modelo de vida temente a Deus, honesta, altruísta,
patriótica, por serem compromissados com Deus e sua Palavra.
2. A
herança da fé. Cuidar da herança da fé é também outra grande
responsabilidade da terceira idade. Que contribuição estaremos deixando nessa
área vital de nossas relações com Deus? Que perspectivas nossos filhos e netos
terão da fé ao olharem a nossa história? Eles nos verão como pessoas que sempre
souberam confiar em Deus e viverem inteiramente para Ele, ou como incrédulos,
sem nenhum legado espiritual, cristão e humano?
A fé é o
maior patrimônio que podemos passar às gerações seguintes. Veja que o apóstolo
Paulo, ao final da carreira, fez menção dela como algo zelosamente guardado no
coração. Era a sua preciosa herança para os que viriam depois (2 Tm 4.7).
CONCLUSÃO
Para
concluir, Abraão e Sara cumpriram o propósito de Deus na sua velhice (Gn
22.1,2), Moisés começou a liderar o povo de Israel com a idade de 80 anos (Dt
29.5; At 7.23,30,36) e Davi, o grande rei de Israel, morreu em boa velhice,
“tendo desfrutado vida longa, riqueza e glória” (1 Cr 29.27,28 - NVI). De igual
modo, você e eu, se nos submetermos e permanecermos nos princípios da Palavra
de Deus, podemos desfrutar de uma velhice feliz e igualmente viver em segurança
em mundo inseguro, como veremos na próxima lição.
BIBLIOGRAFIA SUGERIDA
Lições bíblicas CPAD 2007
BEVERE,
J. Assim diz o Senhor? RJ: CPAD, 2006
COUTO, G. A transparência da vida cristã. RJ: CPAD, 2001.
PFEIFFER, C. F. (et al) Dicionário bíblico Wycliffe. RJ: CPAD, 2006.
COUTO, G. A transparência da vida cristã. RJ: CPAD, 2001.
PFEIFFER, C. F. (et al) Dicionário bíblico Wycliffe. RJ: CPAD, 2006.