A ASCENSÃO DE CRISTO
TEXTO ÁUREO = “Os quais lhe disseram: Varões galileus, por que estais olhando para o céu? Esse Jesus, que dentre vós foi recebido em cima no céu, há de vir assim como para o céu o vistes ir” (At 1.11).
VERDADE PRÁTICA = A ascensão de Cristo é a garantia de que Ele voltará e nos levará, a fim de que vivamos ao seu lado eternamente.
INTRODUÇÃO
A ascensão de Cristo é de grande importância, pois significa o final da missão que veio realizar na Terra.
1.0 DIA DA ASCENSÃO
1.0 dia das últimas instruções. As horas que precederam o momento solene da ascensão do Senhor Jesus foram ocupadas pelas intensas atividades do divino Mestre, no bendito afã de trazer à memória dos discípulos a essência dos ensinos que lhes transmitira durante os anos do seu ministério terreno. Falou-lhes da importância de serem cheios do Espírito Santo (At 1.5,8) e da conseqüente evangelização do mundo, a começar por Jerusalém. Não duvido que, naquele dia, as palavras de Cristo penetrassem ardentemente nos corações dos discípulos. Era o último dia que Jesus passava pessoalmente com eles.
2. A ascensão à vista dos discípulos. Ao terminar as devidas instruções, “foi Jesus elevado às alturas, à vista deles, e uma nuvem o encobriu dos seus olhos” (v.9). Subia, enquanto o contemplavam. Eles o viram partir para o Céu. Seus olhos presenciaram esse fato com muita atenção e, emocionados, o observaram ocultar-Se na nuvem, talvez semelhante aquela que envolveu Pedro, Tiago e João no dia da transfiguração (Mt 17.5).
3. A nuvem e a ascensão de CristO. Certamente, não foi por acaso a presença da nuvem (na ascensão de Cristo), pois de certo modo, ela se constituiu em um meio de comunicação entre o Céu e a Terra. Por isso, é razoável dizer que, através dela, subiu o Mediador entre Deus e os homens, Aquele pelo qual viriam sobre nós as misericórdias de Deus e subiriam as nossas orações (Jo 14.14).
4. A expectativa dos discípulos na ascensão. Depois que o Senhor ocultou-se em uma nuvem, seus discípulos permaneceram com “os olhos fitos no céu” (v.1O). Talvez esperassem que o Mestre ainda retornasse. Não era fácil ficarem sem a sua presença, embora o Senhor houvesse dito: “Convém-vos que eu vá” (Jo 16.7). É possível que eles esperassem alguma mudança visível nos céus, nessa ocasião da subida de Cristo, Jesus havia dito certa ocasião: “Vereis o céu aberto e os anjos de Deus subindo e descendo sobre o Filho do homem” (Jo 1.51). Não seria naquela oportunidade?
II. A ASCENSÃO DE CRISTO
1. A ascensão de forma solene. A ascensão de Cristo deu-se solene- mente. Lemos que Jesus “levou seus discípulos até Betânia, e erguendo as mãos os abençoou” (v.5O). Ele veio ao mundo executar a sublime missão de salvar a humanidade. Concluída sua obra redentora na Terra, retornou para o Céu, sua eterna habitação, onde foi preparar lugar para os seus remidos (Jo 14.2).
2. De onde aacendeu. De Betânia, perto de Jerusalém,P50mo do monte das Oliveiras. Ali, havia um jardim onde se iniciou o sofrimento de Cristo, antes do Calvário, a terrível agonia do Getsêmani. Aprefldem0s nesta lição, que devemos aguardar o nosso último momento na Terra, felizes como
quem conquista a maior vitória: a hora de deixarmos as lutas terrenas e entrarmos na glória do Céu. Mais uma vez, o Mestre amado poderia ter dito: “Eu vos dei o exemplo, para que como fiz, façais vós também” (Jo
13.15).
3. As testemunhas. Os discípulos que Jesus levou ao monte das Oliveiras, para. presenciarem esse fato. Eles não foram testemunhas oculares da ressurreição, porque esta foi comprovada pelo túmulo vazio, pelos lençóis ali deixados e pela presença do Cristo ressuscitado entre os discípulos por várias vezes (Jo 21 .14). Eles viram o Senhor ascender ao Céu, porque se não tivessem uma prova tal como aquela, teriam dúvidas quanto ao destino do Mestre amado. Neste particular, também podiam dizer: “Nós somos testemunhas deste fato” (At 5.32).
4. A despedida de Cristo. Ele levantou as suas mãos e os abençoou. Não partiu com qualquer ressentimento dos discípulos, mas demonstrou profundo amor por eles. Suas últimas palavras, antes de subir ao Céu, abrasaram os seus corações. Ele partiu, mas deixou com eles a sua bênção. Era maravilhoso aquele momento e lugar que se tornaram inesquecíveis para eles. Enquanto o Mestre os abençoava, aperceberam- sede que Ele se afastava da Terra, ao elevar-se ao Céu (v.51). Hora maravilhosa!
5. Como ascendeu? Diferente de Elias, Jesus não subiu ao Céu em carros e cavalos de fogo, pois conhecia o caminho de onde viera. Ele foi o único que, da excelsa glória, veio morar na Terra (Jo 3.13). O Céu é a sua casa (Jo 14.2).
III. CRISTO RECEBIDO NO CÉU
1. A ascensão confirmada. “Enquanto Jesus subia, de repente, junto deles se puseram dois homens vestidos de branco, os quais lhes disseram: Varões, por que estais olhando para o céu? Esse Jesus que dentre vós foi recebido no céu, há de vir, assim como para o céu o viste ir” (v.11).
Este fato mostra-nos o que estava no coração do nosso Salvador, a respeito de sua Igreja que ficava na Terra. Por isso, enviou aos seus discípulos dois anjos que compunham o cortejo celestial. Apareceram como dois homens vestidos de branco, e, perante a multidão, afirmaram que Cristo fora recebido no Céu pelo Pai e pela corte angelical (Hb 1.6).
2. A mensagem dos anjos. “Varões galileus, por que estais olhando para o céu?” Como repreensão à curiosidade dos discípulos, falaram os anjos como a dizer: “Vocês nada mais têm a ver agora; já observaram o que era possível contemplar”. Cristo havia determinado quais as atividades que deviam realizar. Não havia mais tempo para olharem o Céu, e, sim, presenciarem os “campos brancos para a ceifa” (Jo 4.35). Isto nos ensina que, em nossas vidas, com freqüência, a reflexão deve dar lugar à ação imediata: “há tempo para estar calado e tempo para falar” (Ec 3.7).
3. Confirmada a fé dos discípulos na segunda vinda de Cristo.
“Esse Jesus que dentre vós foi recebido em cima no céu, há de vir assim como para o céu o viste ir” (v.11). Jesus subira ao Céu. Os anjos lhes fizeram entender que Jesus veio em extrema pobreza, para ser ultrajado, julgado e condenado, mas voltara daquela maneira gloriosa. Por outro lado, cumpria-se o que dissera o Mestre a Pedro: “Para onde eu vou, não me podes seguir agora: mais tarde, porém, me seguirás” (Jo 13.36).
Permaneçamos na expectativa da segunda vinda de Cristo, e aguardemos o fim das nossas lutas e o despontar do dia eterno, pleno de glória para nós e “todos quanto amam a sua vinda” (2 Tm 4.8).
IV. O TRABALHO DE CRISTO NO CÉU
A Bíblia declara que Cristo está à destra de Deus como sumo sacerdote, intercedendo por nós.
1. A ascensão de Cristo e sua exaltação. Aquele que “a si mesmo se humilhou, sendo obediente até a morte e morte de cruz, Deus o exaltou sobremaneira e lhe deu o nome que está acima de todo nome” (Fp
2.8,9). A sua exaltação à destra de Deus é prova da nossa segurança. “A respeito dele diz Davi: Diante de mim via sempre o Senhor porque está à minha direita, para que eu não seja abalado” (At2.25; 5.31). Esta mesma confiança depositemos em Cristo, o qual está ao lado do Pai como nosso Mediador da redenção e intercessão. Foi esta a experiência de Estevão, o primeiro mártir do Cristianismo, em seu momento derradeiro
(At 7.55,56).
2. A mediação de Cristo e o batismo com o Espírito Santo. No dia de Pentecoste, Pedro pregou: “A este Jesus Deus ressuscitou... Exaltado, pois, à destra de Deus, tendo recebido do Pai a promessa do Espírito Santo, derramou isto que vedes e ouvis” (At2.32,33). O derramamento do Espírito Santo por Jesus prova que Ele é realmente o Messias, agora sentado à destra de Deus, a interceder por seus representantes na Terra (Hb 7.25).
Desde o seu batismo até o dia de Pentecoste, o Espírito Santo estava sobre Ele, pois o ungiu (Lc 3.21-22; 4.1,14,18,19). Ele “recebeu do pai e derramou” sobre os que crêem nele. O Espírito representaria a presença de Cristo no meio dos crentes, para fortalecê-los e habilitá-los a fazerem as obras que Ele realizou na Terra (Jo 14.12).
3. A intercessão de Cristo e do Espírito Santo. Por nós, Cristo intercede no Céu e o Espírito Santo na Terra. Esta verdade alentadora é exposta por Paulo no capítulo 8 de Romanos. Refere-se ele s lutas que ameaçam até a vida dos crentes, e conclui: “Quem intentará acusação contra os eleitos de Deus? ...Que nos condenará? . . .Cristo está à direita de Deus, e também intercede por nós” (Rm8.33,34). Além disto,o Espírito por Ele enviado também “intercede por nós com gemidos inexprimíveis” (Rm 8:26,27). Por isso, todo crente tem condições de triunfar em todas as lutas e tentações, e permanecer fiel, em plena comunhão com Deus, pois somos ajudados por Cristo e seu Espírito.
4. Cristo, o sumo sacerdote, à destra de Deus (Hb 8.1). Após o Senhor Jesus Cristo receber sobre si o castigo pelos nossos pecados, mediante o sacrifício de sua vida, entrou no Céu, de onde envia bênçãos abundantes aos que nele crêem, Ele ministra como sumo sacerdote (Hb2. 17) à direita de Deus, de cinco maneiras:
a. Na Terra, Ele foi sacerdote e sacrifício. No Céu, fiador da nova aliança. Por Ele, podemos ter acesso permanente à presença de Deus, com toda a confiança (Hb 4.16).
b. Ele esta na presença de Deus, no Céu, como doador do amor divino aos que crêem. Por graça, continua sua mediação por nós, e toma-nos novas criaturas (Jo 3.3; 2 Co 5.17).
c. Cristo age como mediador entre Deus e os que quebraram a lei divina e necessitam de perdão e reconciliação (1 J0 2.1,1).
d. Cristo exerce seu sacerdócio no Céu com toda a simpatia para com os crentes que são tentados, e os socorre em suas necessidades, pois Ele também “sofreu, sendo tentado, porém sem pecado” (Hb 2.18).
e. Cristo vive para sempre e intercede continuamente pelos que por
Ele se chegam a Deus, aos quais pode salvar perfeitamente (Hb 7.25).
5. Cristo aguarda o dia do triunfo total sobre os seus inimigos. É o que lemos: “Jesus assentou-se à destra de Deus, aguardando, daí em diante, até que seus inimigos sejam postos por estrado dos seus pés” (Hb 10.12,13). Nesta passagem, aprendemos duas coisas:
a. Cristo foi à suprema honra. Sentou-se à destra de Deus, no lugar do poder supremo, junto à mão que cuida dos desamparados e opera maravilhas. Ocupou, portanto, o posto mais elevado.
b. Cristo atingiu a tão elevada honra, como a devida recompensa dos sofrimentos pelo mundo perdido, pois empenhou-se pelo bem do seu povo. Era o eterno reconhecimento do trabalho realizado “pelo Espírito eterno” (Hb 9.14).
Elaboração pelo:- Evangelista Isaias Silva de Jesus
Igreja Evangélica Assembléia de Deus Ministério Belém Em Dourados – MS
Lições bíblicas CPAD 1994
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