sexta-feira, 31 de dezembro de 2010

AGUARDANDO A VINDA DO SENHOR

AGUARDANDO A VINDA DO SENHOR

TEXTO AUREO = “Bem-aventurado aquele servo que o Senhor; quando vier;achar servindo assim” (Mt 24.46).

VERDADE PRATICA = A expectativa da vinda do Senhor deve inspirar os seus servos a uma vida santa e de serviço.

LEITURA BIBLICA = 2 PEDRO 3: 10-14,17.18

INTRODUÇÃO

A expectativa da iminente volta do Senhor deve inspirar e impulsionar os cristãos a uma vida santa. Uma vez que haverá um novo céu e uma nova terra, e que este céu e esta terra são morada de justiça, quem quiser habitar nas mansões celestiais com Cristo deverá praticar a vida de santidade desde agora, pois no porvir não haverá qualquer vestígio de injustiça.

I. AGUARDANDO A BENDITA ESPRANÇA

A ressurreição dos que “morreram no Senhor” e sua trasladação, com aqueles que ainda estiverem vivos quando Jesus voltar, constituem a bendita e única esperança da Igreja. Mas, de onde vem tanta expectativa? Em que podemos firmar esta esperança? A esperança da Segunda Vinda de Cristo fundamenta-se nas promessas do próprio Filho de Deus, que foram repetidas e elucidadas por diversos escritores sagrados (Lc 2 1.36; Jo 14.2,3; 1 Ts 4.13,16; Rm 8.23,24; 1 Jo 3.1-3). Baseados na Palavra de Deus devemos estar preparados, aguardando o iminente cumprimento de todas essas promessas.

1. Por que esta esperança é bendita? “Vigiai, pois, em todo o tempo, orando, para que sejais havidos por dignos de evitar todas essas coisas que hão de acontecer e de estar em pé diante do Filho do homem” (Lc 2 1.36). Não esperamos ver o 1, 1»: nem passar pela Grande Tribulação (Ap 3.10). Não obstante, devemos inclinar os ouvidos ao chamado do nosso Libertador. Nosso olhar deve percorrer os céus, “aguardando a bem-aventurada esperança e o aparecimento da glória do grande Deus e nosso Senhor Jesus Cristo” (Tt 2.13).

A Igreja do Senhor nesses últimos dias não deve centrar- se em outra coisa que não seja “...esperar dos céus a seu Filho, a quem ressuscitou dos mortos, a saber, Jesus, que nos livra da ira futura” (1 Ts 1.10). Esta deve ser a nossa única âncora: “Como aos homens está ordenado morrerem uma vez, vindo depois disso, o juízo, assim também Cristo, oferecendo-se uma vez, para tirar os pecados de muitos, aparecerá segunda vez, sem pecado, aos que o esperam para a salvação” (Hb 9.27,28).

II. PREPARADOS PARA SUA VINDA

1. A parábola das dez virgens (Mt 25.1-13). Esta parábola baseia-se na prática adotada para a cerimônia de casamento nos tempos de Jesus. Naquela época os casamentos eram usualmente festejados na casa do noivo ou na casa de seus pais. Antes do início da cerimônia, o noivo deveria ir à casa da noiva para trazê-la em cortejo até a sua própria casa, onde o casamento seria celebrado. O cenário da parábola é o seguinte: dez virgens aguardavam no caminho o momento de acender suas lamparinas pura seguirem o cortejo até a casa do noivo, onde seria celebrada a festa de casamento.

Cinco moças, chamadas insensatas, tomaram suas lâmpadas, mas esqueceram-se do azeite de reserva. As outras cinco, prudentes que eram, levaram consigo azeite suficiente em suas vasilhas. O azeite era o único material necessário para assegurar o sucesso do cortejo, urna vez que o evento ocorreu à noite. A parábola diz que o noivo, por razão desconhecida, demorou-se. Cansando-se de esperá-lo, todas elas acabaram cochilando e dormindo. À meia-noite ouviu-se um grito: “Aí vem o noivo !“. Então elas acordaram para prepararem suas lâmpadas. As insensatas, por estarem quase sem azeite, correram para o armazém mais próximo para adquiri-lo. Mas infelizmente, enquanto estavam fora, o noivo chegou, conduziu o cortejo ao banquete “e fechou-se a porta”.

A intenção do Senhor em proferir esta parábola é a de encorajar seus discípulos a manterem-se vigilantes concernente a sua volta. Trata-se de uma advertência profética à igreja dos últimos tempos. Devemos não somente esperar o retorno de Jesus, mas também estar em condições de recebê-lo. A segunda vinda de Cristo é um acontecimento universal, e somente salvar-se-ão desta “geração perversa” aqueles que estiverem preparados.

2. Mantendo a lâmpada acesa. O fato de haver cinco prudentes e cinco insensatas não significa que a metade da população mundial será salva. Esses números apenas representam duas categorias de pessoas: as sábias, prudentes e as néscias, insensatas. A sabedoria consiste em estar preparado; a insensatez é falta de condição para encontrar com o Senhor. A preparação das virgens sábias vê-se no fato de suas lâmpadas estarem acesas, cheias de azeite e, além disso, levarem consigo um suprimento extra. Caso o noivo demorasse, seriam capazes de suportar o tempo de espera com suas lâmpadas acesas. As insensatas também portavam suas lamparinas, mas com azeite insuficiente. Ninguém sabe quando Cristo voltará, mas o cristão autêntico deve esperá-lo a todo instante.

3. Tarde demais. Enquanto as insensatas faziam os preparativos que deveriam ter feito antes, o cortejo nupcial chegou à casa onde se daria o banquete e a porta se fechou. O grande doutor da Bíblia e santo homem de Deus, A.T. Robertson, explica que uma mais correta tradução do original desta passagem seria “a porta foi fechada para não mais se abrir”.

As virgens néscias se prepararam quando já era tarde demais. A preparação para o encontro com o Senhor deve ocorrer agora, enquanto Ele mantém aberta a oportunidade. Ver Mt 7.22,23; Lc 13.35.

III. COMO DEVEMOS AGUARDAR

1. Nossa atitude para com o próximo. “Que pessoas vos convém ser” (v. 11). Pessoas se relacionam com outras pessoas; Jesus salva indivíduos para falarem a indivíduos. Deus, quando quer, usa outros meios para nos falar, segundo os seus desígnios, mas o seu método diuturno é usar o ser humano, como vemos através da Bíblia. Assim, deve o crente alcançar o vizinho, o parente, o rico, o pobre, o sábio, o ignorante, o anônimo e até mesmo o inimigo, querendo o bem-estar de todos a partir da salvação. Ler Lc 10.29-37; Mt 22.36-40; Lv 19.18.

2. Aguardar vigiando. Considerando o fato de ninguém saber exatamente quando Ele voltaria, Jesus proferiu as seguintes parábolas para motivar-nos à vigilância: a do dono de casa e do porteiro (Mc 13.32-37), a do servo mau (Mt 24.45-51), a das dez virgens (Mt 25.1-13), dos talentos (Mt 25.14-30), a das ovelhas e bodes (Mt 25.31-46) e a das dez minas (Lc 19.27). Vigiar não é simplesmente esperar pelo futuro, mas engajar-se ativamente no presente para definir o futuro. Vigiar não é estar acordado quando Jesus voltar, nem especular a respeito do dia e hora; é preparar-se agora, no momento presente.

3. Aguardar trabalhando. Aguardar a vinda do Senhor também implica ação.

Estamos vivendo a era da graça, a era do Espírito, a era do evangelismo. Jesus ordena que a igreja trabalhe (Mt 28.19,20). Ele mesmo deu o exemplo quando disse que tinha uma comida para comer: realizar a vontade do Pai e a sua obra (Jo 4.34; 9.4).

Como se sabe, a Bíblia não revela quando Elias tomou conhecimento de que seria arrebatado. Entretanto, ele foi a Gilgal, Betel e Jericó, lugares onde provavelmente os profetas se agregavam (2 Rs 2.3,5,15; 4.38). Jesus na parábola das dez minas asseverou- nos: “Negociai até que eu volte”. Isto significa que os que o esperam devem estar em plena atividade no seu reino e não acomodados, ou dizendo-se cansados pela sua demora.

4. Aguardar em santidade de vida. O grande incentivo para a santidade de vida é a esperança da segunda vinda de Cristo: “E olhai por vós, para que não aconteça que o vosso coração se carregue de glutonaria, de embriaguez, e dos cuidados da vida, e venha sobre vós de improviso aquele dia. Porque virá como um laço sobre todos os que habitam na face de toda a terra. Vigiai, pois, em todo o tempo, orando, para sejais havidos por dignos de evitar todas essas coisas que hão de acontecer e de estar em pé diante do Filho de Homem” (Lc 21.34-36).

CONCLUSÃO

Nada há neste mundo que ofusque mais a visão do retorno de Jesus do que os cuidados com esta vida: o lar, os projetos para o futuro, as responsabilidades no trabalho, as dificuldades financeiras etc. Assim sendo, nosso Senhor recomendou-nos de antemão a cautela nesse particular, a fim de que, ao voltar, não nos encontre mergulhados em preocupações terrenas, despreparados para o encontro com Ele. A expectativa da volta de Cristo deve inspirar-nos e motivar-nos a uma vida de prontidão; reta e produtiva diante do Senhor. Sua Palavra nos exorta a trabalhar enquanto é dia. Quando Ele voltar deverá nos achar “imaculados e irrepreensíveis em paz” (v.14).

Elaboração pelo:- Evangelista Isaias Silva de Jesus

Igreja Evangélica Assembléia de Deus Ministério Belém Em Dourados – MS

Lições bíblicas CPAD 2001

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