A CERTEZA DA VINDA DE CRISTO
TEXTO ÁUREO = “Aquele que testifica estas coisas diz: Certamente, cedo venho.
Amém! Ora, vem, Senhor Jesus!” (Ap. 22.20).
VERDADE PRÁTICA = Aquele que prometeu voltar é fiel para cumprir a sua Palavra.
LEITURA BÍBLICA EM CLASSE – II PEDRO 3: 3 4,8-10
INTRODUÇÃO
A palavra profética do v.3 revela-nos que nestes “últimos dias” zombadores incitados por paixões carnais ridicularizariam a volta de Jesus, duvidando da Palavra de Deus. No tempo em que o apóstolo Pedro escreveu esta epístola já havia muitos escarnecedores, mas neste fim dos tempos, a situação e bem pior.
I. ENTENDENDO A PROMESSA DA SUA VINDA
1. O arrebatamento. A qualquer momento os crentes serão arrebatados da terra e levados vivos é céu por Cristo, transformados naquele momento. A expressão “seremos arrebatados juntamente com eles” em I Ts. 4: 17 significam o ato em que o Senhor Jesus arrancará deste mundo a sua Igreja, como o noivo que vem buscar a sua noiva (Ef 5.22,23; Ap 21.9).
Arrebatamento é o encontro do Senhor Jesus com a sua Igreja para a grande festa nupcial: “Regozijemo-nos, e alegremo-nos, e demos-lhe glória, porque vindas são as bodas do Cordeiro, e já a sua esposa se aprontou. E foi-lhe dado que se vestisse de linho fino, puro e resplandecente; porque o linho fino são as justiças dos santos” (Ap 19.7,8).
A Igreja já se ataviou como noiva para receber o seu esposo, o Senhor Jesus. Essas bodas, porém, só poderão ser realizadas no céu, e não na terra. Os que antes morreram em Cristo ressuscitarão primeiro. Os que estiverem vivos nesta ocasião terão seus corpos transformados e serão arrebatados com os santos de todos os tempos, para encontrar com o Senhor nos ares.
Paulo chama o arrebatamento de “bendita esperança” (Tt 2.12, 13).
Para ele, a esperança de estar com Cristo no céu era a principal motivação para uma vida piedosa. Ao ensinar a respeito da Ceia do Senhor mediante o pão e o cálice, Paulo observou que isto seria feito “até que Ele venha” (I Co 11.26). Esta é a esperança inabalável do Cristianismo.
Deus revelou a Paulo em detalhes este glorioso e enigmático acontecimento. Porém, a base da esperança do crente em relação a este assunto está nas palavras do próprio Senhor Jesus: “Voltarei e vos receberei para mim mesmo, para que onde eu estiver estejais vós também”, Jo 14.3. Esta promessa foi feita na noite em que Ele foi traído.
2. O Dia do Senhor. O Dia do Senhor é um fato presente nos livros proféticos do Antigo Testamento. Segundo as profecias do Antigo Testamento, o Dia do Senhor chegará repentinamente, sem aviso. Será um tempo no qual o universo será abalado desde as suas bases. Um tempo em que terá lugar o julgamento e a condenação dos pecadores; um tempo de terror; de juízo divino (Is 13.10- 13; Jl 2.1,2; Sf 1.14-18; Jl 2.30,31).
Em várias profecias do Antigo Testamento pode ser encontrada a expressão “o dia do Senhor” (ou Jeová), que se refere ao juízo de Israel e das nações gentílicas e ao tempo da Grande Tribulação de modo geral (Is 2.10-22; Jl 1.15; 2.1; 3.14; Am 5.18-20).
Estas profecias às vezes se referem a algo que ia acontecer em futuro imediato, mas muitas se referem também a um juízo muito remoto e que precede por pouco o tempo da restauração profética de Israel. No Novo Testamento também são encontradas as expressões “dia do Senhor” (I Co 5: 5; II Ts. 2: 2,3) e “dia de Cristo” (I Co 1: 8, II Co 1: 14, Fp. 1:6-10), que se referem ao tempo entre o arrebatamento da igreja e a revelação de Jesus Cristo.
Será nesse “dia” em que a igreja receberá o seu galardão e será unida a Cristo ao tempo das Bodas do Cordeiro. Encontra-se ainda no Novo Testamento a expressão “o Dia de Deus”, que se refere à renovação da terra por fogo sobrenatural e ao início do perfeito estado eterno (II Pe 3.12).
II. A CERTEZA DA VINDA DO SENHOR
1. Promessa do próprio Jesus. Jesus prometeu voltar e levar os santos para si mesmo (Jo 14.1-3). Esta é a promessa que Dele temos que Ele nos levará para o céu, para a casa do Pai. Jesus esclareceu-lhes que haveria alguma demora em a sua volta. Por isso, teriam de estar preparados para o momento da sua vinda.
Cristo falou muito sobre o céu; era este o tema predominante em tudo o que ensinou. Aos persegui- dos por sua causa Ele disse:
“alegrai-vos porque grande é o vosso galardão nos céus” (Mt 5.12). Àqueles que fossem fiéis Ele prometeu uma grande recompensa “nos céus”. Jesus levará para o céu os salvos para lá estarem com Ele para sempre. As promessas do Senhor são fiéis, O próprio Senhor asseverou- nos: “O céu e a terra passarão, mas as minhas palavras não hão de passar” (Mt 24.35; Mc 13.31).
2. Elias sabia com absoluta segurança que seria arrebatado de entre os seus (2 Rs 2.9). Há algumas semelhanças entre o que acontece com a igreja hoje e o que foi vivido por Elias em sua época, entre elas, a certeza de que seria arrebatado. Quando Elias pergunta a Eliseu o que este queria dele, Deus já lhe tinha falado não se sabe quando, nem como, nem em que dimensão, que ele seria tomado da terra para as alturas. O Senhor não faz coisa alguma sem primeiro revelar aos seus servos (Am 3.7). A Igreja do Senhor desde o seu começo sabe que será arrebatada. Esta mensagem não somente foi um consolo, mas principalmente um dos fundamentos da Igreja (I Co 11.26; I Ts 4.13-18).
III. A ATITUDE DE EXPECTATIVA DA IGREJA
1. Sinais que precederão ao arrebatamento. São sinais previstos nas Sagradas Escrituras. Por exemplo:
a) Falsos cristos e falsos profetas (Mt 24.5). Nunca houve tantos falsos cristos e falsos profetas como em nossos dias. Aparentam fé, pureza e espiritualidade, mas na prática não demonstram essas virtudes; são incrédulos, desonestos e infiéis.
b) Sinais de guerras e rumos de guerras (Mt 24.6). Rumores são as guerras frias, guerras de nervos para amedrontar e influenciar psicologicamente as pessoas. São as mais terríveis guerras, pois causam aos homens constante ansiedade e intranqüilidade. O mundo vive inseguro e sobressaltado pelos constantes anúncios de motins e guerrilhas estourando por toda parte.
c) Fomes, pestes, angústias, traições e o aumento desenfreado de crimes em toda parte apavoram os homens, que não tem mais tranqüilidade nas ruas de suas cidades e em seus próprios lares. Vivemos na época dos tranqüilizantes para dormir.
d) A multiplicação da iniqüidade. O pecado alastra-se de forma exacerbada a cada momento. A televisão só se ocupa em programas nada recomendáveis, onde a depravação do sexo é a principal motivação. A pornografia está estampada em cada esquina através de revistas e jornais, que expõem mulheres desnudas servindo de estímulo sexual ilícito e imoral. Pode parecer-nos que a iniqüidade já chegou aos extremos possíveis. Mas haverá um estágio mais intenso. Será uma iniqüidade franca, pública, abundante e não tolhida pela lei.
Esses e muitos outros sinais evidenciam a brevidade do tão almejado arrebatamento da Igreja. Veja o que disse o Senhor Jesus: “Ora, quando estas coisas começarem a acontecer, olhai para cima e levantai a vossa cabeça, porque a vossa redenção está próxima” (...) “Olhai para a figueira e para todas as árvores.
Quando já começam a brotar, vós sabeis por vós mesmos, vendo-as, que perto está já o verão. Assim também vós, quando virdes acontecer essas coisas, sabei que o Reino de Deus está perto (Lc 21.28-31).
2. Não há uma data predeterminada. Aqui muitos serão tentados a seguir o exemplo do mal servo em Mt 24.45-5 1. Embora Jesus tenha declarado que sua volta seria “muito tempo depois” (Mt. 25.19), também repetiu várias vezes que ela seria repentina e inesperada. Os discípulos perguntaram a Jesus a respeito do tempo em que o Reino seria restaurado. Jesus respondeu: “Não vos pertence saber os tempos ou as estações que o Pai estabeleceu pelo seu próprio poder” (At. 1.6,7). Noutras palavras, estas datas não eram da responsabilidade deles.
A atenção dos crentes deve se fixar em Jesus (Hb 12.2,3) e no cumprimento fiel da Grande Comissão (Mt. 24.45,46; 25.21,23; Mc 16.15).
3. A parábola das dez virgens. Quando Mateus qualificou as virgens como néscias e prudentes, ele salientou a atitude de prontificação e espera como qualidade necessária aos genuínos discípulos. Os verdadeiros discípulos esperam a volta de Cristo para qualquer momento, preparados com suas lâmpadas bem acesas.
CONCLUSÃO
Entre as últimas palavras de Jesus estão as da sua volta: “Eis que presto venho!” (Ap 22.7,12). Os zombadores podem dizer: “Onde está a promessa da sua vinda?” (II Pe 3.4). Deve-se lembrar, porém, que Deus não considera o tempo da mesma maneira que o homem: “Um dia para o Senhor é como mil anos, e mil anos, como um dia” (II Pe 3.8). Para o crente, é melhor ocupar-se no Seu serviço, cumprindo as tarefas que Ele nos confia até que Ele volte (Mc 13.33,34; Lc 19.13).
Devemos, pois, estar alerta e vigilantes, cada um em sua própria posição (Mt 24.45-51; Mc 13.32- 37; Lc 21.29-36) aguardando o glorioso dia da volta do Senhor Jesus. Aquele que professa uma religião formal, fria, sem vitalidade e sem fé, mesmo estando arrolado em uma igreja evangélica, poderá ficar aqui para o sofrimento da Grande Tribulação. O essencial para ser arrebatado é estar com Cristo no coração e permanecer fiel (Ap. 2.10).
Elaboração pelo:- Evangelista Isaias Silva de Jesus
Igreja Evangélica Assembléia de Deus Ministério Belém Em Dourados – MS
Lições bíblicas CPAD 2001
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