sábado, 8 de janeiro de 2011

PEDRO, O PREGADOR DO PENTECOSTE

PEDRO, O PREGADOR DO PENTECOSTE

TEXTO ÁUREO = “Pedro, porém, pondo-se em pé com os onze, levantou a sua voz, e disse- lhes: Varões judeus, e todos os que habitais em Jerusalém, seja-vos isto notório, e escutai as minhas palavras” (At 2.14)

VERDADE PRÁTICA = O segredo da permanência do poder pentecostal, que recebemos, é dar plena liberdade ao Espírito Santo, sobre as nossas vidas.

TEXTO BÍBLICO BÁSICO - At 3.14-24

INTRODUÇÃO

Antes de falarmos de Pedro como pregador do Pentecoste, que é o assunto principal desta lição, falaremos um pouco de sua vida, sua conversão e sua experiência com Deus. Sua chamada para o ministério apostólico se deu quando ele estava em plena atividade de sua profissão de pescador (Mt 4.18-22).

Pedro era irmão de André e filho de certo Jonas (Mt 16.17), e natural de Betsaida (Jo 1.44). Era casado (Mt 8.14), não se apartava de sua esposa, nem mesmo em suas viagens missionárias (1 Co 9.5). Seu nome de nascimento era Simão. Quando, porém, Jesus o chamou para se integrar em seu ministério, como um dos seus apóstolos, mudou o seu nome chamando-o de Pedro (Mt 16.18).

Pedro, em grego, significa pedra; e Simão é forma abreviada de Simeão, que significa “famoso”. Os escritores católicos romanos, para defenderem a primazia de Pedro, como papa, dizem que ele residiu em Roma por 25 anos, de 42-67 a.D.
Outros, no entanto, negam essa opinião. Uma terceira versão admite que Pedro esteja algum tempo em Roma e que, nesse período, escreveu suas epístolas. Esta opinião é mais correta.

I. PEDRO BUSCA O PENTECOSTE

Antes do Pentecoste, Pedro participou dos grandes e maravilhosos momentos junto com Jesus. Assistiu à ressurreição do filho de Jairo (Lc 8.51). Participou da reunião da transfiguração (Mt 17); do milagre da moeda tirada da boca do peixe, pescado por ele (Mt 17.27). Teve o privilégio de ter os seus pés lavados por Jesus (Jo 13.6-10). Ouviu a voz de Deus falando com Seu filho Jesus Cristo (Mc 9.2-3). Não obstante, cortou a orelha de Malco (Jo 18.10,11); negou a Cristo, vergonhosamente, diante de uma criada (Mc 14.68).

Assistiu à ascensão do Senhor (At 1.11-13). Após a ressurreição, Jesus ordenou que ele fosse para Galiléia onde se encontraria com ele (Mc 16.7). No entanto ele foi pescar, voltando à profissão antiga, levando também outros companheiros (Jo 21.3).

Para apascentar o Seu rebanho, Jesus exigiu que ele se convertesse (Jo 21.15). Pregou o primeiro sermão para a escolha do substituto de Judas (At 1.15-17).
Foi este homem, cheio de falhas, que se tornou no grande pregador do, pentecoste.

1. Pedro busca o batismo com Espírito Santo. Não é possível ser um bom pregador pentecostal, sem, antes haver recebido o batismo com o Espírito Santo.
Pedro ouviu Jesus, não somente pregar, mas, ensinar, doutrinar, acerca do batismo com o Espírito Santo (Lc 24.49; AT 1.4,5, 8).

Após a ascensão do Senhor Jesus, Pedro e os demais apóstolos foram para o Cenáculo buscar a promessa do Pai (At 1.13,14). Foi um período de dez dias de oração, que começou depois da ascensão (quarenta dias depois da ressurreição (At 1,3), e durou até o dia de Pentecoste (cinqüenta dias depois da ressurreição (At 2.1).

O alvo da oração era receber o batismo com o Espírito Santo, conforme a promessa de Jesus (Lc 24.49). Devemos pedir aquilo que desejamos, com objetividade, assim como os apóstolos e os demais que com eles estavam no Cenáculo. Devemos pedir aquilo que Deus prometeu ou promete.
Elias pediu o que Deus havia prometido (I Rs 18.1,41- 46). Moisés orou quarenta dias, pedindo aquilo que mais desejava, e obteve a resposta (Dt 9.25,26).

2. Pedro recebe a promessa (At 1.13,14; 2.1-4). “Todos foram cheios do Espírito Santo”, inclusive Pedro. Não ficaram ocupados com discussões estéreis, se Jesus realmente batizava ou não, nem expressaram dúvidas sobre se esta bênção era para aquele tempo ou para mais tarde.

Pelo contrário, creram na promessa de Jesus e ficaram orando. Assim resolveram o problema. Por que não fazemos o mesmo nos dias de hoje? Muitos ficam discutindo o assunto, outros ficam querendo ensinar, ou estabelecer regras para se receber o batismo com Espírito Santo. A melhor regra é a que está escrita na Palavra de Deus. É entrar no “cenáculo” e pedir, suplicar, até que seja revestido de poder (At 1.13,14; Lc 24.49).

Muitos, hoje, não são batizados, porque não querem “subir ao cenáculo” uns dizem que querem quando Jesus quiser; outros, ainda, mais pessimistas, dizem: “eu não mereço”. Devemos crer nas promessas do Senhor e fazer conforme Ele ordena: “Pedi, pedi” (Mt 7.8). Você, sendo batizado com o Espírito Santo, terá melhor e maior condição de ensinar, de pregar e de testemunhar acerca do Pentecoste, assim como fez Pedro
(At 2. 14-18).

3. Pedro fala às multidões. Pedro, agora, cheio do Espírito Santo, tinha convicção, ousadia, por isso, “Pondo- se em pé, levantou a sua voz” (At 2.14).
O crente cheio do Espírito Santo não fica sentado, calado e amedrontado, diante dos ouvintes; mas fala com poder e ousadia às multidões.Oito anos depois, Pedro, diante dos irmãos em Jerusalém, defendendo-se das acusações dos legalistas, por ele haver pregado aos gentios, disse: “Quando eu comecei a falar caiu o Espírito Santo, como a nós no princípio”, referindo-se ao dia de Pentecoste (At 11.15), quando ele e os demais foram batizados com o Espírito Santo.
Sejamos pentecostais semelhantes a Pedro.

II. O DISCURSO DE PEDRO NO PENTECOSTE

O batismo com o Espírito Santo, conforme aconteceu no dia de Pentecoste, quando todos os que o receberam davam glória a Deus, falavam línguas e profetizavam, maravilhando o povo (At 2.6,7), é normal nos dias de hoje.
Foi necessário que Pedro se levantasse e explicasse ao povo, o que estava acontecendo naquele dia (At 2.16). Citando as Escrituras ele disse que o batismo com o Espírito Santo está vinculado aos “últimos dias”.

Cremos e ensinamos que esses “últimos dias” se iniciaram com a vinda de Jesus a este mundo (Hb 1.2) e se prolongará até o fim dos séculos, incluindo vários “dias proféticos”, como o dia do Senhor Jesus Cristo “(Fp 1.6; Co 1.8), que é o dia do arrebatamento da Igreja, e o chamado “Dia do Senhor” (I Ts 5.2-4; II Pe 3.10), que será o dia do juízo de Deus sobre os ímpios.

1. “Estes homens não estão embriagados” (2.15). Muitas mentiras, muitas calúnias, têm sido lançadas sobre os evangélicos através dos tempos, especialmente os das Assembléias de Deus, que foram pioneiros do movimento pentecostal neste País. Vemos aí a primeira mentira contra os primitivos pentecostais: “estão cheios de mosto”. Foram chamados de beberrões de vinho!
Quantos irmãos pentecostais têm sofrido com as calúnias, até mesmo daqueles que se dizem crentes em Cristo. A esposa de Davi, a filha de Saul, censurou o seu esposo, quando este estava cheio do Espírito Santo (II Sm 6.14), chamando- ode vadio (II Sm 6.16,20). Precisamos conhecer bem a Palavra de Deus, para responder àqueles que nos acusam.

2. “Não é assim como vós pensais” (2.15). Alguns dizem que Pedro era analfabeto, sem cultura, “sem letras e indouto” (At 4.13). Não é bem assim. Cremos que Pedro, antes de ser apóstolo era homem “sem letras”; mas duvidamos que depois de passar mais de três anos ouvindo e aprendendo aos pés do Mestre dos mestres, Pedro continuasse indouto. Na verdade, Pedro tornou-se um homem de conhecimentos profundos. De outro modo, como um homem sem letras teria tido condições de escrever coisas tão sábias, tão profundas (I Pe 3.19-22; 2Pe 3.15,16). A Igreja e a Escola Dominical precisam de pregadores e mestres pentecostais que vivam, preguem e ensinem sob a inspiração de Espírito Santo; e que usem o nome Pentecostal, não apenas como “bandeira”, mas como realidade, tal como usava o personagem desta lição, o apóstolo Pedro.

III. PEDRO EXPLICA O DERRAMAMENTO DO ESPÍRITO SANTO

Em seu discurso, Pedro explica que esta bênção viria “sobre toda a carne” (At 2.17), isto é, dos que crêem em Jesus. Apesar de ser oferecida a todos, nem todos a recebem, uns porque não crêem, outros porque não buscam, outros, ainda, porque não desejam. Não obstante, a promessa é para todos. Para todas as igrejas, para todos os crentes, para todos “quantos Deus nosso Senhor chamar” (At 2.39). Você foi chamado por Deus? Então creia, o Pentecoste é para você também.

1. A promessa do batismo com o Espírito Santo. “Sobre meus servos e minhas servas” (2.18). Pedro, citando as profecias de Joel, diz que o derramamento do Espírito Santo é sem distinção de classe social, sexo, ou idade. A promessa do derramamento do Espírito é de abrangência universal. É para tantos quantos o Senhor chamar. Não importa que sejam “senhores” ou “servos”, isto é, nobres ou plebeus, sábios ou indoutos, ricos ou pobres, crianças, jovens ou velhos.

Cremos que o batismo com Espírito Santo é uma bênção subseqüente à salvação, diferente do batismo nas águas. O batismo em águas é feito pelo homem em obediência ao mandamento do Senhor Jesus (Mt 28.19,20), e o batismo como Espírito Santo é efetuado pelo Senhor, de conformidade com as Suas promessas (Lc 24.49; At 1.5).

Os apóstolos em Jerusalém enviaram Pedro e João a Samaria, a fim de que orassem pelos que criam no Evangelho, para que estes recebessem o Espírito Santo. Foi por isso que também o apóstolo Paulo perguntou aos novos convertidos de Éfeso, se eles já o haviam recebido (At 19.1- 3). Como a resposta foi negativa, Paulo orou e eles foram batizados como Espírito Santo.

2. A abrangência da promessa. O Pentecoste muda, transforma, levanta, encoraja e aviva. Aquele Pedro, que dias antes, tremera diante de uma criada, negando o seu Mestre, agora, batizado com O Espírito Santo, põe-se de pé e fala com ousadia, dizendo: “Escutai as minhas palavras” (At 2.14); “Isto é o que foi dito pelo profeta Joel” (At 2.16; JL 2.28-32).

Gerações passaram, desde o profeta Joel, sem ver o cumprimento desta profecia. Profetas, reis e sacerdotes foram, em ocasiões especiais, revestidos pelo Espírito Santo (Nm 11.25; Dt 34.9; Jz 6.34; 11.29; 14.6; I Sm 16.13).

Mas nunca, antes, o Espírito foi derramado, como no dia de Pentecoste. O Pentecoste foi o início de uma nova era ou dispensação, ou ministério do Espírito (2 Co 3.8). Pedro se refere a uma época (aos “últimos dias “v. 17),que começou no dia de Pentecoste e só terminará com “O grande dia do Senhor”.

O Pentecoste, portanto, não é apenas um fato histórico e transitório, restrito a uma época, ele é permanente, é receptível, e é “para tantos quantos nosso Senhor chamar” (2.39).

O Pentecoste foi e sempre será acompanhado de milagres e poder sobrenatural da parte de Deus. Pentecoste, sem milagres, sem poder, sem cura divina, sem profecia, sem línguas estranhas, sem mudança de vida, sem confissão e abandono de pecado, sem santidade não é Pentecoste. Sem o Pentecoste a Igreja não teria o poder para evangelizar (At 1.8).

IV. O FRUTO DA MENSAGEM PENTECOSTAL

A mensagem pentecostal é sempre ungida. Compunge os corações e promove perguntas: “Que quer isto dizer?” Promove arrependimento e conversão dos pecadores (2.41). No memorável dia de Pentecoste, três mil almas creram em Jesus e foram batizadas em águas, como resultado da mensagem pentecostal.
Pela manhã, no cenáculo, 120 crentes foram batizados com Espírito Santo.

Ao findar do dia, três mil pessoas haviam sido salvas, batizadas em águas e acrescentadas à Igreja do Senhor. A mensagem pentecostal produz vida, convicção doutrinária, milagres, amor pelas almas e pela igreja, e louvor. Onde há pentecoste, há louvores a Deus. Onde há pentecoste, há salvação de almas, curas divinas e batismo com Espírito Santo (2. 4 1-47). É interessante notar que quando a Lei foi promulgada (Ex 32.28), três mil pessoas foram mortas. Quando a Graça foi anunciada, na unção do Espírito Santo, três mil pessoas foram salvas (At 2.41). Este é o fruto da mensagem pentecostal. Aleluia!


Elaboração pelo:- Evangelista Isaias Silva de Jesus
Igreja Evangélica Assembléia de Deus Ministério Belém Em Dourados – MS
Lições bíblicas CPAD 1988

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