quinta-feira, 14 de junho de 2012

O JUÍZO FINAL

O JUÍZO FINAL

TEXTO ÁUREO =  “Porquanto tem determinado um dia em que com justiça há de julgar o mundo, por meio do varão que destinou; e disso deu certeza a todos, ressuscitando-o dos mortos” (At 1 7.31).

VERDADE PRTICA =  Que ninguém se iluda! O Julgamento Final não é uma hipótese. Ë algo já determinado por Deus, a fim de que a sua justiça seja plenamente notória, reconhecida e exercida em todo o Universo.

LEITURA BÍBLICA EM CLASSE APOCALIPSE 20.11-15

INTRODUÇÃO

Terminada a Segunda Guerra Mundial, os aliados reuniram-se na cidade alemã de Nuremberg, a fim de julgar os líderes nazistas por  haverem estes cometido o mais hediondo crime contra a humanidade. Apesar de vários assessores de Hitler serem punidos com a morte, outros criminosos, igualmente culpáveis, conseguiram fugir ao julgamento, e refugiarem-se em confortáveis anonimatos.

No Julgamento Final, entretanto, ninguém escapará ã justiça divina. Contra esta não há casuísmo nem brechas jurídicas. Os culpados serão, severamente, lançados no lago de fogo, onde serão atormentados pelos séculos dos séculos. Nesta lição, estaremos considerando o Julgamento Final. Veremos por que este será instaurado e como atuará.

O JULGAMENTO FINAL

1. Definição. O Julgamento Final é a sessão judicial que terá lugar na consumação de todas as coisas temporais que, conduzido pelo Todo-Poderoso, retribuirá a cada criatura moral o que esta tiver cometido através do corpo durante a sua vida terrena.

2. No Antigo Testamento. Embora seja o Julgamento Final tratado, implicitamente, do primeiro ao último livro do Antigo Testamento, foi o profeta Daniel que discorreu, de forma mais explícita, acerca deste ato que haverá de realçar a supremacia e a singularidade da justiça divina: “Naquele tempo, livrar-se-á o teu povo, todo aquele que se achar escrito no livro. E muitos dos que dormem no pó da terra ressuscitarão, uns para a vida eterna, e outros para vergonha e desprezo eterno. Os sábios, pois, resplandecerão como o resplendor do firmamento; e os que a muitos ensinam a justiça refulgirão como as estrelas, sempre e eternamente” (Dn 12.1-3).

3. No Novo Testamento. No Sermão Profético, o Senhor deixa bem claro que o Julgamento Final não é uma mera hipótese; é uma realidade: “E, quando o Filho do Homem vier em sua glória, e todos os santos anjos, com ele, então, se assentará no trono da sua glória; e todas as nações serão reunidas diante dele, e apartará uns dos outros, como o pastor aparta dos bodes as ovelhas” (Mt 25.31-41).
Paulo, Pedro e João tratam do Julgamento Final como algo integrante do plano redentivo de Deus. Na presente era, o Todo-Poderoso, através de seu Pilho, oferece gratuitamente a salvação a todos os que crêem, mas, na vindoura, haverá de condenar a quantos rejeitaram o Senhor Jesus e a graciosa salvação que ele consumou na cruz (2 Tm 4.1; 1 Pe 4.5; Ap 20.4).

4. Nosso Credo. O Credo das Assembléias de Deus no Brasil afirma de forma bem clara e irrespondível: “Cremos no Juízo Vindouro que justificará os fiéis e condenará os infiéis”.

OBJETIVOS DO JULGAMENTO FINAL

Tem o Julgamento Final vários objetivos conforme revelam-nos as Sagradas Escrituras:

1. Mostrar que a justiça de Deus deve ser observada e acatada por todos. Quando intercedia por Sodoma e Gomorra, indaga Abraão do Senhor: “Não faria justiça o Juiz de toda a terra?” (Gn 18.25). Esta mesma pergunta é feita ainda hoje por milhões de seres humanos inconformados com a situação a que este mundo chegou. No Julgamento Final, contudo, mostrará Deus que a sua justiça haverá de prevalecer de forma absoluta tanto sobre os vivos como sobre os que já tiverem morrido. Nosso Deus não compactua com a impunidade.

2. Punir os que rejeitaram a Cristo Jesus e sua tão grande salvação. Os que aceitam a Cristo Jesus são automaticamente justificados pela fé diante de Deus. Todavia, aqueles que rejeitam a sua justiça, hão de ser lançados no lago de fogo (Ap 20.15; Mt 25.41). Jamais entraremos nos céus fiados em nossa justiça que, aos olhos de Deus, não passa de trapos de imundície (Is 64.6).

3. Destruir a personificação do mal. Afirma Paulo aos irmãos de Corinto que iremos julgar os anjos: “Não sabeis vós que havemos de julgar os anjos? Quanto mais as coisas pertencentes a esta vida?” (1 Co 6.3).

O apóstolo refere-se, logicamente, aos anjos que acompanharam o ungido querubim em sua estúpida rebelião contra Deus; aos tais reservou o Senhor o lago de fogo (Mt 25.41). E, assim, estará sendo destruída, de uma vez por todas, a personificação do mal. Aliás, o Diabo há de ser lançado no eterno tormento antes mesmo da instauração do Julgamento Final (Ap 20.10-12).

OS FUNDAMENTOS DO JULGAMENTO FINAL

Se os talhos e imperfeitos julgamentos humanos têm os seus fundamentos, o que não diremos do Julgamento Final que será efetuado pelo justíssimo Deus. Vejamos, pois, em que consistem os fundamentos do Julgamento Final.

1. A natureza justa e santa de Deus. Em sua primeira carta, João oferece-nos uma das mais belas definições essenciais do Todo- Poderoso: “Deus é amor” (1 Jo 4.8). Contudo, não podemos esquecer- nos de que Deus possui uma natureza santa e justa. Todas as vezes que a sua santidade é ferida, sua justiça reclama, de imediato, uma reparação.  Por conseguinte, estes dois atributos de Deus: a justiça e a santidade acham-se a fundamentar o Julgamento Final. Neste, todos os que porfiaram em menosprezar a santidade de Deus terão de se haver ante a sua justiça (Rm 2.5-10).

2. A Palavra de Deus. Além da natureza santa e justa de Deus, o Julgamento Final terá como fundamento a Palavra de Deus. Os que hoje a desprezam, serão por ela julgados conforme realçou o Senhor Jesus Cristo: “Quem me rejeitar a mim e não receber as minhas palavras já tem quem o julgue; a palavra que tenho pregado, essa o há de julgar no último Dia” (Jo 12.48).

3. A consciência das criaturas morais. Os impenitentes também serão julgados por sua própria consciência que, embora falha, não deixa de ser um dos fundamentos do Julgamento final: “Os quais mostram a obra da lei escrita no seu coração, testificando juntamente a sua consciência e os seus pensamentos, quer acusando-os, quer defendendo-os” (Rm 2.15). A lei moral divina acha-se gravada na consciência de todo o ser humano. É um dos “livros” a ser aberto no dia do juízo (Ap 20.12).

COMO SE DARÁ O JULGAMENTO FINAL

O Julgamento Final terá início logo após o Milênio. O Apocalipse mostra que, terminados os mil anos, Satanás será temporariamente solto, e sairá a seduzir as nações, buscando induzi-las a se revoltarem contra o Cristo de Deus. Mas eis que sairá fogo do céu, e destruirá por completo os que se houverem levantado contra o Senhor (Ap 20.7-10).

Em seguida, terá início o Julgamento Final, que o Livro de Apocalipse descreve de forma vívida: “E vi um grande trono branco e o que estava assentado sobre ele, de cuja presença fugiu a terra e o céu, e não se achou lugar para eles. E vi os mortos, grandes e pequenos, que estavam diante do trono, e abriram-se os livros.

E abriu-se outro livro, que é o da vida. E os mortos foram julgados pelas coisas que estavam escritas nos livros, segundo as suas obras. E deu o mar os mortos que nele havia; e a morte e o inferno deram os mortos que neles havia; e foram julgados cada um segundo as suas obras. E a morte e o inferno foram lançados no lago de fogo. Esta é a segunda morte. E aquele que não foi achado escrito no livro da vida foi lançado no lago de fogo (Ap 20.11-15).

O JULGAMENTO DO CRENTE

2 Co 5.10 “Porque todos devemos comparecer ante tribunal de Cristo, para que cada um receba segundo o que tiver feito por meio do corpo, ou bem ou mal.” A Bíblia ensina que os crentes terão, um dia, de prestar contas “ante o tribunal de Cristo”, de todos os seus atos praticados por meio do corpo, sejam bons ou maus. No tocante a esse julgamento do crente, segue-se o estudo de alguns de seus pontos.

(1) Todos os crentes serão julgados; não haverá exceção (Rm 14.10,12; =  1 Co 3.12-15; = 2 Co 5.10; ver Ec 12.14 nota).

(2) Esse julgamento ocorrerá quando Cristo vier buscar a sua igreja (ver J0 14.3 nota; cf. 1 Ts 4.14-17).

(3) O juiz desse julgamento é Cristo (Jo 5.22, cf. “todo o juízo”; 2 Tm 4.8, cf. “Juiz”).

(4) A Bíblia fala do julgamento do crente como algo sério e solene, mormente porque inclui para este a possibilidade de dano ou perda (1 Co 3.15; cf. 2 Jo 8);

de ficar envergonhado diante dEle “na sua vinda” (1 J0 2.28), e de queimar-se o trabalho de toda sua vida (1 Co 3.13-15).

Esse julgamento, não é para sua salvação, ou condenação. E um julgamento de obras.

(5) Tudo será conhecido. A palavra “comparecer” (gr. phaneroo, 5.10) significa “tornar conhecido aberta ou publicamente”. Deus examinará e revelará abertamente, na sua exata realidade,

(a) nossos atos secretos (Mc 4.22; Rm 2.16),
(b) nosso caráter (Rm 2.5-11),
(c) nossas palavras (Mt 12.36,37),
(d) nossas boas obras (Ef 6.8),
(e) nossas atitudes (Mt 5.22),
(f) nossos motivos (1 Co 4.5),
(g) nossa falta de amor (Cl 3.23—4.1) e
(h) nosso trabalho e ministério (1 Co 3.13).
(6) Em suma, o crente terá que prestar contas da sua fidelidade ou infidelidade a Deus (Mt 25.21,23; 1 Co 4.2-5)

E das suas práticas e ações, tendo em vista a graça, a oportunidade e o conhecimento que recebeu (Lc 12.48; Jo 5.24; Rm 8.1).

(7) As más ações do crente, quando ele se arrepende, são perdoadas no que diz respeito ao castigo eterno (Rm 8.1),

Mas são levadas em conta quanto à sua recompensa: “Mas quem fizer agravo receberá o agravo que fizer” (Cl 3.25; cf. Ec 12.14; = 1 Co 3.15;  2 Co 5.10).

As boas ações e o amor do crente são lembrados por Deus e por Ele recompensados (Hb 6.10):

“cada um receberá do Senhor todo o bem que fizer” (Ef 6.8).

(8) Os resultados específicos do julgamento do crente serão vários, como obtenção ou a perda de alegria (1 J0 2.28),
Aprovação divina (Mt 25.21),
Tarefas e autoridade (Mt 25.14-30),
Posição (Mt 5.19; 19.30),
Recompensa (1 Co 3.12-14; Fp 3.14; 2 Tm 4.8)
E honra (Rm 2.10; cf. 1 Pe 1.7).

(9) A perspectiva de um iminente julgamento do crente deve aperfeiçoar neste o temor do Senhor (5.11; Fp 2.12; 1 Pe 1.17),

E levá-lo a ser sóbrio, a vigiar e a orar (1 Pe 4.5,7),

A viver em santa conduta e piedade (2 Pe 3.11)

E a demonstrar misericórdia e bondade a todos (Mt 5.7; cf. 2 Tm 1.16-18).

CONCLUSÃO

Hoje, através de Cristo Jesus, somos justificados por Deus. A partir do momento em que, pela fé, recebemos a Jesus como o nosso único e suficiente Salvador, passamos a ser vistos por Deus como se jamais tivéssemos cometido qualquer pecado; passamos a ser vistos como santos. Se você ainda não recebeu a Jesus, faça-o agora mesmo! Somente Ele pode justificar-nos.

Querido Jesus, agradecemos-te, porque morreste na cruz, para que fôssemos plenamente justificados. E, agora, com base no teu precioso sangue, nenhuma condenação pesa sobre nós. Como a tua graça é maravilhosa! Tu nos livraste da ira vindoura.


Elaboração pelo:- Evangelista Isaias Silva de Jesus
Igreja Evangélica Assembléia de Deus Ministério Belém Em Dourados – MS

BIBLIOGRAFIA

Bíblia de Estudo Pentecostal

Lições bíblicas CPAD 2004

ALGUNS ESTUDOS PARA COMPREMENTO

O JUÍZO FINAL = Mt 25.41

A certeza do juízo final é o contexto da mensagem da graça salvifica do Novo Testamento. Paulo, não menos do que Jesus, sublinha essa certeza. Segundo Paulo, Jesus nos salva da “ira vindoura” (lTs 1.10) no “dia da ira e da revelação do justo juízo de Deus”(Rm 2.5;cf. Jo3.36; Rm 5.9; Ff5.6; Cl3.6;Ap6.17; 19.15).

Por toda parte, nas Escrituras, a”indignação”e a “fúria” de Deus são judiciais; essas palavras apontam para o santo Criador como ativo Juiz do pecado. A mensagem do juízo vindouro para toda a humanidade  com Jesus completando a obra do seu Reino mediador atuando como Juiz em nome do Pai está presente em todo o Novo Testamento (Mt 13.40-43; 25.41-46; Jo 5.22-30; At 10.42; 2Co 5.10; 2Tm 4.1; Hb 9.27; 10.25-31; 12-23; 2Pe 3.7; .Jd 6-7; Ap 20.11-15).

Quando Cristo voltar e a história for completada, todas as pessoas de todos os tempos ressurgirão para o julgamento e tomarão seu lugar diante do trono de Cristo. Esse acontecimento supera a imaginação, mas a imaginação humana não é a medida daquilo que Deus fará. No juízo, cada pessoa prestará conta individual diante de Deus, e Deus, através de Cristo, “retribuirá a cada um segundo o seu procedimento” (Fim 26; cf. SI 62.12; Mt 16.27; 2Co 5.10; Ap 22.12).

Os regenerados que, como servos de Cristo, aprenderam a amar a justiça e desejam a glória dos céus, serão reconhecidos e, à base do mérito de Cristo em seu favor, serão recompensados com a justiça que buscam Os demais seguirão o destino apropriado ao modo impio de vida que escolheram um lugar para o qual irão com base no seu próprio demérito (Fim 2.6-1 1). O quanto conheceram da vontade de Deus determinará a severidade de sua condenação (Mt 11.20-24; Lc 11.42-48: Fim 2.12).

O juízo final demonstrará a perfeita justiça de Deus. Num mundo de pecadores, onde Deus “permitiu que todos os povos andassem nos seus próprios caminhos” (At 14.16), o mal grassa livremente, e as dúvidas surgem a respeito de como Deus, se é soberano, pode ser justo ou, se é justo, como pode ser soberano. Mas Deus será glorificado ao aplicar justo juízo, e o juízo final dará resposta às suspeitas de que ele deixou de se importar com a justiça (SI 50.16-21; Ap6.10; 16.5-7; 19.1-5).

Para aqueles que professam pertencer a Cristo, o exame de suas palavras e obras ( Mt 12.36-37) mostrará se sua profissão de fé é fruto de um coração bom e honesto (Mt 12.33-35) ou se é falai hipocrisia (Mt 7.21-23). Tudo será desmascarado no Dia do Juízo (I Co 4.5), e cada pessoa receberá de Deus, eqüitativamente, aquilo que lhe pertence.

Aqueles cuja professada não se expressou numa nova vida marcada pelo ódio ao pecado e amor à justiça — estarão perdidos (Mt 18.23-35; Mt 25.34-46; Tg 2.1 4-26). Contudo, Deus anunciou o Dia do Juízo em tempo hábil, ordenando e cada um que se arrependa e ame a vida ao invés da morte (Dt 30.19; Lc 13.24).

Fonte:- Bíblia de Estudo Genebra

APOCALIPSE CAPÍTULO 20

Versículos 1-3: Satanás é amarrado por mil anos; 4-6: A primeira ressurreição; benditos os que tiverem parte nela; 7-10: Satanás é solto: Gogue e Magogue; 11-15: A última e geral ressurreição.

Vv. 1-3. Aqui há uma visão que mostra, figuradamente as limitações colocadas ao próprio Satanás. Cristo, com poder onipotente, impedirá que o Diabo engane a humanidade como tem feito até agora. Não faltam a Ele poder, nem instrumentos para exterminar o poder de Satanás. Cristo o prende com seu poder e o sela por sua autoridade. A Igreja terá um tempo de paz e prosperidade, mas ainda não terão terminado todas as suas provas.

Vv. 4-6. Aqui há um relato do reino dos santos durante o tempo que Satanás estiver amarrado. Os que sofrem com Cristo, reinarão com Ele em seu reino espiritual e celestial, em conformidade com Ele em sua sabedoria, justiça e santidade: isto é chamado de primeira ressurreição, com a qual somente serão favorecidos aqueles que servem a Cristo e sofrem por Ele. É declarada a felicidade destes servos de Cristo. Ninguém pode ser abençoado senão os que são santos, e todos os que são santos serão abençoados. Sabemos algo do que é a primeira morte, e é muito espantosa, mas não sabemos o que é a segunda. Deve ser muito mais terrível: é como se fosse a morte da alma, a eterna separação de Deus. Que nunca saibamos o que é. Aqueles que têm sido feitos participantes da ressurreição espiritual, serão salvos do poder da segunda morte.

Podemos esperar que mil anos se passem após a destruição do Anticristo, das potências idólatras e dos perseguidores, durante os quais o cristianismo puro de doutrina, adoração e santidade será dado a conhecer em toda a terra. Pela obra poderosa do Espírito Santo, os homens caídos serão criados de novo; e a fé e a santidade prevalecerão tão certamente quanto agora a incredulidade e a impiedade dominam. Podemos com facilidade notar que cessará toda sorte de dores, enfermidades e outras terríveis calamidades, como se todos os homens fossem cristãos verdadeiros e coerentes. Todos os males das contendas públicas e particulares terminarão, e a felicidade de todas as classes se generalizará.
Todo homem procurará aliviar o sofrimento, em lugar de adicionar sofrimentos a quem os rodeia. O nosso dever é orar pelos dias gloriosos prometidos, e fazer tudo o que em nossos postos públicos ou privados possam servir como preparação para eles.

Vv. 7-10. Enquanto este mundo durar, o poder de Satanás não será totalmente destruído, mas será limitado e diminuído. Quando Satanás for novamente solto, começará a enganar as nações e incitá-las a pelejarem contra os santos servos de Deus. Bom seria que os servos e os ministros de Cristo fossem ativos e perseverantes em fazer o bem, como os seus inimigos são para fazer o mal. Deus pelejará esta última batalha decisiva por seu povo, para que a vitória seja completa e a glória seja para Ele.

Vv. 11-15. Depois dos fatos recém anunciados, rapidamente virá o fim e nada mais é mencionado antes da aparição de Cristo para julgar o mundo. Este será o grande dia: o juiz, o Senhor Jesus Cristo, vestido de majestade e terror. As pessoas que serão julgadas são os mortos, pequenos e grandes, jovens e velhos; altos e baixos; ricos e pobres.  Ninguém é tão vil que não tenha talentos dos quais deverá prestar contas; e ninguém é tão grande que possa se livrar da prestação de contas; não somente os que estiverem vivos quando Cristo vier, mas todos os mortos também.

Há um livro de memórias para o bem e para o mal; o livro da consciência dos pecadores, mesmo que antes secreto, então será aberto. Cada homem recordará todos os seus atos passados, ainda que muitos os tenham esquecido há muito tempo. Outro livro será aberto, o livro das Escrituras, a regra de vida; representa o conhecimento do Senhor sobre o seu povo e suas declarações de arrependimento, a fé e as boas obras deles, mostrando as bênçãos do novo pacto. Os homens serão justificados ou condenados por suas obras; Ele provará seus princípios por suas práticas.

Os justificados e absolvidos pelo Evangelho serão justificados e absolvidos pelo Juiz, e entrarão para o gozo da vida eterna, não tendo mais que temer a morte, o inferno ou aos homens maus, porque todos eles serão destruídos juntamente. Esta é a segunda morte, a separação final entre os pecadores e Deus. Que o nosso grande desejo seja observar se as nossas Bíblias nos justificam ou nos condenam agora; Cristo julgará os segredos de todos os homens conforme o Evangelho. Quem habitará com as chamas devoradoras?


Fonte:- Comentário Bíblico Mathew Henry 
                                                                               

SOBRE O JUIZO VINDOURO

Cremos no juízo vindouro que recompensará os fiéis e condenará os infleis (Ap 20.11-15).

Á segunda vinda de Jesus, na sua segunda fase, também resultará no grande julgamento final. Para muitos, essa é uma das perspectivas mais assustadoras com respeito ao futuro. Mas, enquanto os ímpios entram em perplexidade por causa da esmagadora realidade do Juízo Final, os cristãos fiéis, ao contrário, aguardam o fato com alegria e efusivo júbilo.

Os objetivos do Juízo Final

Ao estudarmos sobre o Juízo Final na Bíblia Sagrada, devemos ter em mente que seu objetivo não é verificar nossa condição ou estado espiritual, pois Deus já o conhece. Antes, seu objetivo é manifestar publicamente a nossa condição.

Interpretações

Alguns interpretam o Juízo Final de forma cíclica, como se os eventos que ocorrem dentro da história fossem, na realidade, um julgamento sobre o mundo. É de Friedrich Schelling a idéia de que a história do mundo é o julgamento do mundo.
Contra essa opinião, a Bíblia tem a dizer o seguinte:

O Juízo Final é um evento definido que ocorrerá no futuro. Jesus aludiu a ele em Mateus 11.24: “Porém eu vos digo que haverá menos rigor para os de Sodoma, no Dia do Juízo, do que para ti”.

As Escrituras especificam que o julgamento ocorrerá após a segunda vinda de Cristo. Jesus disse: “Porque o Filho do homem virá na glória de seu Pai, com os seus anjos; e, então, dará a cada um segundo as suas obras” (Mt 16.2 7). Essa idéia também é encontrada em Mateus 13.37-43, 24.29-35, 25.31-46 e 1 Coríntios 4.5.

Quando ocorrerá o Juízo Final

De acordo com a Palavra de Deus, o juízo do trono branco (Ap 20.11,12) acontecerá no “fim” (1 Co 15.24), após o Milênio, quando a última revolta de Satanás tiver sido esmagada (Ap 20.10,11).

Deus é juiz (Rm 2.16) mas deu ao Filho o direito de julgar (Jo 5.22,2 7; At 10.42). Jesus, que esteve na terra, enviado por Deus como Salvador e com autoridade para perdoar pecados, agora aparece no Apocalipse como Juiz para julgar (1 Pe 4.5). No julgamento final, a Igreja glorificada terá a sua participação (1 Co 6.2,3).
Haverá ressurreição dos mortos (Jo 5.28,29). Essa ressurreição é distinta daquela que se dará no dia do arrebatamento (1 Ts 4.16), pois se trata da ressurreição de todos os mortos, desde Adão.

Quem comparecerá diante do trono branco

Todos os que morreram, do princípio da criação até o fim do Milênio, ressuscitarão naquele dia e comparecerão diante do trono branco (Ap 20.11,15) para serem julgados.

O Juiz do trono branco

Embora se fale em Deus como o Juiz (Hb 12.23), fica evidente, por algumas referências, que Ele delegará essa autoridade ao Filho. Jesus mesmo disse: “O Pai a ninguém julga, mas deu ao Filho todo o juízo. E deu-lhe o poder de exercer juízo, porque é o Filho do Homem” (Jo 5.22,27; cf. At 10.42). Paulo afirma que Cristo julgará os vivos e os mortos: “Conjuro-te, pois, diante de Deus e do Senhor Jesus Cristo, que há de julgar os vivos e os mortos, na sua vinda e no seu Reino” (2 Tm 4.1).

Conquanto não saibamos os detalhes, há referências claras na Bíblia de que a Igreja tomará parte do julgamento final. Em Mateus 19.28 e Lucas 22.28-30, Jesus dá a entender que os discípulos julgarão as 12 tribos de Israel. Também lemos que os crentes se assentarão em tronos e julgarão o mundo (1 Co 6.2,3; Ap 3.2 1; 20.4).

Todos os anjos malignos serão julgados

Assim como todos os ímpios serão julgados (Mt 25.32; 2 Co 5.10; Hb 9.27), todos os anjos malignos serão julgados nessa ocasião. Pedro escreve que “Porque, se Deus não perdoou aos anjos que pecaram, mas, havendo-os lançado no inferno, os entregou às cadeias da escuridão, ficando reservados para o Juízo” (2 Pe 2.4). Judas 6 traz uma declaração quase idêntica. Os anjos bons, por outro lado, participarão do julgamento, tendo a responsabilidade de reunir todos os que serão julgados (Mt 13.41; 24.3 1).


O julgamento do trono branco é irreversível

Uma vez concluído, o julgamento será permanente e irrevogável. Os justos e os ímpios serão enviados para as suas respectivas habitações, que serão definitivas.
Não há indício de que o veredicto possa ser mudado. Ao concluir seu ensino sobre o julgamento final, Jesus disse que os que estiverem à sua esquerda irão “para o tormento [castigo] eterno”, mas os justos ingressarão na “vida eterna” (Mt 25.46).


Fonte Livro:- Manual de Doutrina das Assembléia Deus

Por;- Ev. Isaias Silva de Jesus


Nenhum comentário:

Postar um comentário