quinta-feira, 24 de maio de 2012

LAODICÉIA UMA IGREJA MORNA


LAODICÉIA UMA IGREJA MORNA

TEXTO ÁUREO = “Sede fervorosos no Espírito servindo ao Senhor (Rm 12: 11)

VERDADE PRÁTICA = Viver em continua renovação e guardar-se do grande perigo da mornidão.

TEXTO BÍBLICO = Ap 3.14-22

INTRODUÇÃO

O vale de Lico, na Ásia Menor, tinha três cidades principais: Colossos, conhecida por suas fontes de água fria, Hierápolis, conhecida por suas fontes de águas termais, e Laodicéia, conhecida por sua igreja morna, que causou enjôo no seu Senhor, Jesus Cristo.

Andando no meio dos castiçais (Ap 1.13), Jesus observou que o estado espiritual da igreja em Laodicéia, não era satisfatório. Uma das primeiras atitudes do médico ao examinar um paciente, é medir a temperatura do seu corpo. Jesus constatou que a temperatura espiritual dos crentes ali estava muito baixa. Estudaremos nesta lição a respeito das conseqüências deste estado e a receita que Jesus prescreveu para combater esta situação.

UMA IGREJA NASCIDA SOB O FOGO DO ESPÍRITO

1. Corações ardentes. Quando os crentes em Laodicéia encontraram-se com Deus, o fogo se acendeu em seus corações (2 Sm 22.13). Toda a Trindade se manifesta em fogo, isto é, Deus Pai (Hb 12.29), Deus Filho (Ap 1.14,15) e Deus Espírito Santo (At 2.3,4). E todo aquele que aceita o convite divino, experimenta a salvação ardendo na sua alma como tocha acesa (Is .62.1), queimando o pecado e fazendo o crente brilhar da glória de Deus (Mt 5.14-16). Quando Jesus batiza no Espírito Santo, esta bên9ão tão gloriosa faz com que o fogo divino se manifeste ainda com mais poder na vida cristã (2 Co 3.17,18);

2. Deus ordena: “Sede fervorosos” (Rm 12.11). Enquanto o fogo de Deus estiver aceso na vida do crente, são resolvidos os principais problemas que surgem na sua vida espiritual. A operação do Espírito Santo é a causa principal de toda a obra de Deus aqui na terra; por isto a ordem divina: “ENCHEI- VOS DO ESPÍRITO (Ef 5.18), continua com sua atualidade sempre inalterada.

POR FALTA DE CUIDADO, O FOGO SE APAGA

Foi isto que aconteceu na igreja em Laodicéia. Faltou-lhe zelo. Por isto Jesus disse: “Sê pois zeloso” (Ap 319). A Bíblia diz: “Não sejais vagarosos no cuidado: sede fervorosos.” (Rm 12.11). Todo cuidado é pouco!

1. Quando o fogo se apaga. Quando o fogo se apaga, aparece a mornidão, assim como a fumaça aparece quando o fogo se extingue. A Bíblia diz que a fumaça é uma característica do preguiçoso (Pv 10.26), E muito triste quando um crente, criado em meio a labaredas de fogo, começa a se conformar com a fumaça. “O preguiçoso não assará a sua caça” (Pv 12.27).

Por quê? Porque lhe falta fogo. “Sem lenha o fogo, se apagará” (Pv 26.20; Lv 6.12). Quando uma igreja começa a ficar morna, não tem mais interesse pelo resultado do seu trabalho.

2. Nem quente, nem frio. Quando o quente se mistura com o frio, aparece a mornidão, é por isto mesmo que um crente espiritual não quer misturar-se com o mundo. Ele não deseja “servir a dois senhores” (Mt 6.24) e “ter o coração dividido” (Os 10.2), nem “coxear entre dois pensamentos” (.1 Rs 18.21), pois são atitudes que expressam a existência de mornidão. Igreja nenhuma poderá jamais, pela sua própria força, manter o mundo do lado de fora. A única solução é a operação do fogo do Espírito Santo na igreja, porque o fogo combate a carne (GI 5.16,17) e queima o pecado. Aleluia!

OS RESULTADOS DA MORNIDÃO NA VIDA DO CRENTE

1. Perda de qualidade no trabalho para Deus. Depois que o fogo do Espírito se apaga na vida do crente, torna-se-lhe impossível realizar o mesmo trabalho que fazia quando o fogo estava aceso. Isto é uma coisa clara. Por exemplo: um cozinheiro não terá condições de preparar comida se não houver fogo no fogão. Ë, portanto, realmente um prejuízo incalculável, em todos os sentidos, quando um crente perde o fogo espiritual. Pense, por exemplo: há diferença entre o “crente espiritual” que ora no Espírito (Jd v.20; Ef 6.18) e a oração do “crente morno”. Da mesma forma existe uma grande diferença entre o serviço no Espírito (Fp 3.3) e aquele realizado por um crente que vive em mornidão,

2. Perda da capacidade de avaliar a si mesmo. A Bíblia diz: “Examine-se o homem a si mesmo” (1 Co 11.28; 2 Co 13,5). Um crente fervoroso é sensível e o Espírito Santo testifica no seu coração (Rm 8.16; 9.1). Quando, porém, a igreja em Laodicéia “desceu” para o estado de mornidão, perdeu as condições de se examinar a si mesma. Os crentes diziam: “Rico sou, e estou enriquecido” (A15 3.17). Eles viviam se animando com as vitórias do passado e com o fato de terem pertencido a uma igreja abençoada. Diziam também: “De nada tenho falta” (Ap 3.17). Não viam mais necessidade de renovação e de um encontro com Jesus. A mornidão é como anestesia, tira a sensibilidade do crente. Que Deus nos guarde!

COMO JESUS VIA A IGREJA EM LAODICÉIA

A opinião de Jesus sobre a igreja em Laodicéia era completamente diferente de tudo quanto ela havia pensado de si mesma. Como importa o ouvir a voz de Jesus para que não aconteça de alguém enganar-se a si mesmo! (1 Jo 1.8; Tg 1.26). De que maneira Jesus via a igreja em Laodicéia? Ele disse:
1. “Tu és pobre” (Ap 3.17). A igreja havia perdido as riquezas da glória (Ef 1.18) e da graça (Ef 2.7), recebidos pela salvação (Rm 10.12), ocasião em que foram enriquecidos espiritualmente (1 Co 1.5; 2 Co 9.11). A mornidão transforma o crente num pobre, miserável.

2. Tu és nu (Ap 3.17). A mornidão afasta o homem da comunhão com Jesus. Fica, assim, dependendo da sua própria justiça, que jamais dá condições de se apresentar a Deus (Is 64.6; Zc 3.3,4).

3. “Tu és cego” (Ap 3.17). A mornidão faz aparecer “catarata” ou escamas nos olhos do crente, que, assim, perde sua visão espiritual. Por isto a igreja em Laodicéia não conseguia ver a sua própria situação caótica.

4. “Vomitar-te-ei da minha boca” (Ap 3.17). A palavra parece muito dura, porém tem o mesmo sentido da que foi proferida em outra ocasião, conforme 2 Crônicas 15.2: “O Senhor está convosco, enquanto vós estais com ele, e, se o buscardes, o achareis; porém, se o deixardes, vos deixará”. Mornidão é realmente um grande prejuízo espiritual para a igreja.

A PROVISÃO RESTAURADORA DO SENHOR

O Senhor estendeu a sua mão de ajuda à igreja em Laodicéia, quando lhe disse:

1. “Aconselho-te que de mim compres...” (Ap 3.18). Esta expressão parece contradizer a palavra que diz: “Tome de graça” (Ap 22.17; Is 55.1). Já que a Bíblia diz que Deus nos dá tudo gratuitamente (1 Co 2.12), o que, então, devemos pagar? Este “pagamento” se refere à renúncia de nós mesmos (Mt 16.24), e de tudo, inclusive qualquer forma de impiedade (Tt 2.11) que nos impede de receber de graça aquilo que Deus nos oferece (Lc 14.33). Que é que devemos “comprar” de Jesus, isto é, receber de graça, através da renúncia das coisas que não agradam a Deus?

a. Ouro refinado no fogo. Aqui fala das coisas divinas (Jó 22.25; 38.22) que a igreja durante o seu estado de mornidão, havia perdido.

b. Vestes brancas. Trata-se de uma nova purificação das vestes que foram manchadas (Zc 3.1-4; Ap 2 2.14).

c. Colírio. Jesus oferece aqui um excelente remédio para ungir os olhos a fim de que a cegueira causa- da pela mornidão fosse curada, voltando a visão espiritual. Aleluia!

2. “Eis que estou à porta, e bato” (Ap 3.20). Esta é uma das mais lindas expressões da Bíblia. Jesus revela que, embora a mornidão o houvesse obrigado a se afastar da igreja em Laodicéia, Ele, contudo, ainda estava batendo (Ap 3.20), querendo que tudo voltasse a ser como antes. Jesus acrescenta: “Se alguém ouvir a minha voz, e abrir a porta, entrarei em sua casa, e com ele cearei, e ele comigo” (Ap 3.20).
Jesus é amor! (1 Jo 4.7,16). Ele é misericordioso (Hb 2.17; Tg 5.11).

3. Tudo é concluído com o pedido geral de atenção (v. 22), colocando na mente de todos as quem essas cartas são dirigidas que o que elas contêm não é de interpretação particular, não tem a intenção de ser instrução, censura e correção dessas igrejas em particular somente, mas de todas as igrejas de Cristo em todas as épocas e partes do mundo; e como vai haver uma semelhança em todas as igrejas sucessoras destas, tanto na sua beleza quanto nos seus pecados, assim elas podem esperar que Deus vai tratar delas da forma em que tratou destas aqui, que são padrão do que igrejas fiéis e frutíferas podem esperar de Deus, e o que as que são infiéis podem esperar sofrer de suas mãos; sim, que a forma de Deus tratar as suas igrejas possa prover instrução útil ao restante do mundo, para que se ponham a refletir: “Porque já é tempo que comece o julgamento pela casa de Deus; e, se primeiro começa por nós, qual será o fim daqueles que são desobedientes ao evangelho de Deus?” (1 Pe 4.17).

4. “...Quem tem ouvidos, ouça”. (O final). Pela última vez, no Apocalipse, temos, juntas, estas onze palavras: “Quem tem ouvidos, ouça o que o Espírito diz às igrejas”. “O ouvir dos meus ouvidos... é ouvir em meditação a voz de Deus. (Cf. Jó 42. 5 e Sl 85. 8)”. Por cuja razão, nosso Senhor diz: “Vede pois como ouvis...” (Lc 8. 18a).

5. “As igrejas. A palavra “igreja” (gr. ekklesia) nasceu pela primeira vez dos lábios de nosso Senhor Jesus Cristo (Mt 16. 18 e 18. 17, duas vezes). Nesse sentido ocorre por 119 vezes no Novo Testamento (só três vezes nos Evangelhos: Mt 16. 18 e 18. 17). Nessas 119 vezes em que o termo aparece, 109 vezes, surge no texto bíblico como igreja local, e encontramos cerca de 10 vezes no Novo Testamento a palavra Igreja com o sentido Universal. “Nestes primeiros capítulos (isto é, 1, 2 e 3) do Apocalipse encontramos a palavra “igreja” (singular) ou “igrejas” (plural) 19 vezes (cf. 1. 11, 20; 2. 1, 7, 8, 11, 12, 17, 18, 23, 29; 3. 1, 6, 7, 13, 14, 22, etc), mas agora, no presente versículo, ela desaparece, e só reaparecerá, no capítulo 22. 16. Durante o tempo da Grande Tribulação, a Igreja não estará na terra e, sim, com Cristo na recâmara celestial (cf. Ct 2. 17; Ap 3. 10).
Conclusão
Na carta à igreja em Laodicéia, Jesus não citou nenhuma doutrina errada e nenhum pecado de imoralidade. Ele não condenou a igreja por práticas idólatras. Esta igreja, que se achava rica e forte, foi criticada por seu orgulho e auto-suficiência. Exaltou-se, ao invés de se humilhar diante do Senhor dos senhores.
Elaboração pelo:- Evangelista Isaias Silva de Jesus
Igreja Evangélica Assembléia de Deus Ministério Belém Em Dourados – MS

BIBLIOGRAFIA

www.estudosdabiblia.net

Lições bíblicas CPAD 1989

Livro:- Apocalipse versículo por versículo – Severino Pedro da Silva

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