O MINISTÉRIO DO ESPÍRITO SANTO
TEXTO ÁUREO = “Porque a lei do Espírito de vida, em Cristo Jesus, me livrou da lei do pecado e da morte” (Rm 8.2)
VERDADE PRÁTICA = Através do Espírito Santo, a Igreja de Cristo firma-se, diar1te do mundo, como a agência por excelência do Reino de Deus.
LEITURA BÍBLICA EM CLASSE - II CORÍNTIOS 3.4-11; 4.1
INTRODUÇÃO
Aos irmãos coríntios, o apóstolo Paulo realça agora a sublimidade do ministério do Espírito Santo. Doravante, haveria eles de reconhecer que a excelência do que até então haviam conseguido não se achava neles, e, sim, no Consolador que o Pai, de forma tão dadivosa, lhes havia concedido. Estudemos, pois, o ministério do Espírito Santo, tendo sempre em mente esta verdade: o Senhor Jesus não nos deixou só; Ele enviou-nos o Espírito da Verdade.
I. O QUE É O MINISTÉRIO DO ESPÍRITO SANTO
O ministério do Espírito Santo é a atuação direta da Terceira Pessoa da Santíssima Trindade na vida da Igreja, guiando, consolando e orientando os fiéis no cumprimento das ordens que o Senhor Jesus nos deixou. Tendo começado no Dia de Pentecostes, esse ministério há de prosseguir, de forma ininterrupta, até o dia em que Cristo vier arrebatar os santos. Vejamos, porém, como era o ministério do Espírito Santo no Antigo Testamento.
1. No Antigo Testamento. O Espírito Santo, no período da Antiga Aliança, não era dado por intermédio de efusões. Ou seja: não era derramado. E, sim, era concedido de acordo com as necessidades do serviço divino (Jz 6.34; I Sm 10,6; II Cr 15.1). O caso mais parecido com o derramamento do Dia de Pentecostes encontrou em Números capítulo 11.16-30.
Nessa passagem, vemos que, de uma só vez, 70 anciãos foram agraciados com o Espírito do Senhor. Mesmo assim, esse episódio não pode ser considerado uma efusão do Espírito Santo, mas uma repartição, ou compartilhamento, da Terceira Pessoa da Trindade.O profeta Joel, porém, antecipa que, nos últimos dias, o Senhor haveria de derramar de seu Espírito sobre toda a carne (Jl 2.28-3 1). De acordo com o relógio divino, os últimos dias começaram a correr a partir do Dia de Pentecostes.
2. No Novo Testamento. Já na abertura do Novo Testamento, encontramos o precursor de Cristo anunciando a realidade do batismo no Espírito Santo (Mt 3.11). Mais tarde, já prestes a encerrar o seu ministério, o Senhor Jesus fala da vinda do Consolador:
“Mas o Ajudador, o Espírito Santo a quem o Pai enviará em meu nome, esse vos ensinará todas as coisas, e vos fará lembrar de tudo quanto eu vos tenho dito” (Jo 14.26). E a realidade da efusão do Espírito Santo cumpre-se de maneira plena no Dia de Pentecostes: “Ao cumprir- se o Dia de Pentecostes estavam todos reunidos no mesmo lugar. De repente veio do céu um ruído, como que de um vento impetuoso, e encheu toda a casa onde estavam sentados.
E lhes apareceram umas línguas como que de fogo, que se distribuíam, e sobre cada um deles pousou uma. E todos ficaram cheios do Espírito Santo, e começaram a falar noutras línguas conforme o Espírito lhes concedia que falassem” (At 2.42). A partir desse dia, a Igreja de Cristo, inaugurada no Pentecostes, passou a usufruir de uma série de recursos sobrenaturais que lhe possibilitariam cumprir, cabalmente, as tarefas que lhe havia confiado o Senhor Jesus. Mas, antes que tratemos desse assunto, vejamos como Espírito Santo atua na vida do pecador.
II. O ESPÍRITO SANTO NA VIDA DO PECADOR
Como o homem se há de justificar diante do seu Criador? E a pergunta que o ser humano vem fazendo desde que nossos primeiros pais foram destituídos da glória divina. Por si só, o homem jamais será justificado, pois as nossas obras fazem separação entre nós e Deus. No entanto, com a assistência do Espírito Santo, podemos alcançar não somente a justificação, como também a adoção de filhos e a santificação.
1. Na conversão. Ao discorrer sobre a atuação do Espírito Santo na conversão do pecador, o Senhor Jesus afirmou:“E quando ele vier, convencerá o mundo do pecado, da justiça e do juízo” (Jo 16.8). Sem essa assistência prestada pelo Espírito Santo, nenhum homem haveria de se converter, pois o coração humano é mau continuamente. No entanto, o Espírito de Deus é suficientemente persuasivo para levar o mais vil pecador a arrepender-se de seus pecados. E esse arrependimento leva o homem a experimentar o milagre da regeneração.
2. Na justificação. Já regenerado, o homem é, automaticamente, justificado. Ou seja: passa a ser visto por Deus como se jamais tivesse pecado em toda a sua vida. Neste sentido, a justificação é mais que um mero perdão. E uma declaração judicial pela qual o pecador arrependido é declarado justo por Deus. E, neste processo, o Espírito Santo atua de maneira decisiva (Jo 16.10).
3. Na santificação. A santificação é o processo conduzido pelo Espírito Santo que leva o pecador arrependido a separar-se do mundo a fim de se dedicar integralmente a Deus. À semelhança dos passos iniciais de nossa conversão, nesse processo a atuação do Espírito também é imprescindível (Rm 1.4).
III. O ESPÍRITO SANTO NA VIDA DA IGREJA
Na vida da Igreja, o Espírito Santo vem atuando desde a sua fundação, no Dia de Pentecostes, e só há de encerrar a sua missão com respeito aos santos dessa dispensação por ocasião do arrebatamento. O Espírito Santo, como o Consolador enviado por Cristo, assiste a Igreja em todas as necessidades desta.
1. No cumprimento da Grande Comissão. O Espírito Santo orientou a Igreja em todas as suas investidas missionárias. Haja vista o comissionamento de Barnabé e Paulo: “Ora, na igreja em Antioquia havia profetas e mestres, a saber:
Barnabé, Simeão, chamado Níger, Lúcio de Cirene, Manaém, colaço de Herodes o tetrarca, e Saulo. Enquanto eles ministravam perante o Senhor e jejuavam, disse o Espírito Santo: Separai-me a Barnabé e a Saulo para a obra a que os tenho chamado (At 13.1,2). Em todos os passos de Paulo, o Espírito Santo se fez presente, orientando e resguardando os servos de Cristo. E, assim, o Evangelho chegou aos mais distantes recantos do Império Romano.
2. Os dons espirituais. Através dos dons espirituais, a Igreja de Cristo conhece, fala e age de forma sobrenatural. Foi o que Paulo deixou claro aos irmãos de Corinto: “E há diversidade nas realizações, mas o mesmo Deus é quem opera tudo em todos.
“A manifestação do Espírito é concedida a cada um visando a um fim proveitoso” (I Co 12, 6,7). Os dons espirituais auxiliam a Igreja a cumprir a sua missão e a manifestara glória de Deus. É uma das facetas mais eficientes do Ministério do Espírito Santo na atual dispensação.
3. Os dons ministeriais. Apesar de sua importância, os dons espirituais não foram deixados para dirigir a Igreja. Sua função é consolar, edificar e exortar os fiéis. A administração da Igreja está a cargo dos dons ministeriais: “E ele mesmo concedeu uns para apóstolos, outros para profetas, outros para evangelistas, com vistas ao aperfeiçoamento dos santos para o desempenho do seu serviço, para a edificação do corpo de Cristo” (Ef 4.12). Por conseguinte, através dos dons espirituais e ministeriais, vai o Espírito Santo aperfeiçoando a Igreja.
4. No testemunho de Cristo. Por intermédio dos recursos que o Espírito Santo nos colocou à disposição, temos condições de apresentar ao mundo um testemunho vivo e eficaz de Cristo Jesus. Aliás, uma das missões do Espírito, na atual dispensação, é exatamente glorificar a Cristo.
Pouco antes de ser assunto ao céu, o Senhor Jesus prometeu aos seus discípulos:
“Mas recebereis poder, ao descer sobre vós o Espírito Santo, e sereis minhas testemunhas tanto em Jerusalém como em toda a Judéia e Samaria e até aos confins da terra” (At 1:8).
CONCLUSÃO
Portanto, usemos os recursos que o Espírito Santo colocou à nossa disposição para que sejamos, em tudo, fiéis testemunhas de Cristo Jesus. Dessa forma, cumprirão em nossa vida as palavras finais de Atos dos Apóstolos: “Pregando o reino de Deus, e. com toda a intrepidez, sem impedimento algum, ensinava as coisas referentes ao Senhor Jesus Cristo” (At 28. 31).
Elaboração pelo:- Evangelista Isaias Silva de Jesus
Igreja Evangélica Assembléia de Deus Ministério Belém Em Dourados – MS
Lições bíblicas CPAD 1997
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