A AUTENTICIDADE DA PROFECIA
"E tu, Belém Efrata, posto que pequena entre milhares de Judá, de ti me sairá o que será Senhor em Israel, e cujas origens são desde os tempos antigos, desde os dias da eternidade"
(Mq 5.2).
VERDADE PRÁTICA
A autenticidade da profecia bíblica pode ser averiguada através de sua precisão e cumprimento fiel e insofismável.
OBJETIVOS
· Após esta aula, o aluno deverá estar apto a:
· Identificar a autenticidade da profecia bíblica na história
· Explicar as lições doutrinárias do sacrifício de Cristo.
· Reconhecer que Deus é o Senhor da história humana.
INTRODUÇÃO
O cumprimento das inúmeras profecias bíblicas a respeito dos reis Nabucodonosor, Ciro e Alexandre - o Grande, das nações do Egito, Assíria e Babilônia, das cidades de Tiro e Sidom e especificamente acerca de Israel e Jerusalém, constitui-se uma prova incontestável da origem, inspiração e autenticidade divinas dos oráculos dos antigos profetas hebreus. Isso sem falar no tema principal das profecias veterotestamentárias - o Senhor Jesus Cristo, em seus dois adventos - do qual uma grande parte teve cumprimento na vida, obra e ministério terreno do Filho de Deus. Devido à relevância de tal assunto, nessa lição nos deteremos a analisar as profecias messiânicas registradas em Isaías 53.
Nota-se que todas as profecias mesmo preditas há muitos anos antes de acontecerem foram específicas e tiveram suas realizações completas, pois eram profecias autenticas.
I. O DESPREZO DO SENHOR
1. A apresentação do Senhor. Na realidade, a conhecidíssima profecia de Isaías 53, inicia-se no capítulo anterior, em que o profeta apresenta o Servo do Senhor da seguinte forma: "Eis que o meu servo operará com prudência" (52.13). O Novo Testamento confirma terminantemente que o mais messiânico dos profetas está, incontestavelmente, falando do Senhor Jesus Cristo. Trata-se, portanto, de uma genuína e autêntica mensagem profética da parte do Senhor Deus (At 8.28-35).
Jesus é o Messias-Servo que se sujeitou à morte e humilhação para salvar toda a humanidade, foi obediente até o fim e cumpriu a missão para qual foi designado.
2. A mensagem do Senhor. Uma das singularidades do ministério de Nosso Senhor Jesus Cristo foi exatamente o teor de sua mensagem (Jo 7.46). Não obstante, o capítulo 53 inicia já com a pergunta: "Quem deu crédito à nossa pregação?" (v.1), demonstrando que a prédica do Messias seria rejeitada. É contraditório entender o fato de que apesar dos milagres extraordinários operados pelo Filho de Deus e de sua pregação repleta de autoridade e poder, muitos não criam nEle (Jo 12.37,38; Rm 10.16). Até mesmo os de sua casa não compreenderam o seu ministério (Mc 3.21; Jo 7.5).
Esta profecia é espantosa! Quem poderia acreditar que Deus escolheria um servo humilde e sofredor para salvar um mundo, e não um glorioso rei? Essa idéia contraria o orgulho e a forma de pensar dos seres humanos. Muitas vezes Deus opera através de meios que não esperamos. A força do Messias é revelada por sua humildade, sofrimento e misericórdia.
3. A aparência e a rejeição do Senhor. Não há como saber os traços físicos de Jesus, mas é bem possível que a sua aparência física contrarie a de todos os filmes já produzidos, pois a palavra profética declara que "nenhuma beleza víamos, para que o desejássemos" (v.2b). A rejeição do Senhor foi tão grande que se iniciou ainda em seu nascimento! Não havia espaço adequado para o nascimento do Filho de Deus em Belém e, por isso, sua mãe deu-o à luz em uma manjedoura (Lc 2.7). Em Isaías 53, duas vezes o versículo três afirma que Ele era "desprezado" e termina dizendo: "não fizemos dele caso algum". Tal descortesia cumpre-se de forma notória nos Evangelhos (Jo 1.10,11).
Não havia nada de belo ou majestoso na aparência física de Jesus. Israel menosprezaria a sua importância, julgando-o como um homem comum. Embora o grande números de seus seguidores não fosse atraído pela sua aparência, Jesus traria a cura e salvação. Muitos enganam-se em relação à importância da vida e obra do Senhor Jesus Cristo. Tais pessoas necessitam de que os cristãos fiéis lhes mostrem a extraordinária natureza de Jesus.
Em nenhuma outra parte do AT se profetiza tão clara e plenamente, como neste capítulo, que Cristo deveria sofrer em seguida entrar em sua glória. Porém, nesta data poucos discernem ou reconhecem o poder divino que acompanha a Palavra. Os pecadores desprezam a notícia mais importante e autêntica da salvação através do Filho de Deus.
A vil condição a que se submeteu, e a sua manifestação ao mundo não concorda com as idéias messiânicas que os judeus haviam formado. :Esperava-se que Ele viesse com pompa, ao invés disso cresceu como uma planta, silenciosa e inadvertidamente.Ele nada tinha da glória que alguém houvesse pensado encontrar nEle. Toda a sua vida foi externamente humilde e penosa. Feito pecado por nós, viveu a senença pela qual expôs o pecado. Os corações carnais não contemplam nada que os interesse no Senhor. Mesmo por muitos de seu povo continua sendo desprezado e rejeitado em relação à sua doutrina e à sua autoridade!
SINÓPSE DO TÓPICO (1)
A autenticidade profética é reconhecida mediante o cumprimento das profecias veterotestamentárias relativas à apresentação, aparência, rejeição e mensagem do Senhor.
II. A PAIXÃO E A MORTE DE NOSSO SENHOR JESUS CRISTO
1. O sofrimento sem igual de Jesus. Apesar de todo o desprezo sofrido por Nosso Senhor Jesus Cristo ao longo de sua vida terrena, os seus últimos dias, iniciados no Getsêmani, onde a sua agonia foi de tal intensidade que o fez suar gotas de sangue (Lc 22.44), foram de um sofrimento indescritível. E o que Ele padeceu a partir de sua prisão? É exatamente assim que o profeta Isaías descreve o Senhor: Ele era um "homem de dores" (v.3) e que "foi oprimido" (v.7). Isaías apresenta-o também como um homem impecável e perfeito em tudo, "porquanto nunca fez injustiça, nem houve engano na sua boca" (v.9). O apóstolo Pedro, que conviveu com Jesus cerca de três anos, confirma essa profecia (1 Pe 2.22). Sim, Jesus foi "cortado da terra dos viventes" (v.8) como um criminoso e malfeitor.
Cristo experimentou “hematose”, ou seja suou sangue. Cada poro do seu corpo se tornou numa ferida enquanto ele agonizou por nossas batalhas e provas. Através do sofrimento dEle muitos seriam perdoados, remidos e curados. Seu sofrimento também o levaria à sua exaltação e glória.
“Porque com uma só oblação aperfeiçoou para sempre os que são santificados”. Hb 10: 14
2. O silêncio de Jesus. O profeta compara o Filho de Deus em seu julgamento e morte ao cordeiro levado ao matadouro e à ovelha muda diante de seus tosquiadores: Ele "não abriu a sua boca" (v.7). Assim agiu o Senhor diante do sumo sacerdote no Sinédrio (Mt 26.63) e perante Pôncio Pilatos (Mt 27.12,14). O profeta, pelo Espírito, certamente via as cenas desses interrogatórios. Portanto, o fato de Jesus não ter cometido nenhum delito e de as acusações sobre Ele não terem sido provadas demonstram a total arbitrariedade do julgamento do Mestre, realçando o fracasso da justiça humana.
No AT, as pessoas ofereciam por seus pecados sacrifícios de animais. Aqui o imaculadoServo do Senhor oferece a si mesmo pelos nossos pecados. Ele é o cordeiro, oferecido pelos pecados da humanidade. O Messias sofreu por nós, suportando os nossos pecados, para que nos tornássemos aceitáveis a Deus. O que podemos dizer diante de tanto amor? Como responderemos a ele?
“No dia seguinte João viu a Jesus, que vinha para ele, e disse: Eis o Cordeiro de Deus, que tira o pecado do mundo” Jo 1:29
“E olhei, e eis que estava no meio do trono e dos quatro animais viventes e entre os anciãos um Cordeiro, como havendo sido morto, e tinha sete chifres e sete olhos, que são os sete espíritos de Deus enviados a toda a terra. E veio, e tomou o livro da destra do que estava assentado no trono. E, havendo tomado o livro, os quatro animais e os vinte e quatro anciãos prostraram-se diante do Cordeiro, tendo todos eles harpas e salvas de ouro cheias de incenso, que são as orações dos santos. E cantavam um novo cântico, dizendo: Digno és de tomar o livro, e de abrir os seus selos; porque foste morto, e com o teu sangue compraste para Deus homens de toda a tribo, e língua, e povo, e nação; E para o nosso Deus os fizeste reis e sacerdotes; e eles reinarão sobre a terra. E olhei, e ouvi a voz de muitos anjos ao redor do trono, e dos animais, e dos anciãos; e era o número deles milhões de milhões, e milhares de milhares, Que com grande voz diziam: Digno é o Cordeiro, que foi morto, de receber o poder, e riquezas, e sabedoria, e força, e honra, e glória, e ações de graças. E ouvi toda a criatura que está no céu, e na terra, e debaixo da terra, e que está no mar, e a todas as coisas que neles há, dizer: Ao que está assentado sobre o trono, e ao Cordeiro, sejam dadas ações de graças, e honra, e glória, e poder para todo o sempre. E os quatro animais diziam: Amém. E os vinte e quatro anciãos prostraram-se, e adoraram ao que vive para todo o sempre.” Ap 5:6-14
3. A crucificação e a sepultura de Jesus (v.9). Isaías anuncia de antemão que o Senhor Jesus Cristo "foi contado com os transgressores", e reafirma a verdade de que Ele carregou nossos pecados. Os Evangelhos relatam que Jesus foi crucificado entre dois salteadores (Mt 27.38; Mc 15.27,28), mostrando, assim, a autenticidade da profecia bíblica. Note que as palavras de Cristo no alto da cruz: "Pai, perdoa-lhes, porque não sabem o que fazem" (Lc 23.34), foram também preditas por Isaías, quando o profeta diz que o Messias "pelos transgressores intercedeu" (v.12).
A análise profética fica mais interessante e rica, quando Isaías prediz que a "sepultura" de Jesus foi colocada entre a dos "ímpios" (v.9). Isso significa que os opositores de Jesus queriam dar-lhe um sepultamento vergonhoso e vil como o de um criminoso. Tal coisa era considerada opróbrio em Israel (Is 14.19). Porém, o plano deles falhou, pois o profeta diz que o Mestre Jesus foi contado "com o rico, na sua morte" (v.9). Ou seja: o Filho de Deus foi enterrado honrada e dignamente. Os Evangelhos, confirmando Isaías, revelam que um homem rico, chamado José, da cidade de Arimatéia, cedeu um túmulo novo, cinzelado na rocha, para que neste fosse posto o corpo do Mestre (Mt 27.57,58,60).
Como Cristo nos amou! Nós não o colocamos em nosso lugar; Ele mesmo se colocou. Assim, tirou o pecado do mundo ao leve-lo sobe si . Subemeteu –se à morte, o que para nós é o pagamento do pecado.
Observe isto na graça de seu estado de exaltção. Cristo não encarrega nenhum outro de cuidar de sua família. Os propósitos de Cristo se realizarão, e prosperará aquilo que for empreendido, conforme o beneplácito e Deus. Ele se ocupará de cimpri-lo na conversão e salvação dos pecadores. Há muitos a quem Cristo justifica, pelos quais deu a sua vida como resgate. Pela fé somos justificados, Deus é ainda mais glorificado, a livre graça é promovida, o ego é abatido e a nossa felicidade é assegurada. Devemos conhecê-loe crer naquEle que levou os nossos pecados e nos salvou de sermos submergidos debaixo da carga, levando-a sobre si. O pecado e satanás, a morte e o inferno, o mundo e a carne, são os poderosos inimigos que Ele venceu. Certamente o Redentor possuíra aquilo que o Pai preparou para Ele. Quandolevou cativo o cativeiro, recebeu dons para dar aos homens. Enquanto examinamos os sofrimentos do Filho de Deus, lembremos de nossa longa lista de transgressões e consideremos-lhe sofrendo sb o peso de nossa culpa. Aqui se lança um fundamento firme sobre o qual o pecador temeroso pode descansar a sua alma. Nós somos a aquisição de seu sangue, e as obras de valos de sua graça; por isto Ele intercede continuamente, e prevalece desruindo as obras do Diabo.
SINÓPSE DO TÓPICO (2)
A autenticidade profética é reconhecida mediante o cumprimento das profecias veterotestamentárias relativas à paixão e sofrimento de Cristo
III. LIÇÕES DOUTRINÁRIAS DO SACRIFÍCIO DE CRISTO
1. As nossas dores e as nossas enfermidades. O profeta, além de preanunciar detalhes da vida e do sofrimento do Messias, também destacou grandes doutrinas oriundas da morte expiatória de Cristo. Um dos maiores ensinamentos é a vicariedade de seu sacrifício. Isto é, Ele padeceu em nosso lugar, tomando sobre si "as nossas enfermidades e as nossas dores" (v.4). A expiação que o Filho de Deus nos propicia abrange, além da cura física, a espiritual (v.5), conforme atestamos pela leitura do Novo Testamento (Mt 8.17; 1 Pe 2.24).
Foi por nossos pecados e em nosso lugar que Jesus sofreu. Todos temos pecado e caído estamos da glória de Deus, e por nossos maus caminhos merecemos todos os castigos e dores, até mesmo os mais severos. Quando lançamos os nossos pecados sbre Cristo, somos salvos da ruína à qual seríamos submetidos por causa do pecado. Esta expiação foi feita por nossos pecados, e é o único caminho de salvação. Os nossos pecados foram os espinhos na cabeça de Cristo, os cravos em suas mãos e pés, a lança que o feriu. Foi entregue à morte por nossas ofensas. Por seus sofrimentos adquiriu para nós o Espírito e graça de Deus para motificar as nossas corrupçõe, que são as enfermidades da nossa lma Suportamos os nossos sofrimentos mais leves, pois somos ensinados a considerar todas as coisas como perda por amor a Ele, e a amar àquEle que nos amou primeiro. Ele nos curou de todas a enfermidades.
2. Os nossos pecados. Jesus sofreu não por ter cometido pecado, mas porque agradou a Deus "moê-lo, fazendo-o enfermar", colocando a sua "alma [...] por expiação do pecado" (v.10). Essa foi a vontade de Deus: que o justo sofresse pelo pecador (vv.10,11b). O profeta mostra tratar-se, como já foi dito, de uma morte vicária (Rm 3.25; 5.18,19; 2 Co 5.21).
Quando assistimos um filme impactante como a paixão de Cristo esquecemos que por mais recursos cinematográficos que o diretor tenha uma coisa ele não pode representar que foi o rosto transfigurado de Cristo pelos pecados de toda a humanidade. Muitos de nós não reconhecem o valor do sacrifício do calvário, mais ali a aliança entre Deus e os homens foi refeita pelo Cordeiro Pascoal de Deus.
3. A humildade e o amor de Jesus Cristo. É digno de destaque o fato de o Senhor Jesus Cristo ter se despido de toda a sua glória para tornar-se como um de nós (Fp 2.3-11). Tal humildade e amor benevolente servem-nos de exemplo para que possamos agir da mesma forma em relação aos nossos semelhantes (Jo 3.16; 1 Jo 3.16).
Ensinamentos de Jesus sobre a humildade.
Lucas – 22: 24 à 26 – “E houve também entre eles contenda, sobre qual deles parecia ser o maior. E ele lhes disse: Os reis dos gentios dominam sobre eles, e os que têm autoridade sobre eles são chamados benfeitores. Mas não sereis vós assim; antes o maior entre vós seja como o menor; e quem governa como quem serve.” (Mateus – 20: 25 a 228).
Neste mundo, os que exercem autoridade e domínio são considerados grandes e poderosos, acima dos demais.
No Reino de Deus : A grandeza não será medida pelo domínio ao serviço do próximo, mas é pela dedicação das pessoas ao serviço do próximo; conforme a revelação de Cristo.
João - 13:34 – “Um novo mandamento vos dou: Que vos ameis uns aos outros; como eu vos amei a vós, que também vós uns aos outros vos ameis.” (1 CORÍNTIOS – 13)
Os primeiros neste mundo são aqueles que, por causa das suas posses, educação, e o nível social, ou talentos são estimados pelo mundo e às vezes até mesmo pela Igreja.
Jesus diz que a verdadeira grandeza do ser humano, é uma questão do nosso “ser interior”. São vistas pela expressão da sua fé e seu amor a Cristo em humildade, no desejo de servir a Deus, quanto ao próximo disposto a ser considerado o menor, menos importante no Reino de Deus.
Filipenses – 2: 3,4,5 - “Nada façais por contenda ou por vanglória, mas por humildade; cada um considere os outros superiores a si mesmo. Não atente cada um para o que é propriamente seu, mas cada qual também para o que é dos outros. De sorte que haja em vós o mesmo sentimento que houve também em Cristo Jesus.”
Temos que ser grande na fé, no caráter santo, na sabedoria, no autodomínio, na ciência e no amor. Trata-se de sermos grandes em Cristo que amou a justiça e aborreceu a iniqüidade.(Hebreus -1: 9).
Por isso, que aos olhos de Deus, os maiores no seu Reino são aqueles que são consagrados a sua “Palavra” com temor, lealdade, dedicação e amor naquilo que faz.
“ Nada façais por contenda ou por vanglória, mas por humildade.”
A humildade: O homem caído não tem humildade e nem modéstia. A Palavra de Deus quer do ser humano a humildade como simples crianças. Por causa das nossas fraquezas e dos nossos pecados, precisamos ser dependente de Deus, para o nosso valor e nossa frutificação. Não podemos realizar nada de valor permanente sem ajuda de Deus e do nosso próximo.
João – 15:4,5 –“Estai em mim, e eu em vós; como a vara de si mesma não pode dar fruto, se não estiver na videira, assim também vós, se não estiverdes em mim. Eu sou a videira, vós as varas; quem está em mim, e eu nele, esse dá muito fruto; porque sem mim nada podeis fazer.”
A presença de Deus acompanha aqueles que andam em humildade. Isaías – 57: 15 – “Porque assim diz o Alto e o Sublime, que habita na Eternidade, e cujo nome é Santo: Num Alto e Santo lugar habito; como também com o contrito e abatido de espírito, para vivificar o espírito dos abatidos, e para vivificar o coração dos contritos.”
Miquéias - 6:8 –“Ele te declarou, ó homem, o que é bom; e que é o que o SENHOR pede de ti, senão que pratiques a justiça, e ames a benignidade, e andes humildemente com o teu Deus? A maior graça é dada aos humildes. Deus resiste aos soberbos- Tiago – 4:6 – Antes, ele dá maior graça. Portanto diz: Deus resiste aos soberbos, mas dá graça aos humildes.”
1Pedro – 5:5,6 – “Semelhantemente vós jovens, sede sujeitos aos anciãos; e sede todos sujeitos uns aos outros, e revesti-vos de humildade, porque Deus resiste aos soberbos, mas dá graça aos humildes. Humilhai-vos, pois, debaixo da potente mão de Deus, para que a seu tempo vos exalte.”
Os mais zelosos filhos de Deus servem “ao Senhor com toda a humildade. (Atos - 20:19 – Romanos - 12:13). O Oposto da humildade é a soberba.
“Soberba: Orgulho excessivo; importância da auto-estima da pessoa que confia no seu próprio mérito, espírito de superioridade, arrogância manifestada por meio de ações, modos e palavras. (Isaías – 13.11; Judas - 1.16).”Tendência inevitável da natureza humana e do mundo. Na soberba, não há humildade. (Isaías - 14: 13,14; – Ezequiel - 28: 17,18,19; -1 Timóteo - 6: 17,18,19).
SINÓPSE DO TÓPICO (3)
As lições doutrinárias do sacrifício de Cristo abrangem nossas dores, enfermidades, nossos pecados, a humildade e o amor de Jesus Cristo.
CONCLUSÃO
Há abundantes evidências em o Novo Testamento sobre o fiel cumprimento de Isaías 53. A Teologia Sistemática (CPAD) de Stanley Horton, na página 91, informa que o professor americano Peter W. Stoner examinou oito profecias sobre Jesus, no Antigo Testamento, e concluiu que na vida de uma pessoa, a probabilidade dos oito casos serem coincidências é de 1 em 1017, ou seja, 1 em cem quatrilhões (100.000.000.000.000.000).
A única explicação racional para o fiel cumprimento das profecias da Bíblia é que Deus tudo revelou aos seus profetas. Não se trata, portanto, de manipulações humanas. As profecias messiânicas já cumpridas mostram-nos a autenticidade da Bíblia e advertem-nos de que as profecias escatológicas também se cumprirão.
Devemos então cada vez mais calcar nossa fé neste livro admirável que é a Bíblia sagrada a Palavra de Deus, escrita num período maior que 1.400 anos, por vários autores e não se contradiz. A igreja deve caminhar imaculada e sem manchas como uma noiva que espera pelo seu noivo para juntos passarem a eternidade.
Num mundo tão abarrotado por tantas crendices e misticismos devemos firmar nossa fé no Senhor Jesus nos dedicando a um estudo sistemático da Palavra aguardando assim firmes o arrebatamento.
OUTROS COMENTÁRIOS:
ANÁLISE LÉXICO-SINTÁTICA DE ISAIAS 53:11
Por: Jorge Schemes
Primeiramente é interessante considerar várias versões do texto sagrado para que tenhamos uma idéia geral de seu sentido básico.
"Depois de tanta aflição verá a luz, e ficará satisfeito. Com seu conhecimento meu servo justo justificará a muitos, e levará as iniqüidades deles" (Versão de N.R.V.).
"Pelas fadigas de sua alma verá a luz e se contentará. Por suas desfeitas justificará meu servo a muitos e as culpas deles ele suportará" (Bíblia de Jerusalém – Edição Espanhola).
"Verá o fruto do trabalho de sua alma e ficará satisfeito: com seu conhecimento meu justo servo justificará a muitos, pois ele mesmo carregará com suas iniqüidades". (Santa bíblia, Versão Moderna, Sociedade Bíblica Americana).
"Depois de tanta aflição ele verá a luz, e ficará satisfeito ao sabê-lo, o justo servo do Senhor libertará a muitos, pois carregará a maldade deles". (Versão Popular da Bíblia em Espanhol – Dios Habla Hoy).
"Livrada a sua alma dos tormentos verá, e o que verá satisfará a sua alma e seus desejos, o Justo, meu servo, justificará a muitos, e carregará com as iniqüidades deles". (Sagrada Bíblia, Biblioteca de Autores Cristãos).
"Verá o fruto das preocupações de sua alma e ficará saciado. Este mesmo justo, meu servo, diz o Senhor, justificará a muitos com sua doutrina e pregação, e carregará sobre si os pecados deles". (Bíblia Sagrada Versão Catelhana de Félix Torres Amat – Revista Católica).
"Ele verá o fruto das fadigas de sua alma, ele estará completamente satisfeito. Por seu conhecimento meu servo justo justificará a muitos, e ele levará os pecados deles". (Minha Versão baseada em: The Interlinear Hebrew/Greek English Bible, Vol. 3).
Minha Versão em Hebraico em transliteração da Bíblia Hebraica (Isaias 53:11):
"ME AMAL NAPESHO YIRE ET YISEBO BEDA ETTO YASEDDYK ABEDDY LORABBYM WA AONOTAM HU YISEBBEL".
Faremos uma análise das palavras AMAL = trabalho; e EVED = servo.
AMAL (trabalho) – É uma palavra que significa trabalho mas com os olhos na sua dificuldade. É trabalhar duramente com demasiado esforço. É o esforço de trabalhar suas mãos para terminar uma tarefa, mas sempre com uma atenção particular nas dificuldades. AMAL tem o significado do ato em si mesmo, mas também é o resultado do ato; que neste caso é o fruto ou produto do trabalho. O servo do Senhor não teria que sofrer por nada ou de graça, mas haveria uma recompensa por seu esforço.
Os cantos do servo são uma seqüência e há uma progressão que leva ao clímax em Isaias 52:13-53:12; no quarto canto do servo. Parece que o trabalho do servo é sem resultado, mas ele espera em Deus sua recompensa; é isso o que indica a palavra AMAL. Como exemplo temos a experiência de Jesus quando estava sofrendo na cruz e não havia ninguém que estivesse crendo nele, mas um dos ladrões foi sem dúvida o primeiro fruto do trabalho do Messias (Cf. Luc. 23:39-42).
Sem dúvidas Jesus Cristo "trabalhou tendo os seus olhos fixos não apenas nas dificuldades, mas também, e muito mais nos resultados". (Cf. Mat. 26:36-46). Quando no Getsemâni sua humanidade reinou por um momento diante do sofrimento, mas com os olhos cheios de amor ele olhou ao futuro e viu os resultados de seu esforço, ele viu a cada um de nós.
EVED (servo) – Em Isaias a palavra, servo, aparece 61 vezes e desta 53 vezes ela está relacionada com YHWH, ou seja, "servo de Yahweh". A raiz da palavra pode também ser traduzida como escravo. Além disso, a palavra servo está determinada em seu sentido como conceito oposto (ADON) Senhor. Como conceito relacional, EVED adquire seu pleno significado, ou seja: servo subalterno, súdito, ministro.
Que um homem se denomine como servo de Deus, ou se chame servidor de Deus no AT é conseqüência natural da concepção de Deus como Senhor. A associação primária da palavra EVED não é a de estar submetido, mas a de pertencer ao Senhor e estar protegido por ele. A única diferença essencial na relação do servo entre os homens e entre o homem e Deus consiste em que o servo de um homem pode significar também uma gravíssima diminuição da existência, enquanto que ser servo de Deus significa sempre ter um bom Senhor. Nunca pode significar escravidão em sentido negativo.
Mais especificamente o significado de servo de YHWH nos cantos do servo de Deus (Isaias 42:1-53:12) só é possível esclarecer pelo conjunto dos textos. O sofrimento do servo (52:13-53:12) está estreitamente ligado com a atuação de Deus na história humana. Há comentaristas que sugerem que o servo de Deus descrito na perícopa é Ciro, ou Zorobabel ou mesmo o próprio Israel. Mas, temos de considerar que no texto o profeta fala claramente do servo como uma figura distinta de Ciro, Zorababel e Israel. O servo é retratado como uma figura individual, e além disso devemos considerar que ao ter fracassado o serviço de Israel a Deus, o próprio Deus se encarrega de eliminar o pecado do povo. Através de seu serviço atua YHWH como confirma o texto de Isaias 52:13-53:12.
De acordo com muitos comentaristas, muito se tem escrito sobre a identificação do servo do Senhor apresentado em Isaías 40-55; ainda que a expressão ocorra apenas em Isaías 42:19. Uma ampla relação do sentido da palavra servo tem sido feita, mas temos que considerar que o sentido e o uso da palavra servo no AT segue em textos do NT. Na LXX EVED é mais traduzido como DOULOS = escravo. De maneira muito significativa, Jesus é chamado de servo do Senhor (Cf. Atos 3:13, 26; 4:27,30), provavelmente identificado aqui como o servo de Isaías 53:11. O próprio Cristo se colocou em posição de servo, se humilhou até a morte e morte de cruz (Cf. Filip. 2:6-8), mas obteve a vitória eterna (V. 9-11). Baseado em atos 8:26-40 o servo de Isaías 53 é nada menos que o próprio Jesus (V. 35).
SEGUNDO http://christianlation.com/?p=57
O sacrifício de Cristo é um dos assuntos mais impressionantes de serem estudados, assim como um dos mais essenciais do cristianismo.
Consagrados servos de Deus se envolveram com essa questão. Dr. Martin Lloyd Jones, ao estudar sobre esse tema, revolucionou seu ministério e suas pregações, e até hoje o temos como referência. Dr. John Stott dedicou um livro inteiro a esse assunto, intitulado “A Cruz de Cristo”.
É sobre essa cruz que meditaremos nestes escritos.
O capítulo 53 de Isaías é uma das passagens mais descritivas acerca do sacrifício de Cristo no Velho Testamento. Parece até que foi escrito por uma testemunha ocular do episódio, fato esse que comprova que a Bíblia é um livro especial, e mais do que isso, que é um livro inspirado pelo próprio Deus.
Podemos perceber três características da cruz nesse texto:
1) A cruz de Cristo foi uma cruz de desprezo
“Era desprezado e o mais rejeitado entre os homens; homem de dores e que sabe o que é padecer; e, como um de quem os homens escondem o rosto, era desprezado, e dele não fizemos caso” (verso 3).
A morte de Cristo na cruz não foi um sacrifício qualquer. Os evangelhos nos falam que, ao passar pelos momentos que culminaram na Sua morte, Jesus foi abandonado pelos discípulos. Eles não haviam percebido o sentido e a amplitude espiritual daqueles fatos. Eles não ficaram ao lado d’Ele. Somente Jesus poderia e deveria passar por isso.
Muitos homens do tempo de Jesus O rejeitavam e não O aceitavam como o Messias. Tanto que até hoje os judeus O esperam. Jesus não foi aceito pelos judeus (Jo 1.11).
2) A cruz de Cristo foi uma cruz de dor
“Certamente, ele tomou sobre si as nossas enfermidades e as nossas dores levou sobre si; e nós o reputávamos por aflito, ferido de Deus e oprimido. Mas ele foi traspassado pelas nossas transgressões e moído pelas nossas iniqüidades; o castigo que nos traz a paz estava sobre ele, e pelas suas pisaduras fomos sarados. Todos nós andávamos desgarrados como ovelhas; cada um se desviava pelo caminho, mas o Senhor fez cair sobre ele a iniqüidade de nós todos” (versos 4-6).
Ao contrário do que alguns pensam, Jesus passou por todo seu sacrifício sentindo as dores que qualquer homem sentiria. Ele era 100% Deus e 100% homem. Porém as dores sentidas por Jesus na cruz superam grandemente a simples dor humana. Jesus carregava ali a dor dos pregos, mas também a dor espiritual, pois sobre Ele estavam os pecados de muitos.
Certa feita ouvi do renomado pregador, reverendo Josafá Vasconcelos, que o filme “Paixão de Cristo” não conseguiu relatar a verdadeira dor de Cristo, e nenhum filme conseguirá, por mais que haja efeitos especiais de última geração. A dor de Cristo não pode ser representada completamente por um ser humano. É como diz o poeta na música Vim Para Adorar-te (Here I Am to Worship): “eu nunca saberei o preço dos meus pecados lá na cruz”.
3) A cruz de Cristo foi uma cruz de morte
“Ele foi oprimido e humilhado, mas não abriu a boca; como cordeiro foi levado ao matadouro; e, como ovelha muda perante os seus tosquiadores, ele não abriu a boca. Por juízo opressor foi arrebatado, e de sua linhagem, quem dela cogitou? Porquanto foi cortado da terra dos viventes; por causa da transgressão do meu povo foi ele ferido. Designaram-lhe a sepultura com os perversos, mas com o rico esteve na sua morte, posto que nunca fez injustiça, nem dolo algum se achou em sua boca” (versos 7-9).
A morte de cruz era uma das piores mortes da época. Somente os homens considerados da pior espécie morriam dessa forma.
4) Foi uma cruz de salvação
“Todavia, ao Senhor agradou moê-lo, fazendo-o enfermar; quando der ele a sua alma como oferta pelo pecado, verá a sua posteridade e prolongará os seus dias; e a vontade do Senhor prosperará nas suas mãos. Ele verá o fruto do penoso trabalho de sua alma e ficará satisfeito; o meu Servo, o Justo, com o seu conhecimento, justificará a muitos, porque as iniqüidades deles levará sobre si. Por isso, eu lhe darei muitos povos como a sua parte, e com os poderosos repartirá ele o despojo, porquanto derramou a sua alma na morte; foi contado com os transgressores; contudo, levou sobre si o pecado de muitos e pelos transgressores intercedeu” (versos 10-12).
Foi o próprio Deus quem enviou a Jesus para morrer. Assim Ele justificou a muitos, isto é, os salvos, e levou o nosso pecado na cruz.
Conclusão
Jesus se sacrificou em obediência ao Pai e por amor a nós (verso 11). Foi uma morte de humilhação e de sofrimento. Sangue precisava ser derramado para sermos perdoados (Hebreus 9:22).
Jesus cumpriu com as exigências de Deus com perfeição, e hoje somos salvos mediante a fé n’Ele, no seu sacrifício por nós.
Esse amor de Deus é um amor que incomoda de tão grande e puro! “Como escaparemos nós se negligenciarmos tão grande salvação?” (Hb. 2:3).
BIBLIOGRAFIA:
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-Bíblia de Estudo Pentecostal CPAD
- Bíblia de Estudo Aplicação Pesooal CPAD
Elaboração por:- Pb Miguel Fiuza