segunda-feira, 12 de julho de 2010

As funções Sociais e Políticas da Profecia

As funções Sociais e Políticas da Profecia

Texto Áureo = “ Não havendo profecia, o povo se corrompe; mas o que guarda a lei, esse é bem-aventurado” Pv 29.18.

 

Introdução

 

            Amados irmãos, A Paz do Senhor Jesus. Nesta lição vamos estudar as funções sociais e políticas da profecia. Para início, o profeta desempenhava uma função muito importante no cenário político e religioso de Israel. O governo nos tempos dos de Moisés, era Teocrático, a forma de governo centrado nas leis de Deus, e exercido por sacerdotes, que também muitas vezes eram Profetas e sacerdotes que faziam as funções, políticas e sociais entre o povo. Em seguida foi o período dos juízes, que também tinham a função social e política, de julgar o povo, aconselhando-os e Deus dava livramento ao povo pelos Juízes, e o primeiro deles foi Otniel irmão mais novo de Calebe, o ministério profético estava presente nesse período, vemos a profetiza Débora, que também era juiz, fazendo a parte política, julgando e a parte social, aconselhando o povo. Agora o cenário político de Israel ia se definindo, em seguida, o povo pede um Rei, que tinha a função de governar o povo de Deus, tendo como missão, aconselhar e guiar o povo. Bom assim estava completa a divisão política de Israel: Rei, Sacerdote e Profeta. 

 

I – O papel político e social da profecia nas escrituras.

           

            1. O profeta e o povo.

            O povo precisava de um líder, a quem seguir, pois é uma primícia básica do homem, seguir alguém ou alguma coisa, como o povo estava iniciando, e devido seus sofrimentos, no Egito, nas mãos de seus inimigos, Deus levanta o profeta, para ser o canal de comunicação entre Ele e o povo, com essa função política e social o profeta era muito respeitado, isso fica claro quando lemos em Dt 34. 10-12, até o dia de hoje Moisés é tico como um dos maiores profetas que Israel já teve.

 

            2. O profeta e o rei.

            O rei para governar, tinha ao seu lado fazendo parte dos seus conselheiros, homens entendidos em toda ciência, cheios de conhecimento, sabedoria.            Dn 1.3-4

Quando o assunto era guerra, chamava o general, para aconselhar, e escolher a melhor estratégia. Entre os conselheiros do Rei estava o Profeta, que tinha a função mais importante do reino, quando o Rei era temente a Deus, no caso de Davi, II Sm 7.17; 24.18,19. Sempre que o profeta era consultado, pelo rei para ver o que o Senhor tinha para seu povo e este lhe dava ouvidos, Deus abençoava, e o rei podia conduzir o povo na direção certa, com isso a função do profeta também era social. Mas nem sempre foi assim.

            3. O profeta marginalizado

            No período dos reis de Israel e Judá, os profetas de Deus ficaram fora dos círculos reais, com exceção de Isaías (39.3). Com a decadência espiritual dos monarcas de Israel, os profetas desenvolveram seu ministério distante do círculo central. Com isso os reis passaram a perseguir os profetas e marginalizá-los, observamos isso no ministério de Elias, quando Acabe perseguia o servo do Senhor, essa perseguição e marginalização, acontecia por conflitos de interesses, entre o rei e a vontade de Deus. Quero fazer uma observação a respeito de nossos dias, a palavra de Deus tem caído em descrédito, justamente por causa de interesses pessoais, de obreiros que querem, apenas o status da posição, alimentam-se da gordura das ovelhas, querem ter o poder aos seus pés, a sua visão está nesta terra. Deus tem levantados homens e mulheres, cheios do Espírito Santo, falando como verdadeiros profetas, mas o apego as coisas mundanas tem segado nossos pastores. Aos amados irmãos que Deus pela sua misericórdia e amor, tem usado em profecia, fale o que Deus mandar, não acrescente nem diminua, pois ainda tem obreiros e pastores tementes a Deus e com certeza eles ouvirão a voz do Senhor. 

 

II – O Profeta é enviado ao rei.

 

            1. O princípio do fim do reino de Judá.

            O fim do reino de Judá, teve início quando Zedequias, mesmo depois de jurar lealdade e obediência aos babilônicos, rebelou-se  contra o rei dos caldeus no oitavo ano de seu reinado (2 Rs 24.8-17).

Mesmo já estando Judá sob o domínio babilônico, tal postura ocasionou a destituição do rei Joaquim (que é o mesmo Zedequias, pois Nabucodonozor mudou seu nome de Joaquim para Zedequias) em 598 a.C.  

 

            2. Profecia dirigida ao rei.

 

            O exército dos caldeus, liderando as demais tropas dos povos conquistados, estava à volta de Jerusalém esperando o assédio final.

Jeremias já vinha anunciando durante décadas o trágico fim do reinado de Judá (1.15; 5.15; 6.22; 10.22; 25.9). Mais uma vez, a pessoa do profeta aparece trazendo uma mensagem importante para o rei e para todo o povo, que mesmo com a destruição iminente, se o povo se arrependesse, Deus os livraria. Mas o rei, juntamente com seus príncipes e a maioria do povo, não deram ouvidos ao profeta Jeremias, nem aos demais profetas. Agora Deus fala mais uma vez através do profeta Jeremias ao rei, que a cidade será entregue nas mãos do rei da Babilônia, o qual a queimará. 

 

            3. O destino do rei Zedequias é anunciado

 

            Quando não damos ouvidos a palavra de Deus, nosso destino é trágico, se quisesse ter paz, o povo deveria se submeter ao rei da Babilônia, pois Jeremias afirma em sua mensagem que o cativeiro haveria de durar 70 anos (25.11-14; 29.4-10). A mensagem de Jeremias ao rei Zedequias, era que este seria entregue nas mãos do rei de babilônia.

            Infelizmente os profetas contemporâneo de Jeremias, eram politicamente corretos, levando o povo a acreditar mais no falso profeta Hananias, que incitava o povo a se levantar contra o rei da Babilônia,  do que em Jeremias que era tido como um espião, um traidor.

            O compromisso do profeta de Deus, é com o povo de Deus, mesmo que isso venha a contrariar a vontade do rei e do povo. E o compromisso do pastor e do povo é buscar e seguir a vontade de Deus, pois só essa fará com que possamos chegar às mansões celestiais. O pastor que ignora a direção e orientação da palavra de Deus, deixa de se colocar como instrumento de Paz e harmonia entre os irmãos, causando até discórdia, com suas atitudes arbitrárias.    

III – A Questão de ordem social.

 

1.      A liberdade dos escravos Hebreus.

           

A atitude de Zedequias em libertar os escravos, como manobra política, talvez aconselhado por algum profeta conhecedor das leis Hebraicas, tem um cunho interesseiro, e meramente político. Com essa atitude aparentemente correta, pois era  ordem de Deus, segundo (Ex 21.2), o rei pensava em livramento da parte de Deus. Porém, o momento era de entregar-se aos caldeus, conforme Deus falara através do profeta Jeremias. Hoje infelizmente, acontece a mesma coisa, “pastores” usando a palavra de Deus fora de contexto, apenas com interesses os mais diversos possíveis, menos o de fazer o correto. 

A palavra liberta, mas o mal uso da mesma, trás escravidão, infelizmente dentro da igreja há muitos presos, escravos de homens escrupulosos, que só pregam as rosas e esquecem de pregarem os espinhos, o arrependimento, a santificação e com isso geram uma falsa liberdade na mente dos ouvintes. 

 

            2. A alforria dos escravos é cancelada.

 

            Quero transcrever o que o comentarista diz pois é muito interessante.

 

O profeta Jeremias anunciou que o rei do Egito retornaria a sua terra e o cerco da cidade santa pelos caldeus recomeçaria (Jr 37.5-8 – Convém salientar que os capítulos do livro de Jeremias não estão em ordem cronológica). Entretanto, os fatos de faraó ter vindo em socorro de seu aliado em Judá, o cerco de Jerusalém ter sido suspenso e os caldeus se retirado, fizeram com que o rei Zedequias e os seus príncipes não acreditassem no profeta de Deus. Assim, pensando estarem salvos do perigo, revogaram a lei da libertação dos escravos (v.11).   O pecado maior deles consistiu em desfazer um concerto religioso feito em nome de Deus e no templo: “[...] e tínheis feito diante de mim um concerto, na casa que se chama pelo meu nome” (v. 15). Cabe-nos uma reflexão a respeito deste episódio.

 

Quando fazemos um pacto com o Senhor Jamais devemos voltar a trás, esse pacto pode ser em servi-lo o resto de nossas vidas, é um voto que fazemos, é uma promessa. Prezado irmão se fizeste um pacto com o senhor, cumpra, se foi um voto e não cumpriste até agora, cumpra e Deus mudará seu cativeiro.

 

            3. A Indignação divina

 

            De Deus ninguém zomba, com Deus ninguém brinca, a atitude de Zedequias em revogar um concerto religioso feito em nome de Deus, deixou o Senhor indignado. Em vez dos babilônios, foi o próprio Deus quem liberou a espada para a destruição de Judá. A reação divina contra a atitude indigna e vergonhosa de Zedequias, de seus príncipes e dos grandes de Judá, tinha a sua razão de ser. Os últimos versículos do capítulo 34, descreve o duro juízo do Senhor sobre o rei, seus príncipes e todo o povo de Israel.

           

Observação:

           

Nestes últimos dias, onde a igreja caminha cada vez mais para a apostasia, será que não é fruto dos pactos quebrados pelo povo, principalmente pela liderança, que deveriam dar o exemplo? Temos sofrido na terra por “crentes” não honrarem o compromisso com Deus, de falar, viver a verdade. Deus tem cobrado de Seu povo, santidade, amor uns para com os outros.

Pastores, líderes, acordem, voltem ao primeiro amor, igreja do Senhor Jesus, busquemos a paz e a santificação, sem a qual ninguém verá o Senhor. Creio que nestes últimos dias da igreja na terra, Deus está indignado com muitos que se dizem “crentes”. Voltemos ao primeiro amor, guardemos os concertos e estatutos do Senhor, porque Ele é misericordioso para perdoar nossos pecados.   

 

Conclusão:

 

            Os profetas, viveram e morreram anunciando a palavra de Deus, sua vida foi para combater a desigualdade social no meio do povo de Deus, não foi em vão, pois muitos deram ouvidos, mas aqueles que não deram ouvidos dizendo:

Inútil é servir a Deus; que nos aproveita termos cuidado em guardar os seus preceitos, e em andar de luto diante do SENHOR dos Exércitos? (Ml 3.14) Esses pereceram, “Então aqueles que temeram ao SENHOR falaram freqüentemente um ao outro; e o SENHOR atentou e ouviu; e um memorial foi escrito diante dele, para os que temeram o SENHOR, e para os que se lembraram do seu nome”.

“E eles serão meus, diz o SENHOR dos Exércitos; naquele dia serão para mim jóias; poupá-los-ei, como um homem poupa a seu filho, que o serve. Então voltareis e vereis a diferença entre o justo e o ímpio; entre o que serve a Deus, e o que não o serve”. Prezados irmãos lutemos em favor do povo de Deus, desenvolvamos trabalhos na igreja, voltados para o bem social do nosso povo, então com certeza veremos a diferença entre o que serve e o que não serve.

            O templo é aonde nos reunimos, as famílias devem ir ao templo felizes, satisfeitas, pois é ali que adoramos ao Senhor, louvamos o seu Santo nome, revemos os amados irmãos, o salmista tinha razão quando disse: “alegrei-me quando mim disseram vamos à casa do Senhor”. E mais, “uma coisa peço ao Senhor, que eu possa morar em sua casa todos os dias da minha vida” Um grande abraço em Cristo Jesus e uma boa aula.

 

 

Elaboração por: Pb. Josenildo Cardoso Cavalcante

 

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