A Ameaça dos Falsos Mestres
Porque se introduziram alguns, que ja’ antes estavam escritos para este mesmo juízo, homens ímpios, que convertem em dissolução a graça de Deus e negam a Deus, único dominador e Senhor nosso, Jesus Cristo. ( Jd 4).
Introdução
Meu primeiro pastor chamava-se Roberto Montanheiro. Com ele aprendi o valor da pureza da fé cristã. Naquelas aulas que nos ministrava todos os sábados na Assembléia de Deus em São Bernardo do Campo, levava-nos ele, com autoridade e erudição, a discernir a verdade do erro, a ortodoxia da hetorodoxia, a sã doutrina da apostasia. Sem aqueles estudos bíblicos, minha formação teológica seria mui deficiente; não estaria preparado para as responsabilidades que, anos mais tarde, me entregaria o Senhor Jesus.
Posto que amoroso e compassivo, o pastor Montanheiro era inflexível com os falsos mestres. Sabia ele que uma igreja somente haverá de progredir se primar pela correção doutrinária. Pondo-se a discorrer sobre as seitas e heresias, acabava sempre por citar esta passagem de Isaías: “A lei e ao testemunho! Se eles não falarem desta maneira, jamais verão a alva” (Is 8.20).
Meu pastor não teve oportunidade de escrever um livro, mas lutou, árdua e incansavelmente lutou, a fim de que suas ovelhas conservassem incontaminada a santíssima fé. Em todas as suas aulas e estudos bíblicos, em todos os seus sermões e prédicas, estimulava-nos a batalhar as batalhas do Senhor, e a não nos enganarmos com os que, dissimuladamente, nos procuram destruir a comunhão com Jesus.
Tem você lutado pela verdadeira fé? Sabe discernir
entre a verdade e o erro? E capaz de detectar as heresias
e apostasias que, sutilmente, são introduzidas no arraial
dos santos? Se a sua resposta for negativa, é hora de aplicar-se
ao estudo intensivo e continuado da Palavra de Deus, à oração e
á consagração. As apostasias não podem resistir a uma vida santa e inteiramente dedicada a Cristo Jesus.
1. O Aparecimento dos Falsos Mestres
John Trapp afirmou que a heresia é uma lepra mental. Contamina não somente a ortodoxia bíblica, mas a própria comunhão dos santos. Eis por que, no Antigo Testamento, determinara o Senhor ficassem os leprosos fora do arraial até que viessem a se curar completamente. Caso contrário: sua moléstia haveria de contaminar o acampamento dos santos. Se os hereges podem assim ser considerados, por que os contemporâneos os de Judas não lhes perceberam a presença?
Estariam eles como o sírio Naamã que, apesar da doença, era tido como uma grande personalidade? O certo é que os apóstatas fingindo-se de mestres consumados e infalíveis doutores nas Sagradas Escrituras, se haviam imiscuído nas igrejas de Cristo. E já se sentindo bem à vontade entre os fiéis, puseram-se a destilar, de modo sutil e quase imperceptível seus erros e apostasias.
Não se apresentavam de maneira espalhafatosa; habilmente, iam se inserindo nas congregações e nos arraias de Cristo. Ladrões, esgueiravam-se como os répteis mais repugnantes; eram escorregadios e camaleônicos, O vocábulo usado por Judas para descrever a ação desses elementos é mui elucidativo: pareisduómai — entrar secreta e furtivamente, Temos aqui a idéia de alguém que, para disfarçar suas reais intenções, esconde-se sob a cobertura da piedade. F. B. Meyer assim os descreve:
“Certas pessoas, que citavam a misericórdia de Deus como desculpa para a imoralidade e na prática repudiavam os ensinos do Senhor Jesus, haviam se introduzido na igreja dissimuladamente”.
Ignácio, o Mártir, fala acerca de alguns pregadores itinerantes que, embora tivessem uma vida desordenada e torcessem as Sagradas Escrituras, encontravam guaridas em muitas igrejas. Avidos pelos bens materiais, e tudo fazendo por cevar o seu marketing, os tais iam semeando apostasias erros e maldições na seara do Senhor. Ao partirem para outras paragens, deixavam o rebanho de Cristo em grandes angústias e desacertos.
Que vivido retrato de nossos dias!
Muitos são os que, de igreja em igreja, saem a semear suas heresias e mentiras. Ostentando uma piedade que não têm, e fingindo um conhecimento que não possuem, transtornam congregações e neutralizam operosos ministérios. Obreiros da iniqüidade, espalham eles os modismos que levam a confusão aos arraiais dos santos. Distorcendo textos, isolando versículos e trabalhando sua própria hermenêutica, falam de uma teologia que só prospera para eles; discorrem sobre uma confissão que somente a eles é positiva. Quando voltam aos seus covis, deixam rebanhos a se dividirem e ministérios às voltas com problemas insolúveis.
Esses aventureiros buscam apenas uma coisa: a lã das ovelhas e a gordura dos cordeiros. Não choram pelas almas nem ligança alguma emprestam aos que caminham para o inferno. Com a sua oratória arrancam vultosas oferendas dos redis; através de sua persuasão, extorquem os recursos que bem poderiam ser carreados às missões e às obras sociais. Não bastassem tantos estelionatos e apropriações indébitas, destroem lares, contaminam esposas e filhas, induzindo-as à imoralidade,
Disse-me, certa vez, um desses malfeitores que, com o conhecimento que possuía da psicologia dos pentecostais, era capaz de arrancar destes as próprias roupas. Possuía ele, de fato, um grande poder de convencimento. Falava com desenvoltura e com desenvoltura intrometia-se na intimidade dos santos. Durante sua estada entre os fiéis, destruiu lares e levou alguns rapazes ao homossexualismo. No púlpito, parecia não haver ninguém mais piedoso. O Senhor Jesus, porém, estava atento àquele iníquo. Sua carreira foi tristemente encerrada, Infelizmente, alguns de seus estragos jamais puderam ser reparados.
Não podemos esquecer-nos dos evangelistas itinerantes que vêm prestando um excelente trabalho ao Reino de Deus. Haja vista Billy Grahan. Hoje, com mais de oitenta anos, o irmão Grahan pode olhar para trás sem ter de que se envergonhar. Não haveremos de esquecer também aqueles evangelistas e pastores que, nos mais distantes rincões de nossa terra, estão a cruzar rios e selvas, para levar as Boas Novas às populações mais distantes e recuadas. O trabalho de muitos destes heróis só haverá de ser conhecido no Tribunal de Cristo. Desprovidos de bens materiais, eles fazem questão de repartir o que não têm. Nisto a definição de D. T. Niles é exata:
“Evangelização é um mendigo contando a outro onde encontrar pão”.
Que o evangelista itinerante zele por seu ministério, a fim de que jamais seja confundido com um mascate da fé. Sua missão é falar de Cristo, cruzando fronteiras, fazendo cruzadas e sempre levando sua cruz. Ele não é um caixeiro viajante nem um daqueles ambulantes que nos tentam empurrar produtos de qualidade duvidosa.
Estaremos, porém, devidamente apercebidos a fim
de barrar a entrada dos falsos doutores no rebanho
de Cristo? Identfiquemo5 os falsos mestres, e divisemos
entre o trigo do Senhor, o joio que eles, ladinamente,
semeiam no rebanho enquanto tosquenejamos.
II. Quem So os Falsos Mestres
Os hereges bem fariam se atentassem a esta advertência de Thomas Watson: “O homem pode ir para o inferno tanto por heresia quanto por adultério”. O que estamos vendo no meio evangélicos porém, é um consumado adultério espiritual. O apóstata, deixando a recomendação de Cristo e dos apóstolos quanto pureza doutrinária, não vacila em deixar o Mestre dos mestres por aqueles que não passam de tolos. Entremos a ver, com mais vagar, quem de fato são os falsos mestres,
1. Os falsos mestres são ímpios. Judas classifica os falsos mestres de ímpios. A palavra grega usada pelo escritor sagrado:masebés, descreve alguém irreligioso e privado de toda piedade.
Discorrendo sobre os tais indivíduos, Pedro tacha-os de falsos doutores (2 Pe 2.1). O substantivo pseudodidáskalos denota um falso mestre na mentira e um graduado na apostasia, São os que buscam perverter a Igreja de Deus através de ensinamentos que, apesar da aparência de piedade, negam-lhe toda a eficácia,
Que poder não tem um falso mestre! Através de artifícios e sofismas, desacreditam os mais cristalizados dogmas e deitam por terra a mais alicerçada das doutrinas, A Igreja, em seu nascedouro, enfrentou muitas dificuldades em conseqüência dessa casta, Haja vista os nicolaítas e os defensores da doutrina de Balaão. Tornou-se tão crítica a situação, que o próprio Cristo teve de intervir (Ap 2,6; 14), Mas, qual a base do ensino desses elementos que, no período de Judas, tantos males causaram à Igreja?
2. A base do ensino dos falsos mestres. Tanto naqueles dias, quanto nestes, os falsos mestres visam três coisas básicas:
a) A conversão da graça de Deus em dissolução. Distorcendo a doutrina da salvação pela graça, ensinavam os tais doutores que o crente, mesmo vivendo uma vida dissoluta e sem limites, jamais haverá de perecer. Pois, de qualquer forma, acabará por ser alcançado pelo imerecido favor de Deus, Assim, induziam eles os fiéis a praticarem toda a espécie de desregramentos,
Para explicar o que estes indivíduos faziam, Judas é inspirado a usar o verbo grego metatitbentes que ostenta estes significados: transpor, transferir, trocar de lugar. Da forma como o verbo é colocado, denota-se que os falsos mestres estavam tentando transformar a graça de Deus em dissolução. Não foi exatamente o que fez Balaão em pleno deserto? Embora conhecesse o amor e a justiça de Deus, usou de engenhosos artifícios para induzir os filhos de Israel a pecar. Sabia ele que só havia um jeito de forçar o bondoso Deus a acionar sua justiça: ferindo o atributo de sua santidade. Quando esta é ferida, aquela entra de imediato em ação.
Infelizmente, muitos são os que, menosprezando as riquezas da graça divina e zombando das reivindicações do Santo Deus, desviam os fiéis a uma vida devassa e abominável, O pastor John McArthur Jr. denuncia que, nos Estados Unidos, muitas foram as igrejas evangélicas transformadas em abomináveis casas de espetáculos. Em algumas delas, há inclusive desfiles de mulheres nuas e espetáculos violentos,
Que ninguém se engane! O mesmo Deus que reivindicou de Israel santidade e pureza, está a chamar a Igreja de Cristo a um compromisso mais sério com a sua Palavra, Como encarar aqueles que afirmam ser mais importante a doutrina do que os bons costumes? Tal alegação, posto que verdadeira, precisa ser devidamente completada com esta afirmação: a boa doutrina sempre conduz aos bons costumes, ao passo que os costumes, quando deteriorados, estarão sempre a reclamar uma justificativa teológica.
Foi o que aconteceu na Alemanha nos anos que precederam à ascensão de Adolf Hitler, Os alemães, olvidando o exemplo de Lutero, desviaram-se das reivindicações bíblicas, e puseram-se a torcer as Sagradas Escrituras. Este liberalismo acabou por abrir caminho a um dos mais abomináveis monstros da História. Desgraçadamente, o mesmo fenômeno vem se observando em alguns países que, até há bem pouco tempo, eram grandes colunas do evangelismo bíblico. Haja vista os Estados Unidos. Se não buscarmos com urgência um grande avivamento, terminaremos por abrir alas ao próprio Anticristo,
Se por um lado a Palavra de Deus condena o legalismo, por outro, ergue-se com igual veemência contra o mundanismo; requer o Senhor que sejamos santos e irrepreensíveis (Hb 14.12). Preservemos, pois, os bons costumes, a continência e um viver decente e regrado.
b) A negação da soberania divina. Presumindo-se deuses, rejeitavam eles a soberania divina; diziam ser a vontade humana absoluta, Colocavam-se a si mesmos como a medida de todas as coisas. Os falsos mestres, sejam eles do tempo de Judas, sejam do nosso, têm uma linha de ação comum: “...negam a Deus, único dominador e Senhor nosso, Jesus Cristo” (Jd 4).
Não reconhecem nenhum tipo de autoridade: desconsideram o ministério cristão; desprezam os poderes constituídos e negam abertamente a Deus e a Cristo Jesus. A expressão grega usada por Judas para descrever a ação destes elementos é bastante forte: arnéomai significa não apenas negar como também dizer não. Desconsiderando todos os atributos naturais e morais de Deus, zombando de sua soberania e arvorando-se como os únicos potentados do Universo, os tais mestres dizem não a Deus em palavras e ações.
Não são poucos os que, em nossos dias, negam a Deus, Haja vista os proponentes da teologia da prosperidade e da confissão positiva. Induzem eles os santos a desconhecerem por completo a vontade divina. Sob o disfarce de intocáveis mestres das Sagradas Escrituras, menosprezam o Supremo Ser. Alguns colocam-se na posição do Soberano Senhor, imitando aquele ungido querubim que, na ânsia de destronar a Deus, levou os céus a se romperem numa frustrada rebelião.
Seriam esses teólogos melhores do que Cristo? O Salvador não somente nos ensinou a subjugar-nos à divina vontade, como Ele próprio o fez no Getsêmani? (Mt 6.10; 26.42). Sejamos criteriosos nas orações; Deus não se agrada de sacrifício de tolos (Ec 5.1-7). Se não nos conformarmos à sua vontade, jamais poderemos reivindicar-lhe: “venha-nos o seu reino”. A manifestação deste acha-se diretamente condicionada à inquestionável soberania de Deus.
Estes últimos dias exigem crentes quebrantados. Homens, mulheres, jovens e crianças que, em todas as coisas, reconheçam: os céus reinam. E que jamais venham a seguir os passos de Nabucodonosor e de Herodes.
Quanto aos que teimam em imitar a Satanás, o seu lugar acha-se reservado no lago de fogo, onde será lançado o diabo e seus anjos (Ap 20.10).
c) A negação de Cristo como Senhor. Eles também ignoravam ao Senhor Jesus como Filho de Deus, e desconheciam-lhe o primado sobre a Igreja. Colocavam-se acima de Cristo, reputando-o como um ser sem qualquer importância. Ignoravam ser Jesus o Rei dos reis e Senhor dos senhores. Desconheciam eles a doutrina da soberania do Senhor Jesus? O apóstolo Paulo, nas epístolas gêmeas: Efésios e Colossenses, ressalta de forma sublime e insuperável a soberania de Nosso Senhor. Em ambas as cartas, Jesus é apresentado não somente como o cabeça da Igreja, mas como o potentado máximo de toda a criação.
Urge reavivarmos a doutrina da soberania de Cristo. Ele é o cabeça da Igreja e o Senhor do Universo! Quando de sua ressurreição, confiou-lhe o Pai irrestrita autoridade sobre todas as coisas (Mt 28,18; Cl 1.18; Ap 19.6).
Já observou como os falsos mestres tratam o Senhor Jesus Vivem eles como se o Cristo de Deus inexistisse. Aliás, colocam-se acima do Cordeiro. Não sabem eles, porém, que, um dia, serão obrigados a curvar-se diante do Filho de Deus (Fp 2.1-11).
De que forma você trata o Senhor Jesus? Como o Rei dos reis
e Senhor dos senhores? Ou como alguém que deve estar sempre
submisso à sua vontade? Não se esqueça: Jesus é soberano!
Ele comanda todas as coisas; deve estar por isso acima de tudo
quanto existe quer na terra, quer no céu. Tal poder, conferiu-lhe o Pai.
Se quisermos ser honrados como filhos de Deus, honremos o Senhor
Jesus Cristo. Sua soberania é inegociável! Os que desprezam a Jesus
no tempo, na eternidade haverão de ser desprezados.
III. A Atuação dos Falsos Mestres no Antigo Testamento
Em sua epístola, que possui muitos pontos semelhantes à de Judas, alerta Pedro que, a exemplo dos falsos profetas do Antigo Testamento, os doutores falsos desta era tudo farão por induzir a Igreja de Cristo à heresia de perdição. Balaão é um exemplo bastante elucidador.
1. Balaão, o profeta mercenário, Conquanto possuísse aprofundados conhecimentos de Deus, ignorou-lhe Balaão as advertências, pondo-se a mercadejar com os seus oráculos. Nesse tráfico, ensinou a Balaque a colocar tropeços diante dos filhos de Israel, a fim de que estes fossem amaldiçoados (Ap 2.14). Mais adiante, voltaremos a falar nesse obreiro fraudulento.
Infelizmente, continuamos a elas guaridas aos falsos mestres em nossos púlpitos e cátedras. Não bastasse, ainda lhes pagamos para que nos amaldiçoem com os seus ensinos, erros e apostasias.
De tal forma motivados, eles jamais nos deixarão os redis e arraiais. E o que ensinavam os falsos profetas a Israel Responde Pedro: “encobertamente heresias de perdição” (2 Pe 2.1).
2. Heresias de perdição. A frase heresias ele perdição é muito forte na língua grega: bairéseis apoleías. Denota os falsos ensinos que conduzem à completa destruição e à danação eterna. Foi o que aconteceu no lamentável episódio de Baal-Peor. Como os varões hebreus se prostituisem com as midianitas, insurgiu-se o Senhor no arraial, matando a 24 mil dentre eles (Nm 25.9). Passadas algumas décadas, os israelitas ainda se ressentiam dos amaros frutos daquela devassidão (Js 22.17).
Não se brinca com os falsos ensinos, Estes se transformam em
heresias, estas se fazem apostasias e as apostasias sempre acabam
por trazer a maldição sobre o povo de Deus. Observe que a expressão
rega apoleias significa, primariamente, destruição completa. E usada também para descrever a condenação eterna daqueles que, rejeitando a Cristo, apegam-se ao mal e à mentira.
IV. A Motivação dos Falsos Mestres
Os falsos doutores, que estão a perambular livremente por nossas igrejas, possuem apenas uma única motivação: o lucro fácil. Atentemos ao alerta de Pedro: “E, por avareza, farão de vós negócio com palavras fingidas” (2 Pe 2.3).
1. Os negociantes da fé, Diz aqui o apóstolo, seguindo a mesma linha de Judas, que os tais doutores farão comércio dos santos. O vocábulo grego usado é emporeúomai que, entre outras coisas, denota: viajar como mercador, fazer negócios, comerciar, explorar e lucrar. Vão os falsos doutores, de cidade em cidade, destilando o seu veneno; itinerantemente, vão eles enganando e fazendo grandes arrastões entre os santos. Destes, levam tudo; além do dinheiro, a própria fé.
2. Os produtos da fé. Ora, se existem tais comerciantes é porque os produtos são abundantes, Refiro-me às pobres ovelhas que, desamparadas de seus guardadores, ficam à mercê dos lobos. Estes graduam-se na exploração do povo e doutoram-se na destruição da fé singela e doce que do Senhor Jesus recebemos. Depois, como se nada houvesse acontecido, vão eles compondo suas teses de maldições e as suas monografias autenticadas pelo diabo. Estejamos vigilantes! A natureza do lobo não mudou. Lobo é lobo ainda que pareça cordeiro. Mas quão lamentável será o seu destino!
V. O Destino dos Falsos Mestres
O destino dos falsos doutores é a perdição. O original grego encerra um fortíssimo sentido: danação irreversível. Judas deixa bem claro que o castigo a se abater sobre os tais não dormita; acha-se desperto e punirá os que zombam de Deus e mentem-lhe ao povo.
Estejamos despertos! Assim, o adversário não semeara’
o seu joio na seara do Senhor. Isso só ocorrerá se dormimos.
Não foi o que afirmou o Mestre Divino?
Conclusão
Certa vez, o herege Marcião abordou a Policarpo, bispo de Esmirna, indagando-lhe com ares de importância:
Conheces-me? Sabes quem sou eu?
O zeloso pastor martirizado em 159 por causa de sua fé em Cristo, não se fez de rogado. Encarando gravemente o herege, respondeu-lhe:
Conheço-te muito bem, e sei quem és, Tu és Marcião, primogênito de Satanás.
Os falsos mestres são piores que os leões enfrentados pelos servos de Cristo nas arenas romanas. Os felinos limitam-se a devorar o corpo; os apóstatas canceram a alma.
Consideremos as advertências de Judas. Não nos deixemos levar pelas blandícies dos falsos doutores e mestres que, de nossos púlpitos5 fazem grandes publicidades do inferno. O que eles mais buscam é induzir os santos à perdição. Se estivermos vigilantes porém jamais semearão eles o joio em nosso campo.
O preço da pureza doutrinária é a eterna vigilância.
Por:- Ev. Isaias Silva de Jesus
Serie Comentário Bíblico de Judas; Claudionor de Andrade
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