Paulo exemplo do ganhador de almas
TEXTO ÁUREO = “Sede
meus imitadores, como também eu de Cristo.’ I Co 11.1.
VERDADE
PRATICA = O
homem que se reconhece a si mesmo chamado, e se dedica inteiramente a ganhar
almas, será coroado com a coroa da justiça no fim da jornada.
LEITURA EM
CLASSE = 1 Co 9,16-23
I- A
OBRIGAÇÃO DE GANHAR ALMAS, 1 Co 9.16a. O apóstolo Paulo definiu a tarefa de ganhar
almas como uma obrigação. Como isto é maravilhoso! Evangelizar não é, como
alguns chegam a supor e afirmar, algo optativo ou facultativo. Quantos há que
relegam a genuína pregação do Evangelho a uro plano muito-inferior,
estabelecendo corno prioridade das Igrejas tarefas de cunho soc ia!. Paulo
disse: ‘... me é imposta essa obrigação.”
1. A
obrigação é conseqüência da chamada. Quando o Senhor Jesus apareceu a Paulo,
disse-lhe: “... te apareci por isto, para te pôr por ministro e testemunha At
26.16. O Senhor esclareceu a Ananias: ‘Vai, porque este é para mim um vaso
escolhido, para levar o meu nome diante dos gentios, e dos reis e dos filhos de
Israel.” At 9.15.
2. A
obrigação é resultante do propósito divino para com a Igreja. A Igreja é
a unica instituição escolhida por Deus para levar a cabo a evangelização do
mundo, At 2.47b; 11.25,26; II Co 8.23,24. Nenhuma Junta, Comité, Convenção,
Congresso ou qual- quer organização tem significado na obra de evangelizar se
for colocada à margem da Igreja propriamente dita.
3. A
Obrigação é derivada da necessidade espiritual do mundo perdido. “O pecado
é o câncer da alma”, e todo homem foi concebido em pecado, SI 51.5; vive
afastado de Deus, Is 53.6; tem seus pecados selados diante de Deus, Jr 2.22;
possui um coração enganoso, Jr 17.9; e está destituído da glória de Deus. Além
disso, ninguém pode salvar-se a si mesmo, Pv 14.12; GI 2.16. Pregar a Cristo é
uma obrigação para hoje, 11h 3.7; At 6.5, pois Ele é a única esperança para um
mundo perdido, Jo 8.36; 1.29; At 4.12.
II - O
PERIGO DE NÃO GANHAR ALMAS, 1 Co 9.16b. Existe algum perigo em o crente deixar de
ganhar almas? Deus leva em consideração a passividade da Igreja que se recusa a
ir às praças, a realizar movimentos sérios e intensos de evangelização? Qual a
posição do Paulo, o ganhador de almas que estudamos esta semana?
Quando ocorria à mente de Paulo a tristissima
possibilidade de não ganhar almas, de não pregar o Evangelho, uma explosiva
exclamação brotava de sua pena: “ai de mim O coração sincero para com Deus
reconhece o perigo de abster-se de pregar, o perigo de negligenciar a tarefa de
anunciar a Cristo. Reconhece e geme, procurando o caminho certo, Paulo sentia
em seu coração não poder fazer mais para Aquele que o salvou de seus pecados.
1. E perigo
porque representa falta de obediência. A Bíblia ensina que obedecer é melhor do que
sacrificar. E ,ganhar almas é um mandamento que requer obediência de todos os
discípulos de Cristo. Jesus disse: “Ide e pregai”. Não ir e não reger é
desobediência. Desobediência é pecado. Mc 16.15; Lc 9.2,60.
2. E perigo
porque significa falta de sabedoria. Salomão escreveu em $eu livro que ‘o que
ganha almas é sábio”. A mais eloqüente demonstração de sabedoria que um crente
pode fazer não é profetizar, ou falar em línguas, ou expulsar demônios, ou
construir obras sociais. A sabedoria modelar do cristão se revela na tarefa de
ganhar almas, pois significa a construção, a ampliação do Reino de Deus na
terra. ‘Quem ensina a justiça... resplandecer?, Dn 12.3,
3. E perigo
porque demonstra falta de responsabilidade. Se a maior tarefa e a suprema
responsabilidade da Igreja é precisamente evangelizar, para onde tem do essa
responsabilidade e como ela está diante de Deus se nega a fazer o seu dever
inerente e fundamental? Somos revestidos do poder para nos tornar- nos testemunhas
até ‘os confins da terra, At 1.8. Somos exortados expressamente pela Bíblia a
salvar alguns, arrebatando-os do fogo, Jd 23. Quando desempenharemos a contento
a nossa precípua missão?
III O PRÊMIO
DE GANHAR ALMAS, 1 Co 9.17,18. Ganhar almas não @ apenas uma obrigação; não
é somente uma responsabilidade. E, também, um privilégio, um serviço espiritual
que Deus acompanha com interesse especial e recompensará no devido tempo. Não
devemos ganhar almas em função d.o prêmio, mas devemos estar certos de que
haverá o prêmio, graças a Deus.
1. A certeza
do prêmio.
São Paulo nunca duvidava sobre as coisas espirituais. Ele alcançara as
profundas revelações do Espírito. No seminário do deserto da Arábia, Jesus lhe
ensinou tudo que lhe seria necessário. Jesus lhe ministrou aulas de valer
eterno. E, na seqüência de seu apostolado ele nos transmite muitos desses
conhecimentos, em forma de convicção definida: “terei prêmio”. Não existe
dúvida onde o Espírito ministra. Tem você também essa certeza? -
2. A
natureza do prêmio. O maior prêmio de Deus para o homem é o próprio Deus, Gn 15.1. “Ele
é a ‘grande recompensa” que todos podemos esperar, tranqüilos e, fiéis, SI
19.11.
Ver a Deus em Seu trono, contemplá-Lo em Sua
majestade, ouvir-Lhe a voz sem as limitações de tempo e de espaço, que
maravilha. Mas, há também coroas reservadas, recompensas concretas que Ele dará
a cada um, no tempo devido. A recompensa será sempre de ordem espiritual, pois
o que é da terra é terreno, o que é do céu, é celestial, é espiritual, 1 Co
15.47,48; II Tm 4.8.
3. A posse
do prêmio.
Dezenas de anos antes de o Senhor falar a Paulo sobre ele nos escrever a
respeito do prêmio, de coroas, ele nos falou de cruz. “Eu lhe mostrarei quanto
deve padecer pelo meu nome’, At 9.16. No fim, da jornada, no entanto, a visão
da coroa era nítida. Jesus é fiel. Ele pessoalmente trará, em Sua segunda
vinda, a recompensa para todos os Seus servos fiéis e operosos. Ninguém será
Seu representante. Ele mesmo trará em Suas mãos, Ap 22.12. Deus ajude para que
tenhamos construído algo de proveitoso, que venha a fazer jus ao galardão do
Senhor, 1 Co 3.14.
IV - A
ABNEGAÇÃO OE GANHAR ALMAS, 1 Co 9.19-22. Para que possamos em verdade ganhar as
almas, teremos de descer ao plano em que as almas estão, sem nos contaminarmos
com a lama que as envolve. Temos que aprender esta lição olhando para os lírios
do campo, que não mancham sua veste, embora convivam no lodo. Paulo nos ensina
que quando desejamos ganhar as almas devemos desfazer-nos de preconceitos.
Muitos não evangelizam nas favelas porque as condições sanitárias são
reduzidas: Muitos não evangelizam os “hippies”, por causa da fumaça de seus
cigarros. Muitos, não evangelizam os aficionados do futebol, porque eles
‘gritam muito’, etc, etc. Todos os homens estão perdidos e todos merecem a
nossa compaixão. O Samaritano socorreu o pobre homem caído e saqueado porque
este “descia de Jerusalém para Jericó. A Igreja não pode esconder-se,
indiferente aos clamor?s das gentes que padecem sem Deus. São Paulo se fazia
servo, para ganhar os servos; sem lei, para ganhar os sem lei e fraco, para
ganhar os fracos.
V - A RAZÃO
DE GANHAR ALMAS, 1 Co 9.23. “Por causa do Evangelho”. O Evangelho era a razão primeira de
Paulo. O Evangelho em si. O Evangelho é o poder de Deus, Rm 1.16. Quem alcança
o poder do Evangelho não pode aquietar-se. Procura, de imediato, sair em campo
para ver o Evangelho operar milagres em outras vidas. Agrada profundamente a
Paulo “dar testemunho do Evangelho da graça de Deus”, Essa graça havia se
manifestado desde os céus, para salvar os homens, Tt 2.11. O Evangelho é cristo
cêntrico Por isso, é suficiente. Cristo é suficiente para o mundo. E é
manifestado ao mundo pela excelência do Evangelho, 1 Co 9 12. O Evangelho quer
-esplandecer em cada coração, II Co 4.4. Resta; apenas, que muitos, como Paulo,
o proclamem sem cessar.
VI - O
EXEMPLO DE GANHAR ALMAS, I Co 11.1. O texto-áureo de nossa lição é um chamamento
de muita grandeza às realidades da vida espiritual. Não é fácil chegar á
posição eminente atingida pelo apóstolo das gentes, mas sobre ele caiu
abundantemente a perfeita e preciosa graça do Senhor. “Ele disse: Sede meus
imitadores”. Quantos hoje dentro de nossas Igrejas poderiam dizer o mesmo?
1. Paulo
imitou a Cristo. Cristo é o sol de Paulo em todos os seus escritos. A mais
profunda epístola por ele escrita, aos Efésios, tem como palavras chaves ‘em
Cristo. Ele viveu em Cristo, viveu por Cristo, viveu através de Cristo, viveu
com Cristo, viveu para Cristo. A imagem de Cristo foi estampada em sua vida.
Daí a fonte de seus sucessos.
2. Os
crentes primitivos imitaram a Paulo. Por onde Paulo passava, deixava o
ensinamento vibrante do Evangelho. Ele gerou muitos filhos espirituais em
Cristo. Esses filhos, em sua maioria, imitaram-lhe o exemplo, seguiram-lhe as
pisadas, e foram bem sucedidos. Sua recomendação a Timóteo mostra o carinho
paternal para com seus filhos na fé, nunca deixando que ele perdesse de vista o
sublime alvo de ser discípulo de Jesus: “faze a obra de um evangelista”, l Tm
4.5.
3. Nós
também devemos imitar a Paulo e aos crentes que o imitaram. Paulo era
um apóstolo e a Bíblia diz que devemos perseverar nas doutrinas dos apóstolos,
At 2.42. Deus nos dó a graça suficiente para combatermos o espírito de indolência
que muitas vezes se apodera de nós e, assim, possamos cumprir o desafio que nos
é proposto - ganhar almas, a sublime tarefa da Igreja. Que cada um repita, com
o apóstolo: “ai de mim, se não anunciar o Evangelho.”
Evangelista
Isaias Silva de Jesus
Igreja
Evangélica Assembléia de Deus Ministério Belém Em Dourados – MS
Lição
Bíblicas 4º. Trimestre 1974 - CPAD
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