terça-feira, 5 de julho de 2016

Paulo exemplo do ganhador de almas



Paulo exemplo do ganhador de almas

TEXTO ÁUREO = “Sede meus imitadores, como também eu de Cristo.’ I Co 11.1.

VERDADE PRATICA = O homem que se reconhece a si mesmo chamado, e se dedica inteiramente a ganhar almas, será coroado com a coroa da justiça no fim da jornada.

LEITURA EM CLASSE = 1 Co 9,16-23

I- A OBRIGAÇÃO DE GANHAR ALMAS, 1 Co 9.16a. O apóstolo Paulo definiu a tarefa de ganhar almas como uma obrigação. Como isto é maravilhoso! Evangelizar não é, como alguns chegam a supor e afirmar, algo optativo ou facultativo. Quantos há que relegam a genuína pregação do Evangelho a uro plano muito-inferior, estabelecendo corno prioridade das Igrejas tarefas de cunho soc ia!. Paulo disse: ‘... me é imposta essa obrigação.”

1. A obrigação é conseqüência da chamada. Quando o Senhor Jesus apareceu a Paulo, disse-lhe: “... te apareci por isto, para te pôr por ministro e testemunha At 26.16. O Senhor esclareceu a Ananias: ‘Vai, porque este é para mim um vaso escolhido, para levar o meu nome diante dos gentios, e dos reis e dos filhos de Israel.” At 9.15.

2. A obrigação é resultante do propósito divino para com a Igreja. A Igreja é a unica instituição escolhida por Deus para levar a cabo a evangelização do mundo, At 2.47b; 11.25,26; II Co 8.23,24. Nenhuma Junta, Comité, Convenção, Congresso ou qual- quer organização tem significado na obra de evangelizar se for colocada à margem da Igreja propriamente dita.

3. A Obrigação é derivada da necessidade espiritual do mundo perdido. “O pecado é o câncer da alma”, e todo homem foi concebido em pecado, SI 51.5; vive afastado de Deus, Is 53.6; tem seus pecados selados diante de Deus, Jr 2.22; possui um coração enganoso, Jr 17.9; e está destituído da glória de Deus. Além disso, ninguém pode salvar-se a si mesmo, Pv 14.12; GI 2.16. Pregar a Cristo é uma obrigação para hoje, 11h 3.7; At 6.5, pois Ele é a única esperança para um mundo perdido, Jo 8.36; 1.29; At 4.12.

II - O PERIGO DE NÃO GANHAR ALMAS, 1 Co 9.16b. Existe algum perigo em o crente deixar de ganhar almas? Deus leva em consideração a passividade da Igreja que se recusa a ir às praças, a realizar movimentos sérios e intensos de evangelização? Qual a posição do Paulo, o ganhador de almas que estudamos esta semana? 

Quando ocorria à mente de Paulo a tristissima possibilidade de não ganhar almas, de não pregar o Evangelho, uma explosiva exclamação brotava de sua pena: “ai de mim O coração sincero para com Deus reconhece o perigo de abster-se de pregar, o perigo de negligenciar a tarefa de anunciar a Cristo. Reconhece e geme, procurando o caminho certo, Paulo sentia em seu coração não poder fazer mais para Aquele que o salvou de seus pecados.

1. E perigo porque representa falta de obediência. A Bíblia ensina que obedecer é melhor do que sacrificar. E ,ganhar almas é um mandamento que requer obediência de todos os discípulos de Cristo. Jesus disse: “Ide e pregai”. Não ir e não reger é desobediência. Desobediência é pecado. Mc 16.15; Lc 9.2,60.

2. E perigo porque significa falta de sabedoria. Salomão escreveu em $eu livro que ‘o que ganha almas é sábio”. A mais eloqüente demonstração de sabedoria que um crente pode fazer não é profetizar, ou falar em línguas, ou expulsar demônios, ou construir obras sociais. A sabedoria modelar do cristão se revela na tarefa de ganhar almas, pois significa a construção, a ampliação do Reino de Deus na terra. ‘Quem ensina a justiça... resplandecer?, Dn 12.3,

3. E perigo porque demonstra falta de responsabilidade. Se a maior tarefa e a suprema responsabilidade da Igreja é precisamente evangelizar, para onde tem do essa responsabilidade e como ela está diante de Deus se nega a fazer o seu dever inerente e fundamental? Somos revestidos do poder para nos tornar- nos testemunhas até ‘os confins da terra, At 1.8. Somos exortados expressamente pela Bíblia a salvar alguns, arrebatando-os do fogo, Jd 23. Quando desempenharemos a contento a nossa precípua missão?

III O PRÊMIO DE GANHAR ALMAS, 1 Co 9.17,18. Ganhar almas não @ apenas uma obrigação; não é somente uma responsabilidade. E, também, um privilégio, um serviço espiritual que Deus acompanha com interesse especial e recompensará no devido tempo. Não devemos ganhar almas em função d.o prêmio, mas devemos estar certos de que haverá o prêmio, graças a Deus.

1. A certeza do prêmio. São Paulo nunca duvidava sobre as coisas espirituais. Ele alcançara as profundas revelações do Espírito. No seminário do deserto da Arábia, Jesus lhe ensinou tudo que lhe seria necessário. Jesus lhe ministrou aulas de valer eterno. E, na seqüência de seu apostolado ele nos transmite muitos desses conhecimentos, em forma de convicção definida: “terei prêmio”. Não existe dúvida onde o Espírito ministra. Tem você também essa certeza? -

2. A natureza do prêmio. O maior prêmio de Deus para o homem é o próprio Deus, Gn 15.1. “Ele é a ‘grande recompensa” que todos podemos esperar, tranqüilos e, fiéis, SI 19.11.
Ver a Deus em Seu trono, contemplá-Lo em Sua majestade, ouvir-Lhe a voz sem as limitações de tempo e de espaço, que maravilha. Mas, há também coroas reservadas, recompensas concretas que Ele dará a cada um, no tempo devido. A recompensa será sempre de ordem espiritual, pois o que é da terra é terreno, o que é do céu, é celestial, é espiritual, 1 Co 15.47,48; II Tm 4.8.

3. A posse do prêmio. Dezenas de anos antes de o Senhor falar a Paulo sobre ele nos escrever a respeito do prêmio, de coroas, ele nos falou de cruz. “Eu lhe mostrarei quanto deve padecer pelo meu nome’, At 9.16. No fim, da jornada, no entanto, a visão da coroa era nítida. Jesus é fiel. Ele pessoalmente trará, em Sua segunda vinda, a recompensa para todos os Seus servos fiéis e operosos. Ninguém será Seu representante. Ele mesmo trará em Suas mãos, Ap 22.12. Deus ajude para que tenhamos construído algo de proveitoso, que venha a fazer jus ao galardão do Senhor, 1 Co 3.14.

IV - A ABNEGAÇÃO OE GANHAR ALMAS, 1 Co 9.19-22. Para que possamos em verdade ganhar as almas, teremos de descer ao plano em que as almas estão, sem nos contaminarmos com a lama que as envolve. Temos que aprender esta lição olhando para os lírios do campo, que não mancham sua veste, embora convivam no lodo. Paulo nos ensina que quando desejamos ganhar as almas devemos desfazer-nos de preconceitos. Muitos não evangelizam nas favelas porque as condições sanitárias são reduzidas: Muitos não evangelizam os “hippies”, por causa da fumaça de seus cigarros. Muitos, não evangelizam os aficionados do futebol, porque eles ‘gritam muito’, etc, etc. Todos os homens estão perdidos e todos merecem a nossa compaixão. O Samaritano socorreu o pobre homem caído e saqueado porque este “descia de Jerusalém para Jericó. A Igreja não pode esconder-se, indiferente aos clamor?s das gentes que padecem sem Deus. São Paulo se fazia servo, para ganhar os servos; sem lei, para ganhar os sem lei e fraco, para ganhar os fracos.

V - A RAZÃO DE GANHAR ALMAS, 1 Co 9.23. “Por causa do Evangelho”. O Evangelho era a razão primeira de Paulo. O Evangelho em si. O Evangelho é o poder de Deus, Rm 1.16. Quem alcança o poder do Evangelho não pode aquietar-se. Procura, de imediato, sair em campo para ver o Evangelho operar milagres em outras vidas. Agrada profundamente a Paulo “dar testemunho do Evangelho da graça de Deus”, Essa graça havia se manifestado desde os céus, para salvar os homens, Tt 2.11. O Evangelho é cristo cêntrico Por isso, é suficiente. Cristo é suficiente para o mundo. E é manifestado ao mundo pela excelência do Evangelho, 1 Co 9 12. O Evangelho quer -esplandecer em cada coração, II Co 4.4. Resta; apenas, que muitos, como Paulo, o proclamem sem cessar.


VI - O EXEMPLO DE GANHAR ALMAS, I Co 11.1. O texto-áureo de nossa lição é um chamamento de muita grandeza às realidades da vida espiritual. Não é fácil chegar á posição eminente atingida pelo apóstolo das gentes, mas sobre ele caiu abundantemente a perfeita e preciosa graça do Senhor. “Ele disse: Sede meus imitadores”. Quantos hoje dentro de nossas Igrejas poderiam dizer o mesmo?

1. Paulo imitou a Cristo. Cristo é o sol de Paulo em todos os seus escritos. A mais profunda epístola por ele escrita, aos Efésios, tem como palavras chaves ‘em Cristo. Ele viveu em Cristo, viveu por Cristo, viveu através de Cristo, viveu com Cristo, viveu para Cristo. A imagem de Cristo foi estampada em sua vida. Daí a fonte de seus sucessos.

2. Os crentes primitivos imitaram a Paulo. Por onde Paulo passava, deixava o ensinamento vibrante do Evangelho. Ele gerou muitos filhos espirituais em Cristo. Esses filhos, em sua maioria, imitaram-lhe o exemplo, seguiram-lhe as pisadas, e foram bem sucedidos. Sua recomendação a Timóteo mostra o carinho paternal para com seus filhos na fé, nunca deixando que ele perdesse de vista o sublime alvo de ser discípulo de Jesus: “faze a obra de um evangelista”, l Tm 4.5.

3. Nós também devemos imitar a Paulo e aos crentes que o imitaram. Paulo era um apóstolo e a Bíblia diz que devemos perseverar nas doutrinas dos apóstolos, At 2.42. Deus nos dó a graça suficiente para combatermos o espírito de indolência que muitas vezes se apodera de nós e, assim, possamos cumprir o desafio que nos é proposto - ganhar almas, a sublime tarefa da Igreja. Que cada um repita, com o apóstolo: “ai de mim, se não anunciar o Evangelho.”

Evangelista Isaias Silva de Jesus
Igreja Evangélica Assembléia de Deus Ministério Belém Em Dourados – MS
Lição Bíblicas 4º. Trimestre 1974  - CPAD

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