sexta-feira, 16 de outubro de 2015

A CRIAÇÃO DO MUNDO



A CRIAÇÃO DO MUNDO

TEXTO ÁUREO = “No princípio criou Deus os céus e a terra” ( Gn 1.1 ).

VERDADE PRÁTICA  = O mundo não foi criado por acaso. E obra específica e planejada daquele que é o autor de toda a criação DEUS.

LEITURA EM CLASSE = SALMO 148.1-14

INTRODUÇÃO

Na primeira lição, preocupamo-nos em estabelecer e esclarecer a doutrina da Criação. Nesta, entretanto, trataremos o assunto, do ponto de vista histórico.

1.0 REORDENAMENTO DA CRIAÇÃO

No primeiro versículo de Gênesis, temos declarado o ato do
Criador; no segundo, observamos o Universo criado, antes de Deus dar-lhe forma e vida.

1. O estado original da Terra. O versículo 2 declara que “a terra era sem forma é vazia” No original hebraico, aparece como “tôhu”“wabôhu”, e dá a idéia de um lugar ermo. O autor descreve o nosso planeta em seu estado incompleto. Alguns teólogos entendem este texto como uma referência ao ato da recriação, mas sem base suficiente na Bíblia para garantir esta idéia.

Os que defendem esta teoria, ensinam que entre Gênesis 1.1 e 1.2, houve um cataclismo geológico, provocado pela queda de Satanás perante o Criador . Mas, parece-nos que a narrativa da criação nada tem a ver com isso, pois trata-se de um relato dos atos criativos de Deus, que eliminou o caos que envolvia a Terra, “sem forma e vazia”.

2. O Espírito Santo, a presença de equilíbrio no caos. Este processo de ordenamento do caos tem a presença do Espírito de Deus que pairava sobre a face das águas. Ele operava sobre a expansão dos mares como “ruach” (hebraico), que significa “vento, hálito”. Seu sopro produz energia e vida criadora (Jó 33.4; Sl 104.30).

O ato de “pairar” não significa que o Espírito seja alguma coisa inerte mas, sim, move- se, agita as águas. E algo vivo e energético, não evolutivo. O versículo 3, logo a seguir, indica o próximo ato criativo de Deus, quando diz:” Haja...”. Foi a Palavra do Criador que trouxe ordem ao caos inicial.

II. OS SEIS DIAS DA CRIAÇÃO

1. O primeiro dia: criação da LUZ (Gn 1.3-5). Deus fez aparecer a luz cósmica, pelo poder da sua Palavra, quando disse: “haja luz, e houve luz”. Ele trouxe à existência as coisas não vistas. O mundo estava debaixo da escuridão total, mas o Criador fez surgir a luz, mesmo antes de aparecer o Sol. O ato de ordenar que houvesse luz não significa que ela não existisse antes, mas que Deus fez surgir no primeiro dia. No versículo 4, lemos: “fez Deus separação entre a luz e as trevas”. Havia, de fato, uma densa acumulação de neblina e vapor, os quais envolvia a Terra, e, por isso, existia uma total escuridão. Quando surgiu a luz, as trevas foram vencidas pelo poder da claridade que se espalhou sobre a expansão das águas. No versículo 5, a luz foi chamada “dia” e as trevas, “noite”.

2. O segundo dia: criação do FIRMAMENTO (Gn 1.6-8). Deus faz surgir o firmamento ou “expansão”, referindo-se à separação das águas atmosféricas das terrestres. Entende-se que uma vasta cortina líquida e nebulosa cobria a Terra e impedia que a luz solar a vencesse. Ela submetia o planeta a um juízo de trevas impenetráveis. Era uma massa de água atmosférica que se condensava com o vapor da terra. Mas Deus estabeleceu a separação das águas “debaixo da expansão” que se evaporaram, para formarem nuvens e se transformarem em águas potáveis.

3. O terceiro dia: a criação da terra, mar e plantas. (Gn 1.9-13). No terceiro dia da criação o Criador, depois da separação das águas, ordenou que “aparecesse a porção seca”, que é a parte sólida deste planeta, a Terra. Alguns geólogos acreditam que, originariamente, “a porção seca” (Gn 1.9) fosse um só continente. As especulações acerca deste assunto são muitas, mas nenhuma é sustentável. A grande verdade é que a parte seca, hoje, disposta no planeta em cinco continentes, existe, e foi capacitada para produzir toda a vegetação em forma de ervas variadas que dão sementes e árvores frutíferas. Estes elementos vitais da vegetação seriam os produtores de alimentos para a sobrevivência dos seres vivos.

4. 0 quarto dia: criação do Sol, Lua e estrelas (Gn 1.14-19). Não há contradição entre o relato do primeiro e o quarto dia, quando ambos os textos relativos falam do aparecimento da luz. A diferença é que, no primeiro dia (Gn 1.3-5), Deus ordena o surgimento da luz, e no quarto (Gn 1.14-19), o Senhor organiza o sistema solar. Neste dia, surgem o Sol e a Lua e, os astros celestes. Na linguagem hebraica, os nomes sol e lua são omitidos propositadamente por Moisés, que prefere denominá-los como dois luminares. E interessante que eles surgiram, para vencerem o caos terrestre e contribuírem para a produção e preservação da vida sobre a Terra. Tudo está pronto para a sobrevivência animal. Há água potável, comida e o ciclo das estações. No versículo 14, começa, de fato, a contagem do tempo, pois os luminares surgidos no firmamento celeste, Sol e Lua, fazem a diferença entre o dia e a noite.

5. 0 quinto dia: criação da vida marinha e das aves (Gn 1.20-23). As águas, separadas em doces e salgadas, têm vida. A ordem divina no versículo 20 é: “produzam as águas abundantemente répteis de alma vivente”. Esta primeira ordem inclui todos os animais aquáticos, marinhos, e todas as espécies de aves, O texto fala de “enxames de seres viventes” (v.20) nas águas e sobre a terra. Deus lançou a sua bênção sobre estes seres viventes e ordenou que fossem fecundos e se multiplicassem (v.22).

Está escrito, no versículo 23, que “houve tarde e manhã”. Esta escritura tem gerado polêmica aos estudiosos. Alguns intérpretes ensinam que a referência aqui é a um dia de Deus e não ao comum, limitado por minutos e horas. Entendem que o começo de cada ato da criação é chamado manhã, e a conclusão deste específico ato divino é chamado “tarde”.

6. O sexto dia: criação da vida animal e a humana (1.24-26). Percebe-se, neste dia, que Deus criou três tipos distintos de seres: “gado”, um tipo de animais mansos, os quais pastam e andam juntos; “répteis”, que rastejam, como as serpentes e outros invertebrados; “feras”: aparecem por último no versículo, e referem-se aos animais selváticos: leões, tigres e outros carnívoros.

No versículo 25, afirma-se que Deus criou estes animais, cada qual segundo a sua espécie. Ora, aprendemos nestes versículos que todos os seres vivos, tanto no mundo animal como vegetal, foram feitos de acordo com o seu gênero e espécie e com a capacidade de reproduzir-se por gerações sem fim. Deste modo, podemos testemunhar que as diferentes famílias de animais e plantas conservam- se, desde sua criação, até o dia de hoje.

Porém, o homem é a obra-prima do Criador. Ele é a coroa da criação, conforme está declarado no versículo 26. Quando Deus disse:
“Façamos o homem”, Ele desejava criar um ser distinto de todas as demais criaturas terrenas: alguém que tivesse personalidade, vontade, sentimento, e fosse capaz de representá-lo sobre a Terra. Por esta razão, Ele criou o homem “à sua imagem e semelhança”.

III. VERDADES FUNDAMENTAIS DA HISTÓRIA DA CRIAÇÃO

A história da criação tem seu fundamento na revelação de Deus ao homem. Por causa do pecado, o ser humano se tomou vítima do engano e da mentira de Satanás. As teorias levantadas por mentes incrédulas e perniciosas procuram ofuscar o fato da criação. O relato bíblico não se baseia em teorias, mas em fatos revelados pelo próprio Deus. Por isso, algumas verdades fundamentais acerca da criação precisam ser ensinadas e não meramente informadas.

1. Houve um propósito divino na criação. As Escrituras revelam que a criação do mundo não foi obra do acaso. Deus o criou com os seguintes propósitos:

a) Para sua glória, conforme alguns textos bíblicos declaram: Salmo 19.1 ;Isaías 43.7; 60.21; 61.3; Lucas 2.14.

b) Para satisfação de sua vontade: Efésios 1.5,6,9; Apocalipse 4.11.

c) Para a honra pessoal de Jesus Cristo, seu Filho: Colossenses 1.16 e Hebreus 2.10.

2. Houve e há um fim na criação. O próprio Deus Criador. Qual a finalidade de Deus ter criado o mundo? A resposta está no fato de que a criatura não existe por si própria, a não ser pelo ato criador de Deus. Ele não depende da criatura, mas esta precisa dele. Portanto, seu destino submete-se ao que seu Criador dis puser. Então, interroga-se: Por que Deus criou todas as coisas? Por que existe o mundo? O homem? Estas perguntas têm uma única resposta: Deus criou tudo, porque é livre para criar, e seu propósito baseia-se no fato da eterna bondade que Ele manifesta para sua criação. Ao criar o mundo, não significa que Ele precisasse de alguma coisa para si, já que Ele possui tudo (Já 22.1-3). Ele criou todas as coisas, para a sua glória (SI 18.2-5; Is 6.3; 1 Co 6.20).

CONCLUSÃO

Há uma curiosa expressão que, por vezes, é questionada pelos estudantes da Bíblia: “E houve tarde e manhã” (Gn 1.5,8,13,19,23,31). Em todos estes versículos, a encontramos no final de cada ato criativo. Ela faz parte de um relato de Moisés, o autor de Gênesis. Por isso, quando o escreveu, tinha sua mente voltada para a cultura oriental, especialmente a dos hebreus. Geralmente, o dia começava ao pôr-de-sol, à tardinha. Portanto, neste livro, a tarde sempre precedeu a manhã. De quantas horas foram estes dias da criação? De 12 ou 24? Alguns ensinadores forçam uma interpretação e os definem como de duração indefinida, ou, até mesmo, como eras geológicas. E difícil encontrar uma definição para este texto. Porém, não é fácil entender o método de Deus. Se um dia pode ser como mil anos e vice-versa (2 Pe 3.8), por que discutir esta questão?

Elaboração pelo:- Evangelista Isaias Silva de Jesus
Igreja Evangélica Assembléia de Deus Ministério Belém Em Dourados – MS
Lição Bíblicas 4º. Trimestre 1995  - CPAD

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