sexta-feira, 16 de outubro de 2015

ERROS E ACERTOS NA VIDA DE ABRAÃO



ERROS E ACERTOS NA VIDA DE ABRAÃO

TEXTO ÁUREO = “Depois destas coisas veio a palavra do Senhor a Abrão em visão, dizendo: Não temas, Abrão, eu sou o teu escudo, o teu grandíssimo galardão” (Gn 15.1).

VERDADE PRÁTICA = Deus tem um plano para nossas vidas, o qual não é um determinismo fatalista. Se não o compreendemos devemos deixar que o Senhor, livremente, nos conduza ao seu cumprimento.

LEITURA EM CLASSE  = GÊNESIS 14.1-3,10-13, 15.1-6; 16.1,2,15,16

INTRODUÇÃO

Esta lição abrangerá quatro capítulos de Gênesis (14,15,16 e 17). Os três últimos relatam episódios distintos e relevantes, os quais reafirmam o cuidado de Deus com os que lhe são fiéis.

1. TRÊS EXPERIÊNCIAS MARCANTES, VIVIDAS POR ABRAÃO

1. Abraão entra numa guerra que não era sua, para salvar a Ló e sua família (Gn 14.1-12). Nestes primeiros 12 versículos, pela primeira vez, se ouve falar em guerra entre os povos, a qual envolveu nove rei- nos. Quatro reis eram da Mesopotâmia, que se juntaram contra outros cinco, de pequenos territórios’ próximos das planícies do Jordão. Ló, o sobrinho de Abraão habitava em Sodoma. O patriarca foi informado que o mesmo havia sido capturado pelos reis que invadiram e atacaram aquela área. Então, com um espírito altruístico, arregimentou 318 homens das suas fazendas, uniu-se a três grupos, chefiados por Aner, Escol e Manre (Gn 14.24), e formou um exército forte, que atacou, de surpresa, seus inimigos e os venceram.

2. Abraão é abençoado por Melquisedeque, rei e sacerdote de Salém (Gn 14.17-23). Abraão voltava vitorioso daquela guerra, quando recebeu a visita de Melquisede
que, o qual era, também, sacerdote do Deus Altíssimo. O seu nome hebraico, “Malqitsedâq”, significa “rei de justiça”. Salém (“Shalem”, no hebraico) significa paz. Daí, a razão do autor da Carta aos Hebreus referir-se a ele como “rei da justiça”ou “rei da paz” (Hb 7.2).

II. DEUS REAFIRMA SUAS PROMESSAS A ABRAÃO

1. Deus desfaz a preocupação do coração de Abraão (Gn 15.1- 6). As promessas divinas sempre são antecedidas por palavras de conforto e de ânimo, tais como: “Não temas” (Gn 15.1).
É interessante notar que a ocasião da promessa se destaca na frase: “Depois destes acontecimentos “ou “depois destas cousas “, para identificar o momento em que Abraão se encontrava (Gn 15.4,5).

Mesmo falando com Deus, de modo especial, Abraão não conseguia ver, pela fé, a realização daquele sonho, de ter um filho gerado por ele com sua esposa Sara. Sua confiança ficou estagnada por um instante, e a sua mulher também não conseguia entender aquela mensagem divina. Os dois criam que ter um filho na velhice, parecia ilógico, uma vez que ela era estéril até então. Para quem ele deixaria a herança? A seu fiel mordomo, Eliezer? Não! O herdeiro não poderia ser um estranho. Teria de ser gerado por ele, não por outro. O Senhor lhe mostrara que não aconteceria como ele pensava. A sua descendência multiplicar-se-ia sobre a Terra.

2. Deus reafirma e garante a promessa feita a Abraão (Gn 15.7- 21). Numa forma especial de mostrar seu amor e sua fidelidade, Deus se identifica a Abraão como “YAHWEH”. Ele declara: “Eu sou o Senhor” (Gn 15.7). E, com esta identificação, afirma-lhe que suas promessas têm base em seu caráter perfeito. Quando o patriarca perguntou: “Como saberei que hei de possuí-la?” (Gn 15.8), não estava duvidando da palavra de Jeová, mas, sim, reafirmando sua fé neste Deus sincero, e desejava saber mais sobre a promessa. Era uma forma de pedir uma garantia quanto a sua realização. A resposta divina foi mediante o fogo sobre um altar de sacrifícios, no qual foram colocados três animais: um novilho, uma cabra e um cordeiro (Gn 15.9), além de uma rola e um pombinho.

III. ABRAÃO E SARA INTERFEREM NO PLANO ORIGINAL

1. Sara tenta ajudar a Deus, no cumprimento de sua promessa (Gn 16.1-4). Pelo processo natural, Sara não podia gerar filhos, pois era estéril. Agora, na velhice, entendeu ela que isso seria, de fato, impossível. Por isso, convenceu o marido que a melhor forma dele ter um herdeiro legítimo, seria tomar a escrava egípcia, Agar, e com ela ter um descendente, e este pertenceria a ele e a eia. Este costume era aceitável nos tempos antigos.

2. Agar engravida e provoca o conflito familiar (Gn 16.4-6). A precipitação de Sara e Abraão provocou grandes mudanças na família e na sua posteridade. A pobre Agar, sim- pies escrava, agora se toma vítima do erro de seus patrões. Entretanto, não podia imaginar que seria mãe de um grande povo. A verdade é que, depois que ela se engravidou, sua patroa começou a oprimi-la, por causa do filho que esperava. A discórdia e a desarmonia começaram a criar uma situação instável entre as duas, e o patriarca não sabia como resolver o problema.


3. Agar foge para o deserto (Gn 16.7-10). Sara afligiu, de tal modo, a Agar, que esta, não suportando a pressão de sua senhora, fugiu para o deserto (Gn 16.6). Mas o anjo do Senhor a achou junto à fonte, no caminho de Sur (Gn 16.7). Naquele lugar, o mensageiro de Deus a aconselhou a voltar para sua patroa e fez- lhe a seguinte promessa: “Multiplicarei sobremodo a tua descendência, de maneira que, por numerosa, não será contada. Disse-lhe também o anjo do Senhor: Eis que concebeste, e terás um filho, e chamarás o seu nome Ismael; porquanto o Senhor ouviu a tua aflição” (Gn 16.10,11).

4. Agar dá à luz o seu filho Ismael (Gn 16.15). Agar teve o filho, logo depois daquele incidente, e Abraão muito amou o garoto. Os anos se passaram. Sara também concebeu e deu à luz um menino, que lhe deu o nome de Isaque (Gn 21.1,2). Posteriormente, ela se sentiu humilhada pela escrava e Ismael, e começou outra vez a oprimi-la. Instou com o esposo, para que os mandasse embora. Ele, então, não teve forças para impedir isto, e os despediu. Ambos foram pelo caminho do deserto de Berseba (Gn 21.9-11).

CONCLUSÃO

Nos erros e acertos da vida de Abraão, aprendemos que Deus trabalha através das circunstâncias próprias da vida humana. Não há um fator determinista ou fatalista, nesta declaração. Pelo contrário: O Senhor, em sua infinita sabedoria e presciência, pode ensinar aos seus servos o caminho para se conhecer plenamente o Todo-Poderoso, e fazer a sua vontade.

Elaboração pelo:- Evangelista Isaias Silva de Jesus
Igreja Evangélica Assembléia de Deus Ministério Belém Em Dourados – MS
Lição Bíblicas 4º. Trimestre 1995  - CPAD

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