RECOMEÇO
CONFUSÃO E DISPERSÃO
TEXTO ÁUREO = “O
Senhor fez notória a sua salvação; manifestou a sua justiça perante os olhos
das nações” (SI 98.2).
VERDADE PRÁTICA = Só a
soberania divina é capaz de intervir na vida dos homens, neste mundo sob o
domínio do Diabo.
LEITURA
EM CLASSE =GÊNESIS 9.1,9,11-13; 10.1-5; 11.1,2,4-7
INTRODUÇÃO
Nesta
lição, abordaremos os assuntos principais de três capítulos de Gênesis (9,10 e
11), os quais formam uma só história, No nono, temos o recomeço da raça humana,
através de Noé e sua descendência, firmado numa nova aliança depois do Dilúvio.
Ainda neste capítulo, constatamos a fragilidade do pacto por parte do homem,
com bênçãos e maldições sobre os filhos de Noé. No décimo, as gerações de Sem,
Cão e Jafé se multiplicam sobre a Terra, mas se degeneraram moral e
espiritualmente. Por isso, os homens perderam o temor de Deus e formaram uma
unidade egoísta e humanista que desafiava o Criador, No décimo primeiro, intentaram
construir uma torre, chamada Babel, mas o Senhor a rejeitou.
1. UMA
ALIANÇA NOVA COM NOÉ
1. Aspectos gerais desta aliança. Nos
primeiros onze versículos, do capítulo 9 de Gênesis, podemos perceber a
natureza da aliança que Deus fez com Noé. Primeiro, o Senhor abençoaria sua
descendência, porque Ele tinha um novo plano de vida para o recomeço da
existência humana sobre a Terra. O Todo-Poderoso sempre está conosco em nossos
propósitos. Tudo deveria ser renovado, visto que a geração que pereceu no
Dilúvio havia desviado seu culto para os deuses mortos, rejeitando o Criador. Agora,
o Senhor espera que Noé e seus filhos restituam o culto ao único Deus
verdadeiro. Por isso, fez uma outra aliança com o homem, para começar uma nova
raça e história da humanidade.
2. O sinal divino da aliança feita com Noé
(Gn 9.12-19). Que sinal é este que Deus estabeleceu, para ser
identificado pelo homem? O versículo 13 diz: “O meu arco tenho posto entre mim
e vós”. Seria uma forma especial de o Senhor lembrar ao homem o seu acordo. Por
isso, teria de ser externo e visível a todos, para mostrar o penhor da palavra
di vina com o ser humano, de que jamais destruiria o mundo com água.
3. A fragilidade da aliança (Gn 9.20-29). A
imperfeição não está na aliança, mas no homem que devia exercer a autoridade
proveniente dela. Todos nós sabemos que um pacto é um compromisso baseado em
certas condições, e sempre há um penhor relacionado com ele. O sinal da aliança
com Noé foi o arco celeste, o qual deveria ser observado. Do mesmo modo,
existem, na experiência cristã, sinais de compromissos assumidos, tais como o
pão e o vinho, da Ceia do Senhor; o batismo
por
imersão e outros.
No caso
da aliança de Deus com Noé, foi este patriarca quem a fragilizou. Depois que
saiu da Arca, ele plantou uma vinha, e deixou-se dominar por um momento de
fraqueza, ao embebedar-se com o vinho que ele próprio produziu. Ao perder o próprio
domínio, por causa do Abuso do álcool, o justo e íntegro Noé perdeu o respeito
de um dos filhos, o qual foi amaldiçoado, ao ver a nu dez do pai alcoolizado.
4. O futuro das raças humanas depois da
Aliança (Gn 9.25-27). Estes versículos apresentam profecias que
indicam o futuro dos descendentes de Noé, seus filhos Sem, Cão e Jafé. De fato,
são profecias que se cumprem com exatidão histórica, através da existência da
humanidade. As raças humanas se espalharam pelo Planeta, através destas três
ramificações.
II. A
FORMAÇÃO DAS RAÇAS DEPOIS DO DILÚVIO
1. A formação das raças, sob quatro pontos
de vista. Para facilitar uma compreensão mais ampla, sem maiores
comentários, percebemos que o capítulo 10 apresenta para cada relação de nomes
dos descendentes de Sem, Cão e Jafé, uma classificação sob quatro pontos de
vista.
Etnológico
-. “segundo suas famílias ”;
Glotológico
– “segundo suas linguas”;
Geográfico
‘“segundo suas “segundo suas terras”;
Político
- “segundo suas nações.
A
grande preocupação do autor de Gênesis, não foi a de entrar nas minúcias
históricas das famílias, mas estabelecer e provar a unidade da raça humana, e
dela destacar o povo eleito de Israel, descendente de Sem. Os arqueólogos têm
identificado, pelo estudo dos nomes apresentados neste capítulo, as nações que
se formaram e povoaram a Terra.
2. A ordem, segundo a descendência de Sem,
Cão e Jafé. Pela ordem como aparece na Bíblia, o texto de
Gênesis 10.2-5 começa com a descendência de Jafé: (1) Gomer e seus filhos
Asquenaz, Rifá e Togarma; (2) Magogue; (3) Madai; (4) Javã e seus filhos Elisá,
Társis, Quitim e Dodanim; (5) Tubal; (6) Meseque; (7) Tiras.
Em
seguida, os descendentes de Cão (Gn 10.1-21): (1) Cusi e seus filhos Seba,
Havilá, Sabtá, Raamá (e seus filhos Sebá e Dedã), Sabtecá e Ninrode; (2)
Mizraim e seus filhos Ludim, Anamim, Leabim, Naftuim, Patrusim, Casluim e seus
filhos (filisteus); Caftorim; (3) Pute; (4) Canaã e seus filhos Sidom, Hete,
Jebuseus, Amorreus, Girgaseus, Heveus, Arqueus, Sineus, Arvadeus, Zemareus e
Hamateus.
Depois,
os sucessores de Sem (Gn 10.21-31: (1) Elão; (2) Assur; (3) Arfaxade e seus
filhos Salá, Eber, Pelegue (e seu filho Joctã, que teve 13 filhos), Reú,
Serugue, Naor, Tera e seus filhos Abrão, Naor e Arã; (4) Lude; (5) ArA e seus
filhos Uz, Hul, Geter e Más.
III. A
INTERVENÇÃO DE DEUS SOBRE BABEL
1. Ameaça à unidade da raça humana (Gn
111,2). Noé e seus filhos, ao saírem da Arca, deixaram as montanhas
do Ararate, na atual Armênia, e foram para as partes baixas e férteis que ficam
entre o Tigre e Eufrates, a 320 km do mar, onde desembocam estes rios. Foi
nesta terra que se iniciou uma nova civilização pós-diluviana. Possivelmente,
neste lugar, os homens de então desenvolveram suas habilidades em artes e
tecnologias próprias, capazes de planejarem a construção de cidades e um prédio
de muitos andares, como Babel.
Mas o
destaque destes primeiros versículos, é que os descendentes de Noé se
multiplicaram e todos falavam uma mesma língua. Havia uma certa unidade de
pensamento e de entendimento, que se manifestava de modo natural, porque era um
só povo. Mesmo havendo o reinício da humanidade, o estigma do pecado, herdado
de Adão e Eva (Rm 5.12), estava em cada pessoa daquela geração pós-diluviana.
2. Orgulho e auto-suficiência (Gn 11.3,4). Por
estes mesmos pecados, Lúcifer foi expulso da presença de Deus (Is 14.12-15).
Ele não deixou por menos esta geração pós-diluviana, ao inspirar o sentimento
de orgulho e auto-suficiência. Dominados por este sentimento, e unidos pela
comunicação, através de uma só língua, imaginaram fortalecer o poder humano,
construindo uma cidade grande e uma torre que tocasse os céus. Esta intenção
revelava, também, a insegurança deixada pelo Dilúvio. Facilmente, esqueceram da
aliança que Deus havia feito com Noé.
3. Confusão e dispersão (Gn 11.5-9). No
versículo 5, Deus resolveu “descer”, quando os homens construíam a cidade e a
torre. A expressão “então desceu o Senhor para ver a cidade e a torre” é uma
linguagem especial, para indicar o Todo-Poderoso que se move, preocupa-se com
suas criaturas e as obras que elas realizam.
No
versículo 6, Deus diz: “O povo é um e tem a mesma linguagem”. Esta declaração
divina não significa que a unidade seja uma coisa má. Entretanto, em relação
àquele
povo, ela tinha um fim negativo, pois visava confrontar a autoridade divina e
estabelecer a auto-suficiência humana.
No
versículo 7, o Senhor reforça o papel divino, com uma forma plural do pronome
pessoal, quando diz: “Vinde, desçamos e confundamos sua linguagem “. Podemos perceber
que a Trindade “desceu”, para fazer aquele trabalho especial.
Possivelmente,
os anjos de Deus fizeram parte da comitiva divina. Na infinita sabedoria e
presciência de Deus, todo aquele episódio obedeceu a um plano especial e milagroso.
Foi o resultado da intervenção divina que conduziu aquele povo a fazer o que
mais temia, ou seja, “espalhar-se pela terra”. Se a mesma língua era suficiente
para mantê-los unidos, Deus produziu na mente deles a confusão da linguagem que
tinham e entendiam, e os dispersou para todos os lados, e cada grupo,
isoladamente, desenvolveu um idioma, pelo qual pudesse se entender e
comunicar-se.
CONCLUSÃO
Esta
lição nos ensina três preciosas lições: A primeira, no capítulo 9, vemos a
possibilidade do recomeço. Depois que Noé e seus filhos, bem como os animais
salvos do Dilúvio, saíram da Arca, puderam recomeçar a vida. Deus concedeu uma
nova autoridade ao homem, para governar a Terra no temor do Senhor. A segunda,
no capítulo 10, com as genealogias dos filhos de Noé, o objetivo principal foi
o de situar a raça semita (os descendentes de Sem), da qual surgiu Israel.
Através desta nação, Deus seria representado entre todas os povos, e dela
nasceria Aquele que salvaria a humanidade da condenação eterna. A terceira, no
capítulo 11, temos a demonstração da soberania divina intervindo na vida
humana, para salvá-la.
Elaboração
pelo:- Evangelista Isaias Silva de Jesus
Igreja Evangélica Assembléia de
Deus Ministério Belém Em Dourados – MS
Lição Bíblicas 4º. Trimestre
1995 - CPAD
Nenhum comentário:
Postar um comentário