sexta-feira, 16 de outubro de 2015

RECOMEÇO CONFUSÃO E DISPERSÃO



RECOMEÇO CONFUSÃO E DISPERSÃO

TEXTO ÁUREO = “O Senhor fez notória a sua salvação; manifestou a sua justiça perante os olhos das nações” (SI 98.2).

VERDADE PRÁTICA = Só a soberania divina é capaz de intervir na vida dos homens, neste mundo sob o domínio do Diabo.

LEITURA EM CLASSE =GÊNESIS 9.1,9,11-13; 10.1-5; 11.1,2,4-7

INTRODUÇÃO

Nesta lição, abordaremos os assuntos principais de três capítulos de Gênesis (9,10 e 11), os quais formam uma só história, No nono, temos o recomeço da raça humana, através de Noé e sua descendência, firmado numa nova aliança depois do Dilúvio. Ainda neste capítulo, constatamos a fragilidade do pacto por parte do homem, com bênçãos e maldições sobre os filhos de Noé. No décimo, as gerações de Sem, Cão e Jafé se multiplicam sobre a Terra, mas se degeneraram moral e espiritualmente. Por isso, os homens perderam o temor de Deus e formaram uma unidade egoísta e humanista que desafiava o Criador, No décimo primeiro, intentaram construir uma torre, chamada Babel, mas o Senhor a rejeitou.

1. UMA ALIANÇA NOVA COM NOÉ

1. Aspectos gerais desta aliança. Nos primeiros onze versículos, do capítulo 9 de Gênesis, podemos perceber a natureza da aliança que Deus fez com Noé. Primeiro, o Senhor abençoaria sua descendência, porque Ele tinha um novo plano de vida para o recomeço da existência humana sobre a Terra. O Todo-Poderoso sempre está conosco em nossos propósitos. Tudo deveria ser renovado, visto que a geração que pereceu no Dilúvio havia desviado seu culto para os deuses mortos, rejeitando o Criador. Agora, o Senhor espera que Noé e seus filhos restituam o culto ao único Deus verdadeiro. Por isso, fez uma outra aliança com o homem, para começar uma nova raça e história da humanidade.

2. O sinal divino da aliança feita com Noé (Gn 9.12-19). Que sinal é este que Deus estabeleceu, para ser identificado pelo homem? O versículo 13 diz: “O meu arco tenho posto entre mim e vós”. Seria uma forma especial de o Senhor lembrar ao homem o seu acordo. Por isso, teria de ser externo e visível a todos, para mostrar o penhor da palavra di vina com o ser humano, de que jamais destruiria o mundo com água.


3. A fragilidade da aliança (Gn 9.20-29). A imperfeição não está na aliança, mas no homem que devia exercer a autoridade proveniente dela. Todos nós sabemos que um pacto é um compromisso baseado em certas condições, e sempre há um penhor relacionado com ele. O sinal da aliança com Noé foi o arco celeste, o qual deveria ser observado. Do mesmo modo, existem, na experiência cristã, sinais de compromissos assumidos, tais como o pão e o vinho, da Ceia do Senhor; o batismo
por imersão e outros.

No caso da aliança de Deus com Noé, foi este patriarca quem a fragilizou. Depois que saiu da Arca, ele plantou uma vinha, e deixou-se dominar por um momento de fraqueza, ao embebedar-se com o vinho que ele próprio produziu. Ao perder o próprio domínio, por causa do Abuso do álcool, o justo e íntegro Noé perdeu o respeito de um dos filhos, o qual foi amaldiçoado, ao ver a nu dez do pai alcoolizado.

4. O futuro das raças humanas depois da Aliança (Gn 9.25-27). Estes versículos apresentam profecias que indicam o futuro dos descendentes de Noé, seus filhos Sem, Cão e Jafé. De fato, são profecias que se cumprem com exatidão histórica, através da existência da humanidade. As raças humanas se espalharam pelo Planeta, através destas três ramificações.

II. A FORMAÇÃO DAS RAÇAS DEPOIS DO DILÚVIO

1. A formação das raças, sob quatro pontos de vista. Para facilitar uma compreensão mais ampla, sem maiores comentários, percebemos que o capítulo 10 apresenta para cada relação de nomes dos descendentes de Sem, Cão e Jafé, uma classificação sob quatro pontos de vista.

Etnológico -. “segundo suas famílias ”;

Glotológico – “segundo suas linguas”;

Geográfico ‘“segundo suas “segundo suas terras”;

Político - “segundo suas nações.

A grande preocupação do autor de Gênesis, não foi a de entrar nas minúcias históricas das famílias, mas estabelecer e provar a unidade da raça humana, e dela destacar o povo eleito de Israel, descendente de Sem. Os arqueólogos têm identificado, pelo estudo dos nomes apresentados neste capítulo, as nações que se formaram e povoaram a Terra.

2. A ordem, segundo a descendência de Sem, Cão e Jafé. Pela ordem como aparece na Bíblia, o texto de Gênesis 10.2-5 começa com a descendência de Jafé: (1) Gomer e seus filhos Asquenaz, Rifá e Togarma; (2) Magogue; (3) Madai; (4) Javã e seus filhos Elisá, Társis, Quitim e Dodanim; (5) Tubal; (6) Meseque; (7) Tiras.

Em seguida, os descendentes de Cão (Gn 10.1-21): (1) Cusi e seus filhos Seba, Havilá, Sabtá, Raamá (e seus filhos Sebá e Dedã), Sabtecá e Ninrode; (2) Mizraim e seus filhos Ludim, Anamim, Leabim, Naftuim, Patrusim, Casluim e seus filhos (filisteus); Caftorim; (3) Pute; (4) Canaã e seus filhos Sidom, Hete, Jebuseus, Amorreus, Girgaseus, Heveus, Arqueus, Sineus, Arvadeus, Zemareus e Hamateus.

Depois, os sucessores de Sem (Gn 10.21-31: (1) Elão; (2) Assur; (3) Arfaxade e seus filhos Salá, Eber, Pelegue (e seu filho Joctã, que teve 13 filhos), Reú, Serugue, Naor, Tera e seus filhos Abrão, Naor e Arã; (4) Lude; (5) ArA e seus filhos Uz, Hul, Geter e Más.

III. A INTERVENÇÃO DE DEUS SOBRE BABEL

1. Ameaça à unidade da raça humana (Gn 111,2). Noé e seus filhos, ao saírem da Arca, deixaram as montanhas do Ararate, na atual Armênia, e foram para as partes baixas e férteis que ficam entre o Tigre e Eufrates, a 320 km do mar, onde desembocam estes rios. Foi nesta terra que se iniciou uma nova civilização pós-diluviana. Possivelmente, neste lugar, os homens de então desenvolveram suas habilidades em artes e tecnologias próprias, capazes de planejarem a construção de cidades e um prédio de muitos andares, como Babel.

Mas o destaque destes primeiros versículos, é que os descendentes de Noé se multiplicaram e todos falavam uma mesma língua. Havia uma certa unidade de pensamento e de entendimento, que se manifestava de modo natural, porque era um só povo. Mesmo havendo o reinício da humanidade, o estigma do pecado, herdado de Adão e Eva (Rm 5.12), estava em cada pessoa daquela geração pós-diluviana.

2. Orgulho e auto-suficiência (Gn 11.3,4). Por estes mesmos pecados, Lúcifer foi expulso da presença de Deus (Is 14.12-15). Ele não deixou por menos esta geração pós-diluviana, ao inspirar o sentimento de orgulho e auto-suficiência. Dominados por este sentimento, e unidos pela comunicação, através de uma só língua, imaginaram fortalecer o poder humano, construindo uma cidade grande e uma torre que tocasse os céus. Esta intenção revelava, também, a insegurança deixada pelo Dilúvio. Facilmente, esqueceram da aliança que Deus havia feito com Noé.



3. Confusão e dispersão (Gn 11.5-9). No versículo 5, Deus resolveu “descer”, quando os homens construíam a cidade e a torre. A expressão “então desceu o Senhor para ver a cidade e a torre” é uma linguagem especial, para indicar o Todo-Poderoso que se move, preocupa-se com suas criaturas e as obras que elas realizam.

No versículo 6, Deus diz: “O povo é um e tem a mesma linguagem”. Esta declaração divina não significa que a unidade seja uma coisa má. Entretanto, em relação
àquele povo, ela tinha um fim negativo, pois visava confrontar a autoridade divina e estabelecer a auto-suficiência humana.

No versículo 7, o Senhor reforça o papel divino, com uma forma plural do pronome pessoal, quando diz: “Vinde, desçamos e confundamos sua linguagem “. Podemos perceber que a Trindade “desceu”, para fazer aquele trabalho especial.

Possivelmente, os anjos de Deus fizeram parte da comitiva divina. Na infinita sabedoria e presciência de Deus, todo aquele episódio obedeceu a um plano especial e milagroso. Foi o resultado da intervenção divina que conduziu aquele povo a fazer o que mais temia, ou seja, “espalhar-se pela terra”. Se a mesma língua era suficiente para mantê-los unidos, Deus produziu na mente deles a confusão da linguagem que tinham e entendiam, e os dispersou para todos os lados, e cada grupo, isoladamente, desenvolveu um idioma, pelo qual pudesse se entender e comunicar-se.

CONCLUSÃO

Esta lição nos ensina três preciosas lições: A primeira, no capítulo 9, vemos a possibilidade do recomeço. Depois que Noé e seus filhos, bem como os animais salvos do Dilúvio, saíram da Arca, puderam recomeçar a vida. Deus concedeu uma nova autoridade ao homem, para governar a Terra no temor do Senhor. A segunda, no capítulo 10, com as genealogias dos filhos de Noé, o objetivo principal foi o de situar a raça semita (os descendentes de Sem), da qual surgiu Israel. Através desta nação, Deus seria representado entre todas os povos, e dela nasceria Aquele que salvaria a humanidade da condenação eterna. A terceira, no capítulo 11, temos a demonstração da soberania divina intervindo na vida humana, para salvá-la.



Elaboração pelo:- Evangelista Isaias Silva de Jesus
Igreja Evangélica Assembléia de Deus Ministério Belém Em Dourados – MS
Lição Bíblicas 4º. Trimestre 1995  - CPAD



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