O
VALOR E O PODER DA ORAÇÃO INTERCESSORIA
TEXTO ÁUREO = “Exorto,
pois, antes de tudo, que se façam súplicas, orações, intercessões e ações de
graças por todos os homens” (l Tm 2.1).
VERDADE PRÁTICA
= O
crente, em seu ministério sacerdotal, deve interceder Por todos, sem distinção
social, racial, política, religiosa ou filosófica.
LEITURA
EM CLASSE = GÊNESIS
18.17-25,33
INTRODUÇÃO
A
vida de Abraão é, indiscutivelmente, um. modelo para o cristão moderno. Sua fé,
coragem, amor, desprendimento e comunhão com Deus o coloca como um autêntico
protótipo para a nossa vida espiritual. No episódio do capítulo 18, temos uma
demonstração dessas qualidades e, ainda mais, uma sensibilidade humana e
espiritual para com as pessoas carentes.
1.
A INTERCESSÃO PRECEDIDA PELA VISÃO PESSOAL DE DEUS
1. Deus não
oculta nada a Abraão (18.17). Depois daquela conversação agradável, o
Anjo do Senhor achou por bem revelar sua identidade, porque tinha a Abraão como
amigo, e declara: “Ocultarei a Abraão o que faço?” As razões para tal revelação
eram fortes, pois havia um piano estabelecido e importante na história para
esse homem.
2. Deus revela
um segredo a Abraão (Gn 18.19). Além do Senhor ter declarado que não
ocultaria nada ao seu amigo Abraão, revelou-lhe algo mais importante que o
juízo contra Sodoma e Gomorra. Alguma coisa além da sua justa intervenção sobre
aquelas cidades, e que envolvia a posteridade do velho patriarca. Algo que ele
não veria com os olhos naturais, pois ultrapassava a fronteira do tempo, e,
somente, poderia vislumbrar com os olhos da fé um povo numeroso, descendente de
Isaque, a sua semente. E a Bíblia dá testemunho da sua fé (Hb 11.8-12).
Deus
ainda revela segredos pessoais aos seus servos, dentro das dimensões da sua
imutável Palavra. Ele não se contradiz. Por isso, é preciso ter cuidado com os
falsos profetas, os quais extrapolam as Escrituras Sagradas e ensinam doutrinas
e conceitos espúrios. Compare Números
12.6; 1 Samuel 315. Salmo25.12.
3. Deus revela à
Abraão a destruição de Sodoma e Gomorra (Gn 18.20-22). Sodoma e
Gomorra, além de outras pequenas cidades adjacentes, como Adama, Zeboim e Zoar
foram condenadas à destruição, ao juízo divino por causa do pecado dos seus
moradores. Eram, de fato, pocilgas de iniqüidade, e deviam ser eliminadas da
presença de Deus.
O
Senhor revelou a Abraão que “o clamor dessas cidades” havia subido diante dele
e, por isso, Ele visitaria estes lugares com um terrível juízo de destruição
sobre os seus habitantes. Abraão estava em Hebrom, edificada no monte, distante
apenas poucos quilômetros destas cidades, as quais se situavam no vale.
II.
A RAZÃO DA INTERCESSÃO DE ABRAÃO
1. O clamor de
Sodoma e Gomorra (vs.20,21). A palavra “ela-. mor” significa grito
de súplica ou protesto, queixa; brado, rogo, voz, O texto bíblico declara: “O
clamor de Sodoma e Gomorra se tem multiplicado tanto”, ou “tem subido à
presença de Deus”. Isto deixa transparecer que havia alguns justos que
habitavam naquelas cidades. Por isso, o Senhor disse a Abraão: “Descerei e
verei de fato o que tem praticado” (v.2l).
A expressão tinha por objetivo mostrar à humanidade que aquelas cidades seriam
um exemplo da severidade de Deus contra o pecado e os que o praticam.
2. A intercessão
de Abraão (vs. 22-33). No início, da visita, três homens estiveram com Abraão.
Agora, dois deles foram para Sodoma e Gomorra e o terceiro ficou com Abraão.
Este terceiro homem era o próprio Senhor, conforme o texto declara: “Mas Abraão
permaneceu ainda na presença do Senhor”. Que privilégio especial teve Abraão em
estar diante do Senhor, dialogando com Ele sobre o futuro daquelas cidades.
3. Abraão
questiona com Deus, acerca do juízo sobre Sodoma e Gomorra (vs.24-32), Abraão não
duvidava do caráter moral de Deus, ao fazer este questionamento. Ele apenas não
compreendia a questão cio juízo divino, envolvendo “o justo com o injusto” (v.23). Destruiria o Senhor o justo
como injusto? Não! Havia algo mais sério nesta questão, e Abraão queria
entender. Indiscutivelmente, Abraão tinha uma clara concepção sobre o caráter
moral de Deus e, por isso, ele interroga: “Não fará justiça o Juiz de toda a
terra”? (v.25). No mesmo versículo o
próprio Abraão responde: “Longe de ti que faças tal coisa, que mates o justo
com o ímpio “.
III.
O PODER DA INTERCESSÃO
1. O intercessor
tem consciência do seu papel sacerdotal. A Bíblia nos fala do ministério
sacerdotal. No Antigo Testamento, a sua função era a de representar o povo
diante de Deus, somente os da linhagem de Arão podiam exercê-lo. No Novo, ele
tem um caráter individual e geral, cada crente é um sacerdote de Deus, conforme
declara Pedro em sua epístola: “Vós, porém, sois raça eleita, sacerdócio real” (1 Pe 2.9). E, ainda: “Também. vós
mesmos.., sois edificados. ..para serdes sacerdócio santo, a fim de oferecerdes
sacrifícios espirituais, agradáveis a Deus por intermédio de Jesus Cristo” (1 Pe 2.5).
2. O ministério
da intercessão no Novo Testamento. No capítulo 17 do evangelho de João,
como exemplo, temos a bela oração intercessória de Jesus, em prol dos seus
discípulos. A obra da salvação foi completa no Calvário.
Somente
Ele pôde começá-la e concluí-la, perfeitamente (Is 53.1-12). Porém, como intercessor, seu ofício continua. Na
cruz, como sacerdote do Altíssimo, ofereceu-se a si mesmo, para expiar a nossa
culpa com o seu próprio sangue, e entrou no Céu, para interceder por todos.
a)
A oração intercessória deve ser espontânea. Ainda que signifique uma batalha
espiritual, porque lutamos contra as hostes satânicas, a oração não deve ser
forçada, nem mecanizada. Ela deve brotar do coração como uma nascente de água
que jorra da terra com toda a força. Não devemos interceder sem fé, sem
acreditar no poder desse tipo de oração.
b)
a oração intercessória deve ser feita com um coração disposto, sincero e
consciente, perante o Senhor. Não se trata, como alguns pensam, de se expressar
palavras bonitas e poéticas, sem uma disposição consciente do coração. E o tipo
de oração que revela a sensibilidade para com as necessidades das outras
pessoas. É um derramar da alma perante o Senhor (SI 42.2-4; 62.8)..
c)
a oração intercessória é um ato em que o íntimo se revela, afetuosamente, em
favor das pessoas. Esta afetuosidade na oração é o testemunho do Espírito
contra o egoísmo.
CONCLUSÃO
No
episódio da intercessão de Abraão, por aquelas cidades, a resposta foi
negativa. Nem sempre Deus responde as nossas orações, conforme desejamos e
esperamos, porque a justiça divina não se baseia em meros sentimentos humanos.
Elaboração
pelo:- Evangelista Isaias Silva de Jesus
Igreja
Evangélica Assembléia de Deus Ministério Belém Em Dourados – MS
Lições
bíblicas CPAD 1995
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