CORRUPÇÃO E
JUÍZO
TEXTO ÁUREO = “Porque a graça de Deus se há manifestado, trazendo salvação a
todos os homens” (Tt 2.11).
VERDADE PRÁTICA = Deus é amor, mas também é justiça. Por
isso, horrenda coisa é cair nas mãos do Todo- pode roso.
LEITURA EM CLASSE
= GÊNESIS 6.5-8; 7.1,4,5; 8.4,15,16,20
INTRODUÇÃO
Da linhagem
de Caim, não sobrou uma só pessoa com a qual Deus pudesse contar, para
restaurar o mundo de então. Entretanto, da descedência de Sete, o Senhor
encontrou a Noé, homem temente a Deus, o qual se tornou o elemento básico para
uma nova geração.
1. A
CÓRRUPÇÃO DA RAÇA ANTE DILUVIANA
1. A tríplice característica daquela geração. O capítulo
6 destaca três características básicas da raça antediluviana: maldade,
violência e corrupção.
a) Maldade (Gn 6.5). “Viu o Senhor que a maldade do homem se havia
multiplicado na terra”. Deus não apenas sentiu a situação degradante daquela
geração, mas VIU com seus olhos prescientes o estado da sociedade de então.
b) Violência. (Gn 611). “A terra está cheia da violência dos homens”.
A despeito do desenvolvimento daquela civilização, este não contribuiu para
diminuir ou frear o ímpeto da violência. À medida em que melhorava o nível de
vida material, aumentava também a vaidade e a ganância. Os princípios da fraternidade
e da convivência humanos foram anulados pela corrupção moral e espiritual dos
homens.
c) Corrupção (Gn 6.11). “A terra estava corrompida à vista de Deus”.
Esta corrupção tem o sentido de degeneração pois os elementos básicos de
sobrevivência e convivência social se deterioraram. Se algo se corrompe, é
porque não consegue se preservar. Os valores morais e espirituais sofreram
danos, pois o homem os abandonou. Preferiu viver dissolutamente (Ef 4. 18,19).
2. A degeneração dos filhos de Deus (Gn 6.1,2). Na divisão
anterior, estudamos acerca das duas linhagens, a má, de Caim, e a de Sete, que
era boa. No decorrer dos tempos, daquela geração, o autor do Gênesis faz
distinção entre “filhos de Deus e filhas dos homens.”
A
multiplicação da espécie humana cumpria um desígnio divino: “Crescei e
multiplicai-vos” (Gn 1.28); porém, quando o pecado entrou no mundo, através de Adão,
toda a sua descendência herdou-lhe a natureza pecaminosa. O estigma maldito
dominava toda a raça humana. Naqueles dias, multiplicando-se os homens na
terra, “lhes nasceram mulheres” (Gn 6.1). Um detalhe que nos chama a atenção, neste
texto, é que a multiplicação de homens, indica uma geração voltada para as
coisas terrenas.
O sentido da
expressão “filhas dos homens” é para enfatizar a distinção entre elas, da
descendência de Caim, e os “filhos de Deus”, os quais eram terrenos, da
linhagem piedosa de Sete, mas voltados para as Coisas espirituais.
3. Sombras do mundo antediluviano sobre a geração atual (Lc
17.26,27).
Jesus declarou profeticamente que o mundo, na ocasião da sua volta, será
semelhante aos dias da geração antediluviana. Valores morais e espirituais
sofrerão danos, pois os temporais, efêmeros, dominarão a humanidade.
Indiscutivelmente, vivemos estes dias de maldade, violência e corrupção. A
Igreja
precisa
estar alerta para os acontecimentos destes dias e cumprir o seu papel
profético, tal como Noé ao pro clamar os juízos de Deus. O estado decadente de
pecado e corrupção, daqueles dias, desgostou a Deus, de tal maneira, o qual
resolveu intervir na história da humanidade, trazendo o justo castigo, através
do Dilúvio.
II. O
DILÚVIO
1. Deus se arrepende de ter criado o homem ( Gn 6.6). Pode o
Todo-Poderoso ter esse tipo de sentimento? Pode arrepender-se de alguma coisa?
Se analisarmos o texto à luz da Bíblia, sobre o caráter de Deus, teremos
dificuldade em entender a declaração do texto em foco.
Ele é
perfeito, imutável e infinito. Parece-nos mais aceitável que o autor sacro
tenha interpretado o sentimento de repulsa do Criador, usando uma força de
expressão na frase: “e Deus arrependeu-se”. Isto é típico dos escritores
bíblicos: colocar os pensamentos de Deus em termos humanos, O Senhor não se
arrepende dos seus atos, pois não é inconstante e falível como o homem.
2. Deus anuncia o juízo contra aquela geração (Gn 6.13-17). No
versículo 8, está escrito que, quando Deus resolveu destruir toda a carne sobre
a face da Terra, Ele encontrou um homem temente e fiel, Noé. Diz, literalmente,
o texto: “Noé, porém, achou graça aos olhos do Senhor”, O patriarca era “varão
justo” no meio daquela geração corrompida. Ele era “íntegro” no sentido de agir
com a verdade, como princípio e prática.
Os
versículos 13 e 14 declaram que Deus anunciou a Noé a decisão de destruir toda
a carne sobre a Terra, por causa da degeneração moral e espiritual da
humanidade.
3. Couberam todos os animais descritos dentro da Arca? ( Gn
6.19,20). Objeções
são levantadas, não só contra o fato do Dilúvio, mas, também, entre outras
coisas, quanto ao número de animais que Noé acomodou na embarcação.
Existem
estudos nos quais se apresentam probabilidades de que a capacidade de carga da
arca podia acomodar uma quantidade enorme de animais diferentes. Dois famosos
estudiosos, Whitcomb e Morris, fizeram algumas estimativas e declararam que
poderia haver mais de dez mil espécies de mamíferos, aves, répteis e anfíbios,
calculando dois de cada espécie dentro da arca, pois o espaço daria para 35.200
animais, aproximadamente.
4. O Dilúvio foi parcial ou universal? (Gn 7.11,17). As águas
cobriram toda a Terra, ou apenas a terra habitada? Alguns defendem a tese de um
dilúvio universal, outros afirmam que foi parcial. Preferimos ficar com a
declaração bíblica: “E as águas prevaleceram excessivamente sobre a terra; e
todos os altos montes, que havia debaixo de todo o céu, foram cobertos” (Gn
7.19). O objetivo divino foi eliminar, universal- mente, toda a carne sobre a
face da terra: “tudo o que há na terra expirará” (Gn 6.17).
III. O
RECOMEÇO COM UM NOVO PACTO
1. Um bom começo de vida sobre a terra (Gn 8.15-22). A primeira
coisa que Noé e sua família fizeram, após sair da arca e soltar os animais,
segundo suas espécies, foi edificar um altar ao Senhor (Gn 8.12). Declara a Bíblia
que Noé tomou de todo o animal limpo que havia na arca e ofereceu em sacrifício
de louvor e adoração a Deus.
2. Um novo estilo de vida (Gn 9.1-7). Nos
primeiros versículos, percebemos que Deus está feliz, por poder começar tudo
outra vez. A raça humana recomeça a multiplicar-se, através da semente de Noé e
seus filhos. Deus abençoa o patriarca e reordena a vida na Terra.
3. Uma nova aliança com Noé (Gn 9.9-17). “E eis que
estabeleço a minha aliança convosco e com a vossa descendência depois de vós” (
Gn 9.9). E para firmar o acordo, Deus estabeleceu um sinal no Céu, o arco-
íris, como um testemunho e uma promessa de que jamais destruída a Terra com
outro dilúvio.
CONCLUSÃO
Aprendemos,
nesta lição, três importantes pontos:
(1) Que num
mundo de corrupção como o nosso, precisamos cuidar de nossa fé, para não
cairmos no engodo de Satanás.
(2) Para
todo pecador há sempre a possibilidade de um novo começo.
(3) Para os
que aceitarem a mensagem de juízo futuro, há uma Arca, para a salvação, Cristo
Jesus.
Elaboração
pelo:-
Evangelista Isaias Silva de Jesus
Igreja Evangélica Assembléia de Deus
Ministério Belém Em Dourados – MS
Lição Bíblicas 4º. Trimestre 1995 - CPAD
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