ISMAEL E ISAQUE CONFLITO DE IRMÃOS
TEXTO AUREO = “Não
são os filhos da carne que são filhos de Deus, mas os filhos da promessa são
contados como descendência” (Rm 9.8).
VERDADE PRÁTICA = Os
autênticos filhos de Deus são os que nascem de novo, mediante a aceitação do
Evangelho de Jesus Cristo.
LEITURA
EM CLASSE = GÊNESIS 21.1-13
INTRODUÇÃO
Nesta
lição, estudaremos a história de um conflito que ainda prevalece nos dias
atuais. E a história da família de Abraão, mais especificamente, a de seus
filhos Ismael e Isaque, os quais habitam na região do Oriente Médio. Ismael,
filho da escrava egípcia Agar, e Isaque, filho de Sara, foram gerados por
Abraão. A descendência de Ismael é o povo árabe e a de Isaque, israelita.
1. OS
DOIS FILHOS DE ABRAÃO
1. Ismael (Gn 16.1-5,15,16). Para
entender melhor a questão do conflito racial e familiar, e a miscigenação entre
árabes e israelitas, é necessário saber que tudo começou nos dias de Abraão,
quando Deus prometeu um filho a ele e a sua mulher, Sara. Eles não tiveram paciência,
para esperar o tempo de Deus, nem entenderam plenamente o poder do Senhor de
operar um milagre na esterilidade de Sara.
2. Isaque (Gn 18.9-14; 21.1-3). Aos cem
anos de idade Abraão vê o milagre acontecer. Sua mulher estéril, e mesmo tendo
passado a idade de ser mãe, é agraciada pelo Senhor, que lhe abre a madre e ela
concebe um filho.
II. O
SURGIMENTO DO CONFLITO ENTRE OS DOIS IRMÃOS
1. O começo do conflito (Gn 16.4-6). Do
ponto de vista bíblico, Ismael não é o filho da fé, e sim da incredulidade de
Abraão. Quando nasceu o da fé, Isaque, começou então o conflito.
2. A razão do conflito (Gn 21.9- 12). Este
texto não deixa dúvidas: o deserdamento de Ismael, o primogênito, tem sido a
razão principal da rivalidade entre IsmaeJ e Isaque, ou seja, árabes e
israelitas, até ao dia de hoje. Este conflito nunca foi totalmente resolvido.
3. A realidade do conflito hoje. A
herança de Abraão, passada para Isaque, o segundo filho, tem sido a causa da
inimizade, através dos séculos. O início do conflito deu-se há quase quatro mil
anos. Segundo os historiadores, esse ódio vem sendo alimentado pelos
descendentes de Ismael, de modo persistente e contundente.
4. A contenção do conflito. Por
causa do pecado dos filhos de Israel, a dispersão do povo foi inevitável.
Israel foi espalhado pelas nações da terra, sem qualquer identidade política,
por quase 2500 anos. Sua herança foi invadida e maltratada pelas guerras (Lv
26.33,36,37). Apesar de tudo, Deus não se esqueceu do seu povo nem das suas
promessas, porque Ele é fiel (Dt 7.9; 32.9-11; Sl 89.1).
III. O
RETORNO DE ISRAEL À SUA TERRA
1. Duas importantes reuniões dos
descendentes de Isaque, em tempos distintos, na “terra prometida”.
Independente do conflito entre os árabes e israelitas, a atenção de Deus é
especial com os “descendentes de Isaque”. Há um plano estabelecido pelo Senhor
na terra que deu por herança ao “filho da promessa”. Em períodos distintos e
históricos, Deus reuniria seu povo.
a) A primeira importante reunião é gradual
e profética. Refere-se ao retorno gradual dos filhos de
Israel à sua terra para conquistá-la definitivamente (Jr 24.6; Ez 36.24,28).
Esta gradual reunião pode-se perceber, na história mundial, como tendo o seu
início a partir do sonho idealizado pelo judeu-austríaco Théodor Hrz1, um jornalista.
Em 1897, ele iniciou o movimento denominado “Sionismo”, cujo sentido do termo
era “volta a Sion”.
b) A segunda importante reunião é futura e
será universal. Esta reunião, dar- se-á num período difícil
para Israel, porque ocorrerá no final da Grande Tribulação, denominado como “o
tempo da angústia de Jacó” (Ap 16.12-21), para a grande batalha do Armagedom. O
Anticristo juntará todos os inimigos de Israel e as nações da terra, para
lutarem contra o povo santo.
2. A visão profética do vale de ossos secos
(Ez 37.1-11). O capítulo é um retrato figurado desse retomo
profetizado. Ezequiel tem uma visão de “um vale cheio de ossos secos” (Ez
37.1). Esse vale representa o mundo físico e a condição espiritual, social e
nacional dos israelitas, como nação morta, esquecida e espalhada na terra.
a)
Israel sepultado entre as nações. No versículo 11, a expressão “todos os ossos
refere se a casa de Israel (v.11). Não tem nada a ver com a Igreja, nem com os
gentios, pois refere-se, exclusivamente, aos filhos de Israel.
b) “Viverão esses ossos?” (v.3). Nesta
interrogação, está o desafio de Deus à fé do profeta e à incredulidade cega dos
que duvidam da fidelidade das promessas de Deus, quanto a Israel. A despeito da
história desse povo rebelde, Deus está sempre disposto a perdoá-lo, a fim de
cumprir a sua promessa, quanto a posse da terra “de leite e mel”.
c) “Farei entrar em vós o espírito e
vivereis” (Ez 37.5). Está aqui a promessa vivificadora para Israel,
material e espiritualmente. Materialmente, o retomo à terra significaria a
reedificação de suas cidades, o renovo da agricultura e o progresso econômico e
político (Am sua fé no Deus de seus pais Abraão, Isaque e Jacó..
d) “Houve um ruído.., e eis que se fez um
reboliço” (Ez 37.7). O ruído naquele “vale de ossos secos” simboliza
o movimento de vida agitando o vale e provocando um barulho de ossos. Cada osso
procurando o seu osso. Este “ruído” pode ser interpretado como o movimento
sionista, agitando os “ossos secos” em todo o mundo e gerando o desejo de voltar
a sua terra.
e) “Os osso se juntaram, cada osso ao seu
osso” (Ez 37.7). A partir do Sionismo mundial, em 1897, os
descendentes de Isaque têm voltado à sua terra (Palestina) e, de forma gradual,
foram reconquistando sua terra. Uma estatística da época, apresenta que em 1917
havia menos de 25 mil judeus na Palestina e, gradualmente, foi aumentando o numero;
e quando chegou em 1948, já havia 800 mil israelitas. Tudo isto em apenas 31
anos, de 1917 a 1948. Era Deus juntando os ossos de Israel. Israel foi reconhecido
como Estado em 14 de maio de 1948, a
população
cresceu ainda mais e, em 1976 a estatística foi para três milhões seiscentos
e nove mil habitantes.
f)
Vieram nervos eles e cresceu a carne, e estendeu-se a pele sobre eles por
cima” (Ez 37.8). Depois de reunidos os ossos e formados os esqueletos, o
Espírito do Senhor fez surgir nervos sobre eles. Esses nervos falam das bases
sociais e políticas reorganizadas na vida nacional de Israel.
g) “Ó Espírito, assopra sobre estes mortos
para que vivam” (Ez 37.9). A palavra “espírito”, neste texto,
refere-se à vida que dinamiza o corpo. Já não são mais “ossos secos” e
espalhados, mas corpos mortos e compostos que precisam de vida.
h) “Então o espírito entrou neles” (Ez
37.10). Hoje, Israel está refeito com todas as estruturas sociais,
políticas e religiosa, mas não passa de um “corpo morto”. Falta-lhe a vida. Diz
a Bíblia que no “dia da angústia de Jacó” (Jr 30.3), o Espírito do Senhor unirá
o povo israelita, a fim de se voltar para o Senhor.
CONCLUSÃO
Esta
lição tem por objetivo mostrar a fidelidade de Deus às suas promessas. Todo o
enredo histórico, envolvendo os dois filhos de Abraão, ensina que jamais
devemos nos precipitar no plano de Deus.
Elaboração
pelo:- Evangelista Isaias Silva de Jesus
Igreja Evangélica Assembléia de
Deus Ministério Belém Em Dourados – MS
Lição Bíblicas 4º. Trimestre
1995 - CPAD
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