sexta-feira, 16 de outubro de 2015

DUAS LINHAGENS HISTÓRICAS DE ADÃO



DUAS LINHAGENS HISTÓRICAS DE ADÃO

TEXTO ÁUREO = Portanto, vede prudentemente como andais, não como néscios, mas como sábios ( Ef 5.15 )

Verdade Pratica = Num mundo corrompido de maldade e violência, a linhagem do pecado está fadada ao juízo final; mas a do bem está destinada à felicidade eterna.

Leitura Bíblica = GÊNESIS 4.1,2,8,11,14,17- 19,25,26

INTRODUÇÃO

Os capítulos 4 e 5 de Gênesis são narrativas históricas e genealógicas. Moisés, seu autor, procurou desenvolver a história da humanidade, a partir de Adão e Eva, com uma descrição didática. Por este motivo, não aparecem todos os filhos do primeiro casal. São destacados apenas os nomes especiais, entre os quais, registraremos alguns, ligados às duas linhagens: a de Caim e Sete.

1. O PECADO E A MALDIÇÃO DE CAIM

1. O primeiro crime no mundo (Gn 4.3-8). Os dois primeiros versículos deste capítulo trazem a narrativa breve do nascimento dos dois primeiros filhos de Adão e Eva, os quais se chamaram Caim e Abel.  Caim e Abel aprenderam, desde  cedo, a expiar suas culpas diante de Deus e oferecer ofertas de gratidão ao Senhor, por estarem vivos (Gn 4.3,4). O primeiro ofertava o fruto da lavoura do campo, do qual tirava para a sua subsistência. O segundo não deixava por menos, ao apresentar ao Senhor o primogênito de suas ovelhas. Mas Deus atentou mais para a oferta do mais novo. A primeira vista, parece-nos injusta a atitude divina, mas o Senhor é quem conhece e perscruta o interior das pessoas que se chegam a Ele. Abel tinha um coração sincero e voluntário, para servir a Deus, mas Caim, ao oferecer sua oferta do campo, não tinha uma atitude sincera e fazia isto, por um ato meramente legalista, isto é, para obedecer aos seus pais. Encheu- se de ciúme e inveja contra seu irmão, e usou ainda da traição, para matá-lo sem compaixão. Ele se tornou o primeiro homicida da Terra (Gn 4.7).

2. Uma oferta rejeitada (Gn 4.3,5). Deus rejeitou a oferta de Caim, porque percebeu que o coração deste filho de Adão não era verdadeiro e o seu presente tinha mais um caráter material. Seu culto tornou-se legalista, cheio de obras mortas; infrutífero, sem valor espiritual. Enquanto que a oferta de Abel foi aceita, não por ser um produto mais aceitável que o da lavoura, mas porque o segundo filho de Eva tinha uma atitude voluntária e gratificante diante do Criador. Seu coração era sincero. Seu culto, verdadeiro (Hb 11.4 ).

O que oferecemos ao Senhor, hoje? Nossas ofertas demonstram a atitude real de nossos corações? (SI 51.17)

3. Uma maldição inevitável (Gn 4.9-12). O poder do pecado dominou o coração de Caim, que se tomou maligno. Sob o domínio de um profundo ódio contra o seu irmão Abel, sem que o mesmo tivesse feito qualquer coisa que justificasse sua raiva, ele usou de engodo, ao convidá-lo a ir ao campo, para depois atacá-lo e matá-lo ((Gn 4.8). O fato de tê-lo levado, indica que o crime fora premeditado, para escapar dos olhos de seus pais e, deste modo, evitar testemunhas contra o seu pecado.

Caim procurou fugir da responsabilidade de seu crime, como muita gente faz hoje, por não querer assumir seus próprios pecados. No texto de Gênesis 4.11,12, Deus expressa a sua rejeição e a inevitável maldição, ao dizer-lhe: “E agora maldito és desde a terra, que abriu a sua boca para receber das tuas mãos o sangue de teu irmão”.

4. Caim se casa e constrói uma cidade (Gn 4.17). Depois da maldição de Deus sobre Caim, para que fosse um peregrino na Terra (Gn 4.16), ele saiu do convívio que tinha e procurou isolar-se o quanto pôde. Mas todas as regiões já eram habitadas pelos filhos e filhas de Adão (Gn 5.4,5). Em seu caminho errante, ele encontrou uma mulher e casou-se. Daí a impertinente pergunta de muitos crentes neófitos: “Com quem casou Caim? ou: “Quem era a mulher de Caim? De onde ela surgiu ?“ Ora, não é preciso criar uma polêmica em torno deste assunto, visto que a resposta é facilmente encontrada no contexto histórico e genealógico de Caim. Se o texto diz que ele construiu uma cidade era porque já havia muita gente naquele lugar.

II. A LINHAGEM MÁ DE CAIM


Lameque (Gn 4.18-24). No hebraico, este nome significa vigoroso. Na descendência de Caim, ele constitui a quinta geração e foi pai de muitos filhos, em cuja posteridade destacaram-se agricultores, e os que trabalhavam com metais e instrumentos musicais. Lameque se tornou o primeiro homem bígamo, pois tomou para si duas mulheres. E o tipo de casamento que Deus nunca legitimou e nem autorizou.

2. Jabal. Dos filhos de Lameque, Jabal ficou conhecido como o pai dos construtores de tendas e criadores de gado (Gn 4.20).

3. Jubal. Este, irmão de Jabal, destacou-se como o inventor de instrumentos musicais. Por isso, ficou conhecido como “o pai dos músicos”(Gn 4.21). Sem dúvida, muito contribuiu para a cultura mais bela da humanidade.

4. Tubal-Caim (Gn 4.22). Filho de Lameque e sua mulher Zila. Há um aspecto positivo, que deve ser considerado nesta descendência cainita. Nem tudo o que faziam era, mau ou ruim. No caso Tubal-Caim, ele foi o míciador da metalurgia, ao descobrir e trabalhar com metais.

5. Naamá. No texto de Gênesis 4.22, há uma referência especial ao nome desta mulher, filha de Lameque. “Naamah”, no hebraico, significa a bek4 a graciosa Ela é irmã de Tubal-Caim e é citada, de modo especial, no capítulo 4 de Gênesis, pois não se mencionavam nomes de mulheres nas genealogias antigas. Esta citação não vem como um elogio, mas como uma denúncia do começo da prostituição no meio da humanidade.

III. A LINHAGEM PIEDOSA DE SETE

1. Como surgiu a linhagem de Sete (Gn 4.25). Há uma expressão bem comum na Bíblia, quando ela fala da formação de famílias ou geração de filhos, que é:”e... conheceu a sua mulher”.Este tipo de linguagem tem um sentido bem mais amplo do que o simples relato de um contato íntimo, pois conhecer, no ato conjugal, significa muito mais que uma simples relação sexual.

2. A nova linhagem genealógica de Sete. Com o nascimento de Sete nasce, também, uma nova esperança.

3. Alguns nomes em destaque da linhagem de Sete:

ENOS (Gn 4.26; 5.6,1 1). Do hebraico “ENOSH”, sugere “o homem em sua fragilidade”, pois, até então, na linhagem de Caim, foram a arrogância e rebeldia contra Deus que prevaleceram.

MAALALEL (Gn 5.12). Filho de Cainã, da linhagem de Sete, e cabeça da quarta geração de Adão (Gn 5.12-17; 1 Cr 1.2; Lc 3.37). O seu nome, no hebraico, significa “louvor de Deus”. Percebe-se que a descendência piedosa não estagnou no tempo, mas continuou aadorar ao Senhor, até os dias de Noé.

ENOQUE (Gn 5.18,21-24). Desde Adão até Noé, apenas dois nomes se destacaram como homens tementes ao Senhor Enoque e Noé. O primeiro andou com Deus 300 anos (Gn 5.22,23), após geras Matusalém, o ser humano que mais viveu sobre a face da Terra: 965anos. “ENOQUE” significa: instruir, iniciar, dedicar.
NOE (Gn 5,28,29). Aparece, no capítulo 5 de Gênesis, um outro Lameque, que nada tem a ver com o da linhagem de Caim. Foi ele quem gerou, dentro da descendência de Sete, a Noé, cujo nome, no hebraico, significa aquele que consola, ou consolador.

CONCLUSÃO

Nesta lição, além dos aspectos históricos que aprendemos, descobrimos que, em um mundo corrompido e pecador, Deus tem uma linhagem especial que preserva o seu nome, a Igreja de Jesus Cristo.

Elaboração pelo:- Evangelista Isaias Silva de Jesus
Igreja Evangélica Assembléia de Deus Ministério Belém Em Dourados – MS
Lição Bíblicas 4º. Trimestre 1995  - CPAD

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