DUAS
LINHAGENS HISTÓRICAS DE ADÃO
TEXTO ÁUREO =
Portanto, vede prudentemente como andais, não como néscios, mas como sábios (
Ef 5.15 )
Verdade Pratica = Num
mundo corrompido de maldade e violência, a linhagem do pecado está fadada ao
juízo final; mas a do bem está destinada à felicidade eterna.
Leitura
Bíblica = GÊNESIS 4.1,2,8,11,14,17- 19,25,26
INTRODUÇÃO
Os
capítulos 4 e 5 de Gênesis são narrativas históricas e genealógicas. Moisés,
seu autor, procurou desenvolver a história da humanidade, a partir de Adão e
Eva, com uma descrição didática. Por este motivo, não aparecem todos os filhos
do primeiro casal. São destacados apenas os nomes especiais, entre os quais,
registraremos alguns, ligados às duas linhagens: a de Caim e Sete.
1. O
PECADO E A MALDIÇÃO DE CAIM
1. O primeiro crime no mundo (Gn 4.3-8). Os
dois primeiros versículos deste capítulo trazem a narrativa breve do nascimento
dos dois primeiros filhos de Adão e Eva, os quais se chamaram Caim e Abel. Caim e Abel aprenderam, desde cedo, a expiar suas culpas diante de Deus e oferecer
ofertas de gratidão ao Senhor, por estarem vivos (Gn 4.3,4). O primeiro
ofertava o fruto da lavoura do campo, do qual tirava para a sua subsistência. O
segundo não deixava por menos, ao apresentar ao Senhor o primogênito de suas
ovelhas. Mas Deus atentou mais para a oferta do mais novo. A primeira vista,
parece-nos injusta a atitude divina, mas o Senhor é quem conhece e perscruta o
interior das pessoas que se chegam a Ele. Abel tinha um coração sincero e
voluntário, para servir a Deus, mas Caim, ao oferecer sua oferta do campo, não
tinha uma atitude sincera e fazia isto, por um ato meramente legalista, isto é,
para obedecer aos seus pais. Encheu- se de ciúme e inveja contra seu irmão, e
usou ainda da traição, para matá-lo sem compaixão. Ele se tornou o primeiro
homicida da Terra (Gn 4.7).
2. Uma oferta rejeitada (Gn 4.3,5). Deus
rejeitou a oferta de Caim, porque percebeu que o coração deste filho de Adão
não era verdadeiro e o seu presente tinha mais um caráter material. Seu culto
tornou-se legalista, cheio de obras mortas; infrutífero, sem valor espiritual.
Enquanto que a oferta de Abel foi aceita, não por ser um produto mais aceitável
que o da lavoura, mas porque o segundo filho de Eva tinha uma atitude
voluntária e gratificante diante do Criador. Seu coração era sincero. Seu
culto, verdadeiro (Hb 11.4 ).
O que
oferecemos ao Senhor, hoje? Nossas ofertas demonstram a atitude real de nossos
corações? (SI 51.17)
3. Uma maldição inevitável (Gn 4.9-12). O
poder do pecado dominou o coração de Caim, que se tomou maligno. Sob o domínio
de um profundo ódio contra o seu irmão Abel, sem que o mesmo tivesse feito qualquer
coisa que justificasse sua raiva, ele usou de engodo, ao convidá-lo a ir ao
campo, para depois atacá-lo e matá-lo ((Gn 4.8). O fato de tê-lo levado, indica
que o crime fora premeditado, para escapar dos olhos de seus pais e, deste
modo, evitar testemunhas contra o seu pecado.
Caim
procurou fugir da responsabilidade de seu crime, como muita gente faz hoje, por
não querer assumir seus próprios pecados. No texto de Gênesis 4.11,12, Deus
expressa a sua rejeição e a inevitável maldição, ao dizer-lhe: “E agora maldito
és desde a terra, que abriu a sua boca para receber das tuas mãos o sangue de
teu irmão”.
4. Caim se casa e constrói uma cidade (Gn
4.17). Depois da maldição de Deus sobre Caim, para que fosse um
peregrino na Terra (Gn 4.16), ele saiu do convívio que tinha e procurou
isolar-se o quanto pôde. Mas todas as regiões já eram habitadas pelos filhos e
filhas de Adão (Gn 5.4,5). Em seu caminho errante, ele encontrou uma mulher e
casou-se. Daí a impertinente pergunta de muitos crentes neófitos: “Com quem
casou Caim? ou: “Quem era a mulher de Caim? De onde ela surgiu ?“ Ora, não é
preciso criar uma polêmica em torno deste assunto, visto que a resposta é
facilmente encontrada no contexto histórico e genealógico de Caim. Se o texto
diz que ele construiu uma cidade era porque já havia muita gente naquele lugar.
II. A
LINHAGEM MÁ DE CAIM
Lameque (Gn 4.18-24). No hebraico,
este nome significa vigoroso. Na descendência de Caim, ele constitui a quinta
geração e foi pai de muitos filhos, em cuja posteridade destacaram-se
agricultores, e os que trabalhavam com metais e instrumentos musicais. Lameque
se tornou o primeiro homem bígamo, pois tomou para si duas mulheres. E o tipo
de casamento que Deus nunca legitimou e nem autorizou.
2. Jabal. Dos filhos de Lameque,
Jabal ficou conhecido como o pai dos construtores de tendas e criadores de gado
(Gn 4.20).
3. Jubal. Este, irmão de Jabal,
destacou-se como o inventor de instrumentos musicais. Por isso, ficou conhecido
como “o pai dos músicos”(Gn 4.21). Sem dúvida, muito contribuiu para a cultura
mais bela da humanidade.
4. Tubal-Caim (Gn 4.22). Filho
de Lameque e sua mulher Zila. Há um aspecto positivo, que deve ser considerado
nesta descendência cainita. Nem tudo o que faziam era, mau ou ruim. No caso Tubal-Caim,
ele foi o míciador da metalurgia, ao descobrir e trabalhar com metais.
5. Naamá. No texto de Gênesis
4.22, há uma referência especial ao nome desta mulher, filha de Lameque.
“Naamah”, no hebraico, significa a bek4 a graciosa Ela é irmã de Tubal-Caim e é
citada, de modo especial, no capítulo 4 de Gênesis, pois não se mencionavam
nomes de mulheres nas genealogias antigas. Esta citação não vem como um elogio,
mas como uma denúncia do começo da prostituição no meio da humanidade.
III. A
LINHAGEM PIEDOSA DE SETE
1. Como surgiu a linhagem de Sete (Gn
4.25). Há uma expressão bem comum na Bíblia, quando ela fala da
formação de famílias ou geração de filhos, que é:”e... conheceu a sua mulher”.Este
tipo de linguagem tem um sentido bem mais amplo do que o simples relato de um
contato íntimo, pois conhecer, no ato conjugal, significa muito mais que uma
simples relação sexual.
2. A nova linhagem genealógica de Sete. Com o
nascimento de Sete nasce, também, uma nova esperança.
3. Alguns nomes em destaque da linhagem de
Sete:
ENOS (Gn 4.26; 5.6,1 1). Do
hebraico “ENOSH”, sugere “o homem em sua fragilidade”, pois, até então, na linhagem
de Caim, foram a arrogância e rebeldia contra Deus que prevaleceram.
MAALALEL (Gn 5.12). Filho
de Cainã, da linhagem de Sete, e cabeça da quarta geração de Adão (Gn 5.12-17;
1 Cr 1.2; Lc 3.37). O seu nome, no hebraico, significa “louvor de Deus”. Percebe-se
que a descendência piedosa não estagnou no tempo, mas continuou aadorar ao
Senhor, até os dias de Noé.
ENOQUE (Gn 5.18,21-24). Desde
Adão até Noé, apenas dois nomes se destacaram como homens tementes ao Senhor
Enoque e Noé. O primeiro andou com Deus 300 anos (Gn 5.22,23), após geras
Matusalém, o ser humano que mais viveu sobre a face da Terra: 965anos. “ENOQUE”
significa: instruir, iniciar, dedicar.
NOE (Gn 5,28,29).
Aparece, no capítulo 5 de Gênesis, um outro Lameque, que nada tem a ver com o
da linhagem de Caim. Foi ele quem gerou, dentro da descendência de Sete, a Noé,
cujo nome, no hebraico, significa aquele que consola, ou consolador.
CONCLUSÃO
Nesta
lição, além dos aspectos históricos que aprendemos, descobrimos que, em um
mundo corrompido e pecador, Deus tem uma linhagem especial que preserva o seu
nome, a Igreja de Jesus Cristo.
Elaboração
pelo:- Evangelista Isaias Silva de Jesus
Igreja Evangélica Assembléia de
Deus Ministério Belém Em Dourados – MS
Lição Bíblicas 4º. Trimestre
1995 - CPAD
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