A DOUTRINA
DA CRIAÇÃO
TEXTO ÁUREO = “Todas as coisas foram
feitas por ele, e sem ele, nada do que foi feito se fez’ (Jo 1.3).
VERDADE PRÁTICA = A
doutrina da criação faz parte do credo apostólico, não como um assunto
alegórico ou filosófico, mas um legado histórico e espiritual que deve ser
ensinado.
LEITURA EM
CLASSE = GÊNESIS 1.1,2,26-31
INTRODUÇÃO
Gênesis, o
primeiro livro da Bíblia, no original hebraico, é “Bereshith”, que se traduz
por “No princípio” e, no grego, a palavra “Gênesis” é “Geneseos”, que
significa”nascimento, começo, princípio”. Foi escrito por Moisés em 1443
a.C.,aproximadamente, e redigido nos primeiros anos da peregrinação de Israel
no deserto,quando este patriarca procurava ensinar ao povo os fundamentos da
Palavra de Deus.
1- DEUS, O
CRIADOR
1. Identificando o Criador. Antes de falar dos atos criativos do
Senhor, é preciso conhecê-lo do modo como a Bíblia o apresenta. Gênesis não
começa com uma teoria, mas com o vocábulo Deus: “No princípio criou DEUS”(Gn
1.1). Através da história da humanidade, os homens têm inventado muitos deuses,
e Satanás, arquiinimigo de Criador, deseja tornar-se o o governador ou “deus”
do Universo, a qualquer custo.
2. O Criador e a criação. A declaração de que há um Criador, o qual
deu vida a todos os seres vivos existentes na Terra, e também os elementos
animados e inanimados, desfaz completamente as teorias anticriacionistas da
evolução. No hebraico, o termo “BARAH” indica, de forma direta, que Deus é o
Criador.
3. O Criador é o Senhor Onipotente. Entre os
atributos de sua Onipotência, revela-se “o poder de criar”. A Abraão, o Senhor
manifestou-se como “o Deus Todo- poderoso” (Gn 17.1). Vários textos na Bíblia
declaram que “Deus fez a terra pelo seu próprio poder”( Is 40.21-28; 42.5;
45.12-18; Jr 10.12; 27.5; 51.15).
II- TEORIAS
DA ORIGEM DA CRIAÇÃO
1. A Teoria da Grande Explosão. A partir do estudo de Einstein,
sobre a Teoria da Relatividade, outros cientistas acreditam que o Universo era
uma bola imensa de hidrogênio que se expandiria indefinidamente e alcançaria
distâncias quase infinitas. Eles imaginam que, em algum tempo indecifrável,
houve uma grande explosão desta imensa bola de hidrogênio. Daí, surgiram os
mundos, as galáxias. Na tentativa de definir as origens do Universo, procuram
determinar a sua idade, sugerindo a cifra de 12 bilhões de anos. De fato, esta
teoria acredita na eternidade da matéria, mas a Bíblia a refuta, quando declara
que tudo em algum tempo começou a existir. “No principio, criou Deus os céus e
aterra”(Gn 1.1).
2. A Teoria da Nebulosa Original. A idéia
básica desta teoria é que a matéria foi criada por Deus e está espalhada pelo
Universo, em vários sistemas planetários desconhecidos e, inclusive, o nosso,
no qual se inclui a Terra. Os cientistas, seus defensores, ensinam que o nosso
planeta teria surgido em estado gasoso de hidrogênio, e, como os gases ocupam
muito mais espaço que os sólidos, esta matéria original tomaria todo o espaço
conhecido e desconhecido.
3. A Teoria da Substância Original. Os adeptos
desta teoria ensinam que havia, no princípio de tudo, uma substância original
indefinida e desconhecida, e dela surgiram os quatro elementos básicos: a
terra, o ar, o fogo e a água. Afirmam ainda que, de um destes componentes deve
ter-se originado a vida, ou então, de todos eles.
4. A Teoria do Panteísmo. O Panteísmo declara que Deus e a Natureza
são a mesma coisa e estão inseparavelmente ligados. A idéia básica desta teoria
é que o Senhor não cria nada, mas tudo emana e faz parte dele. Entretanto, a
revelação bíblica não aceita, de modo algum, este ensinamento, pois o Criador
não é parte do Universo, e, sim, este foi criado por Ele (Sl 8).
5. A Teoria Evolucionista. Esta teoria ensina que a matéria é eterna,
preexistente. A partir daí, mediante processos naturais e por transformação
gradual, os seres passaram a existir. Entretanto, a Bíblia declara que Deus
criou todas as coisas, isto é, tudo teve um começo. As provas diretas da
criação, além da Ciência, estão expostas na Bíblia em Gênesis 1.1.
6. A Teoria da Criação, a partir do nada. Esta é
,talvez, a mais difundida, ensinada e pregada, no meio evangélico. Ela é conhecida
pela expressão latina “nihílo”, pois declara que Deus criou tudo “do nada”,
mediante o poder de sua palavra. Utiliza-se como base, para a afirmação desta
idéia, o texto de Hebreus 11.3, o qual diz que “os mundos foram criados pela
palavra de Deus, de maneira que aquilo que se vê não foi feito do que é
aparente”.
Ora,
entendemos que aquilo o qual não é aparente, não quer dizer “do nada”, mas pode
referir-se a coisas imateriais. A expressão “No princípio”, de Gênesis 1.1, não
se refere à “eternidade passada”, mas significa o ponto inicial do tempó como o
conhecemos.
III - O MODO
DIVINO DA CRIAÇÃO
1. A criação foi um ato livre da parte de Deus. Existe um
falso ensino de que a criação do mundo foi por uma necessidade de Deus, uma
autogênese divina, para fazer valer o seu Ser, como se Ele precisasse
auto-afirmar-se. Uma vez que se admite ter sido a criação feita do nada,
entende-se que nada preexiste à ação criadora do Senhor. A idéia de que o mundo
aparece como algo necessário para Ele, acaba no panteísmo, o qual ensina que
tudo é Deus e o mundo não pode conceber-se sem o Criador, nem Ele sem o
Universo.
Mas Deus não
criou o mundo por acaso, ou por necessidade. O Universo existe porque o Criador
quer. Ele é para si mesmo sua própria riqueza e,portanto, a criação partiu dele
como uma graça especial. O Senhor é imune de coação externa, pois não depende
de nada, absolutamente, e, por isso, pode criar livremente o que deseja, quando
e como quer. Os salmos 115.3 e 135.6 dizem respectivamente: “Mas o nosso Deus
esta nos céus; fez tudo o que lhe agradou”; “Tudo o que o Senhor quis, fez, nos
céus e na terra, nos mares e em todos os abismos”.
2. A criação foi um ato temporal de Deus. A expressão
inicial de Gênesis 1.1: “No princípio”, indica, dentro da eternidade, a questão
do “tempo”. O termo hebraico “bereshith” mostra, em seu sentido literal, que a
palavra “princípio” refere- se ao início da criação. “O tempo é apenas uma das
formas de toda a existência criada”, como afirmou certo teólogo. A declaração
de que a criação foi um ato temporal, não significa restringir ou confinar Deus
ao tempo, porque Ele está fora de qualquer confinamento, restrição física ou
mesmo espiritual. Na verdade, a lição que aprendemos na Bíblia é que o mundo
teve começo ( Mt 19.4,5; Mc l0.6;Jo l.l,2; Hb 1.10).
3. A criação foi um ato especial do Deus Triúno. A forma
plural do nome “ELOE-IIM” revela- nos, não só a transcendência do Criador, no
sentido de ir além, mas, acima de tudo, o sufixo “him” indica a pluralidade
composta da divindade, ou seja, as três pessoas da Trindade. Uma vez revelado o
trino Deus na declaração inicial de Gênesis, entende-se que Ele é o autor da
criação (Gn 1.1; Es 40.12; 44.24; 45.12). Nenhuma das pessoas da Trindade age
com poderes independentes, mas, sim, o Pai, o Filho e o Espírito são autores
independentes.
CONCLUSÃO
Estudamos
esta primeira lição, para compreendermos, não só a Teologia da Criação, mas
também a sua história, conforme o relato de Gênesis. Precisamos compreender
este assunto com convicção, para podermos refutar as teorias humanas que negam
o relato bíblico.
Elaboração
pelo:-
Evangelista Isaias Silva de Jesus
Igreja Evangélica Assembléia de Deus
Ministério Belém Em Dourados – MS
Lição Bíblicas 4º.Trimestre 1995 - CPAD
Nenhum comentário:
Postar um comentário