sexta-feira, 16 de outubro de 2015

ABRAÃO HISTÓRIA E MODELO DE FÉ



ABRAÃO HISTÓRIA E MODELO DE FÉ

TEXTO ÁUREO = “Pela fé Abraão, sendo chamado, obedeceu, indo para um lugar que havia de receber por herança; e saiu, sem saber para onde ia” (Hb 11.8).

VERDADE PRÁTICA  = O caninho da fé não está  livre de provações.

LEITURA BIBLICA =  GÊNESIS 11.31; 12.1-4,10,17-20; 13.1,6,7-9

INTRODUÇÃO

São muitos os exemplos de fé descritos na Bíblia, mas destaca-se, com especial tratamento, a de Abraão, o qual é denominado “pai da fé”. A palavra fé, do ponto de vista escriturístico, tem o significado de “fidelidade” (Dt 32.4; Si 36.5; 37.3).

1. ABRAO, O ESCOLHIDO DE DEUS

1. Abrão descende de Sem, a linhagem da promessa (Gn 11.10- 26). Nos capítulos 10 e 11 de Gênesis, o autor do livro apresentou a genealogia de SEM. Mui especialmente, no capítulo 11, Moisés teve a preocupação de traçar a descendência da raça eleita.

2. Ur, a terra de Abrão (Gn. 11.31). A cidade de Ur dos caldeus, na Mesopotâmia, era um grande centro de cultura e comércio do mundo antigo. Na atualidade, esta região é ocupada pela Armênia.

3. A chamada de Abrão (Gn 12.1-3). Abrão foi escolhido por Deus, para restaurar a geração pós- diluviana, a qual se corrompera. Para tal empreendimento, o Senhor estabeleceu um plano radical com Abrão, exigindo dele completa separação, obediência e fidelidade incontestáveis. Por isso, o chamou individualmente (Gn 12.1) e mostrou-lhe um caminho longínquo, desconhecido e perigoso.

II. ABRÃO SAI DE SUA TERRA

1. A tríplice ordem de Deus a Abrão. Na convocação feita a Abrão havia três exigências a serem obedecidas, a fim de que o plano divino não sofresse qualquer restrição. A primeira era: “sai da tua terra“.

A segunda exigência: “sai-te do meio da tua parentela “. Nenhum laço familiar deveria prendê-lo, senão sua própria mulher e mais ninguém. Para que isto fosse cumprido, o Senhor prometeu-lhe uma grande posteridade.
A terceira exigência: “Vai para a terra que eu te mostrarei” (Gn 12.1). De fato, a terra que o Senhor lhe mostraria estava muito além de Harã, onde parou com sua parentela (Gn 17.8,9).

2. Obstáculos para a obediência de Abrão. Analisando a história da saída de Abrão, de Ur dos Caldeus, concluímos que o máximo de sua obediência foi sair dali, mas não para muito longe. Ele não conseguiu deixar a sua terra, plenamente, pois se estabeleceu em Harã, por causa dos parentes que o acompanhavam todo o tempo. Parece-nos que ali Abrão não conseguiu desvencilar-se dos familiares, especialmente do pai, o qual morreu naquele lugar. Por algum tempo, Abrão habitou naquela terra com os parentes. Foi preciso que o Todo-Poderoso interferisse naquela situação, a fim de que ele obedecesse ao plano original.

3. Abrão parte de Harã para Siquém (Gn 12.4-8). Abrão acumulou riquezas em Harã, mas o seu coração não estava naquele lugar. Ele tinha de continuar a viagem, a qual se propusera, por ordem divina, quando ainda estava em Ur dos caldeus. Confiante nas promessas de Deus, e decidido a obedecer-lhe, Abrão não teve mais dúvidas: saiu de Harã e foi para um lugar chamado Siquém, distante, aproximadamente, 1.300 quilômetros.

4. Abraão muda-se de Siquém para Betel (Gn 12.8). Depois de Harã, Abrão não parou em um só lugar. De Siquém, ele viu as montanhas do lado oriental de Betel e armou ali a sua tenda. Em Betel, mais uma vez, ele levantou um altar ao Senhor e assim fez, sucessivamente, em todo lugar onde morava.

III. ABRÃO ENFRENTA ADVERSIDADES NO CAMINHO DA FÉ

1. As provações inevitáveis do caminho da fé. As provações pelas quais Abrão passara em sua jornada, pareciam ter-lhe neutralizado a fé. Ele já estava na terra que o Senhor lhe prometera, e tudo ia muito bem até surgirem as primeiras dificuldades. Antes de ir para Egito, o seu caminho foi de fé e conquistas; porém, o trilho da fé não está livre de provações. Diz o texto de Gênesis 12.10: “Havia fome naquela terra“.

2. Abrão desce para o Egito (Gn 12.10). Diz o texto: “e desceu Abrão ao Egito, para peregrinar ali “. Não resistindo mais aquela provação, Abrão deixou o caminho da fé para seguir por um atalho, O sábio Salomão declara: “Há caminho que ao homem parece direito, mas o fim dele são os caminhos da morte” (Pv 14.12). Em outro texto, diz: “Todos os caminhos do homem ão puros aos seus olhos, mas o Senhor pesa o espírito. Confia ao Senhor as tuas obras, e teus pensamentos serão estabelecidos” (Pv 16:2,3). E sempre perigoso sair da direção de Deus e tomar caminho próprio.

3. Abrão sofre as conseqüências de uma decisão precipitada (Gn 12.11-20). Quando saímos da direção divina, e tomamos nosso próprio caminho, tornamo-nos responsáveis pelas conseqüências das nossas decisões. E Abrão pagou caro pela sua atitude precipitada. Diante das circunstâncias adversas, evitemos soluções fáceis, mera mente humanas e imediatistas. Jamais questionemos a direção de Deus, pois o que Ele pensa a nosso respeito é sempre o melhor.

IV. ABRÃO E LÓ SE SEPARAM

1. A contenda entre os pastores de Ló e de Abrão (Gn 13.5-7). Parece-nos que Ló tirava proveito da prosperidade de seu tio Abrão. Cresceu em número de familiares, servos e servas, gado e tendas e, desse modo, tornou-se também um tropeço no caminho da fé, para o qual somente Abrão fora chamado. Mas, por ter contrariado a orientação divina, o patriarca, agora, tinha que suportar o peso de levar consigo alguém que não tinha nada a ver com o plano de Deus. Segundo o texto do capítulo 13, chegaram a uma terra onde não havia espaço para Abrão e Ló juntos.

2. Abrão fez uma proposta a Ló (Gn 13.8,9). Um pouco antes, ao voltar a Betel, Abrão renovou seu pacto de fé e obediência ao Senhor (v.4) e, agora, estava preparado para tomar as decisões cabíveis que não mais restringiriam sua obediência completa ao plano divino, na sua chamada. Nada mais o deteria no caminho da fé que o levaria ao lugar que Deus havia designado para ele e sua posteridade. Se o seu sobrinho Ló estava criando constrangimento naquela terra, os dois deveriam se separar Disse Abrão a Ló, de modo solene e firme: “Não haja contenda entre mim e ti, e entre os meus pastores e os teus pastores, porque irmãos somos. Não, esta toda a terra diante de ti? Eia, pois, aparta-te de mim,’ se escolheres a esquerda, irei para a direita; e se a direita escolheres, eu irei para a esquerda” (Gn 13.8,9).

3. A escolha ambiciosa de Ló (Gn 13.10,11). A escolha de Ló é típica do crente carnal, cuja concupiscência o envolve. Até, então, Ló e sua comitiva viveram como forasteiros na companhia de Abrão. Seus olhos contemplaram as campinas úmidas e bem regadas do Jordão e ele desceu para aquelas paragens próximas às cidades de Sodoma e Gomorra. A escolha materialista e egoísta converteu-se em morte e destruição. É sempre triste o exemplo do homem que só busca os interesses do mundo.

V. ABRÃO RETOMA O CAMINHO DA FÉ

1. Abrão, um homem de caráter firme. A despeito dos momentos de fraqueza, aos quais se rendeu, Abrão, na sua jornada de fé, desde que saiu de Ur dos caldeus, em momento algum deixou de temer a Deus.

2. Abrão, um exemplo de fé. Quando se dispôs a peregrinar para uma terra que não conhecia, sem mapa, nem roteiro, ele demonstrou uma grande fé. Depois que se separou de Ló, a promessa divina confirmou-se, de modo especial, e o Todo- poderoso mostrou-lhe a maravilhosa terra “que mana leite e mel”.

3. Abrão, um homem obediente. Ao longo de sua vida, Abrão obedeceu a Deus. Mesmo quando seus familiares dificultaram seu caminho de fé, ele não desistiu. O ponto destacado da sua obediência, é que obedeceu a Deus sem questionar coisa alguma. O segredo da fé está na visão do invisível. Por isso, quem a possui, sabe obedecer, e Abrão foi um exemplo.

4. Abrão, um homem de profunda comunhão com Deus. Em toda a vida de Abrão, a comunhão com o Senhor foi mantida e alimentada pelas orações. Freqüentemente, a Bíblia registra as vezes que Deus apareceu a Abrão e ambos dialogaram sobre a vida e o futuro da sua descendência (Gn 12.1-3,7; 13.14; 15.1-2 1; 17.1-27).

CONCLUSÃO

Na verdade, a vida de Abrão foi sempre um exemplo de generosidade (Gn [3.9), fidelidade (Gn 14.14; 23.2), hospitalidade (Gn 18.2-8), compaixão (Gn 18.23) e coragem (Gn 14. 14-16).

Elaboração pelo:- Evangelista Isaias Silva de Jesus
Igreja Evangélica Assembléia de Deus Ministério Belém Em Dourados – MS
Lição Bíblicas 4º. Trimestre 1995  - CPAD

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