JOSÉ UM
HOMEM DESIGNADO POR DEUS
TEXTO ÁUREO = “Pelo que Deus me enviou diante da vossa face1 para conservar
vossa sucessão na terra, e para guardar-vos em vida por um grande livramento”
(Gn 45.7).
VERDADE PRÁTICA =
Deus tem os meios apropriados para cumprir os seus desígnios. Ainda que as suas
ações pareçam estranhas, Ele não falha em seus propósitos.
LEITURA
BIBLICA =GÊNESIS 37.1-11
INTRODUÇÃO
A história de José ganha um espaço
especial no livro de Gênesis nos capítulos 37 a 50. O velho Jacó vivia como
estrangeiro na terra de Canaã, a qual Deus prometera como herança à
descendência de Abraão. Nos pianos divinos, fatos contundentes haveriam de
acontecer a partir de José, tomando-se o mesmo o personagem por excelência na
história do povo de Israel.
I. JOSÉ, AMADO E ODIADO POR SUA
FAMÍLIA
1. Amado de seu pai (vs.1-4). José era um adolescente, de 17 anos de idade, e Jacó o amava
muito, porque era o filho de sua velhice. Além disso, ele se destacava dentre
seus irmãos, porque era temente a Deus e não concordava com o mau procedimento
deles. Jacó demonstrava sua preferência paterna por José, provocando, com esta
atitude, a inveja e o ciúme de seus irmãos.
2. Odiado por seus irmãos (vs.4-1 1). Havia duas razões principais para o ódio dos seus
irmãos: era a denúncia que José trazia a Jacó, das más ações cometidas por
eles, fora das vistas do velho pai e quando, ingenuamente, contava seus sonhos
a eles e os interpretava. Os sonhos sempre o colocavam como líder de seus irmãos,
e isto era suficiente para eles o odiarem e desejarem se livrar dele.
3. Maltratado e vendido como escravo (vs.12-36). Por ser o mais novo dos filhos, José
foi enviado por seu pai ao campo onde estavam seus irmãos, cuidando dos
rebanhos da família, em Siquém. Quando José chegou entre eles, seus irmãos já
haviam formulado uma trama para livrarem-se dele, pois o ódio era patente em
seus olhos e corações. Seus irmãos queriam matá-lo,mas Rúben impediu que eles
assassinassem o próprio irmão, pois isto muito entristeceria o velho pai.
Resolveram então colocá-lo dentro de
uma cisterna, cavada naquela região. Antes, tiraram-lhe a túnica talar, que o
distinguia dos demais, e o venderam como escravo a uma caravana de ismaelitas
(Gn 37.25)
4. As conseqüências amargas da inveja
e do ódio. A Bíblia diz que “os irmãos de José eram movidos de inveja” (At
7.9). A inveja surge como um sentimento negativo, de mesquinharia humana.
causada pela queda ao pecado, desde nossos primeiros pais, Adão e Eva.
Geralmente, a inveja surge da tentativa de compensar o fracasso em relação a
outras pessoas. O invejoso não aceita o sucesso de outrem.
II. JOSÉ É HUMILHADO E EXALTADO NO
EGITO
1. José é vendido na feira de escravos, no Egito (Gn 39.1). Longe da casa do pai, José amargava
a separação. Não entendia porque tanto ódio da parte de seus irmãos.
Passava pela feira de escravos um
oficial da corte real de Faraó, por nome Potifar e, ao ver o jovem escravo,
percebeu que o mesmo tinha características diferentes e superiores aos demais.
Comprou-o dos ismaelitas e o levou para servir em sua casa.
2. José prospera na casa de Potifar (Gn 39.1-6). José alcançou graça diante de seu
amo Potifar e foi designado para ser mordomo da sua casa. Todos os negócios
foram geridos por José, e a casa de Potifar prosperou grandemente. Deus estava
com José em tudo o que fazia.
3. José foi tentado pela mulher de Potifar (Gn 39.6-12). É difícil, às vezes, entender os
desígnios de Deus, mas a verdade deste incidente, na experiência de José,
estava no fato de que ele deveria ser provado, a fim de estar apto para um
propósito maior. Segundo a Bíblia, além das qualidades morais e espirituais,
José “era formoso de parecer e formoso à vista” (Gn 39.6). Fisicamente, ele era
bonito e desejável para os prazeres da carne.
A mulher de Potifar colocou os olhos em José e
tramou situações pelas quais pudesse atrair o jovem mordomo. Mas ele recusou os
ímpetos insistentes daquela mulher, declarando a ela, que não poderia trair a
confiança de seu senhor (Gn 39.8).
Não podendo convencê-lo com palavras
e atitudes sensuais, aquela mulher o pegou pelo vestido, com força, mas ele
escapou assim mesmo, deixando suas vestes rasgadas nas mãos dela (Gn 39.12). A
mulher de Potifar se fez de vítima e lançou sobre José a acusação de tentativa
de sedução (Gn 39.14-18). Ouvindo Potifar a acusação mentirosa de sua mulher
contra José, mandou-o para o cárcere dos presos do rei.
4. José é abençoado por Deus dentro da prisão (Gn 39.21-23; 40.6-8). Deus foi benigno com José, isto é,
em todo o tempo da sua humilhação, a presença benévola e complacente do Senhor
esteve com ele. Esse é o modo de Deus tratar com aqueles que sofrem e padecem
aflições (Rm 2.4; SI 36.7; 119.76). Naquela prisão, a benignidade do Senhor
sustentou e guardou José (Pv 20.28). A graça divina quebrantou o coração do carcereiro-mor
e o fez ver qualidades morais e intelectuais de José. Dentro daquela prisão,
José dois chefes da cozinha da casa real: o chefe dos copeiros e o dos padeiros
da casa de Faraó. Ambos sonharam, e como os egípcios que os sonhos
representavam presságios bons ou ruins, contaram a José os seus sonhos. José
tinha a graça de Deus, para interpretar sonhos. Isto acontecia, desde quando estava
na casa de seu pai Jacó. Sem entrar nos detalhes, vemos que José revelou os
significados dos sonhos dois, e pediu ao copeiro que se lembrasse dele perante
Faraó, uma vez que ele era apenas uma vítima, e não culpado de qualquer ato
indigno (Gn 40.14,15).
III. JOSE E LEVADO A PRESENÇA DE
FARAÓ
1. José é lembrado perante Faraó (Gn
41.1-8). Faraó teve dois sonhos seguidos que o deixaram perturbado pois não
entendia o significado dos mesmos. É aqui que Deus entra em ação, mais uma vez,
para cumprir sua palavra, anteriormente, revelada a José, ainda na casa de seu O
tempo do cumprimento dos sonhos de José chegava no momento certo (Gn 37.5-7). O
copeiro-mor estava servindo a Faraó, cerca de dois anos depois que saíra da
prisão, quando viu o rei perturbado. O Senhor fez lembrar-se de José e ele falou
a Faraó sobre o que acontecera e como se cumprira a interpretação de José.
Faraó já havia convocado todos os astrólogos e adivinhos do palácio, mas nenhum
pudera interpretar os seus sonhos (Gn 41 .8). O rei ficou pasmado com a
exatidão do cumprimento dos sonhos do copeiro e do padeiro e, por isso, ordenou
que lhe trouxessem José a sua presença.
2. José é conduzido ao Faraó (Gn 41.9-15). No tempo próprio, Deus fez o
copeiro-mor lembrar-se de José, o qual contou ao rei a experiência que tivera,
quando esteve preso com o jovem hebreu. O rei ficou impressionado com a
narrativa. Estava revoltado com os magos e ocultistas do palácio, que não puderam
interpretar os seus sonhos. Na presença de Faraó, José, com humildade, declara
que a interpretação dos sonhos do rei viria de Deus, o seu Senhor (Gn 41.16). O
plano divino na vida de José começava a cumprir-se, literalmente.
3. José interpreta os sonhos de Farao (Gn 41. 16-32). O rei contou os sonhos e o Espírito
de Deus abriu o entendimento de José para dar a interpretação.
José interpretou os sonhos, afirmando
que os dois se resumiam num só, pois dentro de pouco tempo o Egito passaria por
uma grande escassez de alimentos e, para evitar esta crise, era necessário que o
rei se prouvesse de mantimentos.
O rei ficou estupefato por tanta inteligência
e visão administrativa do jovem hebreu. A verdade é que Deus estava por detrás
de tudo. José achou graça diante de Faraó (At 7.10). Esta graça tinha a
operação de Deus, pois é Ele quem dirige os destinos da nossa vida, quando
fazemos a sua vontade. Ao ouvir a palavra de José, em encontrar um homem que
tivesse o espírito, de Deus para governar toda aquela proposta, buscou entre
seus homens, mas a ninguém encontrou. Estava diante dele um estrangeiro,
recém-saído da prisão (1 Co 1.26- 29).
4. José é nomeado governador do Egito (Gn 41.33-57). Indiscutivelmente, o Espírito de
Deus estava com José. Ao tomar-se governador do Egito, tornou-se, também, a
segunda pessoa mais importante do reino de Faraó. O rei viu em José muito mais
que um mero visionário. O rei viu nele alguém altamente capaz de realizar um
grande trabalho em favor do Egito. Às vezes, na vida cotidiana da igreja, os
que possuem algum dom espiritual de profecia ou revelação não sabem separar as
coisas espirituais das racionais. Espiritualizam demasiadamente os fatos da
vida eclesiástica e agem como se fossem anjos. José não perdeu os seus dons
espirituais, e soube administrar a sua vida espiritual de modo a ser uma bênção
nas responsabilidades materiais.
CONCLUSÃO
A história de José é longa e contém
muitas lições, mas destacaremos apenas alguns pontos, os quais se constituem
ricos e preciosos ensinos para a nossa vida cotidiana:
No primeiro tópico da lição,
aprendemos sobre o perigo da discriminação que alguns pais fazem com seus
filhos. Isto gera ciúmes, invejas e rancores entre os demais irmãos.
Por causa da discriminação, José
quase foi assassinado por seus irmãos. Não aconteceu, porque Deus tinha um
plano determinado com todos eles, especialmente, José. Mesmo assim, foi vendido
como escravo, mas Deus esteve com ele o tempo todo.
O esquecimento do copeiro- mor parece
ter sido de propósito, na presciência divina, pois, no tempo certo, ele
lembrou-se de José. Devemos aprender a esperar em Deus. Ele não se atrasa, nem
se adianta.
Elaboração
pelo:-
Evangelista Isaias Silva de Jesus
Igreja Evangélica Assembléia de Deus
Ministério Belém Em Dourados – MS
Lição Bíblicas 4º. Trimestre 1995 - CPAD
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