quinta-feira, 26 de janeiro de 2012

AS BÊNÇÃOS DE ISRAEL E O QUE CABE À IGREJA

AS BÊNÇÃOS DE ISRAEL E O QUE CABE À IGREJA

TEXTO ÁUREO == “Bendito o Deus e Pai de nosso Senhor Jesus Cristo, o qual nos abençoou com todas as bênçãos espirituais nos lugares celestiais em Cristo, como também nos elegeu nele antes da fundação do mundo, para que fossêmos santos e irrepreensíveis diante dele em amor” (Ef 1.3,4).

VERDADE PRÁTICA = Os exemplos deploráveis da história de Israel, o desagrado divino que isto motivou, e as lições trágicas que eles colheram devem servir de aviso para os crentes de hoje

LEITURA BIBLICA = 1 CORÍNTIOS 10.1-12

INTRODUÇÃO

A Bíblia deixa claro, nos primeiros versículos de 1 Coríntios 10, que os crentes dessa igreja tinham uma autoconfiança demasiada. Isso fica evidente no fato de Paulo trazer-lhes à memória os privilégios de Israel desde os seus primórdios, e que, apesar disso, foram severamente castigados. Privilégios espirituais implicam em responsabilidade diante de Deus, do próximo, da Igreja e da sociedade.

BÊNÇÃOS E PRIVILÉGIOS DE ISRAEL

O povo de Israel foi alvo do amor, da graça e da misericórdia de Deus durante a sua peregrinação no deserto. O Senhor os assistiu, dirigiu, alimentou e protegeu-os em sua caminhada rumo à Terra.Prometida. Não obstante, o povo não alcançou a bênção em Canaã. Semelhantemente, Deus não tolerará o pecado deliberado e consciente na Nova Aliança.

1. Um assunto importante para a Igreja (v. la). “Não quero irmãos que ignoreis.” Os pastores, líderes e dirigentes são, em parte, culpados pela ignorância doutrinária na Igreja de Cristo. A maior parte das pregações não contém ensinamentos bíblicos. Nos cultos em geral, só há música, anúncios e até divulgação de plataformas políticas. Para a mensagem autêntica da Palavra de Deus não há mais espaço. Os abençoados testemunhos de bênçãos recebidas não têm mais vez. Daí a pobreza e a letargia dos crentes, que leva à mornidão espiritual. Até o horário da lição bíblica da Escola Dominical é encurtado, o mesmo acontecendo com os cultos de doutrina.

2. O povo de Israel e seus privilégios (vv. lb-4).

a) O livramento de Israel da escravidão do Egito. “Nossos pais estiveram todos debaixo da nuvem, e todos passaram pelo mar” (v. lb).


A nuvem, à noite, tomava a forma de uma colossal coluna, luminosa de um lado, para mostrar aos israelitas o seu caminho, e escura do outro lado, para ocultar o povo de Deus,de seus inimigos. Já durante o dia, formava uma imensa cobertura protetora contra o sol causticante do deserto, e de suas areias escaldantes (Sl 105.39). A nuvem era um símbolo visível da presença de Deus entre o seu povo, e da sua proteção.

b) O batismo de Israel, em Moisés, na nuvem e no mar (v. 2). A passagem de Israel pelo meio do mar foi um batismo típico que apontava para o batismo “em um Espírito” (1 Co 12.13; Gl 3.27) e para o batismo em águas que Jesus ordenou em Mateus 28.19 e Marcos 16.18. Eles foram batizados “em” Moisés. Isto é: para se unirem a (“eis” em grego) Moisés; para ficarem sob sua liderança em obediência à Lei de Deus, assim como hoje, pela fé, estamos unidos a Cristo, por nossa livre entrega (1 Co 6.17 ARA), para segui- lo como nosso Salvador e servi-lo como nosso Senhor.

c) Bênçãos espirituais: manjar, bebida, e pedra espirituais (vv. 3,4). Engana-se quem pensa que Israel não tinha o elemento divino em seu meio. Os privilégios de Israel destacam-se ainda mais quando consideramos que Cristo, na sua preexistência, estava com os israelitas (v. 4b). Ler também Jo 1.1,14; Is 9.6; Mq 5.2; J0 17.5,24. Ele foi o Ser divino que libertou o povo de Deus e o acompanhou à Terra Prometida, suprindo-lhes as necessidades. Mesmo assim, toda a geração que saiu do Egito pereceu no deserto em conseqüência da incredulidade, com exceção de dois homens (Nm 14.30-32).

3. Conquistas espirituais não garantem infalibilidade. Apesar de suas conquistas espirituais, Israel entrou pelo caminho da desobediência, e sofreu duros revezes. É preciso, pois, considerar o que está escrito em Lucas 12.48: “E a qualquer que muito for dado, muito se lhe pedirá”. Será que o mesmo não está acontecendo conosco? Será que ainda mantemos a ortodoxia doutrinária e o fervor pelas almas perdidas?

O DESPRAZER DE DEUS COM ISRAEL (v. 5)

No versículo 5 do capítulo em estudo, Paulo não se refere a algo abstrato, mas a uma tragédia real para demonstrar que um povo, não obstante estar no usufruto de grandes bênçãos espirituais, pode decair em conseqüência da presunção, autoconfiança, vaidade e jactância.

1. Privilégios espirituais não evitam o pecado (v. 5a). “Mas Deus não se agradou da maior parte deles.” Muitas vezes, a maioria pode estar errada, e a minoria certa, diante de Deus. A garantia de se estar certo depende da revelação divina escrita - a Bíblia, e do Espírito predominando nas vidas, na congregação, no ambiente e nas decisões.

2. Privilégios não evitam castigo (v. 5b). “Foram prostrados no deserto.” A multidão de sepulturas no deserto foi como um memorial à rebeldia, à carnalidade e à ingratidão para com Deus. O mesmo estava acontecendo em Corinto, apesar dos privilégios espirituais daqueles crentes.
A nossa espiritualidade não nos faz deixar de ser humanos, daí a advertência do Senhor: “Vigiai e orai para que não entreis em tentação; na a carne é fraca” (Mt 26.41).

OS PECADOS QUE DERROTARAM ISRAEL (vv. 6-10)

Vejamos quais foram os pecados de Israel. Alguns eram pecados do espírito, praticamente invisíveis, de ação mais interna; outros eram pecados da carne, declarados e patentes, e de ação mais externa.

1. A cobiça. (v. 6b). “Não cobicemos as coisas más, como eles cobiçaram.” Cobiçar é querer um bem que pertence ao próximo. O caso do v. 6 está em Números 11.4,5,31-34. Ao longo de sua história, Israel repetiu este pecado diversas vezes (Nm 14.1-4). A Bíblia mostra que, em Corinto, os crentes também haviam entrado pelo caminho da cobiça e da carnalidade (1 Co 3.1,3,4).

2. Idolatria (v. 7). É o caso do bezerro de ouro e de outros episódios semelhantes envolvendo Israel (Êx 32; Ez 20.7,8,16). Corinto também era uma cidade idólatra. Em seus templos pagãos, o culto aos ídolos era um misto de orgia, bebidas e danças; uma imoralidade generalizada. Da idolatria grosseira, desumana e escravizadora do passado não resta tanto hoje em dia. Neste século, os piores ídolos são os do coração do homem. No caso do crente, ídolo é tudo aquilo que ocupa o lugar de Deus em sua vida, coração, mente e tempo. Ou Deus é Senhor, e Senhor absoluto de todo o nosso ser, ou não; verdade, o espírito está pronto, mas Ele não aceita meios termos.

3. A fornicação (v. 8). “Pornea” é o termo original aqui, e refere-se à prostituição em geral; à prática sexual ilícita e antibíblica. Uma das mais potentes armas de Satanás, hoje, é a liberação sexual. Homens e mulheres perderam “todo sentimento” de pudor, recato e dignidade, e entregaram-se à permissividade e imoralidade sexual (Ef 4.19).

4. Tentar a Deus (v. 9). À semelhança dos judeus, os crentes de Corinto estavam a tentar a Deus. Talvez estivessem freqüentando os templos pagãos, achando que a graça de Deus, que os privilegiara, os guardaria do mal. Isto é tentar a Deus.

5. Murmuração (v. 10). Murmurar é queixar-se, sem causa, de alguém; é o pecado da ingratidão. Pelo teor do v. 10, Paulo refere-se a Números 14.1-4,26-35. Os israelitas, nessa passagem, alegavam que Deus os enganara, tirando-os de um lugar de fartura para um deserto onde nada havia. O “destruidor” referido no versículo em apreço é certamente o anjo da morte (Êx 12.23; Hb 11.28). O pecado de murmuração contra Deus pode levar à blasfêmia, o que é muito pior.
A ADVERTÊNCIA DIVINA PARA HOJE (vv. 11,12)

Nesta lição, vemos que o Antigo Testamento foi escrito para aviso nosso. Por isso, atentemos para essas lições.

1. O tini dos tempos é chegado. “São chegados os fins dos tempos.” É evidente que o diabo se esforçará cada vez mais para destruir a Igreja, procurando agir nela de dentro para fora.

2. “Quem pensa estar em pé” (v. 12). A leitura completa do v. 12 fala do crente que confia em si mesmo. No entanto, precisamos, em todo tempo, depender do Senhor para uma vida sempre vitoriosa em todos sentidos. Quanto mais vigilância, melhor.
ISRAEL UM POVO ESCOLHIDO DE DEUS
"Em herança possuireis a sua terra, e eu vo-la darei para a possuirdes, terra que mana leite e mel: Eu sou o Senhor vosso Deus, que vos separei dos povos. Ser-me-eis santos, porque eu, o Senhor, sou santo, e separei-vos dos povos, para serdes meus" (Levítico 20.24,26).
Seja o que for que alguém escolha acreditar, a Palavra de Deus declara repetida e claramente que Israel é Seu povo especialmente escolhido e que jamais perderá essa condição singular. O destino peculiar de Israel, ordenado por Deus para cumprir Sua vontade para a humanidade, é o tema dominante das profecias bíblicas. As profecias sobre o Messias estão inseparavelmente ligadas a Seu povo, Israel. Seria a Israel, e através dele ao mundo, que o Messias, Ele mesmo um judeu, viria.
Logo, uma percepção clara das profecias a respeito do passado, presente, e futuro de Israel é fundamental para a compreensão de ambos os adventos de Cristo, Sua vinda histórica e Sua promessa de "voltar novamente". Israel, como já notamos, é o relógio profético de Deus, um grande sinal que Ele deu ao mundo para provar a Sua existência e demonstrar que está no comando da história. Por mais que isso não agrade a alguns, os judeus são o povo escolhido de Deus.
Um povo escolhido? Escolhido por Deus? Essa graça parece ter trazido mais que sua quota de problemas. No filme Um Violinista no Telhado, Topol (o artista principal do filme) ecoa o protesto perplexo de muitos judeus: "Que tal escolher um outro povo!" Obviamente esse pedido não muda os fatos. Não há como escapar do propósito de Deus ou do registro bíblico.
Recusando-se a encarar as evidências surpreendentes, os céticos descartam insolentemente a simples sugestão de que poderia existir um "povo escolhido". Ateus negam a existência de qualquer Deus para fazer a escolha. Apesar disso, essa afirmação bíblica, mesmo que muito rejeitada, serviu para focalizar a atenção do mundo nos judeus.
Em vários casos, ela tem trazido a perseguição por parte daqueles que odeiam os judeus, como se fossem estes os autores da idéia de que Deus tinha alguma afeição especial por eles e um plano especial para eles. Os muçulmanos, por outro lado, insistem que não foram os descendentes de Isaque, mas os de Ismael que foram escolhidos por Deus. A tribo Quraita, à qual pertencia Maomé, afirmava que sua descendência se estendia até Ismael e, por meio dele, a Abraão. Logo, argumenta-se, a terra de Israel (que os muçulmanos insistem que foi prometida a Ismael) pertence aos árabes. Essa afirmação, porém, não tem fundamento. A Bíblia declara o contrário: que o território de Israel pertence aos descendentes de Isaque. Quanto ao Corão, ele sequer menciona Jerusalém ou qualquer parte do território de Israel - uma omissão que é fatal às afirmações islâmicas nestes últimos tempos.
Cinco Características Distintivas de Israel
Vamos examinar mais de perto esse notável "povo escolhido". Não há melhor lugar para se começar do que o livro de Gênesis. Lá encontramos um homem chamado Abrão, a quem Deus escolheu e mais tarde renomeou Abraão. Tanto os árabes (através de Ismael) quanto os judeus (através de Isaque) o declaram como pai. Na realidade, não há evidência de que os árabes descendam de Abraão por Ismael. Como Robert Morey expôs em seu excelente livro The Islamic Invasion (A Invasão Islâmica): "A prestigiosa Enciclopédia do Islã traça a genealogia dos árabes a origens não-abraâmicas." A evidência de que os judeus são descendentes de Abraão, porém, é surpreendente. Aqui é que começa a história: (Deuteronômio 7.6).
Há cinco elementos distintos na aliança que Deus fez com Abraão, Isaque, e Jacó (Israel) que distinguem seus descendentes de todos os outros povos da terra. Aqui eles estão na ordem em que foram dados: 1) a promessa de que o Messias viria ao mundo por Israel; 2) a promessa de um certo território que foi dado a Israel como possessão para sempre; 3) a lei mosaica e seus subseqüentes pactos de promessa, que definiram um relacionamento especial entre Deus e Israel; 4) a manifestação visível da presença de Deus entre eles; e 5) o reinado prometido do Messias, no trono de Davi em Jerusalém, sobre Seu povo escolhido e sobre o mundo inteiro.
Nós vamos adiar até mais tarde o estudo da primeira e última promessas acima, que são pertinentes especificamente ao Messias, e lidar com as outras agora. Os versículos citados de Gênesis 12 contêm a primeira promessa de um território que foi dado a Abraão e seus descendentes. Os versículos seguintes àquele capítulo registram a saída obediente de Abraão de Ur dos Caldeus, sua terra natal, onde sua família havia vivido em idolatria por muitos anos após a dispersão dos construtores da Torre de Babel.

Ao redor das ruínas daquela Torre, a cidade de Babilônia foi construída. Ela se tornaria a capital do primeiro império mundial, o lugar do cativeiro de Israel mais tarde, e de grande importância relativa à volta de Cristo a esta terra, como veremos.
Rapidamente encontramos Abrão chegando na "terra de Canaã". Seus habitantes já eram conhecidos como cananeus e possuíam a região naquela época. Essa era a terra que Deus identificou a Abrão como sendo a terra que seus descendentes possuiriam aproximadamente 400 anos mais tarde. Logo foi reconhecida como "a terra prometida" e ainda hoje se referem a ela como tal. Os versículos seguintes são uma amostra das muitas confirmações de Deus dessa promessa especial a respeito da terra: (Gênesis 12.7; 13.15; 15.7,13-16,18-21).
A mesma promessa é repetida ao filho da Abraão, Isaque, em mais de uma ocasião. Por exemplo: (Gênesis 26.3-5). A promessa dupla da terra e do Messias é repetida novamente a Jacó, a quem Deus, mais tarde, denominou Israel: (Gênesis 28.13,14).
A Auto-Identificação de Deus
Ligando Seu próprio nome a essas promessas, o Deus da Bíblia Se identifica pelo menos dez vezes como "o Deus de Abraão, o Deus de Isaque, e o Deus de Jacó" (Êxodo 3.15,16; 1 Crônicas 29.18; Mateus 22.32; Atos 3.13, etc.). Ele Se revelou como tal para Moisés na sarça ardente. Ao mesmo tempo, Ele deu a Moisés Seu nome, "Yahweh", que significa "Eu sou Aquele que é." Ele é o Ser auto-existente cuja existência não depende de nenhum outro, e de quem a existência de tudo mais depende. Jesus usa o fato de Yahweh ser conhecido como "o Deus de Abraão, Isaque, e Jacó" para argumentar em favor da ressurreição: (Mateus 22.31-32).
"Deus" não é um nome, mas um termo genérico que poderia se aplicar a qualquer deus. Portanto, o Deus de Abraão, Isaque, e Jacó nos dá o seu nome. É "Yahweh". Assim Ele é distinguido de todos os deuses das religiões do mundo. "Yahweh" definitivamente não é Alá por várias razões. Suas características são exatamente opostas. Mesmo assim, os dignitários mais elevados da Igreja Católica Romana - no Vaticano II e outros lugares - declaram que o Deus dos muçulmanos e dos cristãos é um e o mesmo. Até evangélicos, tentando ser liberais e ecumênicos, estão sugerindo que os muçulmanos adoram o mesmo Deus que os crentes. Nada poderia estar mais longe da verdade!
Aqui encontramos o esclarecimento novamente através da compreensão do papel de Israel. Alá certamente não é "o Deus de Abraão, Isaque, e Jacó", mas seu inimigo jurado que deseja a exterminação de seus descendentes! Alá é um nome próprio - um nome que existia muito antes de Maomé inventar a religião anti-Israel e anti-cristã do Islamismo.
Alá era, como já notamos, o nome do deus lunar que era representado pelo ídolo principal da Caaba em Meca. Daí o símbolo da lua crescente. Apesar do Islamismo rejeitar totalmente a idolatria, Alá tem uma longa história pré-islâmica como um deus pagão representado por um ídolo - certamente não é o Deus da Bíblia!
Os deuses dos pagãos, representados por ídolos, são denunciados de maneira coerente e repetida na Bíblia, e aqueles que os adoram são condenados pelos profetas de Yahweh. Não há o menor indício ou sugestão de que qualquer deus assim fosse ou pudesse ser uma representação inconsciente de Yahweh. De fato, Paulo, como notamos, afirma que aqueles que adoram ídolos, na verdade, adoram demônios que se identificam através dos ídolos.
"Escolhido" por um Deus "imparcial"?
Até mesmo entre crentes há uma controvérsia crescente sobre a questão de Israel ainda ter ou não um lugar especial nos planos de Deus. Essa polêmica é acompanhada pela rejeição crescente do ensinamento bíblico de que o território de Israel pertence aos judeus. Alguns argumentam que o fato de Deus ter escolhido Israel significa que Ele estava demonstrando um favoritismo injusto. Afinal de contas, a Bíblia diz que "Deus não faz acepção de pessoas" (Atos 10.34).
Tal imparcialidade da parte de Deus não foi revelada facilmente a Pedro, porque os judeus (e os crentes primitivos eram todos judeus) consideravam que não havia qualquer esperança para os gentios sob a lei de Moisés. Foram precisos sinais miraculosos para convencer a Pedro de que o evangelho não era apenas para os judeus, mas para os gentios também. Até mesmo muitos crentes hoje em dia não conseguem acreditar que Deus ame todas as pessoas igualmente e deseje que todos sejam salvos, apesar da Bíblia ensinar isso claramente:  (João 3.16; 1 Timóteo 2.4; 1 João 4.14, etc.).
Como pode a imparcialidade de Deus ser reconciliada com a idéia de um povo escolhido? Deus deixou muito claro em várias ocasiões que não foi "acepção de pessoas" que O levou a escolher Israel. Ele os escolheu apesar de sua falta de mérito e atração, não porque Ele achou que fossem mais atraentes que outros povos. Na verdade, eles eram rebeldes e nada mereciam além de punição. Foi com esse povo indigno que Ele decidiu demonstrar Seu amor, graça, e misericórdia ao mundo. Ouça enquanto Ele fala a Israel através de Seus profetas:)" (Deuteronômio 7.7,8) ==(Ezequiel 2.3).
Graça e Promessa
As imperfeições de Israel não vêm ao caso. Como os versículos acima e centenas parecidos com eles na Bíblia atestam, Israel tem sido rebelde desde o princípio. Sua condição atual não é nada de novo.
Deus tem punido Israel por seus pecados. A pior punição, porém, está por vir durante a Grande Tribulação, que culminará na batalha de Armagedom. No entanto, as promessas a Abraão, Isaque, e Jacó permanecem e serão cumpridas pela graça de Deus. Pois se a bênção de Deus vem apenas para aqueles que são dignos dela, então toda a humanidade está condenada. Pois, como a Bíblia nos lembra, "todos pecaram" (Romanos 3.23; 5,12).
Não há meio de um pecador pagar por seus próprios pecados. Até mesmo uma única violação da lei põe o transgressor em uma condição desesperadora diante de Deus. Continuar cumprindo a lei perfeitamente no futuro (mesmo se isso fosse possível) jamais poderia compensar por tê-la violado uma vez sequer no passado. Obviamente, não existe recompensa extra por observância perfeita de todas as regras, pois isso é exatamente o que a lei demanda. Então, boas obras jamais poderão obter o perdão de Deus por pecados passados.
A dívida deve ser paga por Aquele que é impecável e que é capaz de carregar sobre Si o julgamento que os culpados merecem. Tal é a solução de Deus para o mal - e pagar a dívida foi a missão primária do Messias. Foi através de Sua morte por nossos pecados que Ele julgou e destruiu Satanás. Daí as boas novas do evangelho: "Porque pela graça sois salvos, mediante a fé; e isto não vem de vós, é dom de Deus" (Efésios 2.8).
Parte da punição de Deus sobre Israel no passado foi espalhar seu povo pelas nações. Agora Ele os está trazendo de volta para sua terra em números sem precedentes, não porque eles o mereçam, mas por causa da promessa de Deus a Abraão, Isaque, e Jacó de que o faria. Tem sido um fenômeno moderno que excede em muito o êxodo original de seus ancestrais do Egito para a terra prometida.
Uma Promessa para os "Últimos Dias"
O recente colapso do comunismo e a trituração da Cortina de Ferro foram motivo de espanto extraordinário para o mundo. Um enorme efeito adicional foi a resultante (e surpreendente) onda de judeus voltando para Israel às centenas de milhares da União Soviética - uma terra que até recentemente recusava deixá-los sair.
Que visão é assistir o fluxo diário de imigrantes agradecidos chegando ao aeroporto de Lod, em Tel Aviv, de todas as partes do mundo, mas especialmente da região norte da Rússia! É profundamente comovente ver muitos deles beijarem o chão quando saem do avião, chorando de alegria.
Um observador dessa cena emocional singular que fosse conhecedor dos profetas hebraicos não poderia deixar de lembrar da promessa que Deus fez há 2500 anos atrás, e que Ele disse que cumpriria nos últimos dias: (Jeremias 31.7-12).
Por que essa promessa seria cumprida neste período de tempo chamado de "os últimos dias"? A razão é óbvia e de grande importância para nosso assunto. A Segunda Vinda não poderia acontecer sem que Israel se tornasse uma nação novamente em sua própria terra - pois será a Israel que Cristo retornará durante Armagedom, para salvar Israel de seus inimigos que estarão tentando exterminá-lo.
Quão próximos estamos desse dia? O cumprimento neste período específico da história de muitas profecias antigas segundo as quais imigrantes afluiriam para Israel nos últimos dias é um grande sinal da proximidade do retorno de Cristo.
Yahweh não viola Suas promessas. Se Ele deixasse de manter Sua Palavra, fosse de trazer bênção ou julgamento, Seu caráter seria manchado e Seu santo nome desonrado. Como Ele disse freqüentemente por meio de Seus profetas a respeito de Sua intenção de trazer Israel de volta à sua terra nos últimos dias: "Não é por amor de vós que eu faço isto, ó casa de Israel, mas pelo meu santo nome" (Ezequiel 36.22). "Tu és o meu servo, és Israel por quem hei de ser glorificado" (Isaías 49.3).
Que grande e convincente "sinal" é o retorno de Israel à sua terra após 2500 anos! Hoje, em cumprimento da profecia, os olhos do mundo estão sobre aquele aparentemente insignificante e pequeno pedaço de terra árida. Ela é, exatamente como previsto, um "cálice de tontear" para todas as nações - um estonteamento que diz respeito ao que poderá acontecer ali.
Alguém pode honestamente comparar essas profecias a respeito de Israel com sua história e continuar sendo um ateu? Ou alguém poderá negar que Jesus Cristo é o único Salvador? Seu advento, profetizado pelos mesmos porta-vozes de Deus inspirados pelo Espírito, está intimamente ligado a Israel e sua história tortuosa de dispersão e retorno à sua terra. Nós voltaremos a esse assunto mais tarde. O outro grande tema da profecia bíblica é o Messias que viria por meio de Israel e para Israel. Essas profecias numerosas e específicas a respeito da vinda de Cristo, e seus cumprimentos na vida, morte, e ressurreição de Jesus de Nazaré identificam conclusivamente a Jesus como o Cristo. Elas também constituem a maior prova irrefutável da existência do Deus que inspirou os profetas hebreus.
ISRAEL É UM SINAL DE DEUS PARA O MUNDO
Deus escolheu a nação de Israel para que, através dela, todo o mundo conhecesse o Senhor. Por meio da descendência de Abraão, Isaque e Jacó, todos os povos tomariam conhecimento a respeito do verdadeiro Deus e seriam admoestados a abandonarem a idolatria e os falsos deuses. "As nações saberão que eu sou o Senhor." (Ez.37.28). De fato, foi através dos judeus que recebemos a bíblia e foi entre eles que nasceu Jesus, o Messias. Entretanto, o propósito de Deus não terminou. Ainda hoje, Israel é um sinal de Deus para toda a humanidade.
Um dos maiores acontecimentos da história recente daquele povo foi o seu retorno para a sua terra. Nós, os que nascemos na segunda metade do século XX, estamos acostumados a ver o território de Israel no mapa mundi. Vemos isso com naturalidade. Entretanto, esse fato é um milagre de Deus. Israel não estava no mapa em 1947. De fato, desde o ano 70 d.C, os judeus estiveram espalhados pelo mundo. Porém, havia diversas profecias divinas sobre aquele povo. Eles haveriam de retornar à terra prometida, conforme lemos na bíblia (Jr.31.10; Ez.36.24; Ez.37.21-22).
Afinal, a promessa que Deus fez a Abraão determinava que a sua descendência teria a posse da terra chamada Canaã, também conhecida como Palestina, e de grande parte dos arredores, ou seja, seus limites iriam desde o mar Mediterrâneo, no lado ocidental, até o rio Eufrates, ao oriente, e desde a fronteira do Egito, ao sul, até os limites da Síria, ao norte (Gn.15.18; Js.15.12,47). É um território bem maior do que o que é ocupado por Israel hoje.
Como é possível que um povo fique disperso pelo mundo durante quase 2000 anos e não se misture e não perca a sua identidade étnica e cultural? É um milagre de Deus. Maior milagre é esse povo recuperar a sua terra, e isso aconteceu em 1948. Entretanto, os palestinos, que estiveram morando lá durante a ausência dos judeus, não se conformam em terem que devolver o território aos seus antigos donos. Este é o motivo dos conflitos constantes naquela região. Muitas são as tentativas de se realizarem acordos de paz. Entretanto, tudo isso é em vão. Ao mesmo tempo em que Israel é uma mensagem viva da existência de Deus, é também um incômodo para os seus vizinhos, que se julgam proprietários da Palestina e, principalmente, de Jerusalém.
No Apocalipse, João escreveu sobre Israel, relacionando-o aos fatos dos últimos dias (Apc.7.4-8; 11.2; 14.1; 16.16; 20.9). Era então necessário e certo que os judeus voltassem à sua terra, para estarem a postos para os acontecimentos apocalípticos. Antes que tais eventos ocorram, não haverá paz no oriente médio. Muitas nações estarão enfurecidas contra Israel, até que aconteça a batalha do Armagedom e outros combates escatológicos (Ez.38; Dn.11.40-45).
Israel voltou à sua terra e é hoje um país do primeiro mundo. Os judeus se destacam em diversas áreas do conhecimento humano. Um desses destaques é a sua avançada técnica de irrigação, pela qual, as regiões áridas estão produzindo flores em abundância. Mas isto não é surpresa para quem conhece a bíblia. Já estava profetizado há muitos séculos, que o deserto iria florescer (Is.41.18-20; Is.35.1-2; Ez.36.35).
A própria nação floresceu (Is.27.6; Os.14.5,7). Como disse Jesus, quando brota a figueira está próximo o verão. Israel é essa figueira que nas últimas décadas brotou, floresceu e frutificou. É um sinal de Deus para o mundo. Da mesma forma, os conflitos que ali acontecem são sinais dos últimos dias. Israel está no centro das guerras profetizadas para o fim (Mt.24.16).
Alguém pode argumentar que foram os próprios judeus que escreveram todas essas profecias. De fato, foram, mas inspirados por Deus.
É impossível que alguém possa escrever um livro com previsões fantásticas sobre seus descendentes que viverão dezenas de séculos mais tarde. Se alguém escreveu e acertou, só pode tê-lo feito mediante a inspiração divina.
O que o mundo pode esperar para o futuro? Progresso? Paz? Apenas por períodos transitórios (I Tss.5.3). A marcha dos fatos se dirige para o confronto. As guerras aumentarão e o mundo mergulhará em grande tribulação. Não podemos determinar os tempos e as épocas, mas conhecemos, pela bíblia, os sinais do fim. Os que crêem em Cristo como salvador não têm o que temer, pois ele disse: "Ora, quando essas coisas começarem a acontecer, exultai e levantai as vossas cabeças, porque a vossa redenção está próxima." (Lc.21.28).
                                           ISRAEL E A IGREJA, HOJE

“E temos, mui firme, a palavra dos profetas, à qual bem fazeis em estar atentos, como a uma luz que alumia em lugar escuro, até que o dia esclareça, e a estrela da alva apareça em vosso coração” (2 Pedro1.19)

Estamos vivendo em uma época de muitas “vozes” ao nosso redor. Precisamos estar atentos quanto aos chamados profetas que estão se levantando por conta própria, profetizando em o nome do Senhor, embora o Senhor não tenha dito nada a eles. NPercebemos nitidamente, que o alvo do inimigo das nossas almas, é fazer com que os nossos olhos sejam desviados do autor e consumador da nossa fé, Jesus Cristo. O alvo é somente um: Não se buscar a Palavra e muito menos, Vive-la no contexto de uma experiência conclusiva da presença do Espírito da Profecia em nós.

Somos exortados: “`a qual bem fazeis em estar atentos...” É esta Palavra Profética que nos traz as revelações do mais esperado momento de glória, que os remidos esperam, sabendo que estão vivendo os últimos dias neste mundo que jaz no maligno. Esta Palavra Profética, nestes últimos dias aponta com clareza, para Israel e a Igreja invisível de Jesus Cristo. Alguns teólogos dizem que Israel é o relógio de Deus e que, a Igreja de Jesus são os ponteiros. “mas a meia-noite ouviu-se um grito: eis aí o novo, saí a seu encontro” (Mateus 25.6)

Quero citar um texto que considero profético para os nossos dias, que nos fala sobre Israel e a Igreja. Um versículo dentro de um contexto poético, lindo, cativante e alentador, que está no livro de Cantares de Salomão, capítulo 2 versículos 10-13, leiamos: “O meu amado fala e me diz: Levanta-te, querida minha, formosa minha, e vem. Porque eis que passou o inverno, cessou a chuva e se foi; aparecem as flores na terra, chegou o tempo de cantarem as aves, e a voz da rola ouve-se em nossa terra. A FIGUEIRA (Israel) começou a dar seus figos, e as VIDES (Igreja), em flor exalam o seu aroma; levanta-te, querida minha, formosa minha, e vem”
Quanto a Israel, apesar de estar cercado de armas mortais por todos os lados, nada pode invalidar a palavra profética, e muito menos alterar o plano de Deus para uma nação que Ele chama de “sua herança”. Aleluia. É incontestável que Israel começa a dar seus “figos”. Pode levantar Balaque, pode levantar Balaão, mas está escrito e bem sabemos que o que Deus abençoou está abençoado.

Quanto a Igreja do Deus vivo, no versículo anterior, ou exatamente no versículo 8, está escrito: “ouço a voz do meu amado”, e o amado diz; “...levanta-te querida minha, formosa minha, e vem”. Perceba que a posição da amada, que no contexto poético de um modo simplesmente lindo, nestes últimos e derradeiros dias, em meios a louvores e glória é como se ela saísse pelas praças e encontrando os guardas perguntasse algo definido: “Levantar-me-ei, pois, e rodearei a cidade; pelas ruas e pelas praças buscarei aquele a quem ama a minha alma; busquei-o e não o achei. Acharam-me os guardas que rondavam pela cidade; eu perguntei-lhes: Vistes o amado de minha alma? Apartando-me eu um pouco deles, logo achei aquele a quem ama a minha alma...” (Cantares 2.2-4)

De um modo paralelo, assim como Deus envia um despertamento para Israel, um sopro de avivamento de intimidade incomoda a Igreja fazendo com que nada a possa satisfazer a não ser a presença do “amado de sua alma”. Israel está sendo despertado para a realidade de que não são eles que precisam da ajuda de outras nações. As nações é que precisam de Israel, ou melhor, do Deus de Israel. A Palavra Profética nos afirma que é ali que o Senhor colocará os seus pés, e mais: É de Sião que sairá a palavra, e as nações terão que subir a Jerusalém para tributar ao Rei dos reis, a honra e a glória devida ao seu Nome. Se esta Palavra Profética aflorasse na consciência desta nação, eles esperariam somente em Deus, o Deus de seu pais, o Deus de Abraão, de Isaque e de Jacó.

Enquanto isto, com respeito à Igreja, o mesmo Espírito da Profecia esta levantando uma geração de adoradores, pois e a estes que o Pai procura. Se o tempo de cantar chegou, não podemos ser negligentes com a Palavra Profética, pois como diz o texto inicial, “ela é como a uma luz que alumia em lugar escuro, até que o dia esclareça, e a estrela da alva apareça em vosso coração” Deixe-se despertar por esta Palavra Profética, desembaraçando-se dos laços deste mundo, livrando-se das astutas ciladas do diabo, que sutilmente transforma-se em anjo de luz para enganar se possível até os próprios eleitos, e caminhe OLHANDO FIRMEMENTE O AUTOR E CONSUMADOR DA NOSSA FÉ, JESUS CRISTO...

CONCLUSÃO

Como estamos no final dos tempos, temos de ter uma vida de plena vigilância para que, em momento algum, venhamos a agir como os israelitas em sua jornada para a Terra Prometida. Pois o Senhor Jesus em breve virá buscar a sua Igreja. Vigiemos, pois, em todo o tempo!

Elaboração pelo:- Evangelista Isaias Silva de Jesus

Igreja Evangélica Assembléia de Deus Ministério Belém Em Dourados – MS

BIBLIOGRAFIA



www.anisiorenato.com

Lições bíblicas CPAD 1997



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