sábado, 7 de janeiro de 2012

BEM-AVENTURADO O QUE VIGIA

BEM-AVENTURADO O QUE VIGIA

TEXTO AÚREO

 “Eis que venho como ladrão. Bem-aventurado o que vigia”. Ap 16.15.

VERDADE PRÁTICA

Quando o crente está vigilante, facilmente percebe a aproximação do perigo e da tentação, podendo, assim, resguardar-se e permanecer pronto para a vinda do Senhor.

LEITURA EM CLASSE - Mc 13.32-37

INTRODUÇÃO

A língua grega contém cerca de 5 palavras que têm sido traduzidas para o português com o sentido de vigiar saber: gregoreo, tereo, paratereo, agrupneo e nepho. A primeira e a terceira são as mais freqüentemente usadas pelos escritores sacros, a fim de expressar um estado de alerta, quando os sentidos espirituais do cristão se encontram em estado de observação e expectativa.

I.                   A ORDEM É VIGIAR

Vigiar é uma das três básicas obrigações incluídas pelo Senhor Jesus em seu monumental sermão profético: “olhai, vigiai e orai”. Vigiar é, portanto, mandamento expresso. Não se trata de opção. Temos que o fazer. O selo da autoridade de Jesus unge esse mandamento.

1. Vigilância no Antigo Testamento. O Antigo Testamento se refere inúmeras vezes ao vigia da cidade, o homem que cuidava de observar as movimentações estranhas ocorridas durante a noite (II Sm 13.34), prevenindo a população contra os ataques noturnos e mantendo-a, assim, em segurança, I Sm 14.16; II Sm 18.24; II Rs 9.17;
Ct 5.7.

Os profetas tinham o dever de vigiar, Is 21.6; Jr 6.17; Ez 3.17; em Daniel 4.13 lemos que “um vigia, um santo, descia do céu”. Na longa noite que envolve o mundo e o escraviza cruelmente, é dever de cada cristão vigiar, enquanto aguarda o romper da manhã espiritual, a bendita aurora da vinda do Salvador, Sl 130.6; Fp 2.13.

2. As exortações de Jesus. Os Evangelhos sinóticos reproduzem as exortações do Mestre, dirigidas aos seus discípulos, no contexto do sermão profético
(Mt 24.25; Mc 13 e Lc 21).

Tais exortações refletem a sabedoria, o amor e o zelo de Jesus para com os seus seguidores. Sabedoria, porque Ele, na condição de Filho de Deus, possuía um conhecimento especial da natureza humana (Jo 2.25).

Ele conhece muito bem a nossa estrutura (Sl 103.14), e somente um estado de vigilância permanente, associado a uma vida de oração, pode nos conduzir à experiência de plena vitória com Deus.
Jesus, pelo seu amor, orientou- nos na rota certa. Ele nos exortou a vigiar, a fim de que nunca venhamos a sofrer derrotas como Sansão, o campeão que não vigiou.

3. Ordens repetidas pelos apóstolos. Paulo foi um homem que emprestou grande significação à vigilância. Vejamos algumas de suas solenes admoestações:

a. “Portanto, vigiai... “, At 20.31.
b. “Vigiai, estai firmes na fé; portai-vos varonilmente, e fortalecei-vos’ 1 Co 16.13.

c. “Orando em todo o tempo com toda a oração e súplica no Espírito, e vigiando nisto com toda a perseverança’ Ef 6.18.

d. “Perseverai em oração, velando nela com aç6es de graças”, Cl 4.2.
e. “Não durmamos, pois, como os demais, mas vigiemos, e sejamos sóbrios”, I Ts 5.6.

Na vida do apóstolo Pedro houve instantes em que ele experimentou sérios revezes, como quando foi juntamente com Tiago e João convidado por Jesus a acompanhá-lo até o monte, ao lugar da oração. Foi ali que os 3 ouviram a triste repreensão do Mestre: “Nem uma hora pudeste velar comigo?” Mt 26.40.

A lição serviu. Anos mais tarde, ao escrever suas epístolas, Pedro inseriu o seguinte conselho: “E já está próximo o fim de todas as coisas; portanto, sede sóbrios e vigiai em oração”, I Pe 4.7.

II.                A RAZÃO PARA VIGIAR

É digno de consideração que Jesus sempre relacionou o ato de vigiar com a esperança de sua volta, que é a “bem-aventurada esperança” da Igreja, Tt 2.14. Alinhemos algumas razões para a Igreja se manter em constante estado de vigilância, e expectativa.

1. “Daquele dia e hora ninguém sabe”, Mc 13.32; Mt 25.13; 24.42. A volta de Jesus é absolutamente certa. Mas o tempo é desconhecido. Se soubéssemos a ocasião exata de seu regresso, Ele não viria como o ladrão, Mt 24.43. E qual seria a importância dos sinais? Certamente a única geração que se aprontaria seria aquela que estivesse viva nos dias que precedessem imediatamente o retomo do bem- amado Senhor. Todas as outras certamente deixariam de viver nessa maravilhosa expectativa, a de que Ele pode vir a qualquer momento. A incerteza ‘da data demanda a perfeita vigilância.

2. “Para que não entreis em tentação”, Mt 26.41. A palavra tentar e seus derivados ocorrem cerca de 72 vezes na Bíblia. Quando o sentinela detecta o inimigo, não luta, sozinho, contra ele. Avisa ao comandante, que investe com segurança e o domina e vence. Quando vigiamos, detectamos o inimigo de nossas almas, auscultamos a presença do tentador. Quando oramos, comunicamos ao Supremo Comando. “Lançando sobre Ele toda a vossa ansiedade, porque Ele cuida de vós”, I Pe 5.7.

Um famoso escritor britânico escreveu: “Eu posso resistir qualquer coisa, exceto a tentação”. Paulo escreveu: “Aquele, pois que cuida estar em pé, olhe não caia”,
I Co 10.12.

a. Satanás é o grande tentador dos homens, Mt 4.1; 1 Cr 21.1; Jo 13.2.
b. Exemplos de pessoas que falharam na hora da tentação: Adão e Eva (Gn 3), a mulher de Ló (Gn 19.17,26), Esaú (Gn 25.34), Acã (Js 7.21), etc.

c. Exemplos de pessoas que venceram na hora da tenta çao: José (Gn 39.7-12), Calebe (Nm 14.6-9), Daniel (Dn 1.8), etc.

3. “Para que vos não ache dormindo”, Mc 13.36; 1 Ts 5.5-7.

a. Salomão escreveu que ao homem que dorme em seu trabalho, “assim sobrevirá a tua pobreza como um ladrão, e a tua necessidade como um homem armado”, Pv 6.11.

b. “O que dorme na sega é filha que envergonha”, Pv 10:5.

c. “Desperta, tu que dormes, e levanta-te dentre os mortos, e Cristo te esclarecerá’
Ef 5.14.

III.             O PERIGO DE NÃO VIGIAR

A Bíblia se refere explicitamente conseqüências trágicas que sobrevirão aos que não vigiarem.

1. Andarão nus e serão vistas as suas vergonhas, Ap 16.15.
2. Cairão, I Co 10.12.

3. Perderão a coroa, Ap 3.11.
4. O Senhor virá ao tal como um ladrão, Ap 3.3.

5. “E separá-lo-á, e destinará a sua parte com os hipócritas”, Mt 24.42,48-51.

IV.             O RESULTADO DE VIGIAR

1. Entramos para as bodas. As cinco virgens prudentes legaram à posteridade o exemplo de vigilância que devemos ter em mente, cotidianamente. Para as que não vigiaram, afirma o texto que “fechou-se a porta”. Quanto às que vigiaram, assim está escrito: “entraram com ele para as bodas”, Mt 25.10. Na eternidade, quando participarmos da glória eterna do Ressuscitado, veremos em toda a sua extensão o significado de havermos vigiado. Aleluia!

2. Assentaram-se à mesa e foram servidos pelo Senhor, Lc 12.37. Durante séculos os membros da Igreja de Cristo têm vivido como servos, esperando pacientemente o Seu retorno.  Com a sua volta, todos serão levados ao Tribunal de Cristo e em seguida, revestidos da glória celestial, participaremos das Bodas do Cordeiro.

A credencial principal que o Mestre designa no texto acima é precisamente VIGIAR.
Amados, sejamos vigilantes na proclamação do Evangelho, pois somos dispenseiros dos mistérios de Deus, I Co 4.1; Mc 16.15.

Sejamos vigilantes na doutrina que recebemos que praticamos que defendemos e que comunicamos At 2.42.

Sejamos vigilantes em nossa vida espiritual, mantendo-nos sempre cheios do Espírito Santo, Ef 5.18.

Sejamos vigilantes em nossa fé, até a vinda de Jesus Cristo.



Elaboração pelo:- Evangelista Isaias Silva de Jesus
Igreja Evangélica Assembléia de Deus Ministério Belém Em Dourados – MS
Lições bíblicas CPAD 1981


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