BEM-AVENTURADO O QUE VIGIA
TEXTO AÚREO
“Eis que venho como ladrão. Bem-aventurado o
que vigia”. Ap 16.15.
VERDADE PRÁTICA
Quando
o crente está vigilante, facilmente percebe a aproximação do perigo e da
tentação, podendo, assim, resguardar-se e permanecer pronto para a vinda do
Senhor.
LEITURA EM CLASSE - Mc 13.32-37
INTRODUÇÃO
A
língua grega contém cerca de 5 palavras que têm sido traduzidas para o
português com o sentido de vigiar saber: gregoreo, tereo, paratereo, agrupneo e
nepho. A primeira e a terceira são as mais freqüentemente usadas pelos escritores
sacros, a fim de expressar um estado de alerta, quando os sentidos espirituais
do cristão se encontram em estado de observação e expectativa.
I.
A ORDEM É VIGIAR
Vigiar é uma das três básicas obrigações incluídas
pelo Senhor Jesus em seu monumental sermão profético: “olhai, vigiai e orai”. Vigiar
é, portanto, mandamento expresso. Não se trata de opção. Temos que o fazer. O
selo da autoridade de Jesus unge esse mandamento.
1.
Vigilância no Antigo Testamento.
O Antigo Testamento se refere inúmeras vezes ao vigia da cidade, o homem que
cuidava de observar as movimentações estranhas ocorridas durante a noite (II Sm
13.34), prevenindo a população contra os ataques noturnos e mantendo-a, assim,
em segurança, I Sm 14.16; II Sm 18.24; II Rs 9.17;
Ct 5.7.
Os profetas tinham o dever de vigiar, Is 21.6; Jr
6.17; Ez 3.17; em Daniel 4.13 lemos que “um vigia, um santo, descia do céu”. Na
longa noite que envolve o mundo e o escraviza cruelmente, é dever de cada cristão
vigiar, enquanto aguarda o romper da manhã espiritual, a bendita aurora da
vinda do Salvador, Sl 130.6; Fp 2.13.
2. As
exortações de Jesus. Os Evangelhos sinóticos reproduzem
as exortações do Mestre, dirigidas aos seus discípulos, no contexto do sermão
profético
(Mt 24.25; Mc 13 e Lc 21).
Tais exortações refletem a sabedoria, o amor e o
zelo de Jesus para com os seus seguidores. Sabedoria, porque Ele, na condição
de Filho de Deus, possuía um conhecimento especial da natureza humana (Jo
2.25).
Ele conhece muito bem a nossa estrutura (Sl
103.14), e somente um estado de vigilância permanente, associado a uma vida de
oração, pode nos conduzir à experiência de plena vitória com Deus.
Jesus, pelo seu amor, orientou- nos na rota certa.
Ele nos exortou a vigiar, a fim de que nunca venhamos a sofrer derrotas como
Sansão, o campeão que não vigiou.
3. Ordens
repetidas pelos apóstolos. Paulo foi
um homem que emprestou grande significação à vigilância. Vejamos algumas de
suas solenes admoestações:
a. “Portanto,
vigiai... “, At 20.31.
b. “Vigiai,
estai firmes na fé; portai-vos varonilmente, e fortalecei-vos’ 1 Co 16.13.
c. “Orando
em todo o tempo com toda a oração e súplica no Espírito, e vigiando nisto com
toda a perseverança’ Ef 6.18.
d.
“Perseverai em oração, velando nela com aç6es de graças”, Cl 4.2.
e. “Não
durmamos, pois, como os demais, mas vigiemos, e sejamos sóbrios”, I Ts 5.6.
Na vida do apóstolo Pedro houve instantes em que
ele experimentou sérios revezes, como quando foi juntamente com Tiago e João
convidado por Jesus a acompanhá-lo até o monte, ao lugar da oração. Foi ali que
os 3 ouviram a triste repreensão do Mestre: “Nem uma hora pudeste velar
comigo?” Mt 26.40.
A lição serviu. Anos mais tarde, ao escrever suas
epístolas, Pedro inseriu o seguinte conselho: “E já está próximo o fim de todas
as coisas; portanto, sede sóbrios e vigiai em oração”, I Pe 4.7.
II.
A RAZÃO PARA VIGIAR
É digno de consideração que Jesus sempre relacionou
o ato de vigiar com a esperança de sua volta, que é a “bem-aventurada
esperança” da Igreja, Tt 2.14. Alinhemos algumas razões para a Igreja se manter
em constante estado de vigilância, e expectativa.
1. “Daquele
dia e hora ninguém sabe”, Mc 13.32; Mt 25.13; 24.42. A volta de Jesus é absolutamente certa. Mas o
tempo é desconhecido. Se soubéssemos a ocasião exata de seu regresso, Ele não
viria como o ladrão, Mt 24.43. E qual seria a importância dos sinais? Certamente
a única geração que se aprontaria seria aquela que estivesse viva nos dias que
precedessem imediatamente o retomo do bem- amado Senhor. Todas as outras
certamente deixariam de viver nessa maravilhosa expectativa, a de que Ele pode
vir a qualquer momento. A incerteza ‘da data demanda a perfeita vigilância.
2. “Para
que não entreis em tentação”, Mt 26.41.
A palavra tentar e seus derivados ocorrem cerca de 72 vezes na Bíblia. Quando o
sentinela detecta o inimigo, não luta, sozinho, contra ele. Avisa ao
comandante, que investe com segurança e o domina e vence. Quando vigiamos,
detectamos o inimigo de nossas almas, auscultamos a presença do tentador.
Quando oramos, comunicamos ao Supremo Comando. “Lançando sobre Ele toda a vossa
ansiedade, porque Ele cuida de vós”, I Pe 5.7.
Um famoso escritor britânico escreveu: “Eu posso
resistir qualquer coisa, exceto a tentação”. Paulo escreveu: “Aquele, pois que
cuida estar em pé, olhe não caia”,
I Co 10.12.
a. Satanás
é o grande tentador dos homens, Mt 4.1; 1 Cr 21.1; Jo 13.2.
b. Exemplos
de pessoas que falharam na hora da tentação: Adão e Eva (Gn 3), a mulher de Ló
(Gn 19.17,26), Esaú (Gn 25.34), Acã (Js 7.21), etc.
c. Exemplos
de pessoas que venceram na hora da tenta çao: José (Gn 39.7-12), Calebe (Nm
14.6-9), Daniel (Dn 1.8), etc.
3. “Para
que vos não ache dormindo”, Mc 13.36; 1 Ts 5.5-7.
a. Salomão
escreveu que ao homem que dorme em seu trabalho, “assim sobrevirá a tua pobreza
como um ladrão, e a tua necessidade como um homem armado”, Pv 6.11.
b. “O que
dorme na sega é filha que envergonha”, Pv 10:5.
c.
“Desperta, tu que dormes, e levanta-te dentre os mortos, e Cristo te
esclarecerá’
Ef 5.14.
III.
O PERIGO DE NÃO VIGIAR
A Bíblia se refere explicitamente conseqüências
trágicas que sobrevirão aos que não vigiarem.
1. Andarão
nus e serão vistas as suas vergonhas, Ap 16.15.
2. Cairão,
I Co 10.12.
3. Perderão
a coroa, Ap 3.11.
4. O Senhor
virá ao tal como um ladrão, Ap 3.3.
5. “E
separá-lo-á, e destinará a sua parte com os hipócritas”, Mt 24.42,48-51.
IV.
O RESULTADO DE VIGIAR
1. Entramos
para as bodas. As cinco virgens prudentes legaram à
posteridade o exemplo de vigilância que devemos ter em mente, cotidianamente.
Para as que não vigiaram, afirma o texto que “fechou-se a porta”. Quanto às que
vigiaram, assim está escrito: “entraram com ele para as bodas”, Mt 25.10. Na
eternidade, quando participarmos da glória eterna do Ressuscitado, veremos em
toda a sua extensão o significado de havermos vigiado. Aleluia!
2.
Assentaram-se à mesa e foram servidos pelo Senhor, Lc 12.37. Durante séculos os membros da Igreja de Cristo têm
vivido como servos, esperando pacientemente o Seu retorno. Com a sua volta, todos serão levados ao
Tribunal de Cristo e em seguida, revestidos da glória celestial, participaremos
das Bodas do Cordeiro.
A credencial principal que o Mestre designa no
texto acima é precisamente VIGIAR.
Amados, sejamos vigilantes na proclamação do
Evangelho, pois somos dispenseiros dos mistérios de Deus, I Co 4.1; Mc 16.15.
Sejamos vigilantes na doutrina que recebemos que
praticamos que defendemos e que comunicamos At 2.42.
Sejamos vigilantes em nossa vida espiritual,
mantendo-nos sempre cheios do Espírito Santo, Ef 5.18.
Sejamos vigilantes em nossa fé, até a vinda de
Jesus Cristo.
Elaboração
pelo:- Evangelista Isaias Silva de Jesus
Igreja
Evangélica Assembléia de Deus Ministério Belém Em Dourados – MS
Lições
bíblicas CPAD 1981
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