segunda-feira, 9 de janeiro de 2012

BEM-AVENTURADOS OS QUE SOFREM

BEM-AVENTURADOS OS QUE SOFREM

TEXTO ÁUREO

“Bem-aventurados os que sofrem perseguições por causa da justiça, porque deles é o reino dos céus”. Mt 5.10.

VERDADE PRÁTICA - Quando sofremos pôr amor à causa de Cristo, estamos simultaneamente acumulando alegrias para o porvir.

LEITURA BÍBLICA EM CLASSE - Tg 1.12; Mt 5.10-12; I Pe 4.12-16

INTRODUÇÃO

Nesta série de lições destinadas ao estudo de algumas bem-aventuranças da Bíblia, temos a considerar durante esta semana a que aborda o tema sofrimento. Não estudaremos aqui o sofrimento no sentido de doenças, enfermidades, dores e aflições similares, em sua relação com o pecado. Focalizaremos o aspecto espiritual do sofrimento e nos deteremos no exame do sofrimento incomparável e exemplar de Cristo, bem como no daqueles que permanecem fiéis ao Evangelho, mesmo em meio às mais cruéis adversidades.

I.                   O SOFRIMENTO DE CRISTO

O Filho de Deus veio a este mundo em forma humana (Fp 2.7) e aqui experimentou sofrimentos de toda a ordem, jamais provados por outro ser humano.

1. Profecias sobre Seu sofrimento. Ao longo da Escritura encontramos as mensagens proféticas antecipando os sofrimentos do Messias, inclusive descritos por Ele mesmo.

Para só mencionar alguns textos, por carência de espaço, citaremos Sl 22.6; I Pe 2.21;
Is 50.6; Mt 16.21; At 3.18, etc.

2. Descrição de seu sofrimento. Jesus provou basicamente três tipos de sofrimento, a saber:

a. Físicos. Ele foi ferido, chagado, moído, quebrantado, açoitado, até a morte, Lc 22.44; Hb 5.7,8; Is 53.5,10; Lc 23.16,22; Mt 27.29; Jo 19.2; Mt 20.19; 26.2; 27.35, etc.

b. Morais. Ele foi cuspido, insultado, escarnecido, zombado, blasfemado, ironizado, provocado, negado, agredido, rejeitado, tentado e reprovado, Mt 26.67; Mc 15.17;
Mt 27.28; Mc 10.33; Lc 24.20; Gl 3.13; Is 53.7,8; Mt 27.29,31; Is 53.12; Jo 15.20;
Mt 27.41-44, etc.

c. Espirituais. Quando os nossos pecados começavam a ser postos sobre seus ombros, Jesus sentiu a mais triste experiência na escala de seu sofrimento vicário - a solidão, o abandono do Pai, quando exclamou: “Deus meu, Deus meu, porque me desamparaste?” Sl 22.1; ‘Mt 27.46. Seus sofrimentos foram totais. Tal foi o preço de nossa libertação. Aleluia!

3. A razão do sofrimento. “O qual por nossos pecados foi entregue”, Rm 4.25. “... por causa da paixão da morte, para que, pela graça de Deus, provasse a morte por todos... trazendo muitos filhos à glória, consagrasse pelas aflições, o príncipe da salvação deles”, Hb 2.9,10. “... para que pela morte aniquilasse o que tinha o império da morte...” Hb 2.14.

4. Conseqüência do sofrimento. O sofrimento de Jesus trouxe salvação para nós,
Hb 5.9.

II.                O SOFRIMENTO DO CRISTÃO

A Bíblia não promete um “mar de rosas” neste mundo aos que passam a servir a Deus, como membros da Igreja de Cristo. Ao contrário, Jesus garantiu: “No mundo tereis aflições”, Jo 16.33. O que Ele prometeu foi estar sempre conosco.

1. Perseguições. Em toda a parte do mundo há sempre algum tipo de perseguição ao povo de Deus. Nalguns lugares, os governos hostilizam abertamente a Igreja. Noutros, a religião pagã dominante torna-se um rolo compressor contra aqueles que professam a verdadeira fé no Senhor Jesus. Sobre as perseguições, que também podem ser individuais, devemos ler e estudar cuidadosamente: Mt 5.10; 13.21; Mc 11:30; Jo 15.20.

Os crentes do princípio, e muitos outros ao longo da História têm sofrido até apedrejamento e morte, At 14.19; II Co 11.25.

2. Calúnias e falsas acusações. Damos aleluias e louvores a Deus pelo clima de liberdade que as igrejas no Brasil desfrutam. Mas, vez por outra, sabemos de como o inimigo ataca o povo escolhido. Muitas vezes as armas prediletas do Diabo são as calúnias, os falsos testemunhos contra a Igreja, Mt 10.17-20; 5.11,12; 10.25; At 13.45; I Pe 44. Mas não desanimemos, pois o Senhor peleja por nós.

3. Hostilidade, rejeição e ódio. Muitas portas estão se fechando em todo o mundo.
O movimento “missionário” muçulmano está sendo financiado pelo petróleo para combater o Cristianismo no mundo inteiro. Desde o princípio a palavra da verdade tem sido um assombro para as forças do mal, e por isso elas reagem à pregação do Evangelho: Mt 10. 14,21-36; At 5; Hb 13.13, etc.

III.             O SOFRIMENTO DOS MÁRTIRES

Dois mil anos da história da Igreja de Cristo neste mundo estão tingidos do sangue dos mártires. Esse sangue tem sido como uma seiva que alimenta a árvore da cristandade, tornando a cada dia mais viçosa e mais frutífera.

1. Mártires ou testemunhas, At 1.8; Ap 17.6. Não há qualquer diferença no texto original do Novo Testamento, entre mártires e testemunhas.

Quando Jesus disse que os seus discípulos seriam suas testemunhas, Ele usou a palavra que significa simultaneamente MÁRTIR ou TESTEMUNHA.

A mesma palavra é usada em Ap 17.6. Isto indica que uma verdadeira testemunha de Jesus é aquela pessoa que não só está pronta a viver por Ele, mas também a morrer, se necessário.

2. O martírio de Estêvão, At 7. Estêvão, cujo nome significa grinalda, ou coroa, encabeçou a lista dos membros da Igreja de Cristo que findaram seus dias aqui na terra com o martírio. Ele era um diácono que um dia se dispôs a proclamar o Evangelho de Cristo e o fez com autoridade, inspiração, conhecimento e graça.

Os inimigos o fizeram tombar com as pedras, mas enquanto Estêvão caía no chão, ao peso e à violência das pedras, o Senhor Jesus se levantava do seu trono para saudar o filho querido que tingia o chão de Jerusalém com seu sangue, o sangue de um justo, o sangue de uma testemunha fiel, o sangue de um herói da fé.

3. Mártires através dos tempos. Desde os tempos dos apóstolos, os quais morreram também por mártires, até hoje, a lista é praticamente inumerável, de mártires da Igreja.
Basta-nos, no entanto, citar Policarpo, o homem que foi desafiado a negar a sua fé e que disse publicamente que não poderia negar o nome daquele que o salvara e que nunca o abandonara em todos os seus dias de fé.

A trágica e inesquecível noite de São Bartolomeu lembra o massacre de milhares de servos de Deus que a ira de um clero tirano e cego fez transformar um zelo religioso e idólatra em um morticínio ímpar na história do Cristianismo. A história de Madagascar lembra a jovem Rasalana que preferiu ser golpeada mortalmente a abandonar o Cristo que a salvara plenamente.

A obra missionária, de um medo particular, tem sido uma obra de martírio. É um tema que dá para encher volumes inteiros. Mencionemos apenas um exemplo: James Chalmers foi um dos pioneiros da obra missionária em Nova Guiné e depois de se dedicar por algum tempo à evangelização dos nativos e sua instrução bíblica, sofreu o martírio no ano de 1901.

A Assembléia de Deus no Brasil tem uma história de lutas, de sofrimento, de perseguição e de morte. Mas, por cima destes relatos, está a mão onipotente do Salvador Jesus, que tem dado a esta Igreja a bênção do crescimento, da prosperidade e do poder espiritual. No Leste Europeu a Igreja Subterrânea está desafiando o mundo comunista e está triunfando. A Palavra de Deus não está presa.



           
Elaboração pelo:- Evangelista Isaias Silva de Jesus
Igreja Evangélica Assembléia de Deus Ministério Belém Em Dourados – MS
Lições bíblicas CPAD 1981
                                                                      

Nenhum comentário:

Postar um comentário