sábado, 7 de janeiro de 2012

BEM-AVENTURADO O QUE TEME AO SENHOR

BEM-AVENTURADO O QUE TEME AO SENHOR

TEXTO ÁUREO

“Bem-aventurado aquele que teme ao Senhor e anda nos seus caminhos.” Sl 128.1.

VERDADE PRÁTICA

O segredo da verdadeira felicidade está em temer ao Senhor, origem única de toda a sabedoria. Temamos, pois ao Senhor e seremos enriquecidos de uma vida ditosa.

LEITURA EM CLASSE - Sl 128.1-6; Pv 1.7; 9.10; 8.13.

INTRODUÇÃO

Ocupar-nos-emos durante esta semana de uma bem-aventurança fundamental à vida cristã. A Bíblia é suficientemente clara quando afirma que parte do sucesso da Igreja Primitiva se devia à vida de temor que experimentavam os servos de Deus de então. “E em toda a alma havia temor...”, At 2.43a.

Mais que nunca, sente-se hoje a urgente necessidade de se falar ao povo a respeito do temor de Deus, como uma fonte de vitalidade espiritual para uma época tão conturbada, quando os valores espirituais estão ameaçados de profundas distorções, de graves esvaziamentos e de uma cruel neutralização por parte de Satanás e seus agentes.

“O temor do Senhor é uma fonte de vida para preservar dos laços da morte”, Pv 14.27.
Permita o Senhor que em nossa vida pessoal e comunitária ocorra um avivamento contínuo e uma renovação constante do temor a Deus, o princípio de toda a sabedoria, Pv 9.10.

I.                   QUE SIGNIFICA TEMER AO SENHOR

Parece-nos racional iniciar o comentário de tão significativo assunto por uma análise da palavra temor.

1. Diferença entre temor e medo. Devemos sinceramente reconhecer que existem duas diferentes acepções para a palavra TEMOR no contexto das Escrituras Sagradas. Por um lado, temor significa medo, receio. O Servo de Deus é exortado a não se deixar abater ou dominar por este tipo de temor. Tem sido dito que existem cerca de 365 ocorrências nas Escrituras da expressão NÃO TEMAS ou seu equivalente.

Vejamos alguns exemplos. Deus falou a Abraão (Gn 15.1), a Jacó (Gn 46.3), a Josué
(Js 8.1), a Gideão (Jz 6.23), a Ezequias (II Rs 19.6), a Jeremias (Jr 1.8), a Daniel
(Dn 10.12, 19), a Zacarias (Lc 1.13), a Paulo (At 18.9), etc.

A segunda acepção do vocábulo temor é reverência, uma forma de culto ou adoração.
Devemos usá-lo quando estamos tratando de defender os princípios de nossa fé em Cristo, I Pe 3.15.

Devemos exercer o verdadeiro temor em nosso comportamento habitual como filhos de Deus, I Pe 1.17, inclusive em nossa vida no lar e como um testemunho que pode convencer os parentes que estão de fora, I Pe 3.1,2.

É pelo temor que os empregados cristãos podem sujeitar-se a seus patrões, realizando desta forma uma obra agradável aos olhos de Deus, I Pe 2.18-20.
Quando não há temor de Deus, existe um clima de total insegurança, Gn 20.11

2. Temer ao Senhor é aborrecer o mal, Pv 8.13. A introdução do pecado no mundo afetou a natureza mais interior do homem e fê-lo, desde então, um ente amigo do pecado. A velha natureza se compraz nas coisas más e abomináveis aos olhos de Deus. Deus enviou o dilúvio ao mundo porque a terra se havia corrompido sobremaneira.
A presença do temor de Deus no coração do homem restaura a aversão às coisas erradas.

Tal aversão resulta da assimilação que o Espírito Santo proporciona ao ser humano, quando se aproxima de Deus, dos atributos divinos, o mais importante dos quais, sem nenhuma dúvida, é a santidade. Posto que a santidade de Deus não Lhe permita compactuar com o pecado, aqueles que Lhe dedicam um sincero temor, de igual modo se sentem compelidos a evitar o mal e aborrecê-lo, de coração.

II.                POR QUE TEMER AO SENHOR?

Certamente são inúmeras as razões pelas quais devemos temer a Deus. Examinemos algumas.

1. Porque Ele é Deus. Como parte dos estatutos que apresentou a Moisés, Deus mesmo declarou: “Ao Senhor teu Deus temerás”.

Tentar negar a Deus tem sido uma das mais absurdas loucuras da raça humana. Ignorá-lo tem sido um pecado fatal. A Bíblia jamais pretende provar a existência de Deus.
Ela apenas o apresenta ao mundo como o Criador, o Eterno, o Poderoso. Sendo nós obra de Suas poderosas mãos, é nosso dever básico temê-lo.

Deus é Espírito (Jo 4.24), é justo (Éx 9.27), é poderoso (Ap 1.8), é infinito (Dt 33.27), único (Ef 4.6), eterno (Sl 90.1,2), criador (Sl 96.5), imutável (Ml 3.6), perfeito (Dt 32.4) e sempre fiel (I Co 1.9).

Sendo estes alguns dos atributos de nosso Deus não é absolutamente justo que Lhe dediquemos todo o nosso temor?

2. Porque Ele o exige: “Que é o que o Senhor teu Deus pede de ti, se que TEMAS o Senhor teu Deus...”, Dt 10.12.

Deus tem ordenado ao seu povo que seja possuído de temor para com
Ele.  A criatura humana somente se sentirá verdadeiramente realizada quando atender aos reclamos divinos, quando aceitar e praticar o padrão divino estabelecido para seu viver cotidiano,

Em Dt 10.12-22 Deus apresenta cinco requerimentos básicos ao homem, o primeiro dos quais é o temor. Os demais são: obediência, amor, serviço e diligência. Vale ressaltar que os quatro últimos não se tornam exeqüíveis senão depois que o temor domina coração.

Este temor, esta reverência natural, longe de ser um medo de Deus, é um sentimento de profundo respeito, admiração e louvor que nos leva a uma dependência total de sua Palavra e de sua vontade.

3. Porque Ele se agrada dos que temem: “O Senhor agrada-se dos que o temem”,
Sl 147.11.

As antigas esculturas assírias dão-nos conta de que havia uma admiração especial dos monarcas do passado pelas pernas de seus guerreiros. Exércitos há neste mundo que são a glória de seus reis e generais. Autoridades sem conta depositam seu prazer na riqueza que possuem ou na inteligência de seus sábios.

Quanto ao nosso Deus, seu prazer está naqueles que teme. Vejamos a importância de ser um servo de Deus e de temer ao Senhor! Esta é a maravilhosa obra da graça. O Senhor nos toma, cheios de pecado, perdoa-nos, redime-nos, dá-nos seu Espírito para que através dEle lhe temamos, e, então, ‘se agrada do seu povo”, Sl 149.4.

Pelo temor a Deus aperfeiçoamos nosso caminho perante o Senhor, e assim Ele se deleita naqueles que são perfeitos em seu caminho, Pv 11.20.

A primeira mulher pecou, desobedecendo a Deus. Após a ressurreição de Cristo, a primeira testemunha desse grande evento foi igualmente mulher. Louvamos a Deus pelas mulheres que estão na casa do Senhor, temendo o seu precioso nome, pois também está escrito que “a mulher que teme ao Senhor, essa será louvada”, Pv 31.30.

4. Porque o temor do Senhor aumenta os dias, Pv 10.27. São abundantes os exemplos de pessoas que têm alcançado um prolongamento de seus dias por haverem temido ao Senhor.

De igual forma, são inúmeros os casos de pessoas cuja vida tem sido cortada ao meio por não haverem desejado temer convenientemente a Deus. Deus deu a Davi “longura de dias”, Sl 21.4. Foi ele quem nos exortou a ensinarmos às criancinhas a temerem ao Senhor, a fim de terem “largos dias para ver o bem”. Sl 34.11,12.

Os homens maus não vivem metade de seus dias, Sl 55.23, e os loucos morrem fora de seu tempo, Ec 7.17, mas se tememos a Deus, os anos de vida nos serão acrescentados, Pv 9.10,11.

III.             O TEMOR NO NOVO TESTAMENTO

Os passos dos cristãos no período primitivo da Igreja foram sempre passos de temor. Ao contrário do que hoje se observa em muitas igrejas, “em cada alma havia temor”.
At 2.43.

Os líderes atuais da Igreja estão suplicando a Deus uma nova atmosfera de temor para o povo de Deus. Quando o povo abandona a vida de temor, ninguém se importa de profanar o santuário do Todo-Poderoso.

Não havendo temor, as orações são frias, os cultos são irreverentes, as mensagens secas e os hinos sem inspiração. Não havendo temor, um sentimento de humanismo toma conta do altar e o homem começa a receber a glória que somente a Deus é devida.

Com a falta de temor, a casa de oração se transforma em casa de negócios. Com o temor dominando a Igreja “muitas maravilhas e sinais se faziam pelos apóstolos”, At 2.43.

Necessitamos de um retorno aos padrões de temor de Deus. Às vezes o temor se relaciona com a disciplina exercida na igreja. Com a morte de Ananias e Safira, houve temor na igreja. Será necessário que outros Ananias e outras Safiras sejam atualmente sacrificados para haver temor na Igreja, outra vez?

A vida normal da Igreja é a vida de temor. Desde os dias primeiros, as igrejas “andavam no temor do Senhor”. At 9.31

Não nós esqueçamos. O temor é um caminho para os milagres. Mas também os milagres são um caminho para o temor. At 19.17

IV.             RESULTADOS DE TEMER AO SENHOR

Todas as boas práticas da vida cristã conduzem a altos dividendos espirituais. Temer a Deus não é uma exceção. A vida de temor a Deus é um frutífero investimento cristão.

Analisemos alguns de seus resultados, a partir desta vida.

1. Misericórdia. “A misericórdia do Senhor é de geração em geração sobre os que o temem”. Lc 1.50

2. Sabedoria. “O temor do Senhor é o princípio da sabedoria”, Pv 9.10. Não nos esqueçamos que “a sabedoria é a coisa principal” e feliz o homem que a encontra.
Pv 3.13.

3. Salvação. “Mas para vós, que temeis o meu nome, nascerá o sol da justiça, e salvação trará debaixo de suas asas”, Ml 4.2. “A salvação está perto dos que o temem”, Sl 85.9.

4. Sucesso. Não devemos nos impressionar com as vitórias dos ímpios, que são relativas e transitórias. “Ainda que o pecador faça mal cem vezes, e os dias se lhe prolonguem, eu sei com certeza que bem sucede aos que temem a Deus”, Ec 8.12.

Deus disse a Israel que se ele o temesse todos os dias bem lhe iriam e a seus filhos para sempre, Dt 5.29.

5. Proteção. Se cada crente soubesse o que lhe é assegurado por temer ao Senhor, certamente se esforçaria por temê-lo ainda mais. Ele promete aos que o temem que seja escondido no secreto de Sua presença, guardados das intrigas dos homens e ficarão a salvo da contenda das línguas, Sl 31.19,20.

E mais: “No temor do Senhor há firme confiança, e Ele será um refúgio para seus filhos”, Pv 14.26.

6. Livramento. “Eis que os olhos do Senhor estão sobre os que o temem, para livrar as suas almas da morte, e para conservá-los vivos na “fome”. E acrescenta:
“Deu mantimento aos que o temem”, Sl 111.5.

7. Galardão. Em Ap 11.18 lemos da visão que foi dada a João do momento solene em que foi tocada a sétima trombeta e foi dito que chegou o tempo de Deus dar a recompensa aos que temeram o seu nome.

A utilização plena, corajosa e reverente da autoridade do nome de Jesus garantirá vitórias surpreendentes neste mundo e um precioso galardão na eternidade.  Isto posto, temamos o nome do Senhor, o nome que é sobre todo o nome, Fp 2.9.
Que neste dia tenhamos um novo pacto com o Senhor: temeremos mais profundamente o Seu maravilhoso nome, porque “bem-aventurado é aquele que teme ao Senhor”.


Elaboração pelo:- Evangelista Isaias Silva de Jesus
Igreja Evangélica Assembléia de Deus Ministério Belém Em Dourados – MS
Lições bíblicas CPAD 1981


Nenhum comentário:

Postar um comentário