BEM-AVENTURADO O
QUE TEME AO SENHOR
TEXTO ÁUREO
“Bem-aventurado aquele que teme
ao Senhor e anda nos seus caminhos.” Sl 128.1.
VERDADE PRÁTICA
O segredo da verdadeira
felicidade está em temer ao Senhor, origem única de toda a sabedoria. Temamos,
pois ao Senhor e seremos enriquecidos de uma vida ditosa.
LEITURA EM
CLASSE - Sl 128.1-6; Pv 1.7; 9.10; 8.13.
INTRODUÇÃO
Ocupar-nos-emos durante esta semana
de uma bem-aventurança fundamental à vida cristã. A Bíblia é suficientemente
clara quando afirma que parte do sucesso da Igreja Primitiva se devia à vida de
temor que experimentavam os servos de Deus de então. “E em toda a alma havia
temor...”, At 2.43a.
Mais que nunca, sente-se hoje a
urgente necessidade de se falar ao povo a respeito do temor de Deus, como uma
fonte de vitalidade espiritual para uma época tão conturbada, quando os valores
espirituais estão ameaçados de profundas distorções, de graves esvaziamentos e
de uma cruel neutralização por parte de Satanás e seus agentes.
“O temor do Senhor é uma fonte de
vida para preservar dos laços da morte”, Pv 14.27.
Permita o Senhor que em nossa
vida pessoal e comunitária ocorra um avivamento contínuo e uma renovação
constante do temor a Deus, o princípio de toda a sabedoria, Pv 9.10.
I.
QUE SIGNIFICA
TEMER AO SENHOR
Parece-nos racional iniciar o
comentário de tão significativo assunto por uma análise da palavra temor.
1.
Diferença entre temor e medo. Devemos sinceramente reconhecer que
existem duas diferentes acepções para a palavra TEMOR no contexto das Escrituras
Sagradas. Por um lado, temor significa medo, receio. O Servo de Deus é exortado
a não se deixar abater ou dominar por este tipo de temor. Tem sido dito que
existem cerca de 365 ocorrências nas Escrituras da expressão NÃO TEMAS ou seu
equivalente.
Vejamos alguns exemplos. Deus
falou a Abraão (Gn 15.1), a Jacó (Gn 46.3), a Josué
(Js 8.1), a Gideão (Jz 6.23), a
Ezequias (II Rs 19.6), a Jeremias (Jr 1.8), a Daniel
(Dn 10.12, 19), a Zacarias (Lc
1.13), a Paulo (At 18.9), etc.
A segunda acepção do vocábulo
temor é reverência, uma forma de culto ou adoração.
Devemos usá-lo quando estamos
tratando de defender os princípios de nossa fé em Cristo, I Pe 3.15.
Devemos exercer o verdadeiro
temor em nosso comportamento habitual como filhos de Deus, I Pe 1.17, inclusive
em nossa vida no lar e como um testemunho que pode convencer os parentes que
estão de fora, I Pe 3.1,2.
É pelo temor que os empregados
cristãos podem sujeitar-se a seus patrões, realizando desta forma uma obra
agradável aos olhos de Deus, I Pe 2.18-20.
Quando não há temor de Deus,
existe um clima de total insegurança, Gn 20.11
2.
Temer ao Senhor é aborrecer o mal, Pv 8.13. A introdução do pecado no mundo
afetou a natureza mais interior do homem e fê-lo, desde então, um ente amigo do
pecado. A velha natureza se compraz nas coisas más e abomináveis aos olhos de
Deus. Deus enviou o dilúvio ao mundo porque a terra se havia corrompido
sobremaneira.
A presença do temor de Deus no
coração do homem restaura a aversão às coisas erradas.
Tal aversão resulta da
assimilação que o Espírito Santo proporciona ao ser humano, quando se aproxima
de Deus, dos atributos divinos, o mais importante dos quais, sem nenhuma
dúvida, é a santidade. Posto que a santidade de Deus não Lhe permita compactuar
com o pecado, aqueles que Lhe dedicam um sincero temor, de igual modo se sentem
compelidos a evitar o mal e aborrecê-lo, de coração.
II.
POR QUE TEMER AO
SENHOR?
Certamente são inúmeras as razões
pelas quais devemos temer a Deus. Examinemos algumas.
1. Porque Ele é Deus. Como parte dos estatutos que apresentou a
Moisés, Deus mesmo declarou: “Ao Senhor teu Deus temerás”.
Tentar negar a Deus tem sido uma
das mais absurdas loucuras da raça humana. Ignorá-lo tem sido um pecado fatal.
A Bíblia jamais pretende provar a existência de Deus.
Ela apenas o apresenta ao mundo
como o Criador, o Eterno, o Poderoso. Sendo nós obra de Suas poderosas mãos, é
nosso dever básico temê-lo.
Deus é Espírito (Jo 4.24), é
justo (Éx 9.27), é poderoso (Ap 1.8), é infinito (Dt 33.27), único (Ef 4.6),
eterno (Sl 90.1,2), criador (Sl 96.5), imutável (Ml 3.6), perfeito (Dt 32.4) e
sempre fiel (I Co 1.9).
Sendo estes alguns dos atributos de
nosso Deus não é absolutamente justo que Lhe dediquemos todo o nosso temor?
2.
Porque Ele o exige:
“Que é o que o Senhor teu Deus pede de ti, se que TEMAS o Senhor teu Deus...”,
Dt 10.12.
Deus tem ordenado ao seu povo que
seja possuído de temor para com
Ele. A criatura humana somente se sentirá
verdadeiramente realizada quando atender aos reclamos divinos, quando aceitar e
praticar o padrão divino estabelecido para seu viver cotidiano,
Em Dt 10.12-22 Deus apresenta cinco
requerimentos básicos ao homem, o primeiro dos quais é o temor. Os demais são:
obediência, amor, serviço e diligência. Vale ressaltar que os quatro últimos
não se tornam exeqüíveis senão depois que o temor domina coração.
Este temor, esta reverência natural,
longe de ser um medo de Deus, é um sentimento de profundo respeito, admiração e
louvor que nos leva a uma dependência total de sua Palavra e de sua vontade.
3.
Porque Ele se agrada dos que temem: “O Senhor agrada-se dos que o temem”,
Sl 147.11.
As antigas esculturas assírias
dão-nos conta de que havia uma admiração especial dos monarcas do passado pelas
pernas de seus guerreiros. Exércitos há neste mundo que são a glória de seus
reis e generais. Autoridades sem conta depositam seu prazer na riqueza que
possuem ou na inteligência de seus sábios.
Quanto ao nosso Deus, seu prazer
está naqueles que teme. Vejamos a importância de ser um servo de Deus e de
temer ao Senhor! Esta é a maravilhosa obra da graça. O Senhor nos toma, cheios
de pecado, perdoa-nos, redime-nos, dá-nos seu Espírito para que através dEle lhe
temamos, e, então, ‘se agrada do seu povo”, Sl 149.4.
Pelo temor a Deus aperfeiçoamos
nosso caminho perante o Senhor, e assim Ele se deleita naqueles que são
perfeitos em seu caminho, Pv 11.20.
A primeira mulher pecou,
desobedecendo a Deus. Após a ressurreição de Cristo, a primeira testemunha desse
grande evento foi igualmente mulher. Louvamos a Deus pelas mulheres que estão
na casa do Senhor, temendo o seu precioso nome, pois também está escrito que “a
mulher que teme ao Senhor, essa será louvada”, Pv 31.30.
4.
Porque o temor do Senhor aumenta os dias, Pv 10.27. São abundantes
os exemplos de pessoas que têm alcançado um prolongamento de seus dias por
haverem temido ao Senhor.
De igual forma, são inúmeros os casos
de pessoas cuja vida tem sido cortada ao meio por não haverem desejado temer
convenientemente a Deus. Deus deu a Davi “longura de dias”, Sl 21.4. Foi ele
quem nos exortou a ensinarmos às criancinhas a temerem ao Senhor, a fim de
terem “largos dias para ver o bem”. Sl 34.11,12.
Os homens maus não vivem metade
de seus dias, Sl 55.23, e os loucos morrem fora de seu tempo, Ec 7.17, mas se
tememos a Deus, os anos de vida nos serão acrescentados, Pv 9.10,11.
III.
O TEMOR NO NOVO
TESTAMENTO
Os passos dos cristãos no período
primitivo da Igreja foram sempre passos de temor. Ao contrário do que hoje se
observa em muitas igrejas, “em cada alma havia temor”.
At 2.43.
Os líderes atuais da Igreja estão
suplicando a Deus uma nova atmosfera de temor para o povo de Deus. Quando o
povo abandona a vida de temor, ninguém se importa de profanar o santuário do
Todo-Poderoso.
Não havendo temor, as orações são
frias, os cultos são irreverentes, as mensagens secas e os hinos sem
inspiração. Não havendo temor, um sentimento de humanismo toma conta do altar e
o homem começa a receber a glória que somente a Deus é devida.
Com a falta de temor, a casa de oração
se transforma em casa de negócios. Com o temor dominando a Igreja “muitas
maravilhas e sinais se faziam pelos apóstolos”, At 2.43.
Necessitamos de um retorno aos
padrões de temor de Deus. Às vezes o temor se relaciona com a disciplina
exercida na igreja. Com a morte de Ananias e Safira, houve temor na igreja.
Será necessário que outros Ananias e outras Safiras sejam atualmente
sacrificados para haver temor na Igreja, outra vez?
A vida normal da Igreja é a vida de
temor. Desde os dias primeiros, as igrejas “andavam no temor do Senhor”. At
9.31
Não nós esqueçamos. O temor é um
caminho para os milagres. Mas também os milagres são um caminho para o temor.
At 19.17
IV.
RESULTADOS DE
TEMER AO SENHOR
Todas as boas práticas da vida cristã
conduzem a altos dividendos espirituais. Temer a Deus não é uma exceção. A vida
de temor a Deus é um frutífero investimento cristão.
Analisemos alguns de seus
resultados, a partir desta vida.
1.
Misericórdia.
“A misericórdia do Senhor é de geração em geração sobre os que o temem”. Lc
1.50
2.
Sabedoria.
“O temor do Senhor é o princípio da sabedoria”, Pv 9.10. Não nos esqueçamos que
“a sabedoria é a coisa principal” e feliz o homem que a encontra.
Pv 3.13.
3.
Salvação.
“Mas para vós, que temeis o meu nome, nascerá o sol da justiça, e salvação
trará debaixo de suas asas”, Ml 4.2. “A salvação está perto dos que o temem”,
Sl 85.9.
4.
Sucesso.
Não devemos nos impressionar com as vitórias dos ímpios, que são relativas e
transitórias. “Ainda que o pecador faça mal cem vezes, e os dias se lhe
prolonguem, eu sei com certeza que bem sucede aos que temem a Deus”, Ec 8.12.
Deus disse a Israel que se ele o
temesse todos os dias bem lhe iriam e a seus filhos para sempre, Dt 5.29.
5.
Proteção.
Se cada crente soubesse o que lhe é assegurado por temer ao Senhor, certamente
se esforçaria por temê-lo ainda mais. Ele promete aos que o temem que seja escondido
no secreto de Sua presença, guardados das intrigas dos homens e ficarão a salvo
da contenda das línguas, Sl 31.19,20.
E mais: “No temor do Senhor há
firme confiança, e Ele será um refúgio para seus filhos”, Pv 14.26.
6.
Livramento.
“Eis que os olhos do Senhor estão sobre os que o temem, para livrar as suas
almas da morte, e para conservá-los vivos na “fome”. E acrescenta:
“Deu mantimento aos que o temem”,
Sl 111.5.
7.
Galardão.
Em Ap 11.18 lemos da visão que foi dada a João do momento solene em que foi
tocada a sétima trombeta e foi dito que chegou o tempo de Deus dar a recompensa
aos que temeram o seu nome.
A utilização plena, corajosa e
reverente da autoridade do nome de Jesus garantirá vitórias surpreendentes
neste mundo e um precioso galardão na eternidade. Isto posto, temamos o nome do Senhor, o nome
que é sobre todo o nome, Fp 2.9.
Que neste dia tenhamos um novo pacto
com o Senhor: temeremos mais profundamente o Seu maravilhoso nome, porque
“bem-aventurado é aquele que teme ao Senhor”.
Elaboração pelo:- Evangelista
Isaias Silva de Jesus
Igreja Evangélica Assembléia de
Deus Ministério Belém Em Dourados – MS
Lições bíblicas CPAD 1981
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