OITO CARACTERÍSTICAS DO PROFETA DO ANTIGO TESTAMENTO.
Que tipo de pessoa era o profeta do AT?
(1) Era alguém que
tinha estreito relacionamento com Deus e que se tomava confidente do Senhor (Am
3.7).
O profeta via o mundo e o povo do concerto sob a perspectiva
divina, e não segundo o ponto de vista humano.
(2) O profeta, por
estar próximo de Deus, achava-se em harmonia com Deus
E em simpatia com aquilo que Ele sofria por causa dos
pecados do povo.
Compreendia, melhor que qualquer outra pessoa, o
propósito, vontade e desejos de Deus.
Experimentava as mesmas reações de Deus.
Noutras palavras, o profeta não somente ouvia a voz de
Deus
Como também sentia o seu coração (Jr 6.11; 15.16,17; 20.9).
(3) À semelhança de
Deus, o profeta amava profundamente o povo.
Quando o povo sofria, o profeta sentia profundas dores
(ver o livro de Lamentações).
Ele almejava para Israel o melhor da parte de Deus (Ez
18.23).
Por isso, suas mensagens continham, não somente
advertências, como também palavras de esperança e consolo.
(4) O profeta
buscava o sumo bem do povo, i.e., total confiança em Deus e lealdade a Ele
Eis porque advertia contra a confiança na sabedoria,
riqueza e poder humanos
E nos falsos deuses (Jr 8.9,10; Os 10.13,14; Am 6.8).
Os profetas continuamente conclamavam o povo a viver à
altura de suas obrigações
Conforme o seu concerto estabelecido com Deus, para que viesse a receber as bênçãos da
redenção.
(5) O profeta tinha
profunda sensibilidade diante do pecado
E do mal (Jr 2.12,13,19; 25.3-7 Am 8.4-7; Mq 3.8):
Não tolerava a crueldade, a imoralidade e a
injustiça.
O que o povo considerava leve desvio da Lei de Deus
O profeta interpretava, às vezes, como funesto.
Não podia suportar transigência como mal, complacência,
fingimento
E desculpas do povo (32.11; Jr 6.20; 7.8-15; Am 4.1;
6.1).
Compartilhava, mais que qualquer outra pessoa, do amor
divino à retidão
E do ódio que o Senhor tem à iniqüidade (cf. Hb 1.9
nota).
(6) O profeta
desafiava constantemente a santidade superficial e oca do povo
Procurando desesperadamente encorajar a obediência
sincera às palavras que Deus revelara na Lei.
Pemanecia totalmente dedicado ao Senhor; fugia da
transigência com o mal e requeria fidelidade integral a Deus.
Aceitava nada menos que a plenitude do reino de Deus e a
sua justiça manifestadas no povo de Deus.
(7) O profeta tinha
uma visão do futuro, revelada em condenação e destruição.
(e.g., 63.1-6; Jr 11.22-23; 13.15-21; Ez 14.12-21; Am
5.16-20,27
Bem como em restauração e renovação
(e.g., 61-62; 65.17-66.24; Jr 33; Ez 37).
(e.g., 61-62; 65.17-66.24; Jr 33; Ez 37).
Os profetas enunciaram grande número de profecias acerca
da vinda do Messias
(ver o diagrama das PROFECIAS DO ANTIGO TESTAMENTO
CUMPRIDAS EM CRISTO, p. 1074).
(8) Finalmente, o
profeta era, via de regra, um homem solitário e triste (Jr 14.17-18; - 20.14-18; - Am 7.10-13 - Jn 3-4).
perseguido pelos falsos profetas que prediziam paz,
prosperidade e segurança para o povo
Que se achava em pecado diante de Deus (Jr 15.15; 20.1-6; 26.8-11: Am 5.10; cf. Mt 23.29-36; At 7.51-53).
Ao mesmo tempo, o profeta verdadeiro era reconhecido como
homem de Deus
Não havendo, pois, como ignorar o seu caráter e a sua
mensagem.
O PROFETA E O SACERDOTE
Durante a maior parte da historia de Israel os sacerdotes
profetas,constantemente, entravam em conflito.
O plano de Deus era que houvesse cooperaçação entre eles
Mas os sacerdotes tendiam a aderir ao liberalismo e
deixavam de protestar contra a decadência do povo de Deus
(1) Os sacerdotes
muitas vezes concordavam com a situação anormal reinante
E sua adoração a Deus resumia-se em cerimônias e
liturgia.
Embora a moralidade ocupasse um lugar formal na sua
teologia, não era enfatizada por eles na prática.
(2) O profeta, por
outro lado, ressaltava fortemente o modo de vida, à conduta, e as questões
morais.
Repreeendiam constantemente os que apenas cumpriam com os
deveres litúrgicos.
Irritava, importunava, denunciava, e sem apoio humano defendia
justas exigências
E insistia em aplicar à vida os eternos princípios de
Deus
O profeta era um ensinador de ética, um reformador moral
e um inquietador da consciência humana.
Desmascarava o pecado e a apostasia, procurando sempre
despertar o povo a um viver realmente santo.
A MENSAGEM DOS PROFETAS DO ANTIGO TESTAMENTO.
A mensagem dos profetas enfatiza três temas principais:
(1) A natureza de Deus.
(a) Declaravam ser Deus o Criador e Soberano onipotente
do universo (e.g., 40.28)
E o Senhor da história, pois leva os eventos a servirem
aos seus supremos propósitos de salvação
E juízo (cf. Is 44.28; 45.1; Am 5.27; Hc 1.6).
(b) Enfatizavam que Deus é santo, reto e justo, e não
pode tolerar o pecado, iniqüidade e injustiça.
Mas a sua santidade é temperada pela misericórdia.
Ele é paciente e tardio em manifestar a sua ira.
Sendo Deus santo, em sua natureza, requer que seu povo
seja consagrado
E santo ao SENHOR (Zc 14.20; cf, Is 29.22-24; Jr 2.3).
Como o Deus que faz concerto, que entrou num
relacionamento exclusivo com Israel
Requer que seu povo obedeça aos seus mandamentos, como
parte de um compromisso de relacionamento mútuo.
(2) O pecado e o arrependimento.
Os profetas do AT compartilhavam da tristeza de Deus
diante da contínua desobediência
Infidelidade, idolatria e imoralidade de seu povo segundo
o concerto.
E falavam palavras severas de justo juízo contra os
transgressores.
A mensagem dos profetas era idêntica a de
João Batista e de Cristo: “arrependei-vos, senão igualmente parecereis”.
Prediziam juizos catastróficos, tal como a
destruição de Samaria, pela Assíria (e.g. Os 5.8-12; 9.3-7; 10.6-15)
E a de Jerusalém por Babilônia (e.g., Jr
19.7-15; 32.28-36; Ez 5.5-12; 21.2, 24-27).
(3) Predição e esperança messiânica.
(a) Embora o povo tenha sido globalmente
infiel a Deus e aos seus votos
Segundo o concerto, os profetas jamais
deixaram de enunciar-lhe mensagens de esperança.
Sabiam que Deus cumpriria os ditames do
concerto e as promessas feitas a Abraão através de um remanescente fiel
(ver o estudo O CONCERTO DE DEUS COM
ABRÃAO, ISAQUE E JACÓ, p. 172).
No fim, viria o Messias, e através dEle,
Deus haveria de ofertar a salvação a todos os povos.
(b) Os profetas colocavam-se entre o
colapso espiritual de sua geração e a esperança da era messiânica.
Eles tinham de falar a palavra de Deus a um
povo obstinado
Que, inexoravelmente rejeitavam a sua
mensagem (cf. Is 6.9-13).
Os profetas eram tanto defensores do antigo
concerto, quanto precursores do novo.
Viviam no presente, mas com a alma voltada
para o futuro.
OS FALSOS PROFETAS.
Há numerosas referências no AT aos falsos
profetas.
Por exemplo: quatrocentos falsos profetas
foram reunidos pelo rei Acabe (II Cr 18.4-7)
Um espírito mentiroso achava-se na boca
deles (II Cr 18.18-22).
Segundo o AT, o profeta era considerado
falso
(1) se
desviasse as pessoas do Deus verdadeiro para alguma forma de idolatria (Dt 13.1-5)
(2) se
praticasse adivinhação, astrologia, feitiçaria, bruxaria e coisas semelhantes
(ver Dt 18: 10,11 notas)
(3) se suas
profecias contrariassem as Escrituras (Dt 13.1-5)
(4) se não
denunciasse os pecados do povo (Jr
23.9-18); ou
(5) se
predissesse coisas especificas que não cumprissem (Dt 18.20-22).
Note que os profetas, do novo concerto não
falavam de modo irrevogável e infalível como os profetas do AT
Que eram a voz primacial de Deus no que
dizia respeito a Israel.
No NT, o profeta é apenas um dos cinco dons
ministeriais da igreja
(ver o estudo DONS MINISTERIAIS PARA A
IGREJA, p. 1814).
Os profetas no NT tinham limitações que os
profetas do AT desconheciam (cf. 1 Co 14.29-33)
Por causa da natureza multifacetada e
interdependente do ministério nos tempos do NT
(ver o estudo DONS ESPIRITUAIS PARA O
CRENTE, p. 1756).
Amém
Nenhum comentário:
Postar um comentário