sábado, 7 de janeiro de 2012

BEM-AVENTURADOS OS CHAMADOS ÀS BODAS DO CORDEIRO


BEM-AVENTURADOS OS CHAMADOS ÀS BODAS DO CORDEIRO

TEXTO ÁUREO

“E disse-me: Escreve. Bem-aventurados aqueles que são chamados à ceia das bodas do Cordeiro. E disse-me: Estas são as verdadeiras palavras de Deus.” Ap 19.9.

VERDADE PRÁTICA

Além de alegrias, triunfos e louvores ligados à salvação, as bodas do Cordeiro representarão também a consagração de uma eterna união entre Cristo e Sua Igreja.

LEITURA BÍBLICA EM CLASSE - Ap 19. 1-10

INTRODUÇÃO

Quando Jesus realizou seu primeiro milagre, assistia às bodas na cidade de Caná da Galiléia, ocasião em que Ele declarou: “Ainda não é chegada a minha hora”, Jo 2.4

Aquelas bodas eram as bodas de um casal qualquer. Não eram as Suas bodas. Ele estava presente como um convidado, mas Ele deu a entender que algum dia haveria as Suas próprias bodas, quando Ele seria o Noivo. Então seria a Sua hora. A esse futuro acontecimento a Bíblia chama bodas do Cordeiro.

I.                   A RAZÃO DAS BODAS DO CORDEIRO

A expressão bíblica bodas do Cordeiro significa a união literal e eterna, em um sentido profundamente místico e espiritual do Senhor Jesus com Sua Igreja, a Igreja que Ele edificou e comprou com Seu sangue.

1. A Igreja é a Noiva do Cordeiro. Jesus é reconhecido na Bíblia como o Cordeiro de Deus, Jo 1.29.

Ele o Cordeiro profetizado no Antigo Testamento, prefigurado na solenidade da Páscoa e imolado no G5lgota perante os homens, bem como na eternidade perante Deus,
I Pe 1.19,20.

A condição atual da Igreja de Cristo é a de noiva do Cordeiro. Ela é uma virgem, desposada com um príncipe, porém separada fisicamente dEle, que empreendeu uma longa viagem. Como Rebeca, esta noiva aspira encontrar-se com o Noivo, seu Isaque espiritual, “ao qual não o havendo visto, amais; no qual não o vendo agora, mas crendo, vos alegrais com gozo inefável e glorioso”, I Pe 1.8.

Por algum tempo, nos dias do Antigo Testamento, Israel foi tido por Esposa de Deus ou por uma virgem, Jr 18.13; Am 5.2; II Es 19.21. O Israel infiel, porém, é chamado de meretriz, Jr 3.6; Os 5.2,3.



Em Mt 9.15 Jesus Se chama a Si mesmo de noivo. Em Mt 25, na Parábola das 10 virgens o Noivo é o próprio Cristo. Como uma mulher não pode outra vez tornar-se virgem, a virgem do Novo Testamento nâo pode ser Israel. O apóstolo Paulo assegura que a virgem noiva é a Igreja, II Co 11.2.

2. A Igreja será a Esposa do Cordeiro. O longo cerimonial de casamento do Antigo Testamento envolvia três fases distintas: a do contrato, a da cerimônia e a da ceia do casamento. Espiritualmente a Bíblia alude a todas três fases. Nos dias do Antigo Testamento, a esposa era escolhida e dada ao noivo pelos pais do noivo. Em Ef 1.3,4 lemos de como Deus nos escolheu e nos ofereceu para Seu Filho Jesus, antes que nós houvéssemos nascido.

O sacrifício da cruz foi o grande preço que Jesus pagou para possuir em caráter legítimo a Igreja, que será Sua Esposa na eternidade e que é objeto de Seu mais profundo amor, Ef 5.25.

3. A Igreja se unirá eternamente ao Senhor Jesus. Assim como os membros do corpo se unem à cabeça, nós nos uniremos a Cristo, nossa celestial cabeça, Ef 1.22,23, pois nEle temos sido devidamente batizados como corpo, I Co 12.12,13.

Enquanto vivemos neste mundo, estamos nos aprontando, pois João viu a esposa que “se aprontou”, Ap 19.7.

Suas vestes eram de linho fino, puro e resplandecente. O linho simboliza a pureza moral dos redimidos por Cristo. Esta foi à maravilhosa que o Cordeiro efetuou em nossas vidas, através da oferta de Seu sangue.

Anteriormente, nossas vestes não passavam de trapos de imundície, Is 64.6, mas agora encontramos a purificação pelo sangue. Nosso corpo atualmente está sujeito às enfermidades, tentações, deformações e morte. Mas o dia glorioso vem chegando quando seremos revestidos de imortalidade, e todo o vestígio da natureza perecível desaparecerá.

II.                A ÉPOCA E O LUGAR DAS BODAS DO CORDEIRO

Posto que tenha tanto interesse em estarem presentes a tão magnífica festa, deveremos descobrir o lugar e a época em que terá lugar.

1. Após o arrebatamento. O arrebatamento é a chave que o Senhor usará para nos introduzir no reino da imortalidade, quando então todos os acontecimentos sobrenaturais reservados para a Igreja ocorrerão, um a um, segundo as profecias, verdadeiro e fiel.

2. Após o tribunal de Cristo. Paulo afirma que temos um encontro marcado com o Senhor nos ares, II Ts 2.1; I Ts 4.17.
Nesse encontro participaremos do Tribunal de Cristo, Rm 14.10b.

Não será um tribunal para juízo, mas para recompensa. Ali receberemos os galardões destinados à Igreja, que já estão com o Senhor, Ap 22.12.

A festa das bodas do Cordeiro será o capítulo seguinte, no grande programa do Senhor Jesus.

3. Durante a Grande Tribulação. Se durante a primeira parte da Grande Tribulação, na terra, estará ocorrendo o tribunal de Cristo, no céu, na segunda parte se realizarão as bodas do Cordeiro. E assim “então vereis outra vez a diferença entre o justo e o ímpio, entre o que serve a Deus e o que não serve”, Ml 3.18.

4. O céu será o lugar destinado às bodas do Cordeiro, a bela cena descrita em
Ap 19.5-9. O céu tem sido a grande esperança da Igreja durante dois milênios. Afinal, a Igreja terá podido conhecer e desfrutar tão maravilhoso lugar. É provável que durante todo o milênio, a Igreja, glorificada com Cristo, continuará a sentir a doçura das bodas, pois no final do milênio tem sido ouvido um convite para se conhecer a Noiva, a Esposa do Cordeiro, cujo lar eterno é a Nova Jerusalém, - Ap 21.9,10.

Não vale a pena permanecermos em fidelidade na presença e no temor do Senhor?

III.             TIPOLOGIA DAS BODAS DO CORDEIRO

Centenas de acontecimentos havidos no período vetero-testamentário são de natureza tipológica, além de serem naturalmente fatos reais. Vamos mencionar especificamente alguns tipos do relacionamento entre a Igreja e o Senhor, relacionamento que tem seu ponto alto nas bodas do Cordeiro.

1. Rute e Boaz. Dos três livros de natureza feminina, na Bíblia, Rute é o primeiro. Tipologicamente, Rute representa a Igreja constituída de pessoas gentias que um dia se encontraram com o gentil e misericordioso Boaz, uma figura do Senhor Jesus que pagou a sua redenção e admitiu como esposa, chegando a tomar-se uma ancestral do Senhor Jesus, Rt 4.1-10,21,22.

2. Assuero e Ester. A rainha Vasti é um símbolo da nação israelita, que desobedeceu a Deus e assim foi destronada. O rei Assuero decidiu então casar-se com outra pessoa, cuja escolha recaiu na pessoa de Ester, um símbolo da Igreja, que alcançou graça aos olhos e ao coração do Senhor, Et 1.12; 2.15.

3. Os dois personagens de Cântico dos Cânticos. A jovem Sunamita, queimada pelo sol do deserto e cheia de amor, representa a Igreja vivendo na dependência do Sol da Justiça, a quem ama com todas as veras da sua alma. Os dois anelam ir à sala do banquete, e para ela ele tem reservado um estandarte de amor, símbolo do inefável amor do Senhor para com a Igreja.

4. Asenate e José. José, na condição de judeu, desposando uma jovem gentia representa o homem Jesus, de nacionalidade judia, evangelizando os gentios e deles tomando “um povo para o seu nome”. At. 15.14.

5. Isaque e Rebeca. O capitulo 24 Gênesis nos mostra um especial tipo. Abraão representa o Pai que envia Eliézer, símbolo do Espírito Santo. O encontro de Rebeca com Isaque não se deu na tenda de Isaque nem na casa de Rabeca, simbolizando o encontro da Igreja com Cristo (nem no mundo, nem no céu), mas em seguida leva sua querida Rebeca e a introduz na tenda de Sara, um símbolo das bodas do Cordeiro.
IV.             OS PARTICIPANTES

1. O Senhor Jesus. Senhor e Mestre, Noivo e Esposo, Rei e Pastor, o Senhor Jesus sempre tem a primazia. Ele é o Alfa e Ômega. Ele será a principal personagem daquele faustoso acontecimento. “Sem mim nada podeis fazer’, Jo 15.5

2. A Igreja como noiva e esposa. Ao contrário da mulher do cap. 18 de Apocalipse, a infiel prostituta que foi derribada de sua falsa glória, a Igreja, no cap. 19 está sendo projetada a uma posição incomum. Ela começa a participar das glórias inerentes ao Senhor Jesus, que a tornou Sua esposa e
Seu rebanho, Sua casa e Seu sacerdócio para sempre.

3. Os convidados. Na visão dada a João, havia convidados sendo chamado para a grande festa. Sem ser a noiva, como as virgens de Mt 25, recebem grande honra de estar presentes à “ceia das bodas”. Certamente ali estará João Batista, que ainda aqui na terra se declarou amigo do Noivo, Jo 3.29. Também deverão comparecer os santos mencionados em Lc 13.28.29.

A característica comum aos membros da Igreja universal do Senhor, Jesus tem sido sua fé inquebrantável e exclusiva em Jesus, sua submissão plena ao Evangelho e sua vida purificada pelo sangue do Cordeiro, At 20.28; Ef 1.7; Cl 1.14; Ap 1.5; Rm 13.14:
Ef 6,11.

Ao comparecer às bodas do Cordeiro, a Igreja terá a lembrança de que lhe foi permitido chegar a tanto, por causa de seu arrependimento, sua regeneração e sua comunhão com o Senhor, nossa única esperança.Não foram poucas as lutas, as tentações, as ciladas, os óbices e até os martírios. Mas ela venceu.

Venceu as heresias de todos os tempos, venceu os governos hostis e tiranos, venceu o paganismo abominável e cruel, venceu a simonia lasciva e insaciável, venceu a opressão papal, venceu o poder do fogo, venceu a escuridão das cavernas, venceu o rugir dos leões, venceu o ecumenismo devorador, venceu o mundo, Satanás e a carne, venceu pela Palavra e venceu pelo sangue. Sangue do Cordeiro, o Noivo Eterno, o eterno Esposo e Redentor.


Elaboração pelo:- Evangelista Isaias Silva de Jesus
Igreja Evangélica Assembléia de Deus Ministério Belém Em Dourados – MS
Lições bíblicas CPAD 1981


Nenhum comentário:

Postar um comentário