BEM-AVENTURADOS OS CHAMADOS ÀS BODAS DO CORDEIRO
TEXTO ÁUREO
“E disse-me: Escreve. Bem-aventurados
aqueles que são chamados à ceia das bodas do Cordeiro. E disse-me: Estas são as
verdadeiras palavras de Deus.” Ap 19.9.
VERDADE PRÁTICA
Além de alegrias, triunfos e louvores
ligados à salvação, as bodas do Cordeiro representarão também a consagração de uma
eterna união entre Cristo e Sua Igreja.
LEITURA BÍBLICA EM CLASSE - Ap 19. 1-10
INTRODUÇÃO
Quando Jesus realizou seu primeiro
milagre, assistia às bodas na cidade de Caná da Galiléia, ocasião em que Ele
declarou: “Ainda não é chegada a minha hora”, Jo 2.4
Aquelas bodas eram as bodas de um casal
qualquer. Não eram as Suas bodas. Ele estava presente como um convidado, mas
Ele deu a entender que algum dia haveria as Suas próprias bodas, quando Ele
seria o Noivo. Então seria a Sua hora. A esse futuro acontecimento a Bíblia
chama bodas do Cordeiro.
I.
A RAZÃO DAS BODAS DO CORDEIRO
A expressão bíblica bodas do Cordeiro
significa a união literal e eterna, em um sentido profundamente místico e
espiritual do Senhor Jesus com Sua Igreja, a Igreja que Ele edificou e comprou
com Seu sangue.
1. A Igreja é a Noiva do Cordeiro. Jesus
é reconhecido na Bíblia como o Cordeiro de Deus, Jo 1.29.
Ele o Cordeiro profetizado no Antigo
Testamento, prefigurado na solenidade da Páscoa e imolado no G5lgota perante os
homens, bem como na eternidade perante Deus,
I Pe 1.19,20.
A condição atual da Igreja de Cristo é a
de noiva do Cordeiro. Ela é uma virgem, desposada com um príncipe, porém
separada fisicamente dEle, que empreendeu uma longa viagem. Como Rebeca, esta
noiva aspira encontrar-se com o Noivo, seu Isaque espiritual, “ao qual não o
havendo visto, amais; no qual não o vendo agora, mas crendo, vos alegrais com
gozo inefável e glorioso”, I Pe 1.8.
Por algum tempo, nos dias do Antigo
Testamento, Israel foi tido por Esposa de Deus ou por uma virgem, Jr 18.13; Am
5.2; II Es 19.21. O Israel infiel, porém, é chamado de meretriz, Jr 3.6; Os
5.2,3.
Em Mt 9.15 Jesus Se chama a Si mesmo de
noivo. Em Mt 25, na Parábola das 10 virgens o Noivo é o próprio Cristo. Como
uma mulher não pode outra vez tornar-se virgem, a virgem do Novo Testamento nâo
pode ser Israel. O apóstolo Paulo assegura que a virgem noiva é a Igreja, II Co
11.2.
2. A Igreja será a Esposa do Cordeiro. O
longo cerimonial de casamento do Antigo Testamento envolvia três fases
distintas: a do contrato, a da cerimônia e a da ceia do casamento.
Espiritualmente a Bíblia alude a todas três fases. Nos dias do Antigo Testamento,
a esposa era escolhida e dada ao noivo pelos pais do noivo. Em Ef 1.3,4 lemos
de como Deus nos escolheu e nos ofereceu para Seu Filho Jesus, antes que nós
houvéssemos nascido.
O sacrifício da cruz foi o grande preço
que Jesus pagou para possuir em caráter legítimo a Igreja, que será Sua Esposa
na eternidade e que é objeto de Seu mais profundo amor, Ef 5.25.
3. A Igreja se unirá eternamente ao
Senhor Jesus. Assim como os membros do corpo se unem à cabeça, nós nos uniremos
a Cristo, nossa celestial cabeça, Ef 1.22,23, pois nEle temos sido devidamente
batizados como corpo, I Co 12.12,13.
Enquanto vivemos neste mundo, estamos nos
aprontando, pois João viu a esposa que “se aprontou”, Ap 19.7.
Suas vestes eram de linho fino, puro e
resplandecente. O linho simboliza a pureza moral dos redimidos por Cristo. Esta
foi à maravilhosa que o Cordeiro efetuou em nossas vidas, através da oferta de
Seu sangue.
Anteriormente, nossas vestes não passavam
de trapos de imundície, Is 64.6, mas agora encontramos a purificação pelo
sangue. Nosso corpo atualmente está sujeito às enfermidades, tentações,
deformações e morte. Mas o dia glorioso vem chegando quando seremos revestidos
de imortalidade, e todo o vestígio da natureza perecível desaparecerá.
II.
A ÉPOCA E O LUGAR DAS BODAS DO CORDEIRO
Posto que tenha tanto interesse em
estarem presentes a tão magnífica festa, deveremos descobrir o lugar e a época
em que terá lugar.
1. Após o arrebatamento. O arrebatamento
é a chave que o Senhor usará para nos introduzir no reino da imortalidade,
quando então todos os acontecimentos sobrenaturais reservados para a Igreja
ocorrerão, um a um, segundo as profecias, verdadeiro e fiel.
2. Após o tribunal de Cristo. Paulo
afirma que temos um encontro marcado com o Senhor nos ares, II Ts 2.1; I Ts
4.17.
Nesse encontro participaremos do Tribunal
de Cristo, Rm 14.10b.
Não será um tribunal para juízo, mas para
recompensa. Ali receberemos os galardões destinados à Igreja, que já estão com
o Senhor, Ap 22.12.
A festa das bodas do Cordeiro será o
capítulo seguinte, no grande programa do Senhor Jesus.
3. Durante a Grande Tribulação. Se
durante a primeira parte da Grande Tribulação, na terra, estará ocorrendo o
tribunal de Cristo, no céu, na segunda parte se realizarão as bodas do
Cordeiro. E assim “então vereis outra vez a diferença entre o justo e o ímpio,
entre o que serve a Deus e o que não serve”, Ml 3.18.
4. O céu será o lugar destinado às bodas
do Cordeiro, a bela cena descrita em
Ap 19.5-9. O céu tem sido a grande
esperança da Igreja durante dois milênios. Afinal, a Igreja terá podido
conhecer e desfrutar tão maravilhoso lugar. É provável que durante todo o milênio,
a Igreja, glorificada com Cristo, continuará a sentir a doçura das bodas, pois
no final do milênio tem sido ouvido um convite para se conhecer a Noiva, a
Esposa do Cordeiro, cujo lar eterno é a Nova Jerusalém, - Ap 21.9,10.
Não vale a pena permanecermos em
fidelidade na presença e no temor do Senhor?
III.
TIPOLOGIA DAS BODAS DO CORDEIRO
Centenas de acontecimentos havidos no
período vetero-testamentário são de natureza tipológica, além de serem
naturalmente fatos reais. Vamos mencionar especificamente alguns tipos do
relacionamento entre a Igreja e o Senhor, relacionamento que tem seu ponto alto
nas bodas do Cordeiro.
1. Rute e Boaz. Dos três livros de
natureza feminina, na Bíblia, Rute é o primeiro. Tipologicamente, Rute
representa a Igreja constituída de pessoas gentias que um dia se encontraram
com o gentil e misericordioso Boaz, uma figura do Senhor Jesus que pagou a sua
redenção e admitiu como esposa, chegando a tomar-se uma ancestral do Senhor
Jesus, Rt 4.1-10,21,22.
2. Assuero e Ester. A rainha Vasti é um
símbolo da nação israelita, que desobedeceu a Deus e assim foi destronada. O
rei Assuero decidiu então casar-se com outra pessoa, cuja escolha recaiu na
pessoa de Ester, um símbolo da Igreja, que alcançou graça aos olhos e ao
coração do Senhor, Et 1.12; 2.15.
3. Os dois personagens de Cântico dos
Cânticos. A jovem Sunamita, queimada pelo sol do deserto e cheia de amor, representa
a Igreja vivendo na dependência do Sol da Justiça, a quem ama com todas as
veras da sua alma. Os dois anelam ir à sala do banquete, e para ela ele tem
reservado um estandarte de amor, símbolo do inefável amor do Senhor para com a
Igreja.
4. Asenate e José. José, na condição de
judeu, desposando uma jovem gentia representa o homem Jesus, de nacionalidade
judia, evangelizando os gentios e deles tomando “um povo para o seu nome”. At.
15.14.
5. Isaque e Rebeca. O capitulo 24 Gênesis
nos mostra um especial tipo. Abraão representa o Pai que envia Eliézer, símbolo
do Espírito Santo. O encontro de Rebeca com Isaque não se deu na tenda de
Isaque nem na casa de Rabeca, simbolizando o encontro da Igreja com Cristo (nem
no mundo, nem no céu), mas em seguida leva sua querida Rebeca e a introduz na
tenda de Sara, um símbolo das bodas do Cordeiro.
IV.
OS PARTICIPANTES
1. O Senhor Jesus. Senhor e Mestre, Noivo
e Esposo, Rei e Pastor, o Senhor Jesus sempre tem a primazia. Ele é o Alfa e Ômega.
Ele será a principal personagem daquele faustoso acontecimento. “Sem mim nada podeis
fazer’, Jo 15.5
2. A Igreja como noiva e esposa. Ao
contrário da mulher do cap. 18 de Apocalipse, a infiel prostituta que foi derribada
de sua falsa glória, a Igreja, no cap. 19 está sendo projetada a uma posição
incomum. Ela começa a participar das glórias inerentes ao Senhor Jesus, que a
tornou Sua esposa e
Seu rebanho, Sua casa e Seu sacerdócio
para sempre.
3. Os convidados. Na visão dada a João,
havia convidados sendo chamado para a grande festa. Sem ser a noiva, como as
virgens de Mt 25, recebem grande honra de estar presentes à “ceia das bodas”.
Certamente ali estará João Batista, que ainda aqui na terra se declarou amigo
do Noivo, Jo 3.29. Também deverão comparecer os santos mencionados em Lc
13.28.29.
A característica comum aos membros da
Igreja universal do Senhor, Jesus tem sido sua fé inquebrantável e exclusiva em
Jesus, sua submissão plena ao Evangelho e sua vida purificada pelo sangue do
Cordeiro, At 20.28; Ef 1.7; Cl 1.14; Ap 1.5; Rm 13.14:
Ef 6,11.
Ao comparecer às bodas do Cordeiro, a Igreja
terá a lembrança de que lhe foi permitido chegar a tanto, por causa de seu
arrependimento, sua regeneração e sua comunhão com o Senhor, nossa única
esperança.Não foram poucas as lutas, as tentações, as ciladas, os óbices e até
os martírios. Mas ela venceu.
Venceu as heresias de todos os tempos,
venceu os governos hostis e tiranos, venceu o paganismo abominável e cruel, venceu
a simonia lasciva e insaciável, venceu a opressão papal, venceu o poder do
fogo, venceu a escuridão das cavernas, venceu o rugir dos leões, venceu o
ecumenismo devorador, venceu o mundo, Satanás e a carne, venceu pela Palavra e
venceu pelo sangue. Sangue do Cordeiro, o Noivo Eterno, o eterno Esposo e
Redentor.
Elaboração pelo:- Evangelista Isaias
Silva de Jesus
Igreja Evangélica Assembléia de Deus
Ministério Belém Em Dourados – MS
Lições bíblicas CPAD 1981
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