segunda-feira, 9 de janeiro de 2012

BEM-AVENTURADOS OS PACIFICADORES

BEM-AVENTURADOS OS PACIFICADORES

TEXTO ÁUREO

“Bem-aventurado os pacificadores, porque eles serão chamados filhos de Deus”. Mt 5.9.

VERDADE PRÁTICA

O pacificador é identificado como um homem feliz e de boa vontade. Todo aquele que busca o Príncipe da Paz - Jesus torna-se um ardoroso defensor da paz, e é chamado filho de Deus.

LEITURA EM CLASSE - Mt 5.9; Fp 4.7-9; II Co 13.11; Sl 120.5-7.

INTRODUÇÃO

Cerca de dez milhões de soldados morreram nos campos de batalha durante a Primeira Guerra Mundial, de 1914 a 1918.

A II Grande Guerra, por sua vez, ceifou a vida de cerca de 54.800.000 pessoas, combatentes e civis. Afirma-se que nos registros de 3.530 anos de história humana, apenas 286 se passaram sem guerras, o que equivale a menos de oito por cento do total.
E durante esses 35 séculos foram quebrados nada menos de 8.000 tratados de paz.
Estas estatísticas refletem a ausência completa de paz neste planeta, como conseqüência da entrada e permanência do pecado e de seu acentuado progresso no coração do homem.

Há séculos Erasmo afirmou que “a mais vantajosa paz é bem melhor que a mais justa guerra”. Hoje, como nunca, o mundo necessita de paz e, por isso mesmo, de pacificadores, isto é, de pessoas que promovam essa paz. Já o Senhor dizia, em Is 48.2: “Mas o ímpio não tem paz”

O verdadeiro pacificador é aquele que crê, vive e proclama as verdades do Evangelho da paz. “Paz não é uma virtude passiva, e sim profundamente ativa” (F.J.Sheen).
Há muitos anos um célebre escritor assim se expressou: “Paz foi à primeira coisa que os anjos cantaram. Paz é a marca dos filhos de Deus. Paz é a colaboradora fiel do amor. Paz é a mãe da unidade. Paz é o descanso das almas abençoadas”

I.                   DEUS, O AUTOR DA PAZ

A verdadeira paz está inseparavelmente ligada a Deus. A Bíblia nos revela que a paz está no nome, na natureza, nos propósitos, na presença e nas obras de Deus.

1. Seu nome é Deus de paz. Este precioso título conferido ao Pai ocorre em Fp 4.9;
II Co 13.11; Rm 15.33; 16.20 e Hb 13.20. Deus é o possuidor da paz, seu criador e seu prioritário administrador.

2. Sua natureza é de paz. Ao definir a Deus como Deus de paz, as Escrituras apontam para o superior equilíbrio e infinita perfeição da natureza do Criador.

O equilíbrio das virtudes mais retas e mais maravilhosas, como o amor, a sabedoria, a justiça e a verdade, dão-lhe condições de ser e de atuar como Deus de paz. Deus não está sujeito às debilidades da natureza humana, que freqüentemente lhe roubam a paz, nem é escravo do pecado, como o homem, nem está subordinado a acusações de consciência e aos remorsos próprios dos que possuem uma natureza limitada e imperfeita. Aleluia!

3. Ele reparte a paz. Em Is 45.7 lemos textualmente as palavras do Criador: “Eu faço a paz”. Deus mesmo faz a paz e a reparte com o Universo, com o homem e com a Igreja.
Os grandes concertos de Deus com a raça humana têm sido sempre concertos de paz.

O processo de justificação do homem, que está sempre vinculado a um decreto divino, resulta sempre em obtenção de paz, Rm 5.1.

A regularidade com que os processos de atividade da Natureza se desenvolvem é uma evidência de que Deus, ao consumar a obra da Criação, ordenou que a paz (ausência de desordem e confusão, I Co 14.33) reinasse em todo o Universo, pois “Ele faz a paz nas suas alturas”, Jó 25.2.

Quando Lúcifer se rebelou no céu, Deus expulsou-o da cidade santa (Lc 10.18) e imediatamente restabeleceu a paz. Ao pecar contra Deus e dEle se afastar, o homem perdeu a paz e criou-se em seu espírito um apetite de guerra e confusão. Ao render-se outra vez a Deus, o coração humano recupera a paz, através de Jesus, Ef 2.14.

4. Sua Igreja proclama a paz. Deus está usando a Igreja para pregar o Evangelho, boas novas de paz para o indivíduo, para a sociedade, para toda a raça. “É Ele quem pacifica os termos”, Sl 147.14.

Esta é a maravilhosa paz de Deus, Fp 4.7, com a qual Cristo nos evangelizou, Ef 2.17, e que nos envolveu como membros da família de Deus, em caráter universal,
Cl 1.2: Ef 2,20, e se multiplica à medida que melhor o conhecemos, II Pe 1.2.

II.                CRISTO, O PRÍNCIPE DA PAZ

Não se pode obter a paz fora de Jesus Cristo. “Ele é a nossa paz”, Ef 2,14. Rejeitá-lo é rejeitar a paz. Melquisedeque, um dos primeiros tipos pessoais de Cristo no AT surge nas Escrituras como REI DE PAZ, Hb 7.2. Isaque, outro magnífico tipo, foi um homem pacífico e pacificador, Gn 26.12-25.

1. A paz está em Seu nome, Is 9.6. Vivendo em uma esfera de glória, que não pode ser atingida por distúrbios, violências ou guerras, Jesus Cristo é anunciado aos homens como o Príncipe da Paz.  Esta é uma credencial que o qualifica soberanamente, declarando-o apto a repartir segurança, quietude e paz a toda à criação, que vive em permanente turbulência. Toda a paz está à Sua disposição e sob Seu comando.

É a Sua própria paz, que Ele pode dar aos Seus, Jo 16.33, paz que deve ser repartida permanentemente, II Ts 3.16.

A paz flui dEle como um rio que não se pode secar, como uma flor que se não pode murchar, como um sol que nunca tem ocaso.

2. A paz está em sua pessoa, Ef 2.14. Quando Paulo afirmou que Cristo, pessoalmente é a nossa paz, estava o apóstolo levando em consideração a maravilhosa obra da reconciliação que o Filho de Deus efetuou e continua a fazê-lo, em nosso benefício.
Reconciliar significa pacificar.

Significa transferir de um estado para outro, significa alterar o relacionamento para melhor. Significa “ser restaurado em favor”, Ef 2.16.

Essa verdade implica três condições: relação perfeita (Gn 1.27,31), relação quebrada
(Rm 5.12) e relação restaurada (Jo 1.29).

Desta sorte, Ele nos reabilitou totalmente diante do Pai. Isto é a nossa paz, o fruto da pacificação feita pelo nosso tão querido Salvador.

3. A paz está em Seu sangue, Cl 1.20. A oferta do sangue de Cristo, aceita integralmente pelo Pai, restaurou a nossa amizade com Deus, que o pecado havia dilapidado, desde a Queda. De igual modo, reconciliaram judeus e gentios, fazendo de ambos os povos, um. A paz foi feita porque o preço foi pago. O pacificador fez um sacrifício integral e satisfatório. Toda a justiça de Deus foi satisfeita quando Cristo nos substituiu no Calvário. O resultado daquela sagrada expiação é a paz que agora reina em nosso coração.

III.             O FRUTO DO ESPÍRITO É PAZ, Gn 5.22

Ao repouso que a alma experimenta quando alcança o gozo da salvação por Cristo
(Mt 11.28,29), o Espírito Santo deseja acrescentar a capacidade de produção do fruto da paz, um fruto profundamente espiritual. A palavra paz vem do grego EIRENE, ocorre em 26 livros do NT e descreve um estado de harmonia, inclusive entre Deus e o homem, At 10.36; Ef 2.17.

É uma ação do Espírito, no coração do cristão, a efetivação e o progresso constante deste estado de harmonia, cuja conseqüência maior é uma tranqüilidade perfeita, independente de circunstâncias, uma situação de permanente calma interior, uma sensação de segurança e vitória, mesmo no fragor da batalha.

A terra está cheia de guerra, o coração do servo de Deus está cheio do fruto da paz. Pelas obras da carne os ímpios se tornam filhos da ira. Pelo fruto do Espírito os crentes se tornam filhos da paz.  O Espírito produz esse fruto no interior de nossas consciências, dentro de nosso coração, na medula do “homem interior”. O fruto da paz é o repouso do amor, alimentando-se nos verdes pastos da provisão do Eterno, onde as águas tranqüilas nunca cessam.

IV.             A PAZ NA VIDA DO CRISTÃO

Uma grande diferença entre o cristão e o pecador é que este “não conheceu o caminho da paz”, Rm 3.17.

1. O cristão tem paz. Temos paz porque Deus nos chamou para a paz, I Co 7.15. Temos paz em nosso relacionamento com Deus, Rm 5.1 e também temos paz com o nosso próximo, I Ts 5.13.

Em nós mesmos há também paz, pois dela estão cheios os nossos corações e os nossos sentimentos, Fp 4.7.

2. O cristão vive em paz. A paz que temos recebido de Deus é por nós usados cotidianamente.  Ela está presente em nossa saudação (“A paz do Senhor!”), como uma herança do Senhor Jesus, Jo 20.21 e dos santos apóstolos, Ef 6.15; Fp 1.2; Fl 3; I Ts 1.1; III Jo 15; Ap 1.4; etc.

Esta paz caracteriza todos os que invocam o Senhor, II Tm 2.22 e durará até o arrebatamento da Igreja, quando será tirada da terra, Ap 6.4. Até aquele dia, a ordem divina é: “Vivei em paz”, II Co 13.11.

Cada dia devemos buscar a paz. Isto é um mandamento, I Pe 3.11, é um desejo,
II Pe 3.14, é um exercício, Tg 3.18 e também é uma carreira, Rm 14.19.

3. O cristão prega a paz e ora sempre por ela. Isto caracteriza o pacificador. Isaías foi citado por Paulo, ao mencionar “quão formosos são os pés dos que anunciam a paz”, Rm 10.15.

Cada dia devemos orar pela paz. Oremos pela paz de nossa família, nossa cidade, nosso país, e também pela paz de Jerusalém, Jr 29.7; I Tm 2.2; Sl 122.7-9.

V.                O CRENTE, UM PACIFICADOR

Tendo em vista que Deus, o nosso Pai, é um eterno pacificador, também devemos cultivar esse espírito de pacificação.  Somos seus filhos, discípulos e servos.
Ser pacificador é agir como Cristo age. Ele promoveu a paz entre nós e o Pai, Ef 2.16.

Ser pacificador é proclamar o Evangelho da paz ao coração em turbulência espiritual,
At 16.30,31.

Ser pacificador é pregar a Cristo, o Cristo da paz, que deseja e pode promover harmonia no coração, no lar e na sociedade. Ser pacificador é produzir fruto da paz. “o fruto da justiça semeia-se na paz”, Tg 3.18.

A obra missionária é o ministério do pacificador, em escala mundial. Significa levar a mensagem de reconciliação a todos os povos do mundo. A pacificação envolve mudança de atitude e mudança de coração. O mundo se rebelou contra Cristo.

Estamos dispostos a nos colocar entre Cristo e o mundo, na tentativa de reconciliarmos, como Jesus agiu junto ao Pai? Os pacificadores são os agentes do Reino de Deus na terra. O Reino de Deus é... Paz, Rm 14.17.

Quando esta obra de pacificação estiver completa, os pecadores reconhecerão que somos filhos de Deus, Mt 5.9 e “os remos deste mundo voltarão a ser do Senhor, e do seu Cristo”, Ap 11.15.

E se cumprirá o cântico dos anjos, na primeira mensagem de Natal: “Paz na terra...”,
Lc 2.14.





Elaboração pelo:- Evangelista Isaias Silva de Jesus
Igreja Evangélica Assembléia de Deus Ministério Belém Em Dourados – MS
Lições bíblicas CPAD 1981


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