segunda-feira, 23 de junho de 2014

O Poder da Oração



O Poder da Oração (5.13-18)

A idéia principal desta passagem é o poder da oração e como ela é apropriada a todas as situações da vida. A oração é encorajada em tempo de aflição (v. 13), alegria (v. 13), doença (v. 14) e pecado (v. 15 e 16a), e na assistência a outros crentes que estão lutando para obter justiça e saúde espiritual (v. 16a). O tema central de toda a passagem é resumido no verso 16b, que afirma genericamente o poder da oração. A confusão e contro­vérsia a respeito do significado de ungindo-o com óleo (v. 14) infelizmente tem desviado a atenção do fato de que Tiago está conclamando os crentes para per­ceberem a centralidade da importância da oração na vida cristã.

O relacionamento entre esta seção a respeito da oração e a antecedente, comentada na lição 12, não é claro. Talvez a linha de pensamento seja que os homens não devem jurar, mas orar. A unidade seguinte, a respeito do irmão desviado, introduz um novo as­sunto.

"Está alguém entre vós afli­to? Ore. Está alguém contente?Cante louvores" (Tg5.13).
O crente fiel tem à sua dis­posição meios valiosos da par­te de Deus para vivenciar tanto os momentos difíceis e tristes quanto os momentos de ale­gria e prazer.
Encerraremos o trimestre estu­dando sobre os meios da graça dis­poníveis ao crente: oração diante das aflições e louvor nos momentos de alegria.
 
A vida cristã aqui, é alternada por momentos de alegria e aflição e tristeza. Para cada um deles, no entanto, a Palavra de Deus indica os meios da graça disponíveis ao crente. Em ocasiões de alegria, lou­var e adorar ao Senhor é a atitude mais apropriada. Nos momentos de doença, tristeza e aflição, o cami­nho é a oração da fé, que, feita por um justo, "pode muito em seus efeitos".

Como agir na aflição

Jesus preveniu os discípulos de que, no mundo, teriam aflições, mas exortou-lhes a terem bom âni­mo (Jo 16.33b). É necessário que o crente saiba conduzir-se tanto na aflição como na alegria.

1. Superando a aflição. Tiago indaga: "Está alguém entre vós aflito?" E responde: "Ore" (v.13). Aflição é sinônimo de angústia. Em conseqüência, quase sempre, vem a ansiedade, a tristeza ou a depressão. Homens de Deus passaram por isso. Davi chegou a cla­mar: "Por que estás abatida, ó mi­nha alma, e por que te perturbas em mim?" (SI 42.5a). Jonas chegou a desejar a morte (Jn 4.3). Para ven­cer a aflição, é preciso entender que:

a) A aflição ensina. Deus per­mite a aflição para o crente fiel, com um propósito proveitoso, que, ao final, glorifica o Seu nome. O salmista disse: "Foi-me bom ter sido afligido, para que aprendesse os teus estatutos" (Sl 119.71). São as lições mais eficazes as que se aprendem através da aflição. "An­tes de ser afligido, andava errado; mas agora guardo a tua palavra" (Sl 119.67).

b) Deus vê a aflição do justo. Davi, louvando a Deus, afirmou: "Eu me alegrarei e me regozijarei na tua benignidade, pois consideraste a minha aflição; conheceste a minha alma nas angústias" (Sl 31.7).

c) Tudo contribui para o bem do crente. Paulo escreve que "todas as coisas contribuem juntamen­te para o bem daqueles que amam a Deus, daqueles que são chama­dos por seu decreto" (Rm 8.28). Confiando nessa verdade bíblica, o crente fiel não pode nem deve de­sesperar-se.

d) Deus é refúgio, fortaleza e so­corro. Em qualquer situação aflitiva, o servo ou a serva de Deus tem onde encontrar o refúgio e o amparo para suportar as aflições. Ele tem em Deus o seu "refúgio e fortaleza, socorro bem presente na angústia" (Sl 46.1).

e) Em tudo devemos dar graças. Dar graças a Deus na bonança é fá­cil. Difícil mesmo é dar graças a Deus quando na enfermidade, luta, tribulação, acidente, calúnia, difa­mação. Mas a Bíblia diz: "Em tudo dai graças, porque esta é a vonta­de de Deus em Cristo Jesus para convosco" (1 Ts 5.18). É a atitude mental correta para o cristão ver­dadeiro.

f) A oração é o caminho para a vitória. Não é fácil orar. Contudo, não há outra solução para enfrentar as aflições, os sofrimentos. Jesus re­corria sempre à oração (cf. Mc 1.35; 6.46; 14.32; Lc 6.12). Ele ensinou a orar (Mt 6.9). Orar é a atividade mais difícil de ser desenvolvida nas igrejas. Mas é a oração, juntamente com a Palavra, que sustenta o cren­te nos caminhos do Senhor. O Dia­bo tem medo do crente que ora sem­pre, sem desanimar. Ele ri dos pre­gadores que falam muito e oram pouco, mas treme ante os homens e mulheres de oração. Por isso, Tiago afirmou: "Está alguém entre vós aflito? Ore" (v. 13a).

Experimentando a alegria

1. A alegria do Senhor é a nossa força. O fiel deve buscar a ale­gria do Senhor, pois ela é a nossa força (Ne 8.10). Nunca vi um cren­te realmente alegre no Senhor, desviar-se. Normalmente, quem se afasta da igreja é crente frio, fraco, triste, abatido. Esse precisa de aju­da, apoio, e amor.

2. Onde encontrar alegria. "Na tua presença há abundância de alegrias..." (Sl 16.11). A presença do Senhor situa-se em qualquer lu­gar onde houver dois ou três reunidos em Seu nome (Mt 18.20). Mesmo sozinho, orando em Espí­rito, o crente sincero entra na pre­sença do Senhor. A alegria autên­tica é encontrada na presença do Senhor. Ela vem de cima e de den­tro do ser. Jesus disse que quem nEle crê, "rios de água viva corre­ção do seu ventre" (Jo 7.38), ou seja, do seu interior.

3. O crente alegre é bonito. As pessoas em geral desejam ser boni­tas. Isso faz parte da condição na­tural do ser humano. E há pessoas que, para ficarem com aspecto agra­dável, são capazes de fazer qualquer coisa, lícita ou ilícita. Mas a Bíblia diz que "o coração alegre aformoseia o rosto..." (Pv 15.13). É uma receita infalível para a beleza interior e exterior.

4. "O coração alegre serve de bom remédio" (Pv 17.22). Assim, é muito importante cultivar uma vida alegre, diante de Deus, diante dos seus servos e diante dos ho­mens. E uma bênção.

5. O louvor é fundamental. Tiago, no texto em estudo, diz: "Está alguém contente? Cante lou­vores" (v. 13). Cantar é um meio extraordinário de louvar a Deus e, assim, alegrar-se em Sua presença. Diz a Palavra: "Porém tu és Santo, o que habitas entre os louvores de Israel" (Sl 22.3). É importante ob­servar que um Deus santo só habi­ta no meio de louvores santos.

6. Deus responde na alegria. Davi disse: "Deleita-te também no Senhor, e ele te concederá o que deseja o teu coração" (Sl 37.4), Muitas vezes há crentes que não recebem o que pedem, porque não se alegram no Senhor.

Como agir na enfermidade

1. Chamar os presbíteros da igreja (v.14). "Está alguém entre vós doente? Chame os presbíteros da igreja..." Por que os presbíteros? Como os presbíteros ou bispos do tempo do apóstolo, os pastores e obreiros de hoje, devem ser chama­dos a orar pelos enfermos e ungi-los com azeite, pois para fazer jus a esses nomes, são crentes idône­os e dedicados à oração.

2. Receber a oração da fé. "E orem sobre ele..."(v. 14). Os fami­liares ou irmãos em Cristo, devem chamar os presbíteros e estes oram Sobre o enfermo. Aqui, sem dúvi­da, cabe a prática da imposição das mãos (Mc 16.18b), como gesto ou sinal de fé, através de mãos aben­çoadas por Deus, que transmitem virtude. Não é errado recorrer aos médicos (Mt 9.12). Contudo, é fundamental buscar primeiro a oração da fé, no nome do Senhor.

3. Receber a unção em nome do Senhor. "Ungindo-o com azeite em nome do Senhor" (v.l4c). A unção é prática adotada pelos seguidores de Jesus. Os discípulos a utilizavam (Mc 6.13). "O azeite, sem dúvida, simboliza o Espírito Santo e Seu poder sanador: a un­ção com azeite estimula a fé". Contam que duas crianças, cuja mãe estava muito doente, foram a uma cruzada evangelística. Lá, viram o pregador ungir com azeite. De volta à sua casa, tomaram azeite de cozi­nha, ungiram a mãe e ela se levan­tou curada. Temos visto muitas pessoas curadas através desse ato de fé.

4. "A oração da fé salvará o doente" (v.l5a). Tiago falava para pessoas crentes, salvas em Jesus,, Salvação, nesse versículo, refere-se à cura propriamente dita. "...e o Senhor o levantará; e, se houver cometido pecados, ser-lhe-ão per­doados" (v.l5b). Aí, vemos a cura da enfermidade física, e, no caso de ter havido pecados, o doente seria perdoado, sem dúvida após sua confissão. "Confessai as vos­sas culpas uns aos outros e orai uns pelos outros para que sareis" (v.16). Fechando o texto sobre a oração da fé, Tiago diz que "a ora­ção feita por um justo pode muito em seus efeitos" (v.l6b) e toma o exemplo de Elias, que, orando, mudou o clima, fazendo vir a seca e, depois, chuva (vv 17,18). Lembremo-nos de que o Deus de Elias é o nosso Deus!

Diante das aflições, precisamos ter atitude correta. Em lugar de murmuração, devemos recorrer à ora­ção. Graças a Deus, que, pela vida espiritual abundante, Jesus nos concede, alegria plena diante da qual devemos cantar louvores ao Seu nome. Os doentes têm a oração da fé a seu dispor, corroborada pela unção com óleo, feita em nome do Senhor. Que Deus nos ajude a vi­ver de acordo com a Palavra em qualquer circunstância.

            Bibliografia De Lima

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