A PROMESSA DO BATISMO NO ESPÍRITO SANTO
TEXTO ÁUREO = “Porque a promessa vos diz respeito a vós, a vossos filhos e a todos os que estão longe: a tantos quantos Deus, nosso Senhor, chamar” (At 2.39).
VERDADE PRÁTICA = A promessa do batismo no Espírito Santo não se restringe aos dias apostólicos, mas todo crente tem o direito e a oportunidade de buscá-la ainda hoje.
LEITURA BÍBLICA = Atos 2.37-43.
INTRODUÇÃO
O batismo no Espírito Santo é outra bendita promessa que acompanha aqueles que já são de Cristo. É uma promessa atual; para os nossos dias; não ficou restrita ao passado. A promessa diz respeito a todos quantos já desfrutam a sal’’ação, mediante a conversão neles operada pelo Espírito Santo. É uma dádiva do alto (v.38) que traz abundância de alegria, conforto e poder divino para o crente testemunhar das grandes maravilhas de Deus em favor do homem. Buscar a realização dessa promessa celestial é uma necessidade àqueles que, embora salvos, ainda não a alcançaram.
I. A PROMESSA REVELADA
1. A promessa no Antigo Testamento. O apóstolo Pedro, no dia de Pentecostes, reportou-se ao profeta Joel para anunciar que a maravilhosa experiência era o cumprimento do que fora predito no Antigo Testamento (At 2.17-21; jI 2.28- 32). lsaías também fez menção ao mesmo derramamento e mostrou, mediante o emprego de algumas metáforas, o resultado que ele produziria (Is 32.15; 44.3).
Embora a obra do Espírito Santo seja perceptível nos tempos antigos em várias atividades descritas nas Escrituras (Gn 1 .2; Ne 9.20; 2 Sm 23.2), não houve na história de Israel nenhum derramamento geral como o previsto pelos profetas para os últimos dias.
Como afirma Donald Stamps, na Bíblia de Estudo Pentecostal, “o Espírito Santo vinha apenas sobre umas poucas pessoas enchendo-as a fim de lhes dar poder para o serviço ou a profecia”. Só agora, na presente era da Igreja, também conhecida como a dispensação do Espírito Santo, cumpre-se por toda parte, segundo a promessa bíblica, esse derramamento que os crentes do Antigo Testamento não puderam experimentar com a mesma intensidade (At 1 .8). Somos, de fato, privilegiados em relação a eles (Hb 11 .39,40), ao mesmo tempo em que pesa sobre nós a grande responsabilidade de compreender e aceitar o significado da promessa para os nossos dias.
2. A promessa em o Novo Testamento. Em o Novo Testamento, a promessa do batismo no Espírito Santo foi reiterada na mensagem de João Batista (M 3. 11 Jo 1. 33), e reafirmada pelo Senhor Jesus quando prometeu enviar o Consolador ( Jo 14.25,26; Lc 24.49), e quando, após a ressurreição, orientou seus discípulos a permanecer em Jerusalém até que a promessa se realizasse.
3. A promessa no dia de Pentecostes. O advento da promessa pentecostal ocorreu por ocasião de uma das três grandes festas judaicas, a do Pentecostes (Lv 23.1 5- 25), que ocorria cinqüenta dias após a Páscoa e na qual as primícias da colheita eram apresentadas ao Senhor. Deus usou o evento da festa sagrada de Pentecostes para deixar claro qual seria a missão da Igreja— a grande colheita de almas — e que papel o Espírito Santo desempenharia ao guiá-la pelos caminhos da história humana (At 2.1).
Assim, logo na primeira manifestação visível da Igreja, (Tt 2.1 4), cada crente que perseverou fielmente no cenáculo, foi cheio do Espírito Santo, começou a falar em outras línguas e a proclamar as Boas Novas em linguagem sobrenatural, mas, compreensível aos que estavam em Jerusalém para a celebração festiva (Dt 16.16; At 2.4-8). Ali cumpriu-se a promessa de Deus.
II. O PROPÓSITO DA PROMESSA
1. Poder para vencer o mundo. O batismo no Espírito Santo cumpre alguns propósitos na vida do crente. Muitos o confundem como algo mágico, manipulado, um objeto sobrenatural para produzir fenômenos que glorifiquem o homem ou lhe traga algum tipo de vantagem, como pensava o mágico Simão, duramente repreendido pelos apóstolos Pedro e João (At 8.9- 24). No entanto, Deus não dá dons aos homens para produzir espetáculos, para glorificação humana, mas com finalidades bem específicas na sua obra.
O batismo no Espírito Santo, com a evidência inicial do falar em línguas (At 2.1-6; At 10.44-48; At 1 9.1 -6), é um revestimento de poder celestial que capacita o crente a testemunhar eficazmente de Jesus e também vencer o mundo dentro de si mesmo e externamente (cf. Jo 14.17). Enquanto a promessa da salvação lhe provê as vestes do perdão dos pecados e da própria salvação (Is 61 .10), a promessa do batismo no Espírito Santo lhe reveste de autoridade para vencer os poderes tenebrosos “que combatem contra a alma”(l Pe2.llb).
2. Poder para vencer o Diabo. Aqui entra outro aspecto fundamental da promessa do batismo no Espírito Santo. O apóstolo Paulo escreveu aos Efésios afirmando que a nossa luta não é contra a carne e o sangue (Ef 6.10-18). Essa batalha se trava no mundo espiritual, onde as forças demoníacas atuam para destruir a nossa fé. É uma guerra incessante na qual o interesse do Inimigo é o futuro de nossas almas e onde ele emprega os seus agentes mais poderosos para distanciá-las de Deus.
Assim, esse revestimento vindo do céu permite ao crente combater contra as forças espirituais da maldade no poder do Senhor (Lc 9.1; 10.19; At 4.7-10), tal qual fizeram os apóstolos nas primeiras horas da Igreja, e não em sua própria força (Zc 4.6). O crente cheio do Espírito Santo faz bom uso das armas de Deus para resistir aos ataques malignos e triunfar contra todas as ciladas do Diabo.
Poder para proclamar a fé. O propósito principal da promessa do batismo no Espírito Santo é conceder ao crente o poder para testemunhar sua fé em Cristo. O Senhor Jesus estabeleceu, em suas últimas instruções aos discípulos, uma correlação direta entre o recebimento de poder e o cumprimento da missão de proclamar o evangelho a todos os povos (At 1 .8). Essa conexão determina a finalidade do recebimento da promessa. É tanto que no dia de Pentecostes quase três mil almas aceitaram a Cristo (v. 41).
Está implícito aqui que a proclamação das boas novas encontraria toda sorte de oposição, inclusive com o sacrifício da própria vida, como revela o livro de Atos e a própria história da Igreja. Portanto, não seria uma tarefa meramente intelectual, para ser realizada com argumentos humanos. Ela demandaria um poder sobrenatural que só é obtido mediante o enchimento renovado do Espírito Santo (At 4.8, 31; Ef 5.1 8).
III. PARA QUEM É A PROMESSA
1. A promessa e para os que crêem. Quando pregava em Jerusalém, no dia em que se cumpriu a promessa do Pentecostes, o apóstolo Pedro esclareceu que ela (a promessa) não ficaria restrita aos tempos apostólicos, como ensinam os cessacionistas, que descrêem no batismo com o Espírito Santo para hoje. Observe que Pedro (v.39) refere-se aos de sua geração (“a vós”), às gerações seguintes (“a vossos filhos”), até onde chegasse o evangelho (‘os que estão longe”) e àqueles que ao longo da história seriam chamados à salvação (“a tantos quantos Deus, nosso Senhor, chamar”). É, portanto, uma promessa que ultrapassa as fronteiras denominacionais da igreja e alcança os confins da terra, como vem acontecendo nos dias contemporâneos desde quando, na Rua Azuza, em 1906, o fogo santo reacendeu-se e espalhou as suas brasas ao redor do mundo.
2. A promessa é para os que buscam. O segundo passo é ter a consciência da necessidade da promessa do Pai e buscá-la de todo o coração (At 1.4). Muitos não a recebem porque não a valorizam ou porque não são despertados e seus olhos abertos pela pregação bíblica expositiva (como a de Atos 2. 14-39), sobre a atualidade do batismo no Espírito Santo. Buscar é um princípio bíblico do qual o crente não pode abrir mão, pois quem busca tem acesso aos tesouros da graça para uma vida de vitória em Cristo Jesus, inclusive o batismo no Espírito Santo (Lc 11 .9-1 3).
CONCLUSAO
Comprova-se, portanto, que a promessa do batismo no Espírito Santo não cessou com a era apostólica. Suas evidências aparecem no decorrer da história da Igreja, inclusive com registros fidedignos, chegando ao apogeu no século XX, em que o Espírito Santo, tal qual o vento e o fogo, como registra a Bíblia (At 2.2,3), varreu o mundo, renovou velhas estruturas e encheu os crentes de poder do céu para testemunhar. Você pode, mesmo agora, enquanto estuda esta lição bíblica, ser batizado no Espírito Santo.
Elaboração pelo:- Evangelista Isaias Silva de Jesus
Igreja Evangélica Assembléia de Deus Ministério Belém Em Dourados – MS
Lições bíblicas CPAD 2007
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