domingo, 29 de abril de 2012

PEQUENA IGREJA COM UM GRANDE DEUS

PEQUENA IGREJA COM UM GRANDE DEUS

Apocalipse 3.7-13

Certos homens parecem estar à frente de seus dias, pois conseguem destinar sua geração a Jesus Cristo. Donald Grey Barnhouse foi um destes gigantes espirituais.
Como pastor da Décima Igreja Presbiteriana de Filadélfia, na Pensilvânia, o Dr. Barnhouse destacou-se, legando seu impacto à eternidade. Logo após sua formatura no Seminário Teológico Princeton, foi ele convidado a voltar ao campus e pregar. Para um jovem pastor, era uma experiência intimidadora.

Ao assomar o púlpito, ficou repentinamente nervoso. Pois achava-se presente naquele recinto, um dos mais brilhantes da terra. Um professor de Antigo Testamento chamado Robert Dic Wilson. Um gênio que falava 27 línguas; grandemente respeitado por seu comprovado conhecimento das Escrituras.

Quando Barnhouse levantou-se para falar, o Dr. Wilson já se encontrava sentado na primeira fileira, de braços cruzados. O jovem pastor pregou da melhor forma possível. Mas achou difícil não se preocupar com o famoso professor, sentado bem aos seus pés.
O que o Dr. Wilson está achando? Pensou Barnhouse. Será que está aprovando?

Então, subitarnente, algo aconteceu!
No meio da mensagem, o professor Wilson juntou seus papéis, pôs-se em pé, e saiu da igreja. O jovem pregador ficou deprimido. O que dissera para ofender o Dr. Wilson? Onde havia falhado? Sua teologia estava errada? Era impróprio seu uso das línguas originais? No entanto, reuniu forças, e concluiu a mensagem. Após o término do culto, o jovem pregador trocou alguns cumprimentos, e dirigiu-se ao escritório do reverenciado professor. Bateu à porta e, com voz trêmula, perguntou: “Onde falhei?”

O Dr. Wilson interrompeu sua leitura, e levantou os olhos. “Falhou? Oh! você não falhou”, explicou Wilson. “Sempre venho ouvir meus formandos. Simplesmente quero saber se falam de um Deus grande ou pequeno. Estou satisfeito que você seja um de nossos poucos formandos a pregar um Deus grande. Eu não precisava ouvir mais nada”.
Que lição para Barnhouse! E também para nós! Os que crêem num grande Deus são os que fazem grandes coisas para Ele. Seu prazer é usar pessoas comuns e, através delas, realizar feitos extraordinários Desta forma, a gratidão pertence a Ele.

Há uma paixão santa que bate no coração de cada crente cheio do Espírito: o anseio de conhecer a Deus e fazer algo grande para Ele. Seja o pastor em relação ao ministério, seja o homem de negócios em relação à sua carreira, ou o pai em relação a seus filhos. Todo cristão quer fazer algo que valha para a eternidade. A chave para que a vida seja estrategicamente somada para Jesus Cristo é possuir a visão da grandeza de Deus.
Você serve ao grande Deus?

Esta questão é determinante De fato, é a mais importante que podemos fazer a nós mesmos. Responda-a corretamente, e grande será a sna influência no Reino de Deus.
O tamanho de nosso Deus determinará o impacto de nossas vidas. As igrejas que possuem um grande Deus desempenham um extraordinário ministério. Servos de um grande Deus abalam o mundo para Cristo.
Filadélfia ministrava a uma das menores cidades da Ásia Menor. Não obstante, desempenhava um grande ministério. Sabe por quê? Porque confiava no grande Deus. O mesmo adequa-se aos crentes, ministérios ou igrejas de hoje. Pessoas comuns fazem coisas extraordinárias quando seus olhos estão voltados para o grande Deus. Aprendamos como funciona a fé no grande Deus.

O Cenário

Filadélfia era pequena se comparada a Éfeso e a Esmirna. Menor em prosperidade, indústria e prestígio. Não obstante, achava-se estrategicamente posicionada para causar grandes impactos às outras. Há três importantes coisas a considerarmos: localização, localização, localização. Filadélfia possuía todas as três.

Por sua localização, era o maior eixo de comunicação, propagando informações a todas as partes do mundo conhecido. Pequena em estatura, mas influente. Esta era Filadélfia.
Viajantes passavam por ela a caminho dos mais variados destinos. Era conhecida como “Portão do Leste”. Perfeitamente situada, tocava a vida de milhares de pessoas. Em meio a esta pequena cidade, situavam-se os remos da Lídia, Mísia e Frígia. Conseqüentemente, Filadélfia estava na confluência das maiores estradas. Os exércitos de César marchavam por Filadélfia de regresso a Roma. Mercadores também passavam por ela, transportando grandes riquezas.

Localizada a 25 milhas a sudoeste de Sardes, Filadélfia fora construída sobre uma elevada montanha. Era uma fortaleza natural. No entanto, achava-se vulnerável aos vulcões e terremotos. Em 17 a.C., um terremoto devastou-a, causando a perda de muitas vidas e bens materiais. No ano seguinte, continuaram os tremores, levando milhares de seus moradores a abandonarem-na.

Remetente

O divino Correspondente identifica-se de maneira mais que apropriada à igreja em Filadélfia. Jesus deseja que todos o conheçam como santo, verdadeiro e soberano:

E ao anjo da igreja que está em Filadélfia escreve: Isto diz o que é santo, o que é verdadeiro, o que tem a chave de Davi, o que abre, e ninguém fecha; e fecha e ninguém abre (Ap 3.7).

Com esta descrição, Jesus faz-se único. Somente para esta igreja, apresenta-se Ele de maneira diferente da encontrada no capítulo primeiro do Apocalipse. Até então, sua visão fora predominantemente de julgamento. Mas ao dirigir-se a Filadélfia, não tem reclamação ou critica. Apenas elogios. Eis porque apresenta uma descrição tão encorajadora de si mesmo.

Santo

Jesus revela-se como aquele que é santo, O conceito de santidade provêm da raiz semítica da palavra que significa cortar. Ser santo é estar cortado, separado. Nisto, há dois aspectos. Por sua santidade essencial, acha-se Jesus separado de sua criação. Ele é majestoso, transcendente e exaltado. Mas, por sua santidade ética, encontra-se apartado de todo pecado.
Ele é perfeitamente puro e imaculado em todos os seus caminhos.
Jesus é santo. Como cabeça da Igreja, é santo em seu caráter, palavras, ações e propósitos. Ele é completamente santo. Sua santidade implica em que Ele acha-se exclusivamente separado para Deus. E transcendente. Está acima dos céus e da terra. Sobre o seu trono, exaltado. Majestoso em sua glória. Radiante em seu esplendor. Nada pode ser comparado a Ele. E incomparável.

Verdadeiro

Jesus é verdadeiro, O que é verdadeiro? Esta descrição de Cristo enfatiza não apenas a sua veracidade, mas essencialmente o seu caráter: verdadeiro. Ele é autêntico! Jesus não é imitação. É o Deus real, fiel à sua Palavra. Ele é confiável, pois genuína é a sua deidade. Não é ídolo, mas o Todo- poderoso dos céus e da terra.

Soberano

Jesus é soberano. Declara ser o que tem a chave de Davi. O que abre e ninguém fecha, e fecha e ninguém abre. Ele possui a chave que abre e fecha a porta que nos leva às bênçãos de Deus. A Escritura refere-se a Isaías 22.22. O rei Ezequias reinava sobre a Casa de Davi, e era servido por Eliaquim. Era este o guardião dos tesouros do rei. Apenas ele possuía as chaves para abrir o tesouro real. As chaves estavam sobre seus ombros. Ele controlava o acesso ao cofre do reino. Apenas Eliaquim podia abrir a porta que dava acesso às riquezas de Ezequias. Mas quando a fechava, ninguém podia abri-la.
De igual modo, Jesus possui as chaves do tesouro dos céus. Estas chaves abrem as portas para as ricas bênçãos da graça de Deus. Com sabedoria infinita, Ele controla o acesso às riquezas espirituais da maneira que acha melhor.

Jesus declara, assim, soberania sem par sobre a Igreja. Declara ser o que abre e fecha as portas da salvação, circunstâncias e oportunidades ministeriais. Apenas Ele permite o acesso às vastas riquezas da graça divina.

Vivemos o tempo das megas igrejas. Grandes e poderosas igrejas dominam o cenário. Aos que congregam em igrejas pequenas isto pode ser desencorajador. Intimidador, até. Precisamos lembrar-nos de que o sucesso espiritual não é obtido pelo tamanho dos templos, orçamentos e carros. Mas por grande fé num grande Deus. O que importa não é se a igreja é grande ou pequena. Mas quão grande é o seu Deus. E melhor ser uma pequena igreja com um grande Deus, do que uma grande igreja com um deus pequeno. Pequenas igrejas tomam-se grandes ministérios quando servem ao santo, fiel e soberano Deus - o grande Deus que pode abrir grandes portas.

As Forças

Muito poderia ser dito desta pequena igreja. Em muitos ângulos, era uma grande igreja! Jesus em nada a censura. Ao andar em volta de seu castiçal, tem apenas elogios a seus membros:

Eu sei as tuas obras. Eis que diante de ti pus uma porta aberta e ninguém a pode fechar; tendo pouca força guardaste a minha palavra, e não negaste o meu nome (Ap 3.8).

Jesus observa direta e intimamente os negócios desta igreja. Examina todas as reuniões. Olha o interior de cada coração. Sabe tudo sobre estes. Nem mesmo este pequeno rebanho escapa ao seu controle. Para esta pequena igreja, Cristo abre uma grande porta. Quando a igreja fielmente serve a Deus, Cristo lhe abre as portas para que ela expanda seu ministério.

O que leva as portas a se abrirem? Fidelidade à vontade de Deus. Nada mais, nada menos. A fidelidade gira a chave que abre as portas para um ilimitado amanhã. Num coração fiel, encontramos fé no Deus soberano. A igreja em Filadélfia tinha isto.

Pouca Força

Jesus observa que os crentes em Filadélfia têm pouca força! Isto pode soar como repreensão, mas é apenas a constatação de um fato. Comparada às outras igrejas, possuem recursos limitados e pouca influência. Ela não detém muito poder. Não é imponente ou mega. Não possui como membros nenhum líder político, nem homens de negócios para garantir-lhe o orçamento. Depende de Deus para suprir-lhe as necessidades. Mas foi na fraqueza que Filadélfia aprendeu o segredo. A fidelidade a Deus abre grandes portas, até mesmo para as menores igrejas.

Obediência

Jesus elogia a igreja em Filadélfia: “Guardaste a minha palavra”. Estes crentes achavam-se fielmente submissos à Palavra de Deus. Pregavam-na, ensinavam-na, obedeciam-na, viviam-na e a compartilhavam. Não se afastavam da Palavra. Qualquer coisa que fizessem, era dirigida pela Palavra de Deus. Precisamos de mais igrejas como esta. Muitas têm caído vítimas dos gurus que proliferam em nosso meio. E não são poucos os que se precipitam em construir grandes igrejas, percebendo mais tarde que isto não leva a lugar algum. O que precisamos é voltar a guardar a Palavra de Deus. Somente assim, a igreja será guiada às abundantes riquezas de Deus.

Ousadia

Jesus reconhece: “Não negaste o meu nome”. Esta igreja não se envergonhava do Evangelho. Muitos em Filadélfia, especialmente os judeus incrédulos, forçavam os crentes a negligenciar os ensinamentos de Cristo e a negar a fé. Mas este pequeno rebanho não se dobraria jamais. Permanecia fiel ao Senhor que os redimira. Onde quer que fossem, o nome de Jesus estava sempre em seus lábios. Corajosamente, testemunhavam em cada oportunidade.

Não admira que Cristo haja aberto grandes portas a esta pequena igreja. Haviam sido fiéis no pouco, então Deus coloca-lhes para serem fiéis no muito. Alguns pensam: “Se Deus fizer de mim um homem de negócios bem sucedido, darei muito dinheiro para a igreja”. Mas, o fato é: “O que você tem feito com o dinheiro que agora possui?” Através de nossa fidelidade ao pouco, Deus determina como obtermos maiores oportunidades.
Aqui está o segredo de Filadélfia. Eram fiéis no pouco que possuíam. Por isto, abre-lhes Cristo a porta que leva a grandes oportunidades ministeriais. E a esta pequena igreja que Jesus promete: “Não importa quão pequena sejas, a fé num grande Deus abre-te grandes portas”.
A porta aberta é a oportunidade oferecida por Deus para que o ministério se expanda. Portas abertas levam a ministérios ilimitados. São passagens secretas que conduzem às oportunidades mais que singulares. Conduzem a vastos novos horizontes.
Quando Deus abre a porta, imediatamente remove todos os obstáculos e organiza as circunstâncias. Novo caminho é aberto; conduz-nos ao brilhante amanhã. Neste momento, Ele anuncia um novo dia para o ministério; fases de estratégico impacto são trazidas à cena.

Paulo foi recompensado com muitas portas divinamente abertas: “Porque uma porta grande e eficaz se me abriu” (iCo 16.9). Mais tarde, acentua: “Ora, quando cheguei a Troas para pregar o evangelho de Cristo, e abrindo-se-me uma porta no Senhor” (2 Co 2.12). “Orando também juntamente por nós, para que Deus nos abra a porta da palavra, a fim de falarmos do ministério de Cristo, pelo qual estou também preso” (Cl 4.3).
Quando retorna à igreja em Antioquia, regozija-se por tudo o que Deus fizera em sua primeira viagem missionária. Lucas registra: “E quando chegaram e reuniram a igreja, relataram quão grandes coisas fizera por eles, e como abrira aos gentios a porta da fé” (At 14.27). O apóstolo relata todos os seus sucessos obtidos através desta porta aberta por Deus.

Que porta colocou Deus diante de você? Às vezes falhamos em ver tais portas. Não precisamos forçar porta alguma, pois Ele já abriu a porta certa diante de nós. Que oportunidade Deus já lhe proporcionou? Você, quem sabe, pode ministrar estudos bíblicos, alcançar um vizinho ou até mesmo usar algum talento na igreja.

A Política da Porta Aberta de Deus

Eis alguns princípios-chaves da “Política da Porta Aberta de Deus”. São verdades relativas às portas que só Deus pode abrir.

1. Deus abre as portas para seu povo de maneira soberana. Somente Cristo pode abrir as portas que nos conduzem à sua vontade. Ele tem as chaves. Quando as circunstâncias parecem impossíveis, Deus nos mostra que pode abrir todas as portas. Oremos somente a Ele; é o único que tem poder para abrir a porta do ministério efetivo. Moisés guiava Israel à Terra Prometida. Mas Faraó estava furioso. Inesperadamente, o povo de Deus viu-se numa armadilha; não havia saída. Então Moisés clamou, e Deus abriu-lhes as portas do mar Vermelho.

2. As portas abertas por Deus somente podem ser vistas pelos olhos da fé. Olhos naturais vêem apenas impossibilidades. Olhos físicos enxergam apenas obstáculos. Mas os espirituais contemplam as portas de Deus, sempre abertas diante de nós. Apenas pela fé podemos ver as oportunidades oferecidas por Deus. Ora, a fé é o firme fundamento das coisas que se esperam, e a prova das coisas que se não vêem (Hb 11.1).

3. Porta aberta requer um passo de fé. Não é suficiente ver e admirar a porta aberta. Precisamos dar um passo de fé em direção à ela. A parte de Deus é abri-la; a nossa, entrar por ela. ela. Que porta Deus lhe tem aberto? Dê um passo de fé, e entre por

4. A descrença enxerga obstáculos; a fé vê oportunidades. Uma porta aberta indica que também existe uma parede firme. A descrença enxerga as barreiras e dificuldades. Mas a fé focaliza a porta aberta.
A descrença diz: “Os obstáculos são muito grandes. E muito difícil. Nunca dará certo. Custa muito. As pessoas nunca comprarão. Nunca fizemos isto antes”. Mas a fé diz: “Aqui está uma porta aberta. Entremos por ela!” Calebe e Josué viram a oportunidade, não os obstáculos. Os outros dez espias viram tão-somente os gigantes na terra. Mas Calebe e Josué viram quão infinitamente grande era o seu Deus. A palavra chinesa para crise é uma combinação de símbolos para perigo mais oportunidade. E assim que funciona o Reino de Deus. A oportunidade costuma chegar em momentos de crises e perigos.

5. Portas abertas são rapidamente fechadas. Há um dia, um tempo marcado e divinamente designado para que seja aberta. Mas será eventualmente fechada. Talvez logo. É como o tempo da colheita. O fazendeiro trabalhou duro preparando o solo, plantando a semente e cuidando da plantação. Quando chega o momento da ceifa, a safra precisa ser colhida imediatamente. O tempo da colheita não é para ser desperdiçado pintando a cerca, colocando óleo no trator ou florindo o redor da casa. Tudo isto tem de ser deixado para outro dia. A colheita é agora ou nunca.

6. A Igreja precisa entrar unida pela porta aberta. O abrir a porta requer harmonia, unidade e comunhão. Somente juntos é que conseguiremos aproveitar esta oportunidade. Prossigamos pela fé como um só corpo - indivisível! Deus quer a Igreja unida. Corramos juntos porta a dentro.

7. Se Deus está conosco, ninguém nos pode deter. Jesus garante: “Eis que diante de ti pus uma porta aberta e ninguém a pode fechar”. Se Deus a abriu, apenas Ele pode fechá-la. Satanás, não. Demônios, também não. Circunstâncias, não têm este poder. Um governo hostil, menos ainda, O mundo ateu não pode. Ninguém pode fechá-la. Deus a abriu e somente Ele a pode fechar.

Este mundo não é amistoso em relação à Igreja de Cristo. A guerra espiritual está sendo travada como nunca antes. Estejamos certos: enquanto Deus desejar que a oportunidade ministerial nos permaneça aberta, ela assim o estará. Nada e ninguém a poderá fechar.

O Sofrimento

Quando Deus abre as portas do céu para nos abençoar, Satanás abre os portões do inferno para prejudicar-nos. Quando uma igreja volta-se para a fé, enfrentará Satanás cara a cara. Foi o que aconteceu em Filadélfia:

Eis que eu farei aos da sinagoga de Satanás, aos que se dizem judeus e não são, mas mentem: eis que eu farei que venham e adorem prostrados a teus pés, e saibam que eu te amo. Como guardaste a palavra da minha paciência, também eu te guardarei da hora da tentação que há de vir sobre todo o mundo, para tentar os que habitam na terra (Ap 3.9,10).

O sofrimento de Filadélfia veio em nome da religião. Na cidade, havia um grupo de judeus que alegavam ser os verdadeiros filhos de Abraão, mas não o eram. Professavam a fé em Deus, mas mentiam. Eram incrédulos; Satanás era seu pai. Sempre que se reuniam para adorar, faziam-se sinagoga de Satanás. Estes judeus perseguiam a igreja, difamando-a. Tais mentiras resultavam em grande prejuízo para os crentes. Jesus estava ciente disso tudo.
Afinal, Ele próprio fora alvo da sinagoga de Satanás nos dias de seu ministério terreno. Foram justamente os religiosos que incitaram o ódio contra Jesus. Quanto a estes judeus, apesar de alegarem ser os verdadeiros filhos de Abraão, tinham por pai ao diabo (Jo 8.44).

Religião sem regeneração é uma coisa cruel. Não foram justamente os religiosos que crucificaram a Jesus. Zelo religioso sem salvação é pior que a depravação.
Mas Jesus promete fazer com que os descrentes curvem-se diante de Filadélfia. Todos hão de reconhecer seu verdadeiro relacionamento com Deus. Como tal mudança poderia ocorrer? Seus corações poderiam ser radicalmente transformados?

O Evangelho salvador de Jesus é a dinamite de Deus para aquele que crê. Jesus promete ao que se arrepender, converter seus inimigos e fazer com que se curvem diante dele. O Evangelho pode salvar os maiores pecadores e transformá-los em santos humildes.
Foi o que aconteceu. Ao invés de fracassar, a igreja permaneceu pregando a Cristo e testemunhando à comunidade. E Deus usa tão fervoroso testemunho para converter os judeus incrédulos. De maneira dramática, simples pregadores são usados para salvar grandes pecadores.

É disto que necessitamos hoje. A restauração da confiança na pregação do Evangelho para converter o pecador. Certamente são muitos os inimigos da Igreja. Mas o poder do Evangelho é muito maior. A graça de Deus captura os perdidos, prende-os às cadeias de ouro do Evangelho e faz com que se ajoelhem aos pés de Jesus. O Senhor promete manter sua Igreja livre da hora da tentação. Ele diz que aquela cidade tornar-se-ia cada vez mais perversa e hostil ao Cristianismo. Todavia, promete guardá-los nestes perigos.

A hora da tentação aproximava-se. A perseguição logo chegaria na cidade. Face a tal tribulação, Jesus promete protegê-los. Esta promessa não fora feita às outras igrejas. Alguns passariam pelo fogo. De fato, Jesus dissera à Esmirna que esta sofreria a perseguição. Mas a Filadélfia, Jesus garante: “Eu te guardarei da hora da tentação”.
Surpreendentemente, algumas igrejas são mui prósperas, enquanto outras passam por necessidades e perseguições. Tudo acontece de acordo com a vontade soberana de Deus. A Filadélfia é prometido livramento; à Esmirna, perseguição. Misteriosa e estranha é a soberana vontade de Deus.

Temos visto tal coisa em nossos dias. Enquanto a igreja na América tem experimentado grande prosperidade nestes últimos 300 anos, na China, Rússia e Africa, as igrejas vêm passando por repetidas perseguições. Tudo de acordo com o plano soberano de Deus.

A Promessa

Jesus conclui com uma palavra de esperança e conforto. Promete bênçãos ao que vencer em Cristo Jesus. O vencedor é o que permanece fiel à Palavra de Deus face à adversidade e à oposição. A estes Jesus promete:

A quem vencer, eu o farei coluna no templo do meu Deus, e dele nunca sairá; e escreverei sobre ele o nome do meu Deus, e o nome da cidade do meu Deus, a nova Jerusalém, que desce do céu do meu Deus, e também o meu novo nome (Ap 3.12).

Tremenda promessa! Aqui está a garantia de vida eterna, convicção absoluta e profundo conhecimento em Deus através de Cristo.

Coluna no Templo de Deus

A promessa de Jesus é certa: “Eu o farei coluna no templo do meu Deus”. Coluna é símbolo de segurança e força. Quando tudo desaba, ela permanece forte e ereta.
Nos tempos antigos, o cidadão distinto possuía uma coluna erguida em sua honra. Mas ele tinha de ser um senador notável, nobre dignatário, famoso filósofo ou respeitado educador. Assim, teria o nome inscrito sobre a coluna a fim de documentar sua contribuição às futuras gerações.

Com base nesta prática, Jesus diz que os vencedores receberiam tal reconhecimento no céu. Toda obra fielmente desenvolvida em Cristo nunca será esquecida. Melhor que termos os nomes gravados nas colunas é sermos colunas no templo de Deus.
Em adição, Jesus diz: “Dele nunca sairá”. Filadélfia situava-se no epicentro do massivo terremoto de 17 D.C. Nesta época, prédios, escombros e cascalhos haviam desabado sobre os cidadãos. Tremores de terra serviam para lembrar o perigo ameaçador.
Muitos estavam tão apavorados que se mudaram. Os que retornaram, viviam com medo doutro terremoto. Ao menor tremor, saíam correndo da cidade. Mas Jesus nos afiança que nunca deixaremos a presença de Deus. Ele nos fará permanentes no templo celestial.

Três Novos Nomes

Ele também promete: “Escreverei sobre ele o nome do meu Deus”. Naqueles dias, escrever o nome de alguém sobre alguma coisa era sinônimo de posse. O senhor escrevia seu nome nos servos como se estivesse marcando animais. Era sinal de posse.
Receber o nome de Deus equivale a pertencer-lhe. Tal relacionamento jamais será quebrado. Seu nome será permanentemente inscrito sobre seus servos. Somos dele para sempre!

Além disso, Jesus diz que escreverá sobre ele “o nome da cidade do meu Deus, a nova Jerusalém, que desce do céu do meu Deus”. Os vencedores receberão plena cidadania na Nova Jerusalém. Destes, serão removidas toda a dor e tristeza. Eles terão acesso à água da vida, comerão da árvore da vida, servirão a Cristo, verão sua face, reinarão com Ele e jamais serão molestados pelo ímpio (Ap 21.22).

Finalmente, Jesus promete: “Escreverei sobre ele... o meu novo nome”. Melhor que ter o nome da Nova Jerusalém escrito em nós, é ter o de Cristo. Seu nome representa a completa revelação de sua pessoa. Hoje, ainda não podemos imaginar- lhe a magnitude da glória. Mas quando chegarmos no céu, o conheceremos tal como é.

O Alerta

As verdades desta carta, como sementes preciosas, precisam cair em solo fértil, preparado pelo Espírito Santo. Se não a considerarmos, as palavras de Cristo não nos terão proveito algum.

Aquele que tem ouvidos, ouça o que o Espírito diz às igrejas (Ap 3.13).
Somos exortados mais uma vez a prestar especial atenção às palavras de Cristo. Ele é o remetente. Por isto, sua mensagem é criticamente importante. Ouvir e não obedecer equivale a não ouvir por completo.
O que o Espírito está dizendo?

Nossa fé em pequenos assuntos abrem grandes oportunidades ministeriais no futuro. Nenhuma igreja é limitada por seu tamanho. Somos limitados apenas pelo tamanho de nosso Deus. Crer num Deus grande abre grandes portas. Não importa quão pequena seja a igreja. Deus sempre opera suas maiores obras através dos mais fracos e obscuros instrumentos.

Quão grande é seu Deus? Você tem fé num grande Deus? Ou seu Deus é pequeno?
Se cremos num grande Deus, mesmo a menor questão é importante.
Um mestre de obras aproximou-se dum operário que colocava tijolos na nova igreja, e perguntou-lhe: “O que está fazendo?”

O operário respondeu: “Não está vendo? Estou assentando tijolos”. Então, o mestre perguntou a outro operário: “O que está fazendo?” O segundo respondeu: “Estou construindo uma igreja”. O mestre, então, foi ao terceiro operário e fez a mesma pergunta:

“O que está fazendo?” Como este homem tinha uma perspectiva totalmente diferente, respondeu: “Estou construindo a casa de adoração à glória de Deus”.
Todos os três faziam o mesmo trabalho. Mas os dois primeiros estavam ocupados apenas com a moldura. Somente o terceiro visualizou a grande pintura. Ele vivia para servir a um grande Deus.

E você? Está apenas colocando tijolos? Ou vive para servir a um grande Deus?
Deixe-me perguntar mais uma vez: Você crê num grande Deus?

Elaboração pelo:- Evangelista Isaias Silva de Jesus
Igreja Evangélica Assembléia de Deus Ministério Belém Em Dourados – MS

Livro:- Alerta Final – Steven J. Lawson



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